Bacafá

Bacafá

sábado, 29 de dezembro de 2012

Tarifário de um bordel de Roma do século passado.


Pelo email que me chegou, este anúncio foi publicado em um jornal de Roma em 1923. Por este mesmo email, a tradução literal da palavra "sveltina" é "rapidinha". Também se percebe que as tarifas eram reduzidas para estudantes e militares com o aviso ao final do anúncio publicitário.

Dica do empresário Dinael Chiodini.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Quem tem 40 ou mais lembra.

Quem ouvia música na década de 80 - e naquela época não existiam 300 canais de televisão para fugir da rede aberta e muito menos a internet - vai lembrar da música abaixo (Feiticeira, de Carlos Alexandre - confesso que só lembrava do ritmo e nem sonhava quem cantava), um primor de breguice.



Ocorre que nessas navegadas internetíferas, me deparo com uma versão funk da Feiticeira, de um grupo chamado DeFalla, que não sei se é algum filhote ou algo remanescente de uma banda homônima também dos anos 80, mas que tocava um rock bacana. Parece que é...

Taí a versão funk de feiticeira. Eleja a pior. Ou ria muito:

http://www.radio.uol.com.br/musica/de-falla/feiticeira/263081


Uma das músicas do antigo DeFalla que eu lembro é essa aqui:

http://br.myspace.com/defallaband/music/songs/repelente-5808414

Outra é essa, uma versão de "Como vovó já dizia", do Raul Seixas e do Paulo Coelho:




Parece que o fim do mundo ficou mesmo para 2014!!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Adulteração infantil


Dia desses, cortando o cabelo, percebi duas meninas com seus cinco ou seis anos de idade, fazendo as unhas nas manicures do mesmo salão. Questionei a minha cabeleireira se era muito comum crianças nessa idade fazerem as unhas (talvez eu, aqui, esteja usando a expressão errada, mas estavam, lá, as pequenas, pintando as unhas). Ela me respondeu que sim. Comentou, inclusive, que uma menina dos seus três ou quatro anos apareceu no salão com uma sandália com um saltinho. Pequeno, mas um salto.

Torno ao assunto, então, porque já comentei sobre isso nessa coluna e o que penso. Aproveito a época de Natal, transformada em uma grande data de comemoração capitalista, na qual muitas das pessoas (se não a maioria) que dizem acreditar nos dogmas cristãos ou teológicos, acabam se preocupando mais com o tamanho do peru do jantar, com os presentes que querem dar ou receber ou para onde vão nas férias de final de ano.

O fato é que cada vez mais cedo as crianças estão sendo transformadas em mini-adultos. É o que eu tenho insistentemente chamado de adulteração infantil, pois estas crianças estão sendo adulteradas, falsificadas, corrompidas ao terem suas mentes e corpos levados precocemente para a vida adulta.

Este fenômeno acontece principalmente com as meninas, vítimas de suas mães, tias e avós frustradas com o que não tiveram na sua infância ou, o que pode ser ainda pior, pressionadas pela cultura midiática do ter em detrimento do ser. Essas meninas crianças transformadas em mini-adultas podem agradar aos olhos de maníacos (tanto sexuais quanto consumistas), mas não aos meus e, acredito, da maioria das pessoas.

Sempre digo, também, que psicólogos e ortopedistas podem explicar melhor do que eu todas as conseqüências mentais e físicas a que estas crianças estão sujeitas, mas, ainda assim, dou meus pitacos.

O que dizer de meninas com seis, sete, dez anos, andando de sapatos ou sandálias com saltos, bolsas gigantes nos braços, com as caras pintadas, às vezes parecendo umas mini-prostitutas, celulares de última geração na mão e se comportando como adolescentes mimadas de 17 anos?

Primeiro, não vão sequer brincar aquelas brincadeiras tão salutares para corpo e mente de sua idade. Que menina-pseudo-adulta destas vai querer suar para brincar de pegar, esconde-esconde, amarelinha, elástico ou bambolê? E se quiser, como vai fazer com saltos debaixo dos pés? E se ficar descalça, onde vai deixar sua bolsa de marca ou seu celular de última geração, sendo que seus pais devem dizer “cuidado, não perca isso que foi muito caro”?

Segundo, como vão ficar os pés, joelhos e colunas destas meninas usando salto desde a infância? E isso descamba para coisas piores. Vi uma reportagem outro dia onde uma menina de 13 anos queria colocar silicone nos peitos. A mãe e o médico, pelo menos na televisão, disseram que não permirtiriam. Entretanto o que, cargas d’água, estavam fazendo num consultório eu não sei.

Voltarei ao tema semana que vem, tratando de outro fator: a publicidade.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Você tem fome de que?


“Bebida é água! / Comida é pasto! / Você tem sede de que? / Você tem fome de que? / A gente não quer só comida / A gente quer comida / Diversão e arte / A gente não quer só comida / A gente quer saída / Para qualquer parte...

A gente não quer só comida / A gente quer bebida / Diversão, balé / A gente não quer só comida / A gente quer a vida / Como a vida quer...

A gente não quer só dinheiro / A gente quer dinheiro e felicidade / A gente não quer só dinheiro / A gente quer inteiro e não pela metade...”

Essa música da banda Titãs, do álbum “Jesus não tem dentes no país dos banguelas”, também da década de 80, reflete, de uma maneira divertida, a expectativa de qualquer pessoa.

É claro que comida é essencial para o ser humano. É a preocupação mais primordial de todas, não tendo comparação com qualquer outra necessidade ou esperança. Nestes aspecto, entre erros e acertos do Governo Lula, penso que foi o seu tiro mais certeiro. Como já dizia o saudoso sociólogo Betinho “quem tem fome tem pressa”.

Ao tirar milhões da linha da pobreza e extrema pobreza, o Governo Lula conseguiu fazer com que estas pessoas passassem a ter outras preocupações que não a de comer no final do dia. Estas pessoas puderam pensar em outras coisas. Puderam sentir o gostinho e o prazer de outras necessidades. Puderam passar a viver e não apenas a lutar para sobreviver. Puderam sonhar.

Lembrei desta música e do resultado de mais pessoas pensando menos em comida quando acompanhei o lançamento do FEMUSC 2013. Deu fome de FEMUSC. Os músicos nacionais e internacionais importantes que participarão do Festival. O crescente número de alunos inscritos e interessados. A importância que a mídia nacional está dando ao evento. O quanto este festival se tornou importante para a imagem e economia de Jaraguá do Sul.

E mais, do alto dos meus sonhos utópicos, mais importante do que o dinheiro que fica na região por conta do evento, é a possibilidade do nascimento ou da lapidação de possíveis superdotados da música. Dá sede de FEMUSC.

A gente não quer só comida; a gente quer comida, diversão e arte, diversão, balé.

E a música é tão genial que não fala só de comida, bebida e arte. Fala de liberdade. Fala que nada disso adianta se não houver liberdade para comer o que se quiser, fazer e aproveitar a arte que quiser. Ir e vir quando quiser e pra onde quiser.

Afinal, o que se busca de verdade mesmo, é a felicidade, seja de que forma for. De preferência inteira, e não pela metade.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Torpor


“No beco escuro explode a violência / No meio da madrugada / Com amor, ódio, urgência / Ou como se não fosse nada / Mas nada perturba o meu sono pesado / Nada levanta aquele corpo jogado / Nada atrapalha aquele bar ali na esquina / Aquela fila de cinema / Nada mais me deixa chocado.”

O trecho acima extraí da música “O beco” dos Paralamas do Sucesso, da década de 1980. E me parece, ainda, atual. Ou cada vez mais atual. Infelizmente.

No beco escuro, na rua iluminada, dentro de casa, na porta das escolas, explode a violência. Violência de todas as maneiras. O usuário de drogas querendo dinheiro para comprar o vício. O traficante para cobrar do usuário. O marido batendo na esposa. Os alunos pelos motivos mais insignificantes.

A violência avisada e premeditada pelas redes sociais entre grupos (torcidas organizadas de futebol ou outras gangues quaisquer) que não se toleram. Violência velada com as ameaças ou imposições dos mais fortes contra os mais fracos. Violência fatal nos assaltos por um par de tênis.

Violência no trânsito com ou sem álcool no sangue. Violência nos campos de futebol (profissionais ou de várzea) com as entradas desleais no adversário. Violência entre vizinhos por mera intolerância. Intolerância de todas as formas, por conta das escolhas religiosas, sexuais ou profissionais alheias. Intolerância de todas as formas, até quando não se trata de escolha, pela cor da pele ou lugar de origem.

Violência ética dos políticos que vendem ideias e compram votos e desviam verbas públicas. Das verbas públicas que nunca chegam onde deveriam chegar e matam nas filas dos hospitais de dos pronto-socorros. Das verbas públicas que não chegam nas escolas e no lazer e despejam as crianças e adolescentes nas ruas da criminalidade. Violência dos nossos políticos por estarem mais preocupados com suas contas bancárias do que com sua obrigação legal.

Violência que transborda dos nossos televisores, rádios, jornais e revistas. Especialmente dos nossos televisores que nos tantanizam com seu brilho sedutor e suas cores feiticeiras.

Violência das crianças com fome e frio. Das famílias sem casas. Dos idosos esquecidos. Dos índios jogados pelas ruas das metrópoles ou pequenas cidades. 

Violência contra animais indefesos nos rodeios, nas jaulas, nos atentados no meio da rua.

E nós continuamos normalmente nossas vidas, vendo a banalização da violência de todas as formas e com todas as cores. Ávidos por mais violência porque a que já está aí parece insuficiente.

Nada mais atrapalha nossa cervejinha, nada mais nos deixa chocado. A não ser que aconteça conosco ou com nossa família...

Macaco

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Contos de quinta - Cigarros.


O silêncio imperava entre os dois, apesar da música alta na boate. Muita gente, muitos risos, muitas palavras desconexas perdidas, muita bebida, pouca luz. As pessoas dançavam, circulavam, acotevelavam-se, falavam.

Ele olhava para ela. O vestido preto, curto e justo e sua mente se misturavam. Ela segurava o copo com uma mistura alcóolica qualquer e também olhava para ele. Apenas os olhos conversavam.

- Quer fumar?

Ela anuiu com a cabeça e os dois saíram da boate pela porta dos fundos (ele conhecia os donos do lugar e os seguranças, que não criaram nenhum empecilho). A porta dava diretamente no estacionamento a céu aberto. Encostaram-se em um carro e ele acendeu o primeiro cigarro. O dela.

Quando foi acender o seu, viu um cara com uma jaqueta de couro e algo que parecia uma arma apontada para cima correndo na direção deles. Largou o cigarro e o isqueiro e puxou-a para baixo. Já era tarde.

- Passa a carteira.
- Calma, calma... já passo.

Ela ficou no chão, sentada abraçando as próprias pernas, imóvel, olhando pra porta do carro. Ele foi se levantando devagar. Tenso, quase sem respirar. A arma apontada para seu rosto.

- Calma, calma... sou advogado, não precisa se preocupar...
- Advogado?
- Sim.

O cara respondeu um “bom” longo e baixo e esboçou um sorriso conciliador. Ele, vendo a feição do cara, então respirou e relaxou. Os ombros até baixaram, o pescoço desenrigeceu.

Ouviu-se apenas o estouro da bala no cérebro dele, que caiu sem vida na poça d’água. Ela continuou sentada, abraçada as suas próprias pernas, imóvel, de olhos fechados.

Cansei de ser sexy - aulas para aprender a dançar (ou não)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Da mediocridade.


Todos os dias vemos coisas que nos espantam. Penso que isso não deva ser exclusividade dos meus olhos. Coisas simples que nos incomodam, e muitas das quais já comentei aqui e, tenho certeza, os leitores também devem tratar nas rodas de conversas com os amigos.

Esta semana algumas coisas surpreenderam-me de novo (na realidade não sei como ainda consigo ficar surpreso. Talvez indignado caberia melhor). Em São Paulo policiais estão sendo mortos todos os dias e o Governo simplesmente não consegue controlar a situação. Em Jaraguá do Sul repintaram as ciclofaixas e as transformaram, em alguns trechos, em vias de autorama, de tão estreitas. Falando em ciclofaixa, em frente a um comércio na Marina Fructuoso, ainda aqui em Jaraguá, um carro e depois outro simplesmente estacionaram numa tarde chuvosa de sábado em cima da ciclofaixa. Ou seja, se naquele momento passasse um ciclista teria que seguir pelo meio da rua por conta da folga individualista daqueles cidadãos. Em uma pista escorregadia, debaixo de chuva.

E o que mais me assustou: o estabelecimento tinha estacionamento, os carros eram novos (uma caminhonete Mitsubishi grande e um modelo 2013 da Ecosport, ambos os veículos coincidentemente brancos) - não que riqueza signifique sabedoria ou educação, mas inconscientemente é o que se espera. Por fim, um das famílias tinha uma pequena filha, que provavelmente vai seguir o feio exemplo dos pais de desrespeitar os outros ou de pensar apenas em si mesmos. Ah, claro, tinha o mágico pisca-alerta do qual já falei aqui, que transforma qualquer automóvel em avião da Mulher Maravilha, ou seja, invisível.

Não venham dizer, talvez, que era só uma paradinha rápida, pois um razoável tempo depois passei novamente pela rua e o automóvel maior ainda estava lá.

Claro, nem todas as pessoas são completamente boas ou ruins. Todos cometemos erros. Entretanto, alguns são extremamente infantis ou fruto puro da falta de consideração ou respeito.

Nessa linha deixo claro que não acredito em pessoas lineares, aquelas que não se alteram nunca, que não esfriam e nem esquentam, que querem eternamente passar a imagem de bons moços. Esse tipo de gente me preocupa, pois não transmitem qualquer confiança e parecem sempre que vão dar o bote. Por outro lado, eu não gosto dos exagerados, dos que falam sempre alto, dos que vivem arrotando camarão, dos que adoram o tempo todo dizer quem são ou o que têm. Estes tipos pernósticos embrulham o estômago.

E tudo isso me lembra um poema de Mario Quintana, com o mesmo título do texto de hoje:

“Nossa alma incapaz e pequenina
Mais complacência que irrisão merece.
Se ninguém é tão bom quanto imagina,
Também não é tão mau como parece.”

Como destruir anjos.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Plano de saúde condenado por negligência médica.


A Unimed Fortaleza deve pagar indenização de R$ 9 mil por negligência em atendimento médico. A decisão é da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Ceará.
O desembargador Clécio Aguiar de Magalhães destacou que, provados os danos, o nexo causal e a omissão do plano de saúde, resta patente a obrigação de indenizar. Afirmou ainda que “houve negligência no cumprimento de medidas urgentes, com o fim de evitar risco para a saúde e o bem-estar do paciente”.
Com esse entendimento, a 5ª Câmara Cível negou provimento ao recurso da Unimed e manteve o valor da indenização fixado em primeira instância inalterado. 
Em fevereiro de 2012, o juiz Wotton Ricardo Pinheiro da Silva, titular da 32ª Vara Cível de Fortaleza, condenou a Unimed a pagar R$ 2,8 mil para reparar os gastos com a cirurgia, devidamente corrigidos. Também determinou o pagamento de dez salários mínimos, por danos morais, vigentes na data da prolação da sentença.
“O autor [paciente] sofreu o abalo psíquico da incerteza e insegurança do tratamento da moléstia grave, não correspondendo o prestador de serviços nas circunstâncias prementes”.
Objetivando modificar a sentença, a operadora de saúde interpôs apelação no Tribunal de Justiça do Ceará. Argumentou que os danos alegados não foram comprovados.
No caso, segundo os autos, o advogado S.E.V.F. teve febre e foi levado ao Hospital da Unimed, em Fortaleza, no dia 10 de junho de 2005. Ele foi diagnosticado com quadro de gripe, sendo receitado o uso de antibióticos. Como a febre persistia, o advogado retornou 13 dias depois. Novos exames foram realizados e os médicos constataram que o paciente estava com princípio de pneumonia.
Somente após retornar ao hospital pela quinta vez e ter trocado de antibióticos duas vezes é que ele obteve laudo de derrame pleural, com comprometimento de 2/3 do pulmão esquerdo. Novamente foi orientado a voltar para casa e continuar a medicação que já fazia uso.
Como não apresentava melhoras, o paciente decidiu procurar médico particular, que o aconselhou a realizar punção para a retirada do pus que se acumulava no órgão, ou cirurgia, dependendo da evolução da doença. Ele se internou no hospital da Unimed para fazer a cirurgia, que foi remarcada por três vezes devido aos exames pré-operatórios.
Não suportando mais os adiamentos e com a saúde piorando, S.E.V.F. teve que procurar outro hospital, em Fortaleza. Lá, realizou o procedimento, no dia 7 de julho de 2005.
Por conta disso, ajuizou ação requerendo o pagamento de indenização por danos morais e materiais. Alegou negligência da Unimed, que o fez passar quase 40 dias de sofrimento para solucionar problema de saúde. Além disso, teve pós-operatório de 25 dias, porque precisou se submeter a sessões de fisioterapia no pulmão.
Na contestação, a empresa sustentou que o cliente foi atendido prontamente, sendo tomadas todas as medidas para curá-lo. Defendeu que não houve demora, mas apenas o tempo necessário para que os médicos decidissem a melhor maneira de tratá-lo. 
Fonte: Portal Conjur.

Rock Mafia






domingo, 2 de dezembro de 2012

Do primeiro capítulo de Gênesis.

Mário Quintana.

Sesteava Adão. Quando, sem mais aquela,
Se achega Jeová e diz-lhe, malicioso:
"Dorme, que este é seu último repouso."
E retirou-lhe Eva da costela.

Geração zero zero.

Fricções em rede.

Livro de contos organizado por Nelson de Oliveira (ed. Língua Geral) com diversos autores que se destacaram na primeira década dos anos 2000. Separei alguns pequenos trechos.

"Comer iguala todos na feiura primitiva"
"Sou eficiente, só isso. E modesto. Ninguém é modesto, San. Todo modesto é cínico. Cínico? Cínico. Interessante..."
(A mão que afaga, de Marne Lúcio Guedes)

"O ser humano é simples como uma boca e um mamilo que não se encaixam"
(Esc, de Tony Monti)

"Não me importava se cortasse as costas ou um braço, mas queria proteger os olhos e, se possível, o rosto todo. (...). Imaginei estilhaços voando e gostaria de os ver, sem o perigo de me machucar. Não sei se Ana mais gostava ou desgostava destes momentos em que organizo o ódio, esta possibilidade de fazer conjecturas que ontem se tornou assim ridícula por eu ter que lidar com um ódio que não me era cotidiano."
(Esboço de Ana, de Tony Monti)

"Mas tem duas coisas para as quais homem perde o senso da profundidade e do ridículo: as ondas do mar e as ondas do amor. Não sei o que tem o macho pra se achar nadador nesses abismos. Nenhum é. Amor é fundura e correnteza."
(Sobre a arte de falir, de Sidney Rocha)

"Ela coloca o livro entre as pernas, segura os seios, faz um biquinho com os lábios. Tiro várias fotos."
(Apontamentos sobre um olhar, de Carlos Henrique Schroeder)

sábado, 1 de dezembro de 2012

Agora sim: comprovada a existência de unicórnios!

Pelo menos na Coréia do Norte.

Deu na Folha.com.


"Há um lugar no mundo onde a existência dos unicórnios não está restrita à mitologia: a Coreia do Norte.

Ao menos é que querem fazer crer os jornalistas da agência oficial de notícias do país, controlada pela ditadura comunista de Kim Jong-un.

Ontem, a agência publicou que arqueologistas do país "reconfirmaram" o achado da toca onde teria vivido um unicórnio que pertencia ao rei Tongmyong, o fundador do antigo reino coreano de Koguryo.
A toca fica, segundo o texto, no subsolo de um templo da capital, Pyongyang.

"Uma rocha retangular onde estão gravadas as palavras 'Toca do Unicórnio' está diante da toca. Acredita-se que as palavras tenham sido gravadas durante o reino Koguryo (918-1392)," diz o texto."

Continue lendo clicando aqui.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Isto é uma vergonha! (ou Brincadeiras que revelam).


Saiu nos jornais mais ou menos assim: “O jornalista Bóris Casoy e a Rede Bandeirantes de Televisão terão que pagar R$ 21 mil de indenização por danos morais ao gari Francisco Gabriel de Lima, ofendido durante a apresentação do Jornal da Band em 31 de dezembro de 2009”. Esta decisão foi prolatada pela pela 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Para quem não se recorda do assunto, na data acima especificada, o jornalista dono do bordão “isso é uma vergonha!” envergonhou a sua classe profissional ao se manifestar nos seguintes termos, ao final de uma reportagem de final de ano do telejornal: “Que m... dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras. Dois lixeiros. O mais baixo da escala de trabalho”.

O apresentador, apesar de sua vasta experiência, não percebeu que o seu áudio estava ligado e, em rede nacional, cometeu esta gafe, considerada uma das maiores e piores da televisão brasileira.

No dia seguinte pediu desculpas publicamente. Desculpas, estas, que, na realidade, não convenceram ninguém. De toda forma, não foram suficientes para o autor da ação, Francisco Gabriel de Lima, um dos dois garis que aparecem nas imagens. Em seguida ele ajuizou a ação indenizatória.

Como ele, garis pelo país inteiro interpuseram ações judiciais indenizatórias contra o jornalista e a Rede Bandeirantes, sendo que nos outros casos os magistrados entederam que não houve mancha à imagem pessoal dos pretendentes. Diferentemente daqueles que apareceram na imagem que deu motivo ao escárnio de Boris Casoy.

A desculpa do réu de que teria dito a besteira “em tom de brincadeira” não foi suficiente para comover os julgadores, que concluíram que o fato danoso poderia ser facilmente evitado.

Esse argumento do apresentador me lembrou um ensinamento que aprendi com a vida, e algo que escutei pela primeira vez de um tio querido, hoje desembargador aposentado: “Toda brincadeira tem um fundo de verdade”. Outro dia no facebook da minha namorada vi uma imagem que dizia o seguinte: “Nesse ‘to brincando’ já disse muitas verdades”.

Ou seja, muitas vezes essas brincadeiras revelam as verdadeiras intenções das pessoas ou mesmo seu caráter. Óbvio, como tudo na vida, não dá para generalizar, mas, com um pouco de atenção, alguns detalhes nestas brincadeiras se tornam importantes.

Acredito que o Boris Casoy não foi levado apenas por uma brincadeira ingênua. Seu inconsciente (não, não... seu consciente mesmo) pregou-lhe uma peça, escancarando a sua relação com o que ele chamou de “baixos” na escala de trabalho. O mais puro preconceito.

Há pessoas que agem assim com negros, homossexuais, mulheres, idosos. Fazem brincadeiras toscas, alguns claramente mal intencionados, outros levados por aquilo que costumeiramente se chama de “socialmente aceitável”, o que, em verdade, é uma gigantesca balela.

Disfarçar seus ranços com comentários maldosos ou rancorosos travestidos de brincadeirinhas é muito pior do que admitir seus preconceitos e tratar as pessoas com respeito e dignidade.

O jornalista e a emissora ainda podem recorrer da decisão.

Abaixo, o vídeo com a a manifestação do apresentador e, depois, seu pedido de desculpas:



terça-feira, 27 de novembro de 2012

Boris Casoy e Band condenados a indenizar gari.


O jornalista Bóris Casoy e a Rede Bandeirantes de Televisão terão de pagar R$ 21 mil em indenização por danos morais ao gari Francisco Gabriel de Lima, ofendido durante a apresentação do Jornal da Band em 14 de dezembro de 2009. A decisão foi julgada pela 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

"Dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras. Dois lixeiros. O mais baixo da escala de trabalho", foi a declaração feita pelo apresentador durante o telejornal que motivou o processo. Bóris Casoy justificou ao tribunal que não imaginava que o áudio de seu microfone estava aberto no momento em que proferiu a frase, no programa transmitido ao vivo.

O TJ considerou que as partes são "civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano, decorrente de publicação pela imprensa, tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação" e que não cabem as explicações dadas pelo jornalista, já que "experiente na profissão que exerce há décadas, seguramente conhece os bastidores de um programa apresentado ao vivo e que, muitas vezes, o intervalo é interrompido sem maiores avisos ou o áudio ''vazado''".

Ainda segundo o documento, "houve descuido de sua parte. E, ainda que tenha dito tais falas ''em tom de brincadeira'', o fato danoso ocorreu e seguramente poderia ter sido evitado", conclui o relator Salles Rossi.

Fonte: Portal OAB/SC.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Sentença do caso de nepotismo de Cecília Konell e família.



Processo n. 036.12.001147-1, da Vara da Fazenda de Jaraguá do Sul.

Clique no número para acessar o andamento e a íntegra da sentença.

Abaixo, parte da sentença.


"III – Isto posto, CONFIRMO a tutela antecipada deferida às fls.
503/523 e JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados na
presente Ação Civil Pública aforada pelo MINISTÉRIO PÚBLICO, declarando extinto
o processo com resolução do mérito (art. 269, I, do CPC), para reconhecer a prática
de ato de improbidade administrativa previsto no art. 11, caput, da Lei n. 8.429/1992
e, em consequência:

a) DETERMINAR a imediata destituição do réu IVO KONELL do
cargo de Secretário Municipal de Administração e da ré FEDRA LUCIANA KONELL
ALCÂNTARA DA SILVA do cargo de Chefe de Gabinete. Assim, DETERMINO à ré
CECÍLIA KONELL que promova a devida exoneração, no prazo de 48 (quarenta e
oito) horas, ciente de que não poderá nomear os referidos réus para qualquer outro
cargo vedado pelo art. 90-C da Lei Orgânica Municipal, sob pena de pagamento de
multa diária de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), sem prejuízo de outras sanções.

O cumprimento desta determinação, contudo, fica
condicionado ao resultado do julgamento do Agravo de Instrumento n.
2012.015735-1, em face do efeito suspensivo concedido pelo despacho
constante às fls. 555/560.

b) CONDENAR a ré CECÍLIA KONELL à suspensão dos direitos
políticos pelo prazo de 5 (cinco) anos; pagamento de multa civil, arbitrada no valor de
3 (três) vezes a sua remuneração percebida no cargo de Prefeita Municipal; e,
proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da
qual seja sócia majoritária, pelo prazo de 3 (três) anos;

c) CONDENAR o réu IVO KONELL à perda da função Pública de
Secretário de Administração; suspensão dos direitos políticos pela prazo de 5 (cinco)
anos; pagamento de multa civil, arbitrada no valor de 3 (três) vezes a sua
remuneração percebida no cargo de Secretário de Administração; e, proibição de
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da
qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 3 (três) anos;

d) CONDENAR a ré FEDRA LUCIANA KONELL ALCÂNTARA
DA SILVA à perda da função de Chefe de Gabinete da Prefeita Municipal de Jaraguá
do Sul; suspensão dos direitos políticos pela prazo de 3 (três) anos; pagamento de
multa civil, arbitrada no valor de 2 (duas) vezes a sua remuneração percebida no
cargo Chefe de Gabinete; e, proibição de contratar com o Poder Público ou receber
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo prazo de 3 (três)
anos."

sábado, 24 de novembro de 2012

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A vida dos outros.



O ser humano tem um dom, ou melhor, um defeito que acredito ser exclusividade sua, possivelmente não existindo em qualquer outro animal. O homem tem uma enorme facilidade de reclamar. Algumas vezes parece até se regozijar com suas reclamações. Parece tornar-se um prazer.

Para alguns nada está bom, nada é suficiente, nada satisfaz. E justamente para estes não há tempo para nada. Não há tempo para ajudar, não há tempo para opinar ou colaborar, não há tempo para buscar soluções ou participar de grupos que as procurem. São pessoas que só reclamam e nunca têm tempo para nada. E se outras pessoas resolvem o suposto problema, os contumazes reclamões continuam reclamando, dizendo que fariam melhor, ou mais rápido, ou de forma mais econômica.

Nesta mesma linha, outro esporte preferido de muitas pessoas é fazer comparações de suas vidas com as alheias. E estes esportistas podem ser classificados em duas categorias.

A primeira categoria é a daqueles jogadores que acreditam que tudo o que é dos outros é melhor. Que ficam mais preocupados em ficar prestando atenção no carro, na casa, no telefone celular, nas viagens ou na mulher do outro do que em cuidar de suas próprias coisas e pessoas, e investir nos seus relacionamentos e trabalhar para crescer patrimonialmente.

É aquela turma que vive dizendo que o gramado do vizinho é sempre mais verde. Não importa se o vizinho acorda cedo para regar a grama todos os dias, se todos os finais de tarde tira as ervas daninhas e se todo domingo passa a máquina de cortar. Essa parte aquele que só repara o verde não comenta.

Alguns até dizem que é a tal “inveja branca” seja lá o que isso queira dizer. Como já ouvi por aí, inveja é inveja e pronto. Mas, vá lá, talvez existam algumas sem maldade, sendo o pecado da inveja apenas fruto da incompetência pessoal.
A segunda categoria é aquela que joga no time dos que desprezam tudo o que é dos outros. O bem pode até ser melhor, mais caro ou mais sofisticado. Se o jogador deste time não se contenta em desqualificar o bem do outro, seja automóvel, casa ou roupa, ele recorre a desmerecer o próprio dono ou possuidor.

O tal caro bem foi adquirido, segundo estas pessoas, por meios espúrios, de maneira indevida ou porque alguém levou alguma vantagem.

Ou, ainda, o pessoal deste time, quando não consegue desaqualificar o bem ou o seu proprietário, passa a desmerecer as justificativas ou razões do proprietário. Chegam ao cúmulo de aventar que o fulano comprou a coisa apenas para aparecer, para se exibir, ou que não tinha nehuma razão para tal aquisição. Se a outra inveja é a branca, esta deve ser a colorida.

Entretanto, assim caminha a humanidade, com muitos desejando o que não podem ter, ou desejando o que a mídia, em especial a televisão, diz que deve ter. E, com isso – além de uma forte colaboração dos livros de auto-ajuda – os consultórios dos psicólogos vão ficando cada vez mais cheios, pois as pessoas se frustram por desejos muitas vezes não reais.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

sábado, 17 de novembro de 2012

Entrega de carteiras aos novos advogados em Jaraguá do Sul.


Dez dicas para a memória.

Vi no portal da Revista Vip.


1 DURMA DIREITO
Sono saudável, de sete a oito horas ininterruptas, ajuda a absorver as informações que recebemos e evita a dificuldade de concentração. “Uma noite mal dormida afeta a evocação da memória nas próximas 12 a 24 horas”, diz o eurocientista Ivan Izquierdo.
2 CORRA, CORRA
Correr aumenta o número de neurônios na área do cérebro responsável pela memória. É o que indica uma pesquisa do National Institute on Aging, nos EUA, em parceria com a Universidade de Cambridge.
3 PARE DE FUMAR
Boa notícia: uma pesquisa recente publicada no jornal científico americano Drug and Alcohol Dependence constatou que, quando a pessoa deixa de fumar, a memória tende a se recuperar progressivamente em alguns dias.
4 LEIA MAIS
“O exercício que mais estimula a memória é a leitura praticada durante toda a vida”, diz Ivan Izquierdo. A capacidade de cada um em organizar informações complexas durante a aprendizagem varia, já que é um fator ligado à inteligência. Mas grande parte dessa habilidade depende dos exercícios aos quais o cérebro é submetido. Exercite: fixe-se na leitura do presente e, horas depois, tente recordar o que foi lido.
5 NÃO FRITE O PEIXE
Certos alimentos auxiliam a memória por aumentar a formação de neurônios ou melhorar a sinapse, e outros se mostram verdadeiros inimigos cognitivos. A nutricionista Gabriela Pachoal recomenda, comer peixes, como salmão, arenque e sardinha, linhaça, ovo de galinha caipira e suco de uva. E deve-se evitar gorduras e carboidrato refinado em excesso.
6 VIAJE NA MAIONESE
O jornalista Joshua Foer aplica uma técnica de cinco séculos antes de Cristo, conhecida como “palácio da memória”, que consiste em colocar um objeto ou situação em uma circunstância totalmente absurda. A cena imaginada pode ficar tão mais inesquecível quanto mais próxima do improvável estiver.
7 VÁ AOS POUCOS
Aprender novas habilidades, jogar xadrez, fazer palavras-cruzadas e sudoku são formas de exercitar a mente. Mas, calma, não tudo de uma vez. Um novíssimo estudo divulgado pelo jornal científico Current Biology indica que, enquanto uma informação está sendo consolidada, a outra toma a atenção.
8  ORGANIZE-SE
Estabeleça uma rotina, planeje coisas com antecedência e concentre-se no que está fazendo. Para reforçar uma informação é bom repeti-la mentalmente ou até dizer em voz alta. As chances de esquecer quando mais de um sentido é empregado são menores.
9 DIMINUA A BEBIBA
O álcool afeta quimicamente o cérebro. É verdade. Infelizmente.
10 RELAXE…
Quando a ansiedade nos domina de forma acentuada, ela
pode provocar o conhecido “branco”. “O branco não é uma perda de memória, é uma falha da evocação”, diz
Ivan Izquierdo. Para fugir disso, meditação é uma boa opção.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Dança húngara.

Dança húngara n. 5, de Brahms.
(a preferida da Carla)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Manifesto aos meus amigos advogados.


MANIFESTO AOS MEUS AMIGOS ADVOGADOS:

Como já é sabido, faço parte da Chapa Cidadania na qualidade de candidato ao Conselho Estadual. Minha apresentação é o trabalho desenvolvido ao longo destes últimos 6 anos frente à presidência de nossa Subseção, como, por exemplo, dentre outras:

- as lutas pelas prerrogativas dos advogados (inclusive com representação contra magistrado que hoje não se encontra mais em nossa Subseção e intervenção junto à Corregedoria do TJ em relação a procedimentos de outros magistrados);
- criação de novas comissões para aproximação do advogado junto a OAB e da OAB junto à sociedade;
- revitalização das salas de todos os fóruns;
- participação mais próxima da sociedade através de diversas entidades em questões de relevância, especialmente com o OAB NOS BAIRROS;
- panfletagens e palestras sobre a importância do voto;
- participação em diversos debates;
- diversas reuniões com o presidente do TJSC e com os corregedores do TJ, do TRF e do TRT;
- reorganização financeira da Subseção;
- eventos de confraternização sem custo para os advogados;
- estímulo aos artistas advogados e familiares dos advogados;
- inúmeras palestras através da ESA ou por iniciativa e organização direta das comissões;
- eventos esportivos como as Corridas da OAB, Pedalada da OAB e futebol;
- atendimento direto aos advogados e clientes de advogados sempre que solicitado;
- cerimônia de entrega das carteiras da OAB aos novos advogados, valorizando momento extremamente importante para o profissional e sua família;
- manutenção das homenagens aos advogados com 25 anos de advocacia, demonstrando sua importância para toda a sociedade;
- trabalho de conscientização sobre as prerrogativas, direitos e obrigações dos advogados, que redundou em uma considerável redução de reclamações ou representações na Subseção.

Todas estas conquistas não seriam possíveis, por óbvio, sem a participação efetiva das diretorias, conselhos e presidentes de comissões que compuseram minhas duas gestões, aos quais sou extremamente grato. Houve e ainda há, também, a participação de diversos colegas que não tiveram a vaidade de ocupar formalmente algum cargo, mas que contribuíram com ideias e trabalhos em prol da categoria e da OAB.

Além do apoio local, foi imprescindível para o sucesso destas gestões o apoio da Seccional, especialmente na pessoa do atual presidente Paulo Roberto de Borba e suas duas diretoriais.

Por outro lado, conhecendo mais de perto os meandros da OAB ao longo destes últimos seis anos, coloquei meu nome à disposição para o Conselho Estadual por ter a forte convicção de que os advogados MÁRCIO VICARI e DIOGO PÍTSICA compõem o que se espera de uma administração translúcida, eficiente e em defesa dos ADVOGADOS. Se eu não tivesse essa forte convicção, decorrente do acompanhamento do trabalho do Paulo, do Márcio e do Diogo ao longo destes últimos seis anos, sempre empenhados e dispostos, posso lhe garantir, caro colega, que não sujeitaria meu nome ao pleito. Tenho plena confiança que o trabalho na Seccional terá a continuidade necessária para a modernização e a defesa da ADVOCACIA CATARINENSE.

Desta feita, além dos trabalhos regimentais do conselheiro, quero ser o elo entre o nosso advogado local e a Seccional, para levar as sugestões e críticas existentes. O contato comigo continuará aberto como sempre foi nestes últimos seis anos.

Com isso, peço que reflitam e votem na Chapa Cidadania, tanto na Seccional quanto na nossa Subseção, muito bem representada pelos candidatos Romeo Piazera, Sávio Murillo de Azevedo, Edemar Utpadel, Luciane Mortari e Maísa Inella, os quais dispensam maiores comentários justamente por estarem trabalhando na OAB há muito tempo, destacando-se as últimas duas gestões.

Coloco-me, também, à disposição do colega para conversarmos sobre qualquer assunto inerente à OAB, ao pleito ou qualquer dúvida que por ventura exista, para que tudo reste claro até o dia da votação na próxima segunda-feira, 19.11, assim como para levar os adesivos e material de campanha que solicitar.

Grande abraço!!

Stravinsky.

Suítes n. 1 e 2, de Igor Stravinsky:





quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Ficha limpa e música.


Volto ao tema das leis que ficaram conhecidas como ficha limpa. Algumas pessoas discutem se essas leis são válidas, do ponto de vista social. Não vou entrar, aqui, nas discussões jurídicas. Parto do ponto de vista que, pela sua importância sócio-política, alguns paradigmas devem ser quebrados. E quando isso acontece surgem evoluções.

A grande discussão sócio-filosófica é sobre a necessidade de se criar uma lei para fazer o povo não votar em pessoas com a ficha suja. Seria ideal que isso não fosse necessário, que as pessoas tivessem discernimento suficiente para, por si só, fazerem o filtro na escolha dos candidatos aos cargos eletivos.

De certa forma, concordo. Porém, a realidade brasileira, infelizmente é outra. Não vivemos no reino de Utopia, de Thomas More. Foi necessária a mobilização de diversas entidades, dentre as quais, a OAB, a CNBB e o Ministério Público, para gerar a repercussão gigantesca que a proposta ganhou e seu sucesso nas votações no Congresso Nacional.

A população, ou considerável parcela dela, começou, de fato, a prestar atenção no fator ficha limpa. Infelizmente ainda há o eleitor que troca seu voto por uma cesta básica, por uns litros de combustível, por aluguel de placas no quintal, por dentaduras, carradas de brita, favores e outras coisas. Essas pessoas são tão criminosas quanto os políticos que as compram. É, contudo, o início de uma nova era política no Brasil.

Em Jaraguá do Sul aconteceu outro exemplo que envolve a ficha limpa. Neste caso a lei impede que o administrador público traga para cargos de confiança pessoas com restrições junto à Justiça ou problemas com dinheiro público, entre outras situações.

Esta lei eu considero ainda mais importante que a anterior, pois tenta evitar que na surdina mamem no erário pessoas comprometidas com o lado nefasto da política. Óbvio, não é, esta lei, panacéia que trará a solução para todos os males dentro do paço municipal, mas dá margem a uma fiscalização mais objetiva e aumenta sensivelmente a responsabilidade do prefeito.

O outro tema do título é música. Pensei nisso vendo, neste último domingo, o concerto da Orquestra Filarmônica de Jaraguá do Sul, na SCAR. Nem de longe sou especialista em música, quanto mais erudita. Apenas gosto muito. E fico ainda mais extasiado quando vejo que a qualidade dos grandes compositores mundiais é muito bem retratada pelos músicos locais.

O espetáculo de um concerto consiste basicamente na regência de um maestro e a união e sincronia dos músicos. De vez em quando se destaca um solista, mas que não teria o mesmo brilho se não houvesse todo o conjunto. Cordas, metais, percussões fazendo um trabalho uníssono.

No final das contas, é isso que se espera de um prefeito (ou governador ou presidente): que consiga reger sua orquestra de secretários e funcionários públicos como um maestro. E que os trabalhos, ao longo da gestão, fluam como boa música.

Danças folclóricas romenas.

Danças folclóricas romenas, de Béla Bartok (minha ignorância musical comentada no texto de segunda-feira não me deixa ter certeza se é exatamente essa a que tocou no Concerto mencionado):




terça-feira, 13 de novembro de 2012

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Concerto em Jaraguá do Sul.

Com C. O do com S falarei outro dia.

Nessa último domingo fui com minha namorada assistir ao Concerto da Orquestra Filarmônica de Jaraguá do Sul, na SCAR, do Projeto Caminhos da Música, com regência de Márcio Steuernagel.

Não entendo muito de música, ainda mais erudita, mas gosto muito. Desde pequeno ouvia os LPs das coleções dos meus pais. Meu ouvido pra isso é péssimo, o que me dificulta. Entretanto, tenho a convicção de que a música (a arte em geral, na realidade) tem um papel forte e importante para a revolução na educação e, consequentemente, na sociedade.

A partir de hoje colocarei vídeos aqui com as músicas deste concerto.

Hoje começo com Abertura Egmont, de Beethoven:



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Um quase deslize.


Na semana passada o assunto que fervia na Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul era a votação da lei que trata da ficha limpa para cargos comissionados na administração pública. Na realidade, não só na Casa de Leis municipal, mas em boa parte das discussões dos cidadãos mais preocupados.

E por pouco não se viu um deslize. Um grave deslize, na realidade.

Houve a tentativa de mudança da lei entre uma votação e outra. Se fosse ao estilo do vereador Ademar Winter (PSDB) eu não acharia tão estranho, pois o mesmo apresentou sua emenda e seus argumentos após a iniciativa dos vereadores Natália (PMDB), Jean (PCdoB), Francisco e Justino (ambos do PT). Concordar ou não com os argumentos do vereador é outra história, mas sua emenda estava dentro do razoável no jogo político.

A surpresa veio com a emenda apresentada pelos vereadores Natália e Jean. A emenda que indicavam mudava a lei que eles próprios apresentaram originariamente. Uma delicada mudança de um “ou” por um “e” que faria gigantesca diferença no frigir dos ovos.

O que chamou a atenção foi o fato de esta lei levar tanto tempo para ser votada e apenas quando foi para a segunda votação os vereadores citados resolverem mudar a redação da mesma. E mais atenção ainda que entre uma votação e outra a vereadora Natália foi exonerada do seu cargo na administração pública municipal e, em tese, seria diretamente atingida pela lei da ficha limpa local.

Não vou entrar no mérito se a exoneração da vereadora foi justa ou injusta. Não vi o processo administrativo para poder tecer qualquer comentário; ela afirma categoricamente que foi perseguição do marido da prefeita. Isso, agora, apenas a Justiça poderá dizer.

O problema, porém, é bem outro. As decisões tanto do executivo quanto do legislativo devem ser regidas por princípios bem claros e, inclusive, previstos constitucionalmente. E um destes princípios é justamente o da impessoalidade. Ou seja, as decisões não devem ser tomadas por ímpetos egoísticos ou visando proteger ou favorecer A ou B.

Ainda que não tenha sido esta a intenção da senhora vereadora (vamos lhe dar o direito da dúvida), pareceu ser. E como já se dizia na Roma antiga, “À mulher de César não basta ser honesta; tem que parecer ser honesta”. Em outras palavras, trazendo para a nossa realidade, o comportamento das pessoas que regem nossa vida (membros do executivo, legislativo e judiciário) deveria estar sempre acima de qualquer suspeita. Votar uma mudança que acaba diretamente lhe privilegiando dá margem a todo tipo de comentários...

Mas ainda bem que foi um quase deslize. Em tempo os vereadores perceberam o quanto a expectativa da sociedade era grande e voltaram atrás em sua emenda.

O bastão foi passado para o próximo prefeito. A população espera que ele atenda às leis, como o deve ser, tanto da ficha limpa quanto do antinepotismo. E, mais do que isso, que faça uma administração transparente, cumprindo as promessas de campanha.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Projeto Além da Pele.

Dica da advogada florianopolitana Rejane Sanchez.


Clique na figura para ampliar

Câmara aprova programa de recuperação fiscal.


O plenário da Câmara aprovou, em votação única, projeto de lei complementar que dispõe sobre o programa de regime especial para pagamento de créditos devidos à fazenda municipal em parcela única. A votação ocorreu na sessão da última quinta-feira, dia 1º.

A proposta foi incluída na pauta a pedido do vereador Jean Leutprecht. A solicitação foi feita de ofício pela juíza da Comarca, Cândida Inês Brugnoli, protocolado na tarde do dia 1º. No documento, lido por Leutprecht, ela fazia menção à Semana Nacional de Conciliação, organizada pelo Conselho Nacional de Justiça, a ser realizada de 7 a 14 de novembro, em que foram pautadas 350 audiências, todas relativas a execuções fiscais municipais.

Assim, a juíza solicitava a votação do projeto com a maior brevidade possível, “para garantir a maior efetividade ao evento, possibilitando aos contribuintes o adimplemento de débitos tributários judicializados e, por consequência, a baixa do número de processos em execução fiscal neste juízo”.

O projeto de lei complementar possibilita a quitação de débitos de pessoas físicas e jurídicas relativos a impostos, contribuição de melhoria e taxas, multas e preços públicos gerados até 31 de dezembro de 2011. A proposta é que o pagamento se dê a vista, com desconto de 100% da multa e 100% dos juros de mora incidentes até a data da opção, desde que realizada até o dia 7 de dezembro.

Fonte: Diretoria de Comunicação Social da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Comportamento e ética.

Palestra realizada na Escola de Governo da Amvali (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu), em Jaraguá do Sul, no último dia 30.10.


Os presentes foram bastante participativos, o que proporcionou uma troca de conhecimentos muito interessante.

A própria Escola de Governo é uma ideia fantástica, abrindo horizontes em diversas áreas para um público tão eclético.

Mais informações sobre a Escola de Governo, clique aqui.
Sobre a AMVALI, clique aqui.
E sobre a palestra de ontem, clique aqui.

Aprendendo com as crianças.


“Esses humanos que circulam / Pela cidade aí afora / Eu não aguento, eles querem me conquistar / Eu não aguento, eles querem me controlar / Querem me obrigar a ser do jeito que eles são / Cheios de certezas e vivendo de ilusão / Mas eu não sou nem quero ser igual a quem me diz / Que sendo igual eu posso ser feliz”

A música acima, do Supla (o filho rockeiro dos políticos Martha e Eduardo Suplicy), quando ainda capitaneava a banda Tókyo, era uma espécie de hino de revolta dos adolescentes dos anos 80. Ouvi muito. Ouço ainda, para um pouco de desespero da minha filha e da minha namorada.

Contudo, a letra ainda não perdeu sua verdade. Muitas pessoas vivem do modo que acham que os outros pensam que elas deveriam viver. Prendem-se, e não é raro, ao espelho dos outros. Bastante real aquele pensamento ou ditado que diz que existem quatro eus. O eu que eu acho que sou. O eu que os outros acham que sou. O eu que eu acho que os outros acham que sou. E o eu verdadeiro. Este muitas vezes difícil de encontrar.

Estamos viciados pelo que os outros pensam de nós. Pela moda ou pelos modismos, o que é pior. Pelo eterno medo de passar ridículo, mesmo quando o que queremos é apenas um pouco de diversão. Não, não estou pregando aqui a loucura total, a irresponsabilidade, ou qualquer devaneio desta natureza. Mas acredito piamente que seríamos (e me incluo nessa) muito mais vivos se pensássemos mais na nossa felicidade pura. Se nos despíssemos de conceitos e preconceitos. Se praticássemos um pouco mais do hedonismo.

Por que as crianças nos divertem? Porque são simples, são honestas, são sinceras. Porque quando não gostam, não gostam e pronto. Quando gostam, gostam de verdade. Aí vêm os adultos e dizem: “Agradece, filhinho, o presente que você ganhou” (uma meia). “Dá um beijo na titia, filhinha” (e a tia com aquele cheiro de perfume ardido). E lá se vai o que tem de mais precioso na criança: a espontaneidade.
“Ah, Raphael, mas temos que prepará-las para a vida, a não serem mal educadas, a agradecerem um presente bem intencionado.” Não nego nada disso, entretanto acredito que haja outras maneiras. E a principal forma é o exemplo que os pais, ou qualquer adulto, podem dar.

Minha filha já passou há muito da fase de brincar comigo no parquinho, mas as boas lembranças ficaram. Pensei, porém, no texto de hoje depois de pular na grama com o Joaquim, filho de um dos meus sócios, e ouvir as risadas e os comentários sobre frio e quente dele (do Joaquim, não do sócio). Depois de brincar no chão com minha sobrinha Izabele e ouví-la imitando as gargalhadas dos adultos com seus olhos mais que risonhos. Depois de jogar dominó gigante com meu afilhado Mateus também sentados nós dois no chão e vendo a alegria dele em conseguir completar as jogadas da maneira certa a ganhar as partidas. Todos com menos de três anos. Nessas horas até eu.

Só fico com medo desses humanos que circulam pela cidade aí afora, cheios de certeza e vivendo de ilusão. Muitas vezes esquecendo o quanto é bom serem felizes...

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Palestra: Comportamento e ética.


Para ver melhor clique aqui.

Avós desconhecem as orientações mais recentes de segurança ao cuidar dos netos, diz pesquisa.


Quem cuida do seu filho são os avós? Veja como conversar com seus pais ou sogros para que a relação continue boa, mas que eles levem em consideração a maneira como você acredita ser o melhor na hora de cuidar do seu filho. Confira.

Avós são pais pela segunda vez. Você, certamente, já ouviu esse ditado. Uma pesquisa divulgada pela Academia Americana de Pediatria mostrou que o número de avós que cuidam dos netos aumentou mais de 20% nos últimos dez anos nos Estados Unidos. Nesse país, são 2,87 milhões de avós cuidando dos netos. Aqui no Brasil, não existe um número oficial, mas os especialistas entrevistados para esta reportagem afirmam que a tendência se confirma.

Mas será que eles estão por dentro das mudanças que ocorreram nos últimos anos sobre o jeito de cuidar das crianças? Para descobrir isso, os pesquisadores entrevistaram 49 avós. Cada um deles teve que responder a um questionário com 15 perguntas sobre segurança de crianças de todas as idades.

Quando perguntados sobre a melhor posição para o bebê dormir, 33% disseram de costas, 23% de lado e 43,8% de barriga para cima. Vale lembrar que a Academia Americana de Pediatria (AAP) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam que as crianças durmam de barriga para cima. Essa é a posição mais segura para prevenir a morte súbita. Além disso, a criança respira melhor e tem menos risco de engasgo – caso vomite, ela vai girar a cabeça para o lado.

Nas perguntas sobre a posição correta da cadeirinha no carro, 24,5% responderam que crianças de até 10 quilos devem andar viradas de frente para o painel. No entanto, a recomendação é que elas usem o bebê-conforto e fiquem viradas de costas para o painel.

Outro ponto questionado foi em relação ao uso de protetores, bichos de pelúcia e cobertores no berço dos bebês. Apesar de a AAP e a SBP não recomendarem o uso de protetores de berço – porque aumentam o risco de sufocação e servem como trampolim para a criança se apoiar para sair do berço –, cerca de 49% dos avós acham que esses itens são importantes para garantir o conforto das crianças.

E o número mais expressivo da pesquisa é que 74% dos avós afirmaram que o andador estimula as crianças a andar. Se você também acredita que o acessório é importante, saiba que os riscos são grandes. Ele pode até dar mais independência aos bebês, mas eles ainda não têm maturidade física e emocional para tanta liberdade. Assim, ao se locomoverem rapidamente, pode ser que não dê tempo de você socorrer seu filho se ele estiver perto de escadas, tomadas e até do fogão. Outro ponto importante é que o acessório pode atrasar o desenvolvimento psicomotor da criança, fazendo com que ela leve mais tempo para ficar em pé e caminhar sem apoio.

Continue lendo no portal Diga não à erotização infantil clicando aqui.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Por causa do mensalão juiz anula efeitos da reforma da Previdência.


Um juiz da 1ª Vara da Fazenda de Belo Horizonte anulou os efeitos da reforma da Previdência, de 2003. Ele afirmou que, uma vez que a reforma só foi aprovada pelo Congresso com a compra de votos, como decidido pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, ela é inválida, bem como seus efeitos. O juiz Geraldo Claret de Arantes disse que as leis aprovadas dessa maneira têm vícios de decoro parlamentar. A decisão é do dia 3 de outubro.

O juiz determinou o reajuste no pagamento de pensão de um servidor público morto em 2004. O julgado vale somente para o caso específico. Mas a polêmica sobre a invalidade das leis aprovadas já foi levantada durante o julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, pelo ministro Ricardo Lewandowski, revisor da ação.

Os ministros do Supremo julgaram que houve compra de apoio político no primeiro mandato do governo Lula para que parlamentares votassem a favor de leis de interesse do governo. Entre os projetos que, segundo o Supremo, foram negociados dessa forma, está a Emenda Constitucional 41/2003, a reforma da Previdência.

O juiz citou a tese do ministro relator, Joaquim Barbosa, seguida pela maioria dos ministros do Supremo, de que a EC 41/2003 foi fruto não da vontade popular representada pelos parlamentares, mas da compra de tais votos. Isso, diz Claret, “destrói o sistema de garantias fundamentais do Estado Democrático de Direito”.

O juiz fez referência à teoria dos “frutos da árvore envenenada”, utilizada na jurisprudência do Direito Penal, declarando que a EC 41/2003 é fruto da árvore envenenada pela corrupção da livre vontade dos parlamentares, ferindo a soberania popular, em troca de dinheiro.

Pelo menos cinco ministros do Supremo sinalizaram, durante o julgamento do mensalão, que são contra anular as reformas aprovadas com a compra de votos que os levou a condenar os réus da AP 470. O ministro Gilmar Mendes disse, no dia 9 de outubro, que a legalidade das reformas está mantida. Embora sem adiantar votos, o posicionamento foi seguido pelos ministros Luiz Fux, Rosa Weber e pelo relator do processo, ministro Joaquim Barbosa.

O revisor do caso, ministro Lewandowski concordou com os colegas, mas disse que a questão “se revela muito problemática”. Com informações da Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Fonte: Portal Conjur.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Admirável velho mundo novo.



Esta última segunda-feira, em mais um capítulo das palestras e debates sobre governança corporativa promovidos pela Associação Empresarial de Jaraguá do Sul – ACIJS (diga-se de passagem, interessante e importante iniciativa desta Diretoria no que concerne à contribuição aos seus associados para reflexão e aprendizagem no mundo empresarial), os presentes na plenária foram brindados pelas palavras do executivo e advogado Gerd Edgar Baumer.

Mais do que sua experiência sobre governança corporativa ou sucessão na gestão empresarial, tema da noite, o senhor Gerd Baumer demonstrou como a atenção, o foco, a preparação, o respeito e a transparência são importantes para a sobrevivência de uma empresa e para o relacionamento entre as pessoas. E tudo isso sem seja necessário perder a simplicidade.

Ao falar dos pequenos que visitam seu escritório, que alguns chamam de museu, segundo ele, e se espantam com a máquina de escrever sem a tecla “delete”, o senhor Baumer me fez lembrar das máquinas de escrever do meu pai que eu gostava de brincar, nas quais eu aprendi a datilografar (verbo que está em desuso). Quem lembra dos cursos de datilografia? E dos lápis borracha ou fitas especiais para apagar os erros datilográficos? Minha filha também se divertiu muito em uma dessas máquinas de escrever.

As palavras do senhor Baumer também me levaram a uns 13 ou 14 anos atrás quando minha filha, aos quatro ou cinco anos, “descobriu” os discos de vinil ou lps ou long play. “O que é isso, pai?” Foi na casa de praia dos meus pais, e eu peguei aquele “cd gigante de dois lados” e coloquei no toca-discos. E ela dançou com as músicas que eu e meus irmãos ouvíamos na infância do Balão Mágico, Trem da Alegria, Fofão, entre outros que não lembro agora. E escutou meus discos de adolescente da Blitz, Titãs, RPM, The B52’s, Michael Jackson, Midnight Oil, Hoodoo Gurus, entre tantos outros. Hoje, com um aparelho que toca estes “cds gigantes e pretos” lá em casa, volta e meia coloco algum bolachão para ouvir. Não consegui livrá-la completamente desses pseudo-sertanejo e pseudo-pagode que tocam hoje em dia, travestidos de universitários, mas ela conhece tanto os eruditos clássicos como Vivaldi e Bethoven como os clássicos do rock nacional e internacional.

A palestra do senhor Baumer lembrou-me também um livro do escritor argentino Ernesto Sabato, quando disse que hoje em dia as pessoas estão conectadas o tempo todo e boa parte da juventude se fala apenas pelos computadores, tabletes ou telefones celulares.

Sabato dizia, por exemplo, que a televisão nos tantaniza. Que ficamos na frente daquela tela brilhante como as mariposas ou mosquitos ficam se batendo na luz. Acredito eu que em alguns momentos nosso cérebro é cegado pelos raios de luzes e cores que saem das telas das televisões cada vez maiores.

Os sábios senhores Baumer e Sabato nos lembram que é importante termos tempo para apreciarmos o que está a nossa volta, sem aquela pressa e urgência que a tecnologia nos impôs. Quem hoje caminha com calma pelas nossas ruas e admira uma árvore, uma flor ou mesmo a forma de uma nuvem no céu?

Aproveito, encerrando, para fazer uma pergunta que me chamou a atenção paradoxalmente na internet: quando foi a última vez que você fez alguma coisa pela primeira vez?

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Transição de governo.


Texto de Fernanda Klitzke.

O resultado da democracia, confirmado nas urnas através do voto, é o marco inicial de uma Transição. No entanto, não é suficiente a disseminação da teoria de tudo aquilo que foi pautado durante a campanha eleitoral, através da distribuição de Planos de Governo; necessário sim, o esforço prático para a concretização de um dos passos mais importantes deste “novo tempo” que é a Transição de Governo.

Apesar da desatenção de muitos governantes para tal fato, o certo é que a instituição de equipe de transição pelo candidato eleito, criação de cargos e demais providências a serem tomadas concernentes à entrega da máquina pública ao novo Chefe do Poder Executivo, estão previstas em lei e assim devem ser observadas.

A equipe de transição deve ter como objetivo inteirar-se do funcionamento dos órgãos e entidades que compõem a Administração Pública e preparar os atos de iniciativa do novo representante, a serem editados imediatamente após a posse. Desta forma, os membros da equipe de transição deverão ser indicados pelo candidato eleito e terão acesso às informações relativas às contas públicas, aos programas e aos projetos do Governo que se encerra.

O Projeto de Lei nº 396/2007, atualmente tramitando na Câmara dos Deputados, visa que a equipe de transição administrativa seja mista, composta de participantes dos dois governos, com possibilidade de responsabilização dos membros da comissão por atos que culminem em queima de arquivo, danificação de equipamentos públicos e instalações, com todas as sanções administrativas cabíveis, além de multa e obrigação de reparar os danos causados, visando evitar tentativas de sabotar o novo governo. Que, aliás, também é uma forma de resguardar o gestor que deixa o cargo.

A recomendação é que desde o menor Município utilize-se desta postura, através da aprovação, de lei específica, de modo a implementar atos mínimos, como por exemplo, a elaboração de relatório pormenorizado da situação de cada uma das unidades administrativas, órgãos e entidades.

A designação de advogado com conhecimento em Direito Público e contador especialista em Finanças e Contabilidade Pública, para emissão de pareceres e certificações quanto ao valor das receitas e dívidas municipais e outras questões que demandem o conhecimento profissional, além da promoção de um inventário pormenorizado de todos os convênios e outros instrumentos congêneres, são essenciais para a consumação eficaz da Transição.

Em 2002, no último ano de mandato de Fernando Henrique Cardoso, o país testemunhou um dos mais civilizados atos da democracia; a formação de uma Comissão de Transição que teve por objetivo, de maneira transparente, entregar a máquina pública com um nível de conhecimento máximo sobre a situação dos direitos e obrigações que o Governo de Lula iria herdar. Exemplo a ser seguido!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

domingo, 21 de outubro de 2012

sábado, 20 de outubro de 2012

Vida Maria

Dica do meu irmão Alexandre.



Mudar e deixar mudar e fazer algo para mudar.


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Igreja Universal indenizará Xuxa por danos morais.


A juíza de Direito Flávia de Almeida Viveiros de Castro, da 6ª vara Cível do RJ, condenou a Editora Gráfica Universal, que edita o jornal da Igreja Universal do Reino de Deus, a indenizar a Xuxa em R$ 150 mil por danos morais. Texto do jornal afirmava que a apresentadora vendera "a alma para o Demônio por US$ 100 milhões".

De acordo com a magistrada, não há na reportagem um traço sequer de informação, mas sim de muita especulação, sem que tenha sido dada à autora a oportunidade de ser ouvida sobre o seu teor.

A matéria também trazia várias imagens de Xuxa associadas às expressões "EXU/LÚCIFER E SANGUE". Segundo a juíza, houve o uso não autorizado da imagem da autora, "com a intenção claríssima de denegri-la, o que o direito não autoriza".

"Quem publica o que quer, com manchete sensacionalista e texto estapafúrdio sobre famosos que teriam se deixado seduzir pelo mal' e monta fotos, legendando-as com palavras que evocam um suposto culto da autora pelo diabo, deve ser responsabilizado pelo dano moral causado", ressaltou Flávia.

Fonte com a íntegra da decisão: Portal Migalhas.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

TJ-SP suspende júri de PM após advogado ser ameaçado.


Marcado para o próximo dia 23 de outubro, no Fórum de Santos, após ser adiado por duas vezes, o julgamento de um soldado da Polícia Militar acusado de um homicídio consumado e oito tentativas também não ocorrerá nessa data. O Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu a sessão até ser apreciado o mérito de pedido de desaforamento (deslocamento do júri para outra comarca) formulado pela defesa.

Após o segundo adiamento do júri, o advogado Alex Sandro Ochsendorf, defensor do soldado, foi hostilizado por populares no saguão do Fórum de Santos, que o chamaram de “assassino” e o ameaçaram. Disseram que “vai sair ladrão da cadeia para matar você e a sua família”. Além disso, uma mulher o agrediu com um tapa no rosto.

Tais fatos forçaram uma mudança de hábitos na vida do advogado e de sua família, motivando-o a registrar no 1º DP de Santos Boletim de Ocorrência de “injúria real, coação no curso do processo e ameaça”. Ele ainda requereu o desaforamento do júri, com pedido liminar, para suspender a sessão até que seja apreciado o mérito. O desembargador Fábio Gouvêa, da 10ª Câmara Criminal do TJ paulista, concedeu a liminar.

Gouvêa atuará como relator do requerimento de desaforamento e, conforme seu despacho, “a análise sumária dos argumentos expostos na inicial (no pedido) evidencia a possibilidade da suspensão”. O desembargador considerou o temor do advogado, segundo o qual há riscos à integridade física do réu e dele próprio, além do risco de falta de imparcialidade dos jurados, que também poderiam ser ameaçados.

A primeira sessão foi marcada para o dia 25 de junho. Porém, por causa da falta de uma testemunha considerada “imprescindível” pela defesa, o juiz Antonio Álvaro Castello redesignou o júri para 7 de agosto. Na segunda data, o defensor do réu requereu o adiamento em razão das ausências de quatro das 35 testemunhas indicadas pelas partes e intimadas para o julgamento.

Ochsendorf também alegou no segundo pedido de adiamento que o laudo do exame de corpo de delito de uma das vítimas não estava assinado pelo médico que a examinou. Após a observação do advogado, o juiz Castello determinou a retirada do documento do processo, a fim de ser providenciada a assinatura que faltava. Sanado o problema, o laudo foi reencartado ao processo.

O advogado do soldado frisou no seu pedido de desaforamento que não interpôs durante a ação penal qualquer recurso ou se valeu de expedientes protelatórios, porque sempre quis um julgamento célere pelo Conselho de Sentença. No entanto, em nome dessa rapidez, ele disse não poder comprometer a defesa do cliente no plenário do júri e nem a tranquilidade que deve ter os sete jurados sorteados para julgar a causa.

Por considerar a Baixada Santista uma “região onde praticamente não existe fronteiras”, Ochsendorf destacou em seu pedido ao TJ-SP que transferir o júri de Santos para uma cidade vizinha não resolveria os problemas já detectados. Por isso, ele sugeriu o desaforamento para o Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo.

Entenda melhor o caso, continuando a ler clicando aqui.

Fonte: Portal Conjur.

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É necessário que as pessoas entendam que advogado e cliente não são a mesma pessoa. E, mais do que isso, além de todos terem direito à ampla defesa e todos os meios a ela inerentes, este acesso significa a defesa de toda a sociedade e da democracia. O dia que qualquer pessoa for tolhida desta possibilidade, toda a sociedade estará correndo um gigantesco e nefasto risco...

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Talibestas.


Já escrevi aqui sobre o que as religiões podem fazer com o ser humano. Ou o que os seres ditos humanos podem fazer em nome da religião com outros seres humanos, normalmente inocentes e que nada têm a ver com o exagero alheio. Milhões de mortes podem ser contabilizadas na conta desta intransigência teológica. Por isso sempre alimentei – e continuo alimentando – minhas desconfianças com tudo o que é radical, principalmente quando se trata de religião.

Agora vemos mais um capítulo desta tristíssima história de irracionalidade religiosa. Todos os jornais, escritos e televisivos, trataram do episódio envolvendo Malala Yousafzai, a menina que foi baleada em um ônibus pelos talebans por defender a educação em sua terra, em especial para as meninas e mulheres.

Dois parênteses muito particulares. Em primeiro lugar, esta menina já é uma de minhas heroínas. Um breve histórico da vida dela, a seguir, pode justificar aos leitores minha opinião. O segundo ponto, passarei a tratar os talebans (talibãs, talebãs ou talibans, como queiram) de talebestas daqui em diante.

O taleban é um movimento fundamentalista islâmico nacionalista difundido no Paquistão e no Afeganistão, sendo que neste país tomou o poder entre 1996 e 2001 (lamentável período onde arte e educação foram dizimadas pelos radicais, inclusive com a destruição dos gigantescos Budas de Bamiyan, patrimônio da humanidade que tinham sobrevivido a mais de 1500 anos).

A bem da verdade os radicais talebestas foram armados e preparados pelos Estados Unidos na década de 1980 para que combatessem os soviéticos que queriam dominar o Afeganistão. Como se viu com as Torres Gêmeas, no malfadado 11 de setembro, o feitiço virou contra o feiticeiro.

Malala Yousafzai é o outro lado da moeda. O lado bom da moeda. O lado da luta, da vontade, da consciência, da liberdade, da esperança, da gana (no bom sentido), do futuro, do multitudo.

Malala é uma estudante paquistanesa, nascida em 1997, que passou a ser mundialmente conhecida pelo seu ativismo em favor dos direitos das mulheres, especialmente no que se refere aos estudos, eis que na região que morava, no Vale do Swat (Paquistão), as meninas eram proibidas de frequentar a escola. Em 2009, ou seja, com poucos 11 anos de idade, Malala ganhou visibilidade por conta do blog que escrevia para a rede BBC falando de sua vida e dando seu ponto de vista sobre os problemas da região. Já ganhou diversos prêmios pela paz, destacando-se o Prêmio Paz Internacional da Criança Desmond Tutu e o Prêmio Nacional da Paz do Paquistão.

Infelizmente, porém, um talebesta atirou na menina atingindo sua cabeça e pescoço quando ela voltava para casa, vindo da escola que tanto defendeu. Seu estado é crítico, mas já conseguiu ser transferida para a Inglaterra. Os talebestas continuam a ameaçá-la dizendo que se sobreviver a esse covarde ataque não descansarão enquanto não a matarem.

Lamentável.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

ALERJ não terá que retirar discurso de deputada do site.


A 1ª câmara Cível do TJ/RJ negou provimento a ação do atual secretário de segurança pública da BA Maurício Teles Barbosa. O autor pedia a retirada de qualquer referência a um trecho do discurso feito pela deputada Estadual Cidinha Campos, em agosto de 2003, do site da Alerj e do Google, em que a parlamentar teria acusado-o de cometer os crimes de prevaricação e formação de quadrilha quando ele ainda trabalhava como delegado Federal no RJ.

Para o desembargador Maldonado de Carvalho, relator, a imunidade parlamentar garante o exercício da atividade com a mais ampla liberdade de manifestação, logo os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.

“A imunidade material, portanto, descaracteriza a ilicitude e impede que o parlamentar responda, civil ou criminalmente, por eventual lesão moral. Assim, caracterizada a pertinência com o mandato e o interesse de determinada parcela do funcionalismo estadual quanto ao assunto abordado na opinião do Parlamentar no exercício de seu mandato, não há como prosperar o pedido direcionado a obrigação de fazer, nos termos em que foi requerido”, ressaltou o magistrado.

Processo : 0097909-54.2011.8.19.0001

Fonte: Portal Migalhas.

Para quem quiser ver um outro discurso da Deputada Cidinha Campos, dos mais contundentes que já vi, contra "os que mamam":




segunda-feira, 15 de outubro de 2012

OAB divulga calendário com datas dos próximos exames.


O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulga hoje (11) um calendário completo com as datas de divulgação de editais e realização das próximas edições do Exame de Ordem Unificado, incluindo o último Exame de 2012 (a ser lançado em 12 de novembro) e os três que serão realizados no ano de 2013. O calendário traz todas as datas em que os editais serão divulgados, o período de inscrições e as datas das provas objetiva (primeira fase) e prático-profissional (segunda fase), de agora até o último Exame do ano de 2013.

O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, afirmou que a divulgação do calendário com antecedência é importante, pois mostra que a OAB vem investindo em planejamento, profissionalização e oferecendo ao candidato a chance de se organizar. “Estamos aperfeiçoando cada vez mais o Exame e possibilitando que os examinandos possam compatibilizar os objetivos de estudo com o trabalho e estabelecer toda uma estratégia de estudos, se preparando melhor para quando optarem por prestar as provas", afirmou.

O calendário foi definido na última reunião da Diretoria do Conselho Federal da OAB, realizada esta semana. O IX Exame – última edição de 2012 – será lançado no dia 12 de novembro. Já as três edições do Exame Unificado de 2013 terão editais divulgados em 22 de março (X Exame), 12 de julho (XI Exame) e 4 de novembro (XII Exame).


Fonte: Portal OAB.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Informação importante.

Frases e procedimentos para sobreviver a uma mulher com TPM nas situações do dia-a-dia:

Você chega em casa com aquela fome...


PERIGOSO
: O que tem pro jantar?
SEGURO
: Posso te ajudar com o jantar?
SEGURÍSSIMO
: Onde você quer ir pra jantar?
ULTRA-SEGURO
: Aqui, come esse chocolate.

Vocês vão a uma festa e ela diz: Amor já estou pronta...


PERIGOSO
: Você vai vestir ISSO?
SEGURO
: Nossa, você fica bem de marrom!
SEGURÍSSIMO
: Uau! Tá uma gata!
ULTRA-SEGURO
: Aqui, come esse chocolate.

Ela diz: Como você é grosso!


PERIGOSO
: Tá nervosa por quê?
SEGURO
: Tudo bem que eu poderia ter avisado, assumo meu erro!
SEGURÍSSIMO
: Vem, deixa eu te fazer um carinho...
ULTRA-SEGURO
: Aqui, come esse chocolate.

Na hora daquele super almoço de domingo...


PERIGOSO
: Será que você devia comer isso?
SEGURO
: Sabe, ainda tem bastante maçã.
SEGURÍSSIMO
: Quer um 
copo de vinho pra acompanhar?
ULTRA-SEGURO
: Aqui, come esse chocolate.

Você chega em casa tarde, e ela está sentada no sofá...


PERIGOSO
: O que você fez o dia todo?
SEGURO
: Espero que você não tenha trabalhado demais hoje amor.
SEGURÍSSIMO
: Adoro quando você usa esse baby doll!
ULTRA-SEGURO
: Aqui, come esse chocolate.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Magistrado rubro-negro.

Dica do empresário Dinael Chiodini, que viu no Extra Globo.com:


A Vossa Excelência é rubro-negra. Por baixo da toga, havia o manto. E pobre das partes. Na sentença de um processo movido por um cliente vascaíno contra a Sky, da última segunda-feira, o juiz André Luiz Nicollit pôs a paixão com pitada de ironia na ponta dos dedos no Juizado Especial Cível de Cachoeira de Macacu:

“É bem verdade que sua pretensão seria assistir aos jogos do Vasco da Gama, o que de certa forma atenua a proporção do dano, pois não é possível comparar a frustração de não poder ver um jogo de times que já frequentaram a segunda ou a terceira divisão com aqueles que nunca estiveram nestes submundos..”

Rubro-negro de arquibancada, fã de Zico, André, de 39 anos, assina embaixo da sentença. Ao tomar conhecimento de que o autor da ação era vascaíno e o advogado da empresa, um tricolor, o juiz, conforme diz, quis colocar tudo no seu devido lugar.

- O autor da ação queria ver os jogos do Vasco. O advogado era Fluminense. Sabendo disso, fiz a brincadeira. Obviamente, aproveitei para colocar o Flamengo na sua devida posição de destaque - disse o juiz, que guarda na memória recente a virada do Rubro-negro sobre o Fluminense (5 a 3) em 2010 e a vitória de 5 a 4 sobre o Santos, com show de Ronaldinho Gaúcho, em 2011. - Sou torcedor de estádio.

André Nicollitt sustenta que o juizado especial é dotado de informalidade, o que até “aproxima o magistrado das partes”. Num trecho, ele ainda sentencia para justificar a indenização de R$ 2 mil ao vascaíno: “Exemplificando, se fosse o Fluminense, por ter jogado a terceira, valor ínfimo, o Vasco e o Botafogo, por terem jogado a Segundona, um pouco maior, já o glorioso Clube de Regatas do Flamengo, que jamais frequentou ou frequentará tais submundos, o dano seria expressivo”.

- A brincadeira não tem relação com a causa em si. Foi uma pontada de humor - disse, garantindo isenção caso tenha um dia que julgar uma ação do Flamengo contra um dos rivais.

Veja a foto clicando aqui.