Bacafá

Bacafá

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Equilibrium.


O que você acha de uma sociedade sem guerras, sem disputas, sem depressão decorrente da ansiedade ou das derrotas? Que tal uma sociedade sem violência, sem tráfico de drogas, sem pobreza?

É essa a sociedade Libra, num futuro qualquer, após uma guerra apocalíptica qualquer. E é esse o tema do filme Equilibrium, de 2002, dirigido por Kurt Wimmer, com Dominic Purcell, Christian Bale e Sean Bean. Os clérigos são uma espécie de fiscais ou policiais com capacidade de perceber o que as pessoas sentem e treinamento de luta especial e são os responsáveis por identificar os criminosos (ou seja, as pessoas que têm algum sentimento - o que não é permitido nesta nova sociedade - ou bens que possam levar a algum pensamento sentimental, como discos, livros, obras de arte). Para que todos se mantenham neste estado praticamente anestésico, o governo distribui e todos têm que se autoaplicar diariamente uma determinada droga.

O enredo traz os questionamentos que um desses clérigos passa a se fazer depois de ver sua esposa presa por crime sensorial (ter sentimentos) e ter que matar seu parceiro pelo mesmo motivo (foi pego lendo um livro escondido). Em diversos momentos o filme lembra Matrix.

E aqui fica o meu questionamento: por uma sociedade sem crimes ou pobreza, poderíamos abrir mão de nossas liberdades de expressão e de ir e vir?

2 comentários:

Kauana disse...

Jamais! Prova-se mais uma vez a necessidade do "contrato social" onde as pessoas abrem mão de certos direitos a fim de obter algumas vantagens da ordem social... Entretanto, deixar de "ser livre" de forma total e irreversível, acredito, seria o fim do que chamamos "sociedade", de forma que não teríamos mais pelo que zelar...

Raphael Rocha Lopes disse...

Perfeito, Kauana. A troca de uma suposta segurança pela falta de liberdade, além de dar muito poder a muito poucos, faz a "sociedade" em si perder o seu sentido.