Déjà vu é uma reacção psicológica que faz com que sejam transmitidas idéias de que já se esteve naquele lugar antes, já se viu aquelas pessoas ou aquela situação. É uma expressão da língua francesa que significa, literalmente, já visto.
E é o que parece que sinto quando ouço, no rádio ou na TV, as propostas e os candidatos.
Lembro sempre daquela música do Engenheiros do Hawaii que diz: "eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada, yeah, yeah...".
Coincidência ou não, o nome da música é "Toda forma de poder".
Se quiser relembrar um pouco e cantar junto com a trupe do Humberto Gessinger, clique aqui.
Bacafá

terça-feira, 31 de agosto de 2010
O grande truque.

Confesso que não esperava muito desse filme que trata, no século XIX, da disputa por prestígio de dois mágicos que começaram juntos como assistentes de um mágico mediano. Com a morte da mulher de um deles no meio de uma apresentação, a amizade se deteriora e vira rivalidade, sendo obsessão de ambos superar o outro. Quando um dos dois consegue um feito realmente mágico, os atos chegam ao limite.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
O absurdo.
"Só existe um problema filosófico realmente sério: o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à pergunta fundamental da filosofia. O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, vem depois. Trata-se de jogos; é preciso primeiro responder. E se é verdade, como quer Nietzsche, que um filósofo, para ser estimado, deve pregar com o seu exemplo, percebe-se a importância dessa resposta, porque ela vai anteceder o gesto definitivo. São evidências sensíveis ao coração, mas é preciso ir mais fundo até torná-las claras para o espírito."
Primeiro parágrafo do Capítulo I, O absurdo e o suicídio, do livro O mito de Sísifo, de Albert Camus.
Primeiro parágrafo do Capítulo I, O absurdo e o suicídio, do livro O mito de Sísifo, de Albert Camus.
Mafalda e os raios contagiantes.
Para começar bem a semana, a inigualável Mafalda e suas deduções.
(só um pouquinho da excepcionalidade desses caras já estaria bom...)
domingo, 29 de agosto de 2010
Discurso sobre o preconceito.
Vi no Blog da Daniela Felix e resolvi postar aqui, pois muito tenho recebido, nesse período eleitoral, por email, sobre a ignorância do Lula e a violência da Dilma. Algumas coisas chegam a ser hilárias de tão absurda, e as pessoas tratam como se fosse verdade. Outras deveriam ser melhor analisadas em face do tempo e das circunstâncias em que ocorreram. Ainda não decidi meu voto, mas é importante que as coisas sejam analisadas com consciência e sem preconceito. E não somente nas eleições, e, sim, sempre, no nosso dia-a-dia.
"A doença pior que existe na humanidade é o preconceito. E eu sei quanto preconceito eu fui vítima nesse país.Hoje eu brinco com o preconceito. Hoje eu falo “menas laranja” as pessoas acham engraçado, mas quando eu falava em 89 (1989), eu era um “analfa” (analfabeto). Pois a ignorância dos que me achava analfa era o de confundir a inteligência com o conhecimento e o aprendizado no banco da escolaridade.
A ignorância, a ignorância de algumas pessoas que achavam que só tinha valor aquilo que vinha de fora. É americano? É maravilhoso! É europeu? É extraordinário! É chinês? É fantástico! É japonês? É nun sei o quê lá!… E se comportavam como se fossem cidadãos de segunda classe ou verdadeiros vira-latas que não se respeitavam porque não tinha auto-estima por si mesmo.
Ah! Quantas vezes me fizeram… Eu lembro Zeca (do PT), como se fosse hoje; uma vez eu estava almoçando na Folha de São Paulo; um diretor da Folha de São Paulo perguntou pra mim: “escuta aqui, ô candidato: o senhor fala inglês?” Eu falei: Não. “Como é que o senhor quer governar o Brasil se o senhor não fala inglês?” Eu falei: mas eu vou arrumar um tradutor. “Mas assim não é possível. Não é possível. O Brasil precisa ter um presidente que fala inglês.” E eu perguntei pra ele: Alguém já perguntou se o Bill Clinton fala português?
Não. Mas eles achavam, eles achavam que o Bill Clinton não tinha a obrigação de falar português. Era eu, o subalterno, o país colonizado que tinha que falar inglês e não eles falar português.
Teve uma hora Zeca, que eu me senti chateado e me levantei da mesa e falei: eu não vim aqui pra dar entrevista. Eu vim pra almoçar. Se isto é uma entrevista eu vou embora. Eu levantei, larguei o almoço, peguei o elevador e fui embora. Vou terminar o meu mandato Zeca, sem precisar ter almoçado em nenhum jornal, em nenhuma televisão pra terminar o meu mandato. Também nunca faltei com o respeito com nenhum deles. Já faltaram com o respeito comigo. E vocês sabem o que fizeram comigo. Se dependesse de determinados meios de comunicação eu teria zero nas pesquisas e não 80% de bom e ótimo que nós temos nesse país.
Eu companheiros e companheiras, sou um homem que agradeço a Deus pela generosidade que Ele teve comigo. E agradeço a vocês porque um dia, vocês tiveram a mesma consciência que a maioria negra da África do Sul teve ao eleger um negro que representava 26 milhões de pessoas, sendo dominados por 6 milhões de brancos, vocês um dia tiveram a mesma consciência que os negros da África do Sul que elegeram Nelson Mandela para presidente da República daquele país depois de 27 anos de cadeia. Vocês tiveram consciência de eleger um metalúrgico, que tinha perdido muitas eleições por ser igual a maioria do povo, e o povo não acredita que seria capaz de dar a volta por cima, o povo não acreditava porque nós aprendemos a vida inteira que nós éramos seres inferiores, e pra governar esse país tinha que ser usineiro; tinha que ser fazendeiro; tinha que ser advogado; tinha que ser empresário; tinha que ser doutor e mais doutor. Um igual a gente não poderia governar o país. Nós não sabemos governar. Muito menos um coitado de um bancário (referindo-se a Zeca do PT). Se coloca no seu lugar bancário, porque este país é pra ser governado por banqueiro e não por bancário. Se coloca no seu lugar mulher, porque este país é pra ser governado por homem e não por mulher. Se coloca no seu lugar metalúrgico, porque este mundo não é pra ser governado por aqueles que moram no andar de baixo, mas por aqueles que moram no andar de cima. É assim que a escola ensinou. É assim que a sociologia ensinou.
É assim que nos ensinaram a vida inteira até que um dia, eu lendo um poema de Vinícius de Morais: “um operário em construção”, eu aprendi que um operário poderia dizer não. E quando ele disse não!, a lógica perversa que estava montada nesse país, é verdade que eu perdi três eleições, mas é verdade que eu já ganhei duas eleições seguidas e vamos ganhar a terceira eleição com essa companheira mulher (Dilma) presidente da República".
Por Luiz Inácio Lula da Silva, em 25 de agosto de 2010, Mato Grosso do Sul, por ocasião da Campanha Eleitoral de Zeca (do PT) ao Governo Estadual.
"A doença pior que existe na humanidade é o preconceito. E eu sei quanto preconceito eu fui vítima nesse país.Hoje eu brinco com o preconceito. Hoje eu falo “menas laranja” as pessoas acham engraçado, mas quando eu falava em 89 (1989), eu era um “analfa” (analfabeto). Pois a ignorância dos que me achava analfa era o de confundir a inteligência com o conhecimento e o aprendizado no banco da escolaridade.
A ignorância, a ignorância de algumas pessoas que achavam que só tinha valor aquilo que vinha de fora. É americano? É maravilhoso! É europeu? É extraordinário! É chinês? É fantástico! É japonês? É nun sei o quê lá!… E se comportavam como se fossem cidadãos de segunda classe ou verdadeiros vira-latas que não se respeitavam porque não tinha auto-estima por si mesmo.
Ah! Quantas vezes me fizeram… Eu lembro Zeca (do PT), como se fosse hoje; uma vez eu estava almoçando na Folha de São Paulo; um diretor da Folha de São Paulo perguntou pra mim: “escuta aqui, ô candidato: o senhor fala inglês?” Eu falei: Não. “Como é que o senhor quer governar o Brasil se o senhor não fala inglês?” Eu falei: mas eu vou arrumar um tradutor. “Mas assim não é possível. Não é possível. O Brasil precisa ter um presidente que fala inglês.” E eu perguntei pra ele: Alguém já perguntou se o Bill Clinton fala português?
Não. Mas eles achavam, eles achavam que o Bill Clinton não tinha a obrigação de falar português. Era eu, o subalterno, o país colonizado que tinha que falar inglês e não eles falar português.
Teve uma hora Zeca, que eu me senti chateado e me levantei da mesa e falei: eu não vim aqui pra dar entrevista. Eu vim pra almoçar. Se isto é uma entrevista eu vou embora. Eu levantei, larguei o almoço, peguei o elevador e fui embora. Vou terminar o meu mandato Zeca, sem precisar ter almoçado em nenhum jornal, em nenhuma televisão pra terminar o meu mandato. Também nunca faltei com o respeito com nenhum deles. Já faltaram com o respeito comigo. E vocês sabem o que fizeram comigo. Se dependesse de determinados meios de comunicação eu teria zero nas pesquisas e não 80% de bom e ótimo que nós temos nesse país.
Eu companheiros e companheiras, sou um homem que agradeço a Deus pela generosidade que Ele teve comigo. E agradeço a vocês porque um dia, vocês tiveram a mesma consciência que a maioria negra da África do Sul teve ao eleger um negro que representava 26 milhões de pessoas, sendo dominados por 6 milhões de brancos, vocês um dia tiveram a mesma consciência que os negros da África do Sul que elegeram Nelson Mandela para presidente da República daquele país depois de 27 anos de cadeia. Vocês tiveram consciência de eleger um metalúrgico, que tinha perdido muitas eleições por ser igual a maioria do povo, e o povo não acredita que seria capaz de dar a volta por cima, o povo não acreditava porque nós aprendemos a vida inteira que nós éramos seres inferiores, e pra governar esse país tinha que ser usineiro; tinha que ser fazendeiro; tinha que ser advogado; tinha que ser empresário; tinha que ser doutor e mais doutor. Um igual a gente não poderia governar o país. Nós não sabemos governar. Muito menos um coitado de um bancário (referindo-se a Zeca do PT). Se coloca no seu lugar bancário, porque este país é pra ser governado por banqueiro e não por bancário. Se coloca no seu lugar mulher, porque este país é pra ser governado por homem e não por mulher. Se coloca no seu lugar metalúrgico, porque este mundo não é pra ser governado por aqueles que moram no andar de baixo, mas por aqueles que moram no andar de cima. É assim que a escola ensinou. É assim que a sociologia ensinou.
É assim que nos ensinaram a vida inteira até que um dia, eu lendo um poema de Vinícius de Morais: “um operário em construção”, eu aprendi que um operário poderia dizer não. E quando ele disse não!, a lógica perversa que estava montada nesse país, é verdade que eu perdi três eleições, mas é verdade que eu já ganhei duas eleições seguidas e vamos ganhar a terceira eleição com essa companheira mulher (Dilma) presidente da República".
Por Luiz Inácio Lula da Silva, em 25 de agosto de 2010, Mato Grosso do Sul, por ocasião da Campanha Eleitoral de Zeca (do PT) ao Governo Estadual.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Eleições bizarras.
"Tiririca! Marcelinho Carioca! Mulher Pêra! Maguila! Zé disso! Zé daquilo!
À primeira vista parece o elenco de um programa humorístico de péssima qualidade, mas pasmem!!, trata-se de alguns exemplos dos candidatos na briga por um cargo público nas eleições de 2010.
Fiquei extremamente estarrecido e concomitantemente achei hilário as propagandas eleitorais de diversos candidatos. Não sei se fui eu que só percebi esse absurdo nessas eleições ou se realmente neste ano há muita gente sem bom senso se candidatando a um cargo público.
O pior é que esse tipo de candidato reflete o descaso com que a maioria das pessoas lida com a política. As pessoas amiúde dizem detestarem a política, mas não têm a consciência de que a política tem diversas implicações em nossas vidas.
Sinceramente não sei como tantas pessoas despreparadas e incultas conseguem apoio para se lançarem candidatas à política. Não vai demorar muito e teremos ex-bbb’s se lançando candidatos a alguma coisa.
A bem da verdade, essas candidaturas bizarras atestam que senão o único, mas o principal escopo dos candidatos (salvo raras exceções) é o locupletamento às custas de um cargo público, às custas do erário.
É óbvio que todos os cidadãos têm o direito de se lançarem a política, e realmente existem algumas pessoas sérias, idôneas, honestas, que buscam trabalhar para a melhoria da sociedade, mas infelizmente são raras, e quando chegam a Brasília transformam-se. Deve ser a baixa umidade do ar que corrompe as pessoas, mas no fundo mesmo, acredito que seja pura falta de vergonha na cara.
Eu não quero meu país sendo governado por pessoas que zombam de mim e da Nação! Este foi um desabafo de um jovem que espera (e age) ansioso e esperançoso por um Brasil melhor. Eu nem quero que o Brasil seja o país do futuro (quero saber quem inventou essa), quero apenas que a corrupção, os desmandos, a zombaria e o comportamento vil de nossos representantes sejam erradicados."
Texto de Jackson Kalfels
Futuro Candidato a Presidência da República Federativa do Brasil
Cursando o 7º período do curso de Direito da UNERJ.
E-mail: jkalfels@unerj.br
À primeira vista parece o elenco de um programa humorístico de péssima qualidade, mas pasmem!!, trata-se de alguns exemplos dos candidatos na briga por um cargo público nas eleições de 2010.
Fiquei extremamente estarrecido e concomitantemente achei hilário as propagandas eleitorais de diversos candidatos. Não sei se fui eu que só percebi esse absurdo nessas eleições ou se realmente neste ano há muita gente sem bom senso se candidatando a um cargo público.
O pior é que esse tipo de candidato reflete o descaso com que a maioria das pessoas lida com a política. As pessoas amiúde dizem detestarem a política, mas não têm a consciência de que a política tem diversas implicações em nossas vidas.
Sinceramente não sei como tantas pessoas despreparadas e incultas conseguem apoio para se lançarem candidatas à política. Não vai demorar muito e teremos ex-bbb’s se lançando candidatos a alguma coisa.
A bem da verdade, essas candidaturas bizarras atestam que senão o único, mas o principal escopo dos candidatos (salvo raras exceções) é o locupletamento às custas de um cargo público, às custas do erário.
É óbvio que todos os cidadãos têm o direito de se lançarem a política, e realmente existem algumas pessoas sérias, idôneas, honestas, que buscam trabalhar para a melhoria da sociedade, mas infelizmente são raras, e quando chegam a Brasília transformam-se. Deve ser a baixa umidade do ar que corrompe as pessoas, mas no fundo mesmo, acredito que seja pura falta de vergonha na cara.
Eu não quero meu país sendo governado por pessoas que zombam de mim e da Nação! Este foi um desabafo de um jovem que espera (e age) ansioso e esperançoso por um Brasil melhor. Eu nem quero que o Brasil seja o país do futuro (quero saber quem inventou essa), quero apenas que a corrupção, os desmandos, a zombaria e o comportamento vil de nossos representantes sejam erradicados."
Texto de Jackson Kalfels
Futuro Candidato a Presidência da República Federativa do Brasil
Cursando o 7º período do curso de Direito da UNERJ.
E-mail: jkalfels@unerj.br
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Contos de quinta: O jogo.
O jogo.
- Quadra de reis.
Depois que Diego falou o que tinha nas mãos, e mostrou, todos os demais esconderam seus jogos. A garrafa de uísque já estava pela metade. Todos se entreolharam. Era a quarta rodada seguida que Diego levava. As apostas eram baixas, mas ninguém gostava de perder. Paulo foi à cozinha buscar mais gelo e colocou mais uma dose no copo de cada um, a exceção do de Marcos, que estava só na coca-cola. Fernanda e Martina estavam menos preocupadas com o jogo do que com as fofocas, o que irritava Paulo. Luís e Igor perderam tudo nessa última rodada e resolveram não apostar mais nada. Despediram-se e foram embora.
O monte de fichas de Diego era, de longe, o maior de todos. O de Paulo, àquela altura, o menor. Mesmo assim, resolveu apostar tudo. As garotas desistiram, Marcos bancou e Diego deu um sorriso de canto de boca. Com dois ases e três reais, Paulo estava seguro de seu êxito. Marcos escondeu, e Diego mostrou seu jogo de quatro duques. E ganhou de novo. Paulo não falou nada, levantou-se, pegou seu casaco no sofá e foi embora batendo a porta na saída. As meninas se olharam surpresas.
- Tá ficando tenso – Diego falou rindo.
- Cara, tá uma merda. O que tem hoje que você tá ganhando tudo?
- Sorte, Marcos. Só sorte mesmo.
Nas rodadas seguintes as apostas foram leves e os vencedores se revezaram, com uma pequena desvantagem para Marcos. Fernanda e Martina já tinham passado da conta na bebida, e estavam ainda menos preocupadas do que antes com o jogo, insinuando-se uma para outra. Martina, então, sugeriu:
- Vamos transformar esse jogo chato num strip-pôquer?
Fernanda soltou uma gargalhada, e os outros dois olharam atônitos pra ela. Marcos respondeu:
- Para de beber e vai tomar água, Martina. Já tá muito bêbada, falando besteira.
- Que foi Marquinho, não gosta de brincar?
Diego embaralhou e distribuiu as cartas. Martina se levantou e puxou Marcos pela gola da camisa pólo e o beijou sobre a mesa, espalhando as fichas. Foi puxando-o até o quarto, sob as contestações de Diego. Quando o casal fechou a porta do quarto, Fernanda, com um copo de uísque sem gelo nas mãos, sentou em Diego e começou a beijar sua nuca. Em seguida arrastou-o para o sofá. Mais fichas caíram no chão.
Antes de conseguirem tirar suas roupas, porém, ouviram um assustador grito de terror e um barulho seco e forte vindo do quarto.
- Quadra de reis.
Depois que Diego falou o que tinha nas mãos, e mostrou, todos os demais esconderam seus jogos. A garrafa de uísque já estava pela metade. Todos se entreolharam. Era a quarta rodada seguida que Diego levava. As apostas eram baixas, mas ninguém gostava de perder. Paulo foi à cozinha buscar mais gelo e colocou mais uma dose no copo de cada um, a exceção do de Marcos, que estava só na coca-cola. Fernanda e Martina estavam menos preocupadas com o jogo do que com as fofocas, o que irritava Paulo. Luís e Igor perderam tudo nessa última rodada e resolveram não apostar mais nada. Despediram-se e foram embora.
O monte de fichas de Diego era, de longe, o maior de todos. O de Paulo, àquela altura, o menor. Mesmo assim, resolveu apostar tudo. As garotas desistiram, Marcos bancou e Diego deu um sorriso de canto de boca. Com dois ases e três reais, Paulo estava seguro de seu êxito. Marcos escondeu, e Diego mostrou seu jogo de quatro duques. E ganhou de novo. Paulo não falou nada, levantou-se, pegou seu casaco no sofá e foi embora batendo a porta na saída. As meninas se olharam surpresas.
- Tá ficando tenso – Diego falou rindo.
- Cara, tá uma merda. O que tem hoje que você tá ganhando tudo?
- Sorte, Marcos. Só sorte mesmo.
Nas rodadas seguintes as apostas foram leves e os vencedores se revezaram, com uma pequena desvantagem para Marcos. Fernanda e Martina já tinham passado da conta na bebida, e estavam ainda menos preocupadas do que antes com o jogo, insinuando-se uma para outra. Martina, então, sugeriu:
- Vamos transformar esse jogo chato num strip-pôquer?
Fernanda soltou uma gargalhada, e os outros dois olharam atônitos pra ela. Marcos respondeu:
- Para de beber e vai tomar água, Martina. Já tá muito bêbada, falando besteira.
- Que foi Marquinho, não gosta de brincar?
Diego embaralhou e distribuiu as cartas. Martina se levantou e puxou Marcos pela gola da camisa pólo e o beijou sobre a mesa, espalhando as fichas. Foi puxando-o até o quarto, sob as contestações de Diego. Quando o casal fechou a porta do quarto, Fernanda, com um copo de uísque sem gelo nas mãos, sentou em Diego e começou a beijar sua nuca. Em seguida arrastou-o para o sofá. Mais fichas caíram no chão.
Antes de conseguirem tirar suas roupas, porém, ouviram um assustador grito de terror e um barulho seco e forte vindo do quarto.
Continua...
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Juros bancários de 12% ao ano.
"O desembargador convocado Vasco Della Giustina, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu liminar para suspender o trâmite de uma ação perante o juizado recursal da Bahia em que se discute o abuso na fixação dos juros em contratos bancários em percentuais superiores a 12% ao ano.
A reclamação, com pedido de liminar, foi proposta pelo Banco Honda contra decisão da Sexta Turma Recursal Cível e Criminal da Bahia. A defesa do banco alegou que a decisão contraria súmula do STJ que dispõe que “a estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade”.
Com fundamento no artigo 2º, inciso I, da Resolução n. 12/STJ, o ministro concedeu a liminar para suspender o processo principal até o julgamento final da reclamação. O desembargador oficiou ainda ao presidente do Tribunal da Justiça da Bahia (TJBA), ao corregedor-geral de Justiça do estado e ao presidente da turma recursal que proferiu a decisão, solicitando as informações devidas.
Os interessados têm o prazo de 30 dias para se pronunciar. O réu na ação principal, Sérgio Rodrigues de Souza, terá cinco dias de prazo. O desembargador abriu vista da reclamação ao Ministério Público Federal, na forma do artigo 3º, da Resolução n. 12/2009, do STJ."
Fonte: Portal do STJ.
A reclamação, com pedido de liminar, foi proposta pelo Banco Honda contra decisão da Sexta Turma Recursal Cível e Criminal da Bahia. A defesa do banco alegou que a decisão contraria súmula do STJ que dispõe que “a estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade”.
Com fundamento no artigo 2º, inciso I, da Resolução n. 12/STJ, o ministro concedeu a liminar para suspender o processo principal até o julgamento final da reclamação. O desembargador oficiou ainda ao presidente do Tribunal da Justiça da Bahia (TJBA), ao corregedor-geral de Justiça do estado e ao presidente da turma recursal que proferiu a decisão, solicitando as informações devidas.
Os interessados têm o prazo de 30 dias para se pronunciar. O réu na ação principal, Sérgio Rodrigues de Souza, terá cinco dias de prazo. O desembargador abriu vista da reclamação ao Ministério Público Federal, na forma do artigo 3º, da Resolução n. 12/2009, do STJ."
Fonte: Portal do STJ.
O meio termo.
Do livro "Do mito ao genoma - A ética na contramão da história", do professor João Arnoldo Gascho (Editora Unerj):
"Na realidade como proposta para uma reestruturação para a sociedade, tanto o liberalismo fundado em Adam Smith como o socialismo marxista, ficaram e ficam devendo. Os resultados que ambos provocaram e o modo como operam suas propostas, geraram e geram pesadas contradições éticas. De um lado critica-se a visão utilitarista e individualista do liberalismo, centrada no valor econômico, como geradora e mantenedora de profundas desigualdades, que o avanço técnico e científico só veio a agravar. De outro lado, confronta-se o socialismo marxista por não ter, na prática, viabilizado a sociedade igualitária que propunha, e também pela intensa coerção política e doutrinação ideológica que realizou, não obstante a rigorosa crítica feita por Marx a qualquer manipulação do homem sobre o homem."
"Na realidade como proposta para uma reestruturação para a sociedade, tanto o liberalismo fundado em Adam Smith como o socialismo marxista, ficaram e ficam devendo. Os resultados que ambos provocaram e o modo como operam suas propostas, geraram e geram pesadas contradições éticas. De um lado critica-se a visão utilitarista e individualista do liberalismo, centrada no valor econômico, como geradora e mantenedora de profundas desigualdades, que o avanço técnico e científico só veio a agravar. De outro lado, confronta-se o socialismo marxista por não ter, na prática, viabilizado a sociedade igualitária que propunha, e também pela intensa coerção política e doutrinação ideológica que realizou, não obstante a rigorosa crítica feita por Marx a qualquer manipulação do homem sobre o homem."
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Canto da Gabi.
Orgulho do pai. Semana passada a Gabriela começou com uma coluna possivelmente quinzenal (em estudos) no jornal A Gazeta, de Jaraguá do Sul, sobre assuntos que envolvem sua geração. Assim, sempre na semana seguinte, veicularei aqui o texto publicado no jornal. Hoje, o de estréia: "Nova moda". Aproveitem.
"Aí gente, sabe qual é a nova moda? Salvar o planeta em que vivemos. E sabe como nós, os jovens, podemos aderir a esse movimento? Consumindo menos (sim, rimou).
Consumir moderadamente é viver mais. Reflita ;)"

Sabe aquele lance de "beba com moderação"? Pois é, a meu ver deveria ter, no final dos anúncios publicitários das televisões ou de qualquer outro tipo de meio de comunicação que venha atingir o jovem consumidor a seguinte frase "compre com moderação". Tudo bem que nenhuma empresa sobreviveria com esse slogan, mas acho que o planeta agradeceria.
Passar o cartão na maquininha, ou receber o troco da sua compra é muito fácil, e fazemos isso o tempo todo, normal, mas e se na hora de comprarmos por impulso (é, a maioria de nossas compras são como sinapses nervosas, elas simplesmente acontecem, bem fácil) parássemos para pensar se aquilo é realmente o que queremos/precisamos?! E mais, se pensássemos em todo o percurso, dinheiro, mão de obra e natureza que aquela simples caneta fez para chegar as nossas mãos. Bem cansativo, viagem longa. O ponto em que quero chegar é: consumir demais = errado... consumir o necessário = correto.
Temos tudo de última geração: celular, notebook, a máquina fotográfica do momento, e quando alguém aparece com algum desses objetos ou qualquer outro mais novo que o seu o bicho pega, ficamos frustrados, queremos ter mais que o outro e mostrar pra todo o mundo isso. Daí trocamos pela décima sétima vez o celular, compramos o notebook que tem tela giratória e uma câmera fotográfica panorâmica; mas realmente precisamos disso? Não basta um máquina fotográfica que tire foto? Tem que ser a super hiper mega máquina fotográfia 7.0 ZXL com zoom óptico de alcance em 20 vezes, que serve de webcam, é touch screen e o volume que o vídeo chega é mais alto que uma turbina de avião? Não poderia ser uma máquina que simplesmente tira foto e faz filmagem?!
Ao trocarmos essa máquina "velha" (que às vezes não chegamos a usar por muito tempo) estamos jogando fora todo aquele sisteminha, que requer um cuidado especial e um tipo de armazenamento diferente do lixo comum. Ou seja, mais lixo, mais poluição e é assim que acontece esse ciclo vicioso: compramos, usamos pouco, a concorrência vende um mais inovador, você joga fora o seu, compra o mais novo, a concorrência bola uma mais legal ainda e assim sucessivamente.
Pô galera, cadê aqueles neurônios que a gente usa tanto nas aulas de física e química? Cadê a responsabilidade com a natureza? Já sei, estão todos mortos com essas tecnologias e parafernálias que utilizamos, e toda culpa cai sobre quem? NÓS. Isso mesmo, a gente tem que se conscientizar e se responsabilizar pelos nossos atos; mas daí o povo já vem dizendo "aai, isso não mudou nada na minha vida, eu troquei meu celular blaster ontem e a natureza não se revoltou contra mim", e eu respondo: agora, podemos não ver, ou sentir nenhuma mudança impactante sobre o nosso cotidiano. Mas que tal conversarmos daqui uns 15, 20 anos, quando todo mundo com seus 36 aninhos de idade estiver usando aparelhos respiratórios e auditivos porque não consegue respirar o ar que precisamos e ouvir o que os nossos filhos tem a nos dizer? Que tal isso? Acho que não, né? Ninguém quer morrer com 50 anos de idade por surdez (isso ainda não é possível, foi meio surreal, tenso) porque estourou todos os seus tímpanos escutando a sua música favorita nos fones de ouvidos.
Antes de trocarmos ou comprarmos qualquer coisa, por mais "insignificante" que possa parecer, é importante pensarmos muito bem no que estamos fazendo. Vamos valorizar o dinheirinho e a sagrada mesada que ganhamos de nossos pais!
Consumir moderadamente é viver mais. Reflita ;)"
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Alterar a quilometragem do veículo caracteriza crime contra o consumidor.
"A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a sentença que condenou um dos sócios da empresa Dragster Empreendimentos Ltda, de Belo Horizonte (MG), à pena de dois anos de detenção, no regime inicial aberto, pela venda de um automóvel com a quilometragem adulterada, ato que caracteriza a prática do crime de venda de mercadoria imprópria para o consumo, prevista no artigo 7º, inciso IX, da Lei n. 8.137/1990.
A sentença foi proferida e confirmada pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que substituiu a pena de detenção por duas restritivas de direitos, consistentes em prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária. Em recurso ao STJ, a defesa requereu a anulação da ação penal, alegando que a acusação é inepta, uma vez que o acusado foi denunciado apenas em razão de figurar como sócio da aludida empresa, sem qualquer descrição individualizada da sua suposta conduta criminosa.
O acórdão do TJMG entendeu que, nos chamados crimes corporativos, ou seja, cometidos através de empresas na gestão de tais corporações, não é necessário que a denúncia indique, precisamente, quais as atividades e funções do denunciado na sociedade, bastando a menção à conduta gerencial da pessoa jurídica. Entendeu, ainda, que a comercialização de produtos adulterados ofende a relação de consumo, pois viola o direito à qualidade do produto adquirido e à informação precisa e correta sobre a mercadoria.
De acordo com a denúncia, na qualidade de sócio-gerente da empresa, o paciente vendeu um automóvel com o hodômetro adulterado, marcando quilometragem menor do que a efetivamente rodada pelo veículo. Segundo os autos, em janeiro de 2001, o denunciado vendeu para Bernardo Julius Alves Wainstein, por R$ 28 mil, um Fiat Marea mediante contrato de compra e venda que atestava a quilometragem de 14.228 Km rodados.
Em outubro do mesmo ano, ou seja nove meses após a compra, o motor do veículo fundiu e o carro foi rebocado para uma concessionária Fiat em Belo Horizonte, onde se constatou que o hodômetro havia sido adulterado. De acordo com a ordem de serviço oriunda da concessionária, em novembro de 2000, portanto dois meses antes da venda, o referido veículo apresentava 43.969 Km rodados
...
Ainda segundo os autos, apesar de negar a prática criminosa, o apelante caiu em contradição ao revelar que levou o veículo para revisão quando atingiu a marca de 20 mil Km, esquecendo, contudo, que o comercializou assegurando a quilometragem de 14.228 Km, como a prova documental demonstrou.
”Não há o que se falar em trancamento da ação penal, pois, de uma superficial análise dos elementos probatórios contidos no presente mandamus, não se evidencia a alegada falta de justa causa para o prosseguimento do feito”, concluiu o relator. Seu voto foi acompanhado por unanimidade."
Fonte: Portal do STJ.
A sentença foi proferida e confirmada pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que substituiu a pena de detenção por duas restritivas de direitos, consistentes em prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária. Em recurso ao STJ, a defesa requereu a anulação da ação penal, alegando que a acusação é inepta, uma vez que o acusado foi denunciado apenas em razão de figurar como sócio da aludida empresa, sem qualquer descrição individualizada da sua suposta conduta criminosa.
O acórdão do TJMG entendeu que, nos chamados crimes corporativos, ou seja, cometidos através de empresas na gestão de tais corporações, não é necessário que a denúncia indique, precisamente, quais as atividades e funções do denunciado na sociedade, bastando a menção à conduta gerencial da pessoa jurídica. Entendeu, ainda, que a comercialização de produtos adulterados ofende a relação de consumo, pois viola o direito à qualidade do produto adquirido e à informação precisa e correta sobre a mercadoria.
De acordo com a denúncia, na qualidade de sócio-gerente da empresa, o paciente vendeu um automóvel com o hodômetro adulterado, marcando quilometragem menor do que a efetivamente rodada pelo veículo. Segundo os autos, em janeiro de 2001, o denunciado vendeu para Bernardo Julius Alves Wainstein, por R$ 28 mil, um Fiat Marea mediante contrato de compra e venda que atestava a quilometragem de 14.228 Km rodados.
Em outubro do mesmo ano, ou seja nove meses após a compra, o motor do veículo fundiu e o carro foi rebocado para uma concessionária Fiat em Belo Horizonte, onde se constatou que o hodômetro havia sido adulterado. De acordo com a ordem de serviço oriunda da concessionária, em novembro de 2000, portanto dois meses antes da venda, o referido veículo apresentava 43.969 Km rodados
...
Ainda segundo os autos, apesar de negar a prática criminosa, o apelante caiu em contradição ao revelar que levou o veículo para revisão quando atingiu a marca de 20 mil Km, esquecendo, contudo, que o comercializou assegurando a quilometragem de 14.228 Km, como a prova documental demonstrou.
”Não há o que se falar em trancamento da ação penal, pois, de uma superficial análise dos elementos probatórios contidos no presente mandamus, não se evidencia a alegada falta de justa causa para o prosseguimento do feito”, concluiu o relator. Seu voto foi acompanhado por unanimidade."
Fonte: Portal do STJ.
A (des)educação nos aeroportos.
Quando se está em um aeroporto, imagina-se que as pessoas que têm condições de pagar as passagens, à vista ou parceladamente, pouco importa, têm., também, discernimento de educação, de boa convivência, de respeito e de bom senso.
Mas falta de educação não tem classe, idade ou cor.
Primeiro episódio: voltando da SP, no aeroporto de Congonhas, esperando para entrarmos na fila do check-in, a Gabriela, nosso amigo Patrick e eu, aguardávamos a atendente da empresa explicar alguma coisa para uma senhora. Simplesmente, um cidadão (quer dizer, cidadão não, pois cidadania não teve) simplesmente passou por cima das bagagens da senhora, quase empurrando a funcionária, e nem querendo saber que estávamos na fila.
Segundo episódio: ainda no aeroporto de Congonhas, fomos comer alguma coisa e enquanto aguardávamos uma funcionária terminar de limpar um mesa recém desocupada, uma senhora, muito bem vista e com pinta de madame, fez que não nos viu e simplesmente sentou à mesa. Cara de pau do tamanho da corrente dourada que carregava no pescoço.
Em suma, como o final de semana foi muito bom, as festas com minha filha, os amigos Patrick e Elton, nosso anfitrião e cicerone, as amigas e amigos do Elton, a visita ao Museu do Futebol, ao Mercado Público, à Bienal do Livro e o retorno acompanhado por James Joyce, Pedro Juan Gutierrez, Joseph O'Neill, Guyau, Dimitri Dimoulis, Lon Fuller, Camus, entre outros, não me permitiram me estressar com esse tipo de gente. Voltei tranquilo e rindo.
Mas falta de educação não tem classe, idade ou cor.
Primeiro episódio: voltando da SP, no aeroporto de Congonhas, esperando para entrarmos na fila do check-in, a Gabriela, nosso amigo Patrick e eu, aguardávamos a atendente da empresa explicar alguma coisa para uma senhora. Simplesmente, um cidadão (quer dizer, cidadão não, pois cidadania não teve) simplesmente passou por cima das bagagens da senhora, quase empurrando a funcionária, e nem querendo saber que estávamos na fila.
Segundo episódio: ainda no aeroporto de Congonhas, fomos comer alguma coisa e enquanto aguardávamos uma funcionária terminar de limpar um mesa recém desocupada, uma senhora, muito bem vista e com pinta de madame, fez que não nos viu e simplesmente sentou à mesa. Cara de pau do tamanho da corrente dourada que carregava no pescoço.
Em suma, como o final de semana foi muito bom, as festas com minha filha, os amigos Patrick e Elton, nosso anfitrião e cicerone, as amigas e amigos do Elton, a visita ao Museu do Futebol, ao Mercado Público, à Bienal do Livro e o retorno acompanhado por James Joyce, Pedro Juan Gutierrez, Joseph O'Neill, Guyau, Dimitri Dimoulis, Lon Fuller, Camus, entre outros, não me permitiram me estressar com esse tipo de gente. Voltei tranquilo e rindo.
domingo, 22 de agosto de 2010
O americano intranquilo.
O verdadeiro soldado, ou mais um que não compactua com o estado de enganação que costumamos viver (não só nos EUA e não só por causa das invasões no Iraque e no Afeganistão).
Visto pela primeira vez no blog do Darwinn, Pensativo.
Visto pela primeira vez no blog do Darwinn, Pensativo.
sábado, 21 de agosto de 2010
Candidatos da região e seus endereços eletrônicos.
Vi no Poracaso. Para ter acesso direto aos links indicados, clique aqui.
Houve solicitação quanto acompanhamento, eis os canais até então levantados:
Deputado Estadual
Carione Pavanello - DEM
Carlos Chiodini – PMDB | Site | Twiter | Orkut | Formspring | Facebook | Flickr
Caubi Pinheiro – PDT
Dieter Janssen - PP | Twitter | Blog | Formspring
Evaldo Junckes – PT
Hermann Suesenbach - PDT
Humberto Grossl – PPS | Twitter | Orkut
Irineu Pasold – PSDB
Isair Moser - PR
Jurandir Michels – PV
Leone Silva – PT | Twitter
Maria Lúcia Richard – PSC
Deputado Federal
Airton Sudbrack – PT | Site | Twitter
Carlos Dias - PRP
Jean Leutprecht - PC do B | Twitter | Facebook | Orkut
Ivo Konell – DEM
...
Podem faltar nomes ou links na lista acima, não deixem de nos mandar feedbacks ou contatar os candidatos ao seu alcance para manifestarem-se! Esperamos o contato deles, eis nosso email.
No site do TRE você pode consultar a situação e declarações de cada candidato, clica aqui.
Na comunidade Jaraguá do Sul no Orkut a galera têm comentado a situação também, vai no link pra dar uma olhada no tópico.
Houve solicitação quanto acompanhamento, eis os canais até então levantados:
Deputado Estadual
Carione Pavanello - DEM
Carlos Chiodini – PMDB | Site | Twiter | Orkut | Formspring | Facebook | Flickr
Caubi Pinheiro – PDT
Dieter Janssen - PP | Twitter | Blog | Formspring
Evaldo Junckes – PT
Hermann Suesenbach - PDT
Humberto Grossl – PPS | Twitter | Orkut
Irineu Pasold – PSDB
Isair Moser - PR
Jurandir Michels – PV
Leone Silva – PT | Twitter
Maria Lúcia Richard – PSC
Deputado Federal
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Carlos Dias - PRP
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Ivo Konell – DEM
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Podem faltar nomes ou links na lista acima, não deixem de nos mandar feedbacks ou contatar os candidatos ao seu alcance para manifestarem-se! Esperamos o contato deles, eis nosso email.
No site do TRE você pode consultar a situação e declarações de cada candidato, clica aqui.
Na comunidade Jaraguá do Sul no Orkut a galera têm comentado a situação também, vai no link pra dar uma olhada no tópico.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Rumo à bienal.
Gabriela e eu estaremos daqui a pouco embarcando para SP com destino à 21a Bienal Internacional do Livro. Diversão literária na medida. Ou melhor, de sobra!! Livros, livros, livros e mais livros. Um problema para dois livrólotras como nós.
E acompanhados dos amigos Patrick e Elton, a viagem promete.
"A Bienal Internacional do Livro de São Paulo é o grande momento do livro no Brasil. É palco para o encontro das principais editoras, livrarias e distribuidoras do país, que preparam seus lançamentos para esse período.
Um local de bons negócios! Atrai jornalistas, empresários e escritores do mundo inteiro e com ótima visibilidade na mídia.
Além da larga oferta de livros, a Bienal do Livro oferece uma intensa programação cultural, desenvolvida para despertar o gosto pela leitura em mais de 700 mil pessoas, entre crianças, jovens e adultos. Algumas atividades estão previstas para personalizar ainda mais a programação, durante os 11 dias do evento.
Os números iniciais já permitem antever que a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo será um marco na história das Bienais."
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Contos de quinta: O espelho
O espelho.
Todo dia acordo e me olho no espelho. Mas ultimamente está diferente. Envelheço anos em dias. O espelho me olha e não mente. É contundente. Sucinto, lacônico, mas contundente, feroz. Diz tudo o que eu não gostaria de ouvir. E só eu ouço o que fala. Fala pela imagem, minha imagem, estranha imagem, irreal imagem. Não pareço eu. Um homem mais velho, muito mais velho do que sou; ou do que gostaria ser, já não sei mais. Um homem solitário, sozinho, sem ninguém. Um homem sem sonhos, sem projetos, sem perspectivas. Afogado em remédios, pílulas que nada mais resolvem. Já não sei mais se alucinam, estimulam ou me deprimem. E eu só com um espelho. Um espelho franco que joga tudo na minha cara. Tudo o que já sabia e não lembrava mais; ou não queria lembrar. Quanto tempo faz? Quantas coisas foram? Quantas vidas vivi? Quantas vidas perdi? O passado não representa mais nada e estou aqui, sem presente, sem futuro e apenas com um espelho que me fala e me chama. Chama-me estranhamente, como se meu futuro ou não-futuro estivesse lá dentro. No reflexo. No reflexo de tudo o que tem aqui fora. Minhas olheiras, minha cara inchada, meu desânimo, minhas frustrações, tudo ali naquela imagem. Ou será no reflexo da imagem? Parece o início do fim. O espelho me chama, mas não quero ir. Ou será que lá vai ser tudo diferente? A vida diferente, uma vida nova, uma vida sem reflexos. Esse espelho me enlouquece. Diz o que não quero ouvir e me irrita. Mostra-me o que não quero ver e me devasta. Engole minhas lágrimas, cospe meus risos, não me deixa sentir. E nem sei o que quero sentir. Nem sei se quero sentir alguma coisa. A culpa é do espelho, só pode ser do espelho. Não é da minha cabeça. As luzes incomodam, os reflexos incomodam. Fecho os olhos, o espelho some por uns instantes. Mas volta a me chamar. Irritante. Olhando-me e condenando-me. E me comparando. Com os outros, com quem perdi, com quem me ganhou. Não aceito. Já não sei mais se o espelho não mente ou se quer apenas me enganar. Confundir-me. O espelho me trai. Eu me contraio. Com um soco quebro o espelho. Nunca mais vai me jogar na cara minhas verdades. E nem minhas mentiras. Os cacos por todos os lados. Todos me refletindo. Todos me perseguindo. Um caco no meu pulso. Tudo vermelho. Tudo escurecendo...
Todo dia acordo e me olho no espelho. Mas ultimamente está diferente. Envelheço anos em dias. O espelho me olha e não mente. É contundente. Sucinto, lacônico, mas contundente, feroz. Diz tudo o que eu não gostaria de ouvir. E só eu ouço o que fala. Fala pela imagem, minha imagem, estranha imagem, irreal imagem. Não pareço eu. Um homem mais velho, muito mais velho do que sou; ou do que gostaria ser, já não sei mais. Um homem solitário, sozinho, sem ninguém. Um homem sem sonhos, sem projetos, sem perspectivas. Afogado em remédios, pílulas que nada mais resolvem. Já não sei mais se alucinam, estimulam ou me deprimem. E eu só com um espelho. Um espelho franco que joga tudo na minha cara. Tudo o que já sabia e não lembrava mais; ou não queria lembrar. Quanto tempo faz? Quantas coisas foram? Quantas vidas vivi? Quantas vidas perdi? O passado não representa mais nada e estou aqui, sem presente, sem futuro e apenas com um espelho que me fala e me chama. Chama-me estranhamente, como se meu futuro ou não-futuro estivesse lá dentro. No reflexo. No reflexo de tudo o que tem aqui fora. Minhas olheiras, minha cara inchada, meu desânimo, minhas frustrações, tudo ali naquela imagem. Ou será no reflexo da imagem? Parece o início do fim. O espelho me chama, mas não quero ir. Ou será que lá vai ser tudo diferente? A vida diferente, uma vida nova, uma vida sem reflexos. Esse espelho me enlouquece. Diz o que não quero ouvir e me irrita. Mostra-me o que não quero ver e me devasta. Engole minhas lágrimas, cospe meus risos, não me deixa sentir. E nem sei o que quero sentir. Nem sei se quero sentir alguma coisa. A culpa é do espelho, só pode ser do espelho. Não é da minha cabeça. As luzes incomodam, os reflexos incomodam. Fecho os olhos, o espelho some por uns instantes. Mas volta a me chamar. Irritante. Olhando-me e condenando-me. E me comparando. Com os outros, com quem perdi, com quem me ganhou. Não aceito. Já não sei mais se o espelho não mente ou se quer apenas me enganar. Confundir-me. O espelho me trai. Eu me contraio. Com um soco quebro o espelho. Nunca mais vai me jogar na cara minhas verdades. E nem minhas mentiras. Os cacos por todos os lados. Todos me refletindo. Todos me perseguindo. Um caco no meu pulso. Tudo vermelho. Tudo escurecendo...
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
O caçador.
Acaba conhecendo a pequena filha de uma de suas garotas de programa, justamente da última desaparecida, sentindo-se responsável pela situação.
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