Bacafá

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Férias: última parada.

Como já dito na última postagem sobre as férias sem destino, a única coisa certa dessa temporada era o show da Amy Winehouse, o que, convenhamos, não é certeza alguma, dado o histórico de furos que a cantora já deu mundo afora.

Mas ela não só apareceu no horário, como cantou à base de (supostamente) garrafas de água mineral. Mas antes de falar dela, falemos das apresentações que abriram o Soul Festival em Florianópolis.

Mayer Hawthorne abriu o festival com suas músicas animadas. O inglês foi o que mais interagiu com o público entre os três cantores da noite. Não sei se não o avisaram, mas em Florianópolis no verão faz calor. E ele se apresentou, cantando, dançando e pulando, com seu traje de paletó e gravata borboleta. O resultado era visível: terminou encharcado. Talvez as músicas mais dançantes e divertidas da noite foram as dele. Abaixo o clipe mais, como dizer, florido do cantor.



A segunda apresentação foi de Janelle Monáe, da qual, por ser totalmente desconhecida pra mim, comprei o último CD dela para me adaptar com as músicas. São músicas, digamos, um pouco diferentes e que, pelo menos no meu caso, precisam ser ouvidas mais de uma vez para o cérebro se acostumar (no encarte as explicações das inspirações que ela apresenta para cada música oscilam entre o estranho e o engraçado). Mas estou gostando. No palco, foi o show mais performático da noite e o guitarrista dela é um figuraço! Foi um show bem montado e só. Interação zero. Ainda sim foi um muito bom show. Veio, cantou, pulou a apresentação inteira (acho que a mulher colocou o dedo na tomada antes de entrar) e foi embora. Detalhe: ela ia emendando uma música na outra como se não precisasse respirar...



Por fim, o show mais esperado da noite: a popstar maluca Amy Winehouse. Quando ela apareceu no palco, boa parte do público foi ao delírio. Bastou ela soltar a primeira nota da garganta pra perceber que a mulher tem um vozeirão de verdade mesmo. É impressionante como aquilo sai sem ela fazer força nenhuma. Tudo bem que uma ou outra vez ela desafinou ou esqueceu a letra da música. Tudo bem também que ela sumiu duas vezes do palco, e numa delas deixou a banda meio perdida, fazendo os backing vocals dela improvisarem e cantarem alguma música. Tudo bem também que ela aparentemente não sabe dançar (e nem precisa saber) e que não havia uma lista de músicas previamente ajustada (ou se havia, ela tinha esquecido e por isso paravam sempre entre uma e outra para se acertarem no palco), tudo bem, por fim, que eu acho que ela fez um tipo de mulher perturbada, mais do que realmente deve ser. De todo modo, é de arrepiar ver um coro de aproximadamente 12.000 pessoas cantando com ela e vibrando e dançando and go and go and go...

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