Mais um livro de Carlos Henrique Schroeder (dentre aqueles das minhas leituras - muito - atrasadas). Bom e contundente, como já me acostumei aos livros dele. Desta vez, contos bem elaborados, insistentes, persuasivos, chocantes até (o que não é propriamente uma novidade).
"A loucura é um fio enrolado num carretel de sonhos."
Outros fluindo com surpreendente leveza (sem fugir da contudência natural do autor), dos quais destaco aquele que saiu na coletânea em homenagem a Renato Russo, "O tempo que resta".
Traz, em suas histórias, um repertório gigante de referências a grandes autores, o que acaba por justificar a qualidade de seu trabalho.
"O amor e a morte sempre serão nossas sombras."
Transcrevo um trecho de "Adorável":
"Coincidentemente ela chegou quando eu lia um trecho onde Barthes discorria sobre "o que os gregos chamam de charris: o brilho dos olhos, a beleza luminosa do corpo, replandecência do ser desejável". Limitei-me a sorrir, quando, na verdade, deveria repetir o conceito de charris para ela."
Um comentário:
Adorei.
Postar um comentário