Matéria publicada no Portal ClickRBS e remetida para o blog pelo advogado Edemar Utpadel.
"Uma blitz de trânsito terminou em confusão entre policiais militares e uma desembargadora do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ), em Florianópolis. O caso envolve a desembargadora Rejane Andersen e a suposta tentativa dela em liberar o carro do filho apreendido por transitar com documentação vencida. Um dos policiais gravou um vídeo no telefone celular em que a magistrada aparece exaltada e discutindo com os soldados."
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Se foi a Desembargadora mesmo que utilizou a fatídica expressão "Você sabe quem eu sou?", deveria ter um pouquinho, mas um pouquinho só, de hombridade e pedir seu afastamento do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Não podemos ter como julgadores pessoas que se sentem acima da lei e acima de outros agentes da lei, como são os policiais. Como disse um deles: "A senhora deveria dar um exemplo melhor". É, Desembargadora, a senhora realmente deveria prestar mais atenção em seus próprios atos para poder julgar os dos outros.
Diga-se de passagem que o Código de Ética da Magistratura trata expressamente que (Art. 2º) "Ao magistrado impõe-se primar pelo respeito à Constituição da República e às leis do País, buscando o fortalecimento das instituições e a plena realização dos valores democráticos", (Art. 15) "A integridade de conduta do magistrado fora do âmbito estrito da atividade jurisdicional contribui para uma fundada confiança dos cidadãos na judicatura", (Art. 16) "O magistrado deve comportar-se na vida privada de modo a dignificar a função, cônscio de que o exercício da atividade jurisdicional impõe restrições e exigências pessoais distintas das acometidas aos cidadãos em geral" e (Art. 37) "Ao magistrado é vedado procedimento incompatível com a dignidade, a honra e o decoro de suas funções".
Se as informações publicadas na imprensa se confirmarem, fico muito preocupado.
2 comentários:
Inacreditável !!
São atitudes assim que nos fazem refletir sobre aquela máxima milenar "quem guardará os guardiões".
Por sorte esta "preclara" desembargadora foi filmada, mas sabe-se lá, quantos magistrados não comportam-se de igual maneira sob suas vestes talares ??
Fica a dúvida e a preocupação...
Jackson Kalfels
É por essas e outras que em minha opinião cada situação de abordagem policial deveria ser gravada.
Não importa quem seja a lei é feita para todos, e no caso dela ela é quem deveria dar o exemplo e não tomar esse tipo de atitude.
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