Bacafá

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quarta-feira, 27 de julho de 2011

A velocidade do cyberbullying.

Perfis falsos em redes sociais, e-mails ofensivos, insultos e divulgação de fotos constrangedoras na web O bullying não é mais exclusividade das áreas escolares. A prática se prolifera no mundo virtual, com consequências ainda mais devastadoras.

Dados da pesquisa “Bullying no Ambiente Escolar” mostram que 17% dos alunos entrevistados já praticaram ciberbullying e 16,8% foram vítimas.

Realizado e apresentado no ano passado pela ONG Plan Brasil, o levantamento ouviu 5.168 estudantes de cinco regiões do Brasil.

“A Internet é hoje um facilitador para as práticas de bullying e de outras formas de crime”, diz Cleodelice Zonato Fante, educadora e autora de três livros sobre esse tema. “O ciberbullying é ainda mais preocupante porque a vítima não consegue identificar os agressores.”

A pesquisa da Plan Brasil apontou ainda que a maior parte das agressões no mundo virtual parte dos meninos. O envio de e-mails ofensivos é a forma mais tradicional.

Já entre as meninas, prevalecem os maus tratos promovidos nos sites de relacionamento.

Dados de um estudo conduzido pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil revelam que 6 a cada 10 crianças de 5 a 9 anos já usam o computador. Dessas, 2 em cada 10 usam a Internet para navegar e 9 a cada 10 para jogar.

Um dos diferenciais entre o bullying e o ciberbullying é a repetição, explica Luciene Regina Paulino Tognetta, coordenadora da pesquisa de virtudes e afetividade do Grupo de Estudos e Pesquisa com Educação Moral da Universidade de Campinas (Unicamp).

“No ciberbullying, pelo próprio aspecto da tecnologia e pela velocidade da disseminação da informação, não existe a necessidade da repetição”, comenta. “Uma vez postado, está criado o problema.”

Os prejuízos podem ser ainda mais cruéis às vítimas, dizem especialistas. Embora não exista o trauma da agressão presencial, o potencial de disseminação das ofensas é muito maior.

A mágoa, raiva e tristeza provocadas nas vítimas acabam sendo potencializadas. Para Luciene, que tem experiência na área de Psicologia com ênfase em Desenvolvimento Social e da Personalidade, falta ética e respeito aos praticantes do ciberbullying.

“As crianças e os jovens já sabem o que podem e o que não podem fazer”, diz. “Quando praticam uma agressão dessas, atestam uma falta de limite à própria intimidade e de respeito a si mesmo e ao outro.”

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