Bacafá

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sábado, 4 de setembro de 2010

Da arquibancada - o melhor show da terra.

Final de semana retrasado, quando fomos (Gabriela e eu) para São Paulo visitar a Bienal Internacional do Livro, aproveitamos e conhecemos, também, o Museu do Futebol, por sugestão do nosso anfitrião e cicerone Elton, e ainda na companhia do amigo Patrick. Muitas fotos interessantes, muitas informações curiosíssimas, muitas peças raras, muitas coisas bonitas e outras engraçadas, muitos vídeos, muitas narrações históricas.

Mas é fato: não tem nada mais bonito no futebol (e não estou comparando à razão do futebol que é, bem ou mal, de sorte ou de categoria, chorado ou direto, o GOL) do que a torcida na arquibancada.

A parte que mais gostei, que mais me chamou atenção, que mais me emocionou foi a da projeção das torcidas nas arquibancadas, em vídeos sobrepostos, com aquele barulho que mistura música, gritos de guerra, gritos de euforia, lamentações, vibrações, xingamentos, rezas, tudo ao mesmo tempo, alto suficiente para nos imaginarmos lá dentro.

Quem já foi a um jogo de futebol com estádio cheio sabe do que falo. Pode ser aqui no João Marcatto, de Jaraguá do Sul, para torcer pelo Juventus, pode ser na final do Campeonato Carioca, no Maracanã, para ver o Flamengo ser campeão mais uma vez, a sensação é muito boa. A vibração, a alegria, a energia.

De todos – e não foram muitos – os momentos vendo o jogo como torcedor nas arquibancadas, três me trazem boas lembranças justamente por conta dos sentimentos que descrevi acima.

Joinville x Corinthians, em algum momento da minha infância, que fui com meu pai para o Ernestão, nos áureos tempos do JEC, octacampeão estadual e que enfrentava de igual para igual qualquer time no Campeonato Brasileiro. Na época jogava Casagrande, com seu cabelão, e que era xingado pela torcida joinvillense de nomes que eu nem conhecia naquela época ainda. Não lembro do resultado, mas lembro da vibração da torcida, das arquibancadas lotadas, da minha alegria de participar daquilo com meu pai.

Juventus (de Jaraguá do Sul) x Figueirense, no João Marcatto, líderes do Campeonato Catarinense, acredito que uns quatro ou cinco anos atrás, quando o time da casa buscou o resultado negativo de 2x0 e empatou o jogo no segundo tempo. O estádio estava cheio e naquele dia minha filha virou Juventina de coração, pulando, vibrando, cantando, gritando e balançando o boné junto com a torcida inteira no campo.

Flamengo x Botafogo, no Maracanã, em 2009, quando o fomos penta-tri-campeões, com a vitória nos pênaltis, depois do Flamengo deixar empatar um jogo que havia ido para intervalo com 2x0. A Gabriela saiu de lá com uma camisa nova do Flamengo e nós dois roucos. A beleza daquela torcida, as bandeiras e os bandeirões, as músicas, a loucura, é tudo inexplicável.

Para quem nunca foi a um estádio em dia de casa cheia, em dia de final ou jogo valendo classificação, mesmo que não goste de futebol, mesmo que falem tanto da violência, eu recomendo. É uma das experiências da vida que vale a pena ser experimentada.

As fotos são do Maracanã, em 2009.

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