Bacafá

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Juiz cego.

Que sirva de inspiração. E não somente para essa semana.
Li no Salada à Brasileira.

"Ao menos uma boa notícia, nesse mar de lama que está mergulhando nosso país.

O Brasil está dando uma lição de "inclusão social" ao mundo, ao nomear como desembargador do TRT do Paraná, o primeiro juiz cego do país. A trajetória do juiz Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, 50, seria comum para um estudante da mais importante universidade do país não fosse um desafio: no terceiro ano do curso, o então candidato a bacharel perdeu completamente a visão, segundo o site UOL On-line.

Ainda segundo o site de notícias, Fonseca nasceu prematuro de seis meses, com baixa visão, o que não o impediu de entrar para a Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo). Já como estagiário do Centro Acadêmico 11 de Agosto, o problema se agravou, até a cegueira completa. Tinha 23 anos."Eu só continuei graças aos meus colegas, que gravavam os livros em fitas cassete para eu conseguir estudar. Essa amizade foi fundamental para toda a minha vida", conta.Desde então, galgou passos na carreira. Advogou de 1985 a 1987, foi assessor de um juiz de Campinas (interior paulista) até 1991 e, nesse meio tempo, em 1990, prestou concurso para juiz do Trabalho. Passou, mas foi desclassificado por ser cego.Não desistiu. Enquanto, mais uma vez, colegas se mobilizavam para reverter o resultado desfavorável do concurso com um mandado de segurança, que acabou negado, conseguiu tornar-se procurador do Trabalho, aprovado em 6º lugar, entre cerca de 5.000 candidatos, no exame do Ministério Público do Trabalho. Também fez mestrado e doutorado, e hoje dá aulas em pós-graduação."

Um comentário:

Paulo Milléo disse...

Belíssimo exemplo para nos mantermos perseverantes quanto a nossos objetivos. Além disso, demonstra o quanto é necessário o exercício da solidariedade.