China cria "Van da Morte" para diminuir custos de execuções.
Para conter os custos das execuções de condenados pela Justiça na China, autoridades criaram a "Van da Morte". O invento deve ajudar o país a saltar dos 1,715 executados no ano passado para mais de 10 mil neste ano, informou neste sábado o Mail Online.
O serviço de execuções móveis foi lançado há 3 anos e sofreu severas críticas de organizações de direitos humanos. Por isso, ano passado, durante a Olimpíada de Pequim, as "Vans da Morte" sumiram das ruas.
As vans custam cerca de R$ 190 mil, podem chegar a até 80 km/h e se parecem com um veículo de polícia. No lado interno, porém, os veículos parecem salas de cirurgia. As execuções são monitoradas por duas câmeras, para garantir que todas as regras serão seguidas. Os condenados, após serem sedados, são amarrados em macas. Os médicos, em seguida, injetam três tipos de drogas: uma para causar perda de consciência, outra para parar a respiração e a última para interromper os batimentos cardíacos.
De acordo com investigações de organizações de direitos humanos, a polícia, o judiciário e os médicos estão envolvidos em um esquema de venda de órgãos dos condenados executados. O esquema renderia milhões aos participantes.
Os médicos aproveitam que as injeções não danificam os órgãos e retiram o que pode ser aproveitado para vender no mercado negro. O esquema teria favorecido a criação de uma indústria de "turismo de órgãos", onde japoneses, coreanos e taiuaneses viriam ao país para receber os tecidos retirados dos executados.
Lido originalmente no Terra.
Sou contra a pena de morte. E por diversas razões. As duas principais dizem respeito ao erro irremediável e ao nivelamento do Estado por baixo, ou seja, pelo bandido. Assim, me parece extremamente assustador uma máquina de execução da pena de morte praticamente em série. Os números são assombrosamente espantosos: 10 mil mortos previstos para esse ano.
O outro aspecto interessante da notícia é a venda de órgãos. Claro, feito dessa maneira é um absurdo, pois é tráfico simples e puro. Mas, aceitando a provocação de Hélio Schwartsman, colunista da FolhaOnline, qual o problema de se permitir a venda de órgãos, se hoje já se pode doar? (Obviamente dentro de previsões legais bem engendradas).
3 comentários:
- Vai um fígado novinho em folha aí, moço? Bem baratinho...
Olha a córnea. Duas pelo preço de uma... É pegar ou largar. Moça bonita não paga...
Tudo numa van, é?
- A vida se torna vã!
Não consigo absorver a idéia da venda de órgãos. Primeiro vende-se em pedaços, e depois? Vai inteiro também?
Órgãos só através de doação, como ato humanitário.
Agostinho, gostei do trocadilho.
Darwinn, é apenas uma provocação. Sabemos que, pelo menos por autorização legal, é bastante improvável, senão impossível, essa situação vir a existir.
Postar um comentário