Bacafá

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Curiosidade simples.

Ouvindo, lendo e vendo tantas reportagens sobre a prisão do ex-Demo José Roberto Panetone Arruda, Governador do Distrito Federal, me bateu uma curiosidade simples. Ou nem tão simples.

Considerando a desfaçatez e o cinismo desse indivíduo que se julga superior (sim, pois um político que sai corrido do Senado por falcatruas, volta a cena política, consegue se eleger deputado federal sabe-se lá com que "estratégias políticas", depois governador, e tem a petulância de dizer que não tem nada demais ao ser pego em imagens forrando as meias de dinheiro, só pode se considerar um todo-poderoso - deus nos arruda!!! - ou então que somos todos os brasileiros uns idiotas acéfalos), fiquei imaginando o que ele estaria pensando ao ser preso. E mais, ao passar a noite no prédio da Polícia Federal, com um colchão ou sofá para dormir (quando escrevi isso, ainda não estava claro).

Será que ele pensa que tudo o que fez é normal?
Que vai sair de lá e continuar o butim nos cofres públicos?
Que é realmente superior e isso foi apenas um percalço decorrente de um julgador não previamente avisado?
Que o colchão era muito fino ou o sofá muito duro?
Ou estava simplesmente preocupado com o que não poderia arrecadar (para seus próprios bolsos, quero dizer) nestes dias de reclusão?

Se há poucas coisas que me deixam realmente aborrecidos, uma delas era ver esse excomungado na televisão com a cara mais deslavada do mundo continuando seu passeio sobre o erário. Realmente causava náuseas.

A prisão dele, embora se saiba não por muito tempo, foi uma leve lavada na alma dos brasileiros que ainda acreditam que algumas mudanças podem ser feitas. No post anterior falei do Observatório Social. É um dos caminhos para que possamos defenestrar maus políticos e maus gestores do dinheiro públicos como esse pérfido.

Um comentário:

Anônimo disse...

Infelizmente esse pústula é apenas um dos tantos safados nesse país...

Na minha juventude, tinha como colega de trabalho um senhor de mais de 60 anos, que era declaradamente à favor da pena de morte. Quando eu argumentava que a pena não resolveria o problema da criminalidade, ele refutava, dizendo: "Resolve! Porque se numa sala tiver 20 cobras e você matar uma, ficam apenas 19."


Certamente o senhor Sebastião Ferreira Jó, já esteja morto, mas hoje, já tendo do meio do caminho para a idade que o Sr. Sebastião tinha à época, começo a pensar que ele tinha razão. E vendo exemplos como esses do arruda, lula, genoíno, dirceu, etc... etc... etc... lamento muito, que aqui não seja a China.

Viva Sr. Sebastião Jó!