Bacafá

Bacafá

domingo, 13 de junho de 2010

Um pouco de mundo.

Nessa grande confraternização mundial, grande festa de povos, que é a Copa do Mundo de Futebol (vamos esquecer um pouco os interesses puramente comerciais e eventualmente espúrios que eventos desta natureza também trazem), onde acabamos conhecendo um pouquinho de alguns dos países que participam, trago aqui mais um pouco do Mundo.

O jaraguaense Charles Zimmermann, viajandão de primeira, no bom sentido, está, a esta altura, com sua bicicleta e coragem, passando pelo Nepal, ao som de Pink Floyd, Bob Dylan e Rolling Stones (trilha sonora de primeira, diga-se). Um trecho do seu último relatório:

"Depois de 10.000 km completados, no Nepal não teve muitas pedaladas e sim, caminhadas. Aqui, dessa vez consegui superar minha marca em ultrapassar os 6.000 metros. Foi em duas oportunidades, no topo de picos próximos ao circuito Anapurna. O circuito Anapurna por suas belezas naturais e por seus diferentes povos, é o mais conhecido entre os caminhantes que vem ao Nepal em busca de montanhas. 6.000 metros de altura no Nepal é pico. Montanha é algo para mais de 8.000 metros - ainda chego lá! Não sei se fiz esforço físico parecido durante o parto que nasci. Não sei ao certo o que me leva, o que me atrai nas montanhas, nas alturas. Creio que se fosse Hindu - onde acreditam em reencarnação, deveria ter sido cabrito na vida passada. Enquanto tenho energia, meus pés não querem ficar parados no mesmo lugar. Como o mundo é grande, a última coisa que quero é me proteger dos riscos da vida."

Para continuar lendo as aventuras do Charles, acesse o site dele: http://www.charlespelomundo.com.br/

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ficha Limpa valerá nas eleições de 2010, diz TSE.

Os candidatos às eleições de 2010 devem respeitar uma nova regra: a Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010). Em vigor desde o dia 4 de junho, a nova lei prevê que candidatos que tiverem condenação criminal em segunda instância, ainda que caiba recurso, ficarão impedidos de obter o registro de candidatura, pois serão considerados inelegíveis.

A nova lei, que também amplia prazos de inelegibilidade de três para oito anos, altera a Lei das Inelegibilidades (LC 64/1990). Nesta quinta-feira (10/6), os ministros do Tribunal Superior Eleitoral entenderam que o texto deve ser aplicado já nas eleições de outubro.

O TSE analisou a validade da Ficha Limpa para este ano em resposta a consulta formulada pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM). O voto do relator, ministro Hamilton Carvalhido, favorável a aplicação da lei, foi acompanhado pelos os ministros Arnaldo Versiani, Cármen Lúcia, Aldir Passarinho Junior, Marcelo Ribeiro e o presidente, ministro Ricardo Lewandowski. Para a maioria, como o período eleitoral ainda não começou, a mudança da regra não prejudica os possíveis concorrentes.

Apenas o ministro Marco Aurélio foi contrário ao relator. Ele entendeu que a norma só seria aplicável às eleições de 2012, em respeito ao procedimento vigente até boa parte do primeiro semestre.

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, comemorou hoje a decisão. "O Tribunal Superior Eleitoral hoje, dia 10 de junho, afirmou e reafirmou o que a Nação brasileira está perseguindo há algum tempo: ela quer ética na política", disse. "Essa lei tem um efeito pedagógico, um efeito didático e vai apontar para que os partidos também tenham critérios mais rigorosos na escolha de seus candidatos." Com informações das Assessorias de Imprensa do TSE e da OAB.

Fonte: Portal Conjur.

Indenização no Show do Milhão.

Quem lembra do Show do Milhão, do Sílvio Santos?
A estudante de Direito, Marina Polli, de Florianópolis, mandou esse interessante acórdão sobre responsabilidade civil. Vejam a ementa:

"RECURSO ESPECIAL. INDENIZAÇÃO. IMPROPRIEDADE DE PERGUNTA FORMULADA EM PROGRAMA DE TELEVISÃO. PERDA DA OPORTUNIDADE.
1. O questionamento, em programa de perguntas e respostas, pela televisão, sem viabilidade lógica, uma vez que a Constituição Federal não indica percentual relativo às terras reservadas aos índios, acarreta, como decidido pelas instâncias ordinárias, a impossibilidade da prestação por culpa do devedor, impondo o dever de ressarcir o participante pelo que razoavelmente haja deixado de lucrar, pela perda da oportunidade."


Leia a decisão na íntegra clicando aqui. O STJ não deu o prêmio máximo (R$ 500.000,00) com argumentos como a carga emocional envolvida, a dificuldade do jogo em si, entre outros. Optou por uma decisão, pode-se dizer, salomônica, ao estipular uma condenação dentro da "probabilidade matemática", e determinando o pagamento de 1/4 deste valor, ou seja R$ 125.000,00.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Contos de quinta - Reencontros.

Reencontros.

Há quanto tempo não via meus amigos! Tantos amigos assim. Velhos e bons amigos. O tempo vem, a idade chega com ele. Mas todos muito sérios, sisudos. Não se parecem com aqueles meus velhos camaradas do tempo de escola, de faculdade, de festas. Bons tempos. Memoráveis e inesquecíveis tempos de muitas risadas e bebedeiras. Mas hoje estão compenetrados demais. A vida moderna muitas vezes mata a espontaneidade e a alegria. Contudo, espantam-me ver meus amigos assim. Vá lá, culpa das correrias e preocupações do cotidiano.

A família toda assim reunida também fazia muito tempo que eu não via. Meus pais, meus tios, meus primos. Quanta festa. Na realidade são todos de festa, e sempre tem um tio e um primo mais festeiros. Toda família tem. Sempre rindo e piadistas. Nossa família também tem, óbvio. E lá estão os dois num canto provavelmente contando piadas de nível duvidoso, pois os outros tios os olham de viés e cara feia. Diga-se de passagem, muito sérios meus tios e tias. Meus pais, onde estão meus pais? Perdi-os de vista.

Meus filhos. Estão chegando meus filhos. Que alegria vê-los. Acompanhandos por seus pares. Ela com o namorado, que sempre achei meio sem graça, é verdade, mas que também sempre respeitei pelo jeito que trata minha filha. Sério demais para a espevitada da minha filha, mas se se entendem, o que vou eu fazer, não é? Às vezes ele esquece que são jovens e que deve levá-la para umas loucuras. Mas, tudo bem, são novos e ainda aprendem. Meu filho, outro espevitado, já apareceu com outra namorada. Ou será que é a mesma? Nunca tenho certeza. Seja porque troca muito, seja porque são todas parecidas. Já pedi pra que ele pelo menos revezasse entre loiras e morenas para que tivesse alguma chance de evitar gafes. Certa vez chamei a namorada nova pelo nome da antiga, convicto de que era a mesma. Era tão sensível, a garota, que no segundo dia já terminou com meu filho. Pior, talvez, foi quando falei: “Namorada nova, meu filho. Como é o nome da moça?” E a resposta foi rápida: “Ô sogrinho, não lembra mais de mim? Só mudei o cabelo”. Coisas de um homem desligado como eu. Menos mau que todos rimos. A de hoje não é nem a sensível e nem a camaleoa.

E a festa aqui parece boa. Até minha ex-mulher chegou. Escritora de sucesso não tinha mais tempo para mim. O relacionamento foi desgastando. Ela enterrada no trabalho e eu me acomodando. Os livros vendendo cada vez mais, entrando sempre nas lista de best sellers, viagens e congressos e palestras e eu dancei. Está ainda mais linda, com seu comportamento firme de sempre. Tudo bem que nossos últimos anos não foram dos mais animados, mas também não tem necessidade destes óculos escuros de grife. Coisas da minha ex. Não perde a chance de esnobar. Já que nem falou comigo, não vou insistir. Não nego que deu saudade dos tempos da nossa juventude. Se bem que para velhos também não servimos.

Está uma festa meio parada, essa. Silêncio, só murmurinhos. Falando nisso, onde estão meus pais? E meus filhos? Também sumiram. Peraí, o que é aquilo? Parece um caixão. Meus pais ao lado, meus filhos. Por que choram?

Mas sou eu aí dentro. Como isso? Estou aqui. Alôô... não tem ninguém me vendo, por acaso? Bem que estranhei que ninguém me cumprimentava. O que é isso, afinal? O que está acontecendo? O que aconteceu? Como fui parar aí dentro desse caixão. Sou muito novo, vejam. Ainda tenho muito o que viver. Reviver meu amor, brincar com meus filhos, conhecer meus netos. O que houve, pessoal? Fui dormir tão bem ontem. Será que foi ontem? O que estou fazendo aí dentro? Não estou morto, estou aqui. Ei, ei, parem, não fechem o caixão. É cedo... não fechem. Vou morrer sufocado aí dentro... morrer... só posso estar ficando doido mesmo. Vou fechar os olhos para ver se acordo desse pesadelo.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Você sabe o que é greenwashing?

"O termo “greenwashing” pode ser traduzido com “lavagem verde” e tem no ambientalismo uma conotação equivalente a “lavagem de dinheiro”. É usado há mais de duas décadas para designar informações tendenciosas ou propaganda enganosa de algum produto ou serviço rotulado de “ecologicamente correto” ou que visam mascarar a má conduta ambiental de uma organização (empresa, instituição pública etc.) ou indivíduo.

Quando a questão ambiental entrou na moda muitas empresas e instituições públicas se obrigaram a lançar mão deste artifício para não terem sua imagem arruinada perante a opinião pública. É claro que temos muitos bons exemplos de empresas que optaram pelo caminho da ética e se esforçam para diminuir o impacto ambiental além até do que a lei obriga."


Continue lendo este interessante texto de Germano Woehl, no site O Eco, clicando aqui.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Juca Kfouri deve ser indenizado por ofensa feita por colega em programa de rádio.

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve indenização fixada em 200 salários mínimos a ser paga ao jornalista José Carlos Amaral Kfouri, mais conhecido como Juca Kfouri. A reparação deve ser convertida em reais, desde a decisão de primeira instância, devendo também ser atualizada. Kfouri teria sido chamado de mau caráter durante um programa de rádio pelo também jornalista esportivo Orlando Duarte Figueiredo.


De acordo com o processo, a ofensa foi comprovada por gravação em fita e não foi contestada por Orlando Duarte. Kfouri moveu uma ação por danos morais. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou Orlando Duarte a pagar 200 salários mínimos ao jornalista Juca Kfouri.

Continue lendo no Portal do STJ.

Heróis sem medalha.

Numa dessas cirandas da vida, conheci no início de maio desse ano o Sr. Osmar Machado, em Florianópolis. Embora o motivo do nosso encontro não tenha sido dos mais agradáveis, tive o privilégio de conhecer um homem honrado, respeitoso e trabalhador. Em nossa conversa já havia percebido todas estas qualidades.

Surpreendemente naquele mesmo dia ganhei dois livros de autoria dele, sendo que hoje falo do Heróis sem medalha - Santos sem coroa, da Editora Insular, e que trata especialmente da vida de seus pais e de seus 19 irmãos. E a impressão inicial, confirmou-se com a leitura da obra.

A dureza passada por uma família tão grande e tão humilde por volta da década de 1950, na localidade de Três Riachos, onde muitas vezes comer decentemente só ocorria com um pouco de sorte. Algumas coisas que hoje podem parecer tristemente pitorescas eram o cotidiano do Sr. Osmar e sua família, como ter uma toalha de banho para todos (cada um tinha que torcê-la para o próximo), conhecer escovação de dentes só aos 14 anos, trabalhar no mato descalço, ter uma muda de roupa apenas e dormir com essa mesma roupa depois de um dia de árduo de trabalho (cuja rotina pesada já começava por volta dos 6 ou 7 anos), e celebrar contetemente com pão como ceia de Natal.

A narração muitas vezes triste, outras divertidas, traz à tona uma família de fibra. O livro vale a pena ser lido para que possamos valorizar nossas próprias conquistas, assim como o trabalho alheio. É uma verdadeira lição de pertinácia.

No final do livro tem o depoimento de uma prima do Sr. Osmar, Sra. Áurea Ávila Wolff, do qual tomo a liberdade de transcrever um trecho, que dá uma idéia sobre a luz dessa família, tão pobre, no início, de dinheiro, e tão rica de valores morais: "Ao ler os escritos do Osmar sobre o modo como ele e seus irmãos foram criados, e ao lembrar das dificuldades pelas quais passaram, e das quais eu sou testemunha, questiono se é a pobreza de pão que leva ao vício, à corrupção e à violência, ou se é a pobreza de amor, de valores, e a ausência física e amorosa do pai e da mãe, que juntos podem dar segurança e rumo certo para a vida de seus filhos."

Reflexão...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Não conte a ninguém.

O filme francês Não conte a ninguém, ou Tell no one, no original, ou, ainda Ne le dis à personne, me surpreendeu. O que parecia uma história previsível teve muitas reviravoltas sem, contudo, deixar o filme confuso ou retalhado.

É a história de um médico que vê sua vida totalmente transformada oito anos após o brutal assassinato de sua mulher, situação que nunca ficou bem esclarecida. A trama envolvente chega a um grau de tensão que experimentei em poucos filmes, como, por exemplo, no Seven (embora nada tenha a ver com este clássico do suspense policial). Gostei da música também.

Direção de Guillaume Canet, e com François Cluzet, Marie-Josée Croze, André Dussollier e Kristin Scott Thomas.

Clicando aqui você entra no site oficial.

domingo, 6 de junho de 2010

Justiça justa.

Muito fácil criticar. Entretanto quando se vê um magistrado por vocação, deve-se registrar também. No Agravo de Instrumento n. 1001412-0/0, o Desembargador Palma Bisson, da 36a Câmara, da Seção de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, deu uma aula. Leiam a ementa (resumo da decisão que consta no corpo do acórdão):

"Agravo de instrumento - acidente de veículo - ação de indenização decisão que nega os benefícios de gratuidade ao autor, por não ter provado que menino pobre é e por não ter peticionado por intermédio de advogado integrante do convênio OAB/PGE - inconformismo do demandante - faz jus aos benefícios da gratuidade de Justiça menino filho de marceneiro morto depois de atropelado na volta a pé do trabalho e que habitava castelo só de nome na periferia, sinais de evidente pobreza reforçados pelo fato de estar pedindo aquele u'a pensão de comer, de apenas um salário mínimo, assim demonstrando, para quem quer e consegue ver nas aplainadas entrelinhas da sua vida, que o que nela tem de sobra é a fome não saciada dos pobres - a circunstância de estar a parte pobre contando com defensor particular, longe de constituir um sinal de riqueza capaz de abalar os de evidente pobreza, antes revela um gesto de pureza do causídico; ademais, onde está escrito que pobre que se preza deve procurar somente os advogados dos pobres para defendê-lo? Quiçá no livro grosso dos preconceitos... - recurso provido."

Ah essa luz em todos os demais operadores do Direito, sejam magistrados, advogados ou promotores de justiça.

Para ver os andamentos do referido recurso, clique aqui.

Vinicius de Moraes.

Outro mestre, com outra bela obra: Soneto do amor total.



Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

sábado, 5 de junho de 2010

Já que hoje é sábado...

... e sábado é dia do nosso jogo de futebol (que está ocorrendo neste instante), o vídeo da música da Copa 2010 para irmos entrando no clima.

Carlos Drummond de Andrade e Paulo Autran.

Dois mestres e uma só poesia. Campo de flores.
Vale a pena acompanhar lendo.



Deus me deu um amor no tempo de madureza,
quando os frutos ou não são colhidos ou sabem a verme.
Deus- ou foi talvez o Diabo- deu-me este amor maduro,
e a um e outro agradeço, pois que tenho um amor.

Pois que tenho um amor, volto aos mitos pretéritos
e outros acrescento aos que amor já criou.
Eis que eu mesmo me torno o mito mais radioso
e talhado em penumbra sou e não sou, mas sou.

Mas sou cada vez mais, eu que não me sabia
e cansado de mim julgava que era o mundo
um vácuo atormentado, um sistema de erros.
Amanhecem de novo as antigas manhãs
que não vivi jamais, pois jamais me sorriram.

Mas me sorriam sempre atrás de tua sombra
imensa e contraída como letra no muro
e só hoje presente.
Deus me deu um amor porque o mereci.
De tantos que já tive ou tiveram em mim,
o sumo se espremeu para fazer um vinho
ou foi sangue, talvez, que se armou em coágulo.

E o tempo que levou uma rosa indecisa
a tirar sua cor dessas chamas extintas
era o tempo mais justo. Era tempo de terra.
Onde não há jardim, as flores nascem de um
secreto investimento em formas improváveis.

Hoje tenho um amor e me faço espaçoso
para arrecadar as alfaias de muitos
amantes desgovernados, no mundo, ou triunfantes,
e ao vê-los amorosos e transidos em torno,
o sagrado terror converto em jubilação.

Seu grão de angústia amor já me oferece
na mão esquerda. Enquanto a outra acaricia
os cabelos e a voz e o passo e a arquitetura
e o mistério que além faz os seres preciosos
à visão extasiada.

Mas, porque me tocou um amor crepuscular,
há que amar diferente. De uma grave paciência
ladrilhar minhas mãos. E talvez a ironia
tenha dilacerado a melhor doação.
Há que amar e calar.
Para fora do tempo arrasto meus despojos
e estou vivo na luz que baixa e me confunde.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A culpa é do Fidel.

O filme do meu feriado.

A culpa é do Fidel, ou La faute à Fidel, no original, é um filme francês, de Julie Gavras, ambientado, inicialmente, no começo da década de 1970, que retrata a vida confortável de uma garota de 9 anos, com seus pais, irmão e uma babá fugida de Cuba. Entretanto, seus pais cheios de ideologia, romanticamente socialistas ou comunistas, embora vindos de famílias tradicionais pró-governo, tanto ele, da Espanha, quanto ela, da França, fazem com que o padrão de vida da família decaia. Em especial quando o pai abraça a causa de Salvador Allende, no Chile, e a mãe do aborto, na própria França.

As mudanças refletem nos questionamentos constantes da garota Anna, magistralmente interpretada por Nina Kervel-Bey, com deduções muitas vezes decorrentes de comentários ouvidos pela metade ou nada imparciais.

Há algum tempo já tinha lido bons comentários sobre esse filme, e é realmente surpreendementemente tocante.

Clique aqui para acessar a página oficial.

Estrupo.

Essa semana foi preso um estuprador em Jaraguá do Sul. O mais triste é que se trata de um estuprador de crianças. Correm comentários de que tem problemas mentais. Que investiguem, julguem e o condenem, se for o caso.

Aproveitando a lamentável notícia, um pouco de curiosidade.

Poucos não se remexem ou franzem a testa quando ouvem: estrupo em vez de estupro. Ocorre que os sabichões de plantão terão que rever seus conceitos. Segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, ambas as palavras existem. Procure lá clicando aqui. Embora não apareçam os significados, tem-se admitido estrupo como sinônimo de estupro por conta de seu uso comum pela população.

Procurei nos dicionários aqui de casa e não encontrei a versão estrupo. De todo modo, a ABL atesta a palavra e agora quando um engraçadinho rir de algum incauto falando estrupo, ria você também. Mas saiba porque está rindo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Contos de quinta: Dilemas da vida moderna.

- Indiferente.
- É?
- Iceberg.
- Gelada?
- Inacessível.
- Intangível?
- Isso! Intangível. Uma excelente palavra. É isso mesmo. Intangível.

Depois de alguns instantes de silêncio, o segundo pergunta:

- E daí?
- Boa pergunta. E daí? ... Irritante.
- Irritante?
- É. Essa situação.
- Você que escolheu.
- Eu não. Ela me escolheu.
- Ela quem?
- A situação. Eu estava parado. Na minha. Quietinho. Bebendo a minha cervejinha com os amigos, jogando o meu futebolzinho dos finais de semana, pegando a prainha de sempre. E, de repente...
- É a vida meu amigo. Mais dia menos dia isso acontece com todo mundo. Você não seria a exceção.
- Mas eu não estava preparado. Ou melhor, não estou. Ainda tenho muito pra ver, pra conhecer, pra entender.
- Então, o que vai fazer?
- Não sei. Ainda não sei. Só sei que do jeito que está não dá pra continuar.
- Nisso concordo plenamente. Você vai ter que tomar uma decisão, definir essa situação. Por outro lado, raciocina comigo. Não tem como negar. Cadê seus velhos hábitos? A prainha, o futebolzinho, a cervejinha com os amigos?
- Pois é...
- Esse é o primeiro sintoma, por mais que você queira negar.
- Só eu não, todos nós, né cara-pálida?
- Tudo bem, todos nós. Mas agora é a sua vez, o problema é seu, você está passando por isso. Estamos diagnosticando você, não todos nós.
- Já entendi.
- Tá gostoso?
- O pior é que tá.
- Vê o lado bom, rapaz, você poderia estar sofrendo.
- Mas também estou sofrendo.
- Tudo bem, isso também é normal nessa fase.
- Algum problema de relacionamento, digo, com os velhos conhecidos?
- Tenho, sim. Tenho andado cabisbaixo, não sinto coragem de encarar as pessoas.
- Por que?
- Bem...
- Vamos, cara, se abre comigo. Sou seu amigo ou não sou? Me chamou pra quê?
- Bem... é que você é meu amigo, realmente, e, afinal, já passou por isso.
- Sei, então fala, está andando de cabeça baixa por que?
- Medo de quando encarar as pessoas, elas perceberem que estou com um sorriso estampado no rosto.
- Com tempo as pessoas se acostumam, não precisa se preocupar com isso. Tente agir naturalmente. Muitos nem vão notar essa alegria repentina, essa alegria, eu diria, estampada no seu rosto.
- Isso eu disse.
- E dói?
- Como?
- Eu perguntei se dói.
- Agora que você falou, acho que dói sim. Bem lá no fundo.
- Bem lá no fundo?
- É, bem lá no fundo, mas, estou meio confuso, parece que vem misturada, essa dor, com um pouco de prazer também.
- Lá no fundo, com prazer?
- É, sabe, lá no fundo do peito, não sei direito explicar, parece nostalgia. Isso mesmo, nostalgia. As lembranças dos amigos, das bebedeiras, das peladas de meio de semana.
- Faz sentido, afinal, agora isso tudo está a perigo.
- É verdade.
- De todo modo, tudo isso só vem confirmando que você não tem mais jeito.
- Você acha?
- Tenho certeza.
- Absoluta?
- Toda certeza é absoluta, senão não seria certeza.
- E o que faço, então?
- Assume.
- Assim, de uma hora pra outra, no seco?
- Se você quiser a gente pode pedir mais uma rodada de cerveja. Você que está pagando mesmo.
- Já que não tem mais jeito, mesmo.
- É, meu amigo, meus pêsames. Bem-vindo ao barco. Você está irremediavelmente apaixonado. Quantos anos ela tem, mesmo?
- 32.
- E faz o quê?
- Advogada.
- Ihhhh, que roubada, meu amigo. Tanta mulher por aí e vai se apaixonar logo por uma advogada.
- Mas ela é linda.
- E indiferente.
- Sim.
- E inacessível.
- Sim.
- Um iceberg.
- Sim. Ela simplesmente não me dá bola. Faz de conta que não é com ela, que não existo.
- E o que você pretende fazer?
- Ir à luta.
- É assim que se fala, mas cuidado para não ir com muita sede ao pote. Não se esqueça que ela é uma advogada.
- Parado é que não posso ficar. Vou correr atrás, conquistá-la. Você vai ver.
- Então só posso lhe dizer uma coisa.
- O quê?
- Boa sorte!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Anvisa: bronzeamento artificial aumenta em 75% risco de câncer.

O uso de máquinas de bronzeamento artificial aumenta em 75% o risco da ocorrência de câncer de pele, segundo afirmou nesta terça-feira o diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, em audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família. Desde o ano passado, a Anvisa, por meio da sua resolução 56/09, proíbe o uso e a comercialização dos equipamentos de bronzeamento artificial.

Barbano acrescentou que os raios ultravioleta emitidos por essas câmaras são doze vezes mais potentes que os raios do sol. “Além de câncer, o uso prolongado das máquinas de bronzeamento pode causar queimaduras e o envelhecimento precoce da pele”, disse.

O dirigente desconsiderou a possibilidade de a Anvisa rever sua decisão e liberar o uso dos equipamentos. “Algo que gera o risco objetivo de câncer e não traz benefício algum não pode ser autorizado pelo Estado”, afirmou.

O diretor da Associação Brasileira de Bronzeamento, Miguel Vietri, contestou, no entanto, as informações da Anvisa. Segundo ele, a exposição à luz emitida pelas máquinas é mais segura que o sol.

Continue lendo a matéria clicando aqui, no Portal da Câmara.

Via con me - Saia comigo (it's wonderful)



Via Con me
Paolo Conte

Via, via, vieni via di qui,
niente pi ti lega a questi luoghi,
neanche questi fiori azzurri
via, via, neache questo tempo grigio
pieno di musiche e di uomini che ti son piaciuti,

Its wonderfoul, its wonderfoul, its wonderfoul
good luck my babe, its wonderfoul,
its wonderfoul, its wonderfoul, I dream of you
chips, chips, du-du-du-du-du

Via, via, vieni via con me
entra in questo anore buio, non perderti per niente al mondo
via, via, non perderti per niente al mondo

Lo spettacolo d arte varia di uno innamorato di te,
its wonderfoul, its wonderfoul

Via, via, vieni via con me,
entra in questo amore buio pieno di uomini
via, via, entra e fatti un bagno caldo
c un accappatoio azzurro, fuori piove un mondo freddo,
its wonderfoul, its wonderfoul

21 exercícios para deixar o cérebro afiado.

Parte do e-mail remetido pelo Professor Gustavo Bartsch – CREF:6195-G (Especialista em Fisiologia do Exercício-UGF/RJ - Especialista em Atividade Física Adaptada e Saúde-UGF/RJ).

Quem foi que disse que o cérebro não precisa de exercícios para se manter ativo? Se o nosso corpo necessita de malhação para ficar sempre em ordem e cheio de disposição, por que com a mente seria diferente?

O cérebro também vai perdendo sua capacidade produtiva ao longo dos anos e, se não for treinado com exercícios, pode falhar. O neurocientista norte-americano, Larry Katz, autor do livro Mantenha seu Cérebro Vivo, criou o que é chamado de neuróbica, ou seja, uma ginástica específica para o cérebro.

A teoria de Katz é baseada no argumento de que, tal como o corpo, para se desenvolver de forma equilibrada e plena, a mente também precisa ser treinada, estimulada e desenvolvida. É comum não prestamos atenção naquilo que fazemos de forma mecânica, por isso costumamos esquecer das ações que executamos pouco tempo depois.

"O objetivo da neuróbica é estimular os cinco sentidos por meio de exercícios, fazendo com que você preste mais atenção nas suas ações e então, melhore seu poder de concentração e a sua memória", explica a psicóloga especialista em análise comportamental e cognitiva, Mariuza Pregnolato. "Não se trata de acrescentar novas atividades à sua rotina, mas de fazer de forma diferente o que é realizado diariamente".

O desafio da neuróbica é fazer tudo aquilo que contraria ações automáticas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional, por isso:

1-Use o relógio de pulso no braço que não costuma usar;
2-Ande pela casa de trás para frente;
3-Vista-se de olhos fechados;
4-Estimule o paladar, coma comidas diferentes;
5-Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em pormenores nos quais nunca tinha reparado;
6-Veja as horas num espelho;
7-Troque o mouse do computador de lado;
8-Escreva ou escove os dentes utilizando a mão esquerda - ou a direita, se for canhoto;
9-Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual;
10-Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro;
11-Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense 25 adjetivos que ache que a descrevem a imagem ou o tema fotografado;
12-Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu e concentre-se nos sabores mais subtis. No final, tire a prova dos nove junto ao garçom ou chef;
13-Ao entrar numa sala onde esteja muita gente, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito. Identifique os objetos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os;
14-Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras;
15-Experimente jogar qualquer jogo ou praticar qualquer atividade que nunca tenha tentado antes.
16-Compre um quebra cabeças e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se progrediu;
17-Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize técnicas de memorização ou separe mentalmente o tipo de produtos que precisa. Desde que funcionem, todos os métodos são válidos;
18-Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente!) nas conversas que tiver;
19-Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais de que se lembrar;
20-Ao ler uma palavra pense em outras cinco que começam com a mesma letra;
21-A proposta é mudar o comportamento rotineiro. Tente, faça alguma atividade diferente com seu outro lado do corpo e estimule o seu cérebro. Se você é destro, que tal escrever com a outra mão?

terça-feira, 1 de junho de 2010

Programação cultural do SESC - junho.

Ter 1
ARTES VISUAIS Panorama SESC de Artes Visuais

Qua 2
CINEMA: O sucesso a qualquer preço Duração: 100 min. Ano: 1992.

Qui 3
TEATRO 9h-12h e das 14h -19h Palco Giratório (Oficina processo criativo em dança contemporânea) Conceição (Recife/PE). Vagas Limitadas.

Sex 4
TEATRO 20h Palco Giratório (espetáculo) / Conceição (Recife/PE)

Sáb 5
DANÇA 14 h Oficina de dança contemporânea” com Adilso Machado
Vagas Limitadas.

Sáb 5
DANÇA 20h CROQUIS com Adilso Machado e Grupo de Dança Adriana Alcântara

Dom 6
DANÇA 14h Oficina de dança de rua “WAACKING” com Everaldo Silva.
Vagas Limitadas.

Dom 6
DANÇA 17h Grupo In Transe Dança de Rua

Ter 8
FILME O enfermeiro Duração: 50 min. Cor: Colorido. Direção: Mauro Farias.

Qua 9
CINEMA Meu Brasil Duração: 70 min. Cor: Colorido. Direção: Daniela Broitman.

Qui 10
CINEMA 20h Segunda-feira ao sol Duração: 113 min. Cor: Colorido. Direção: Fernando Léon

Sex 11
MÚSICA 20h Ana Paula + Chico Saraiva

Sáb 12
TEATRO 20h “As Criadas” Cia. Esfera Teatral Prêmio Myriam Muniz

Dom 13
TEATRO 20h As Criadas” Cia. Esfera Teatral Prêmio Myriam Muniz

Seg 14
MÚSICA -20h Sonora Brasil A Obra de Claudio Santoro e Guerra Peixe, com Quarteto de Brasília (DF)

Ter 15
MÚSICA 20h TOQUE SOLO, com Marcus Llerena (Joinville/SC)

Qua 16
FILME 20h Janela da alma Duração: 73 min. Direção: João Jardim e Walter Carvalho.

Qui 17
TEATRO 15h A História da Viúva Alucinada – Grupo Mundarel

Sex 18
CINEMA Bom dia Duração: 93 min. Direção: Yasujiro Ozu.

Sáb 19
CINEMA O engenho de Zé Lins Duração: 90 min. Direção: Vladimir Carvalho

Ter 22
CINEMA 10h e 15h A Escola vai ao cinema (agende sua escola)

Qua 23
CINEMA 10h e 15h A Escola vai ao cinema (agende sua escola)

Qui 24
LITERATURA 10h e 15h Baú de histórias permanente

Sex 25
TEATRO 20h Marco - Cia rústico teatral

Sáb 26
CINEMA 20h Os Incompreendidos Tempo de Duração: 99 minutos Direção: François Truffaut.

Ter 29
CINEMA O sucesso a qualquer preço Duração: 100 min. Ano: 1992. Direção: James Foley.

Qua 30
CINEMA Lugares Comuns Tempo de Duração: 110 minutos/Ano de Lançamento (Espanha): 2002/Direção: Adolfo Aristarain

Mafalda.

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