Bacafá

Bacafá

domingo, 23 de novembro de 2008

Singing in the rain.

Mais do que a crise mundial, o que vejo poder abalar a economia de um lugar é a chuva que nunca termina. Claro, em proporções diferentes, mas atingindo pessoas, de qualquer modo. A chuva espanta os consumidores do comércio, tira a vontade de saírem de casa, diminui o ânimo dos trabalhadores e deixa preocupados aqueles que moram em regiões de risco de enchente ou de desmoronamento.

Aqui na região são dois meses de chuvas ininterruptas. E as chuvas fortes e extremamente acima da média dos últimos dias causaram muitas perdas, acidentes e mortes nos três ou quatro últimos dias. Joinville, Blumenau, Itajaí, Brusque, Florianópolis, além de Jaraguá do Sul e outras cidades, em situações realmente preocupantes.

A chuva é necessária, claro, mas não sei de onde vem tanta água a ponto de chover tanto por tanto tempo. Não são apenas garoas diárias, longe disso.

Resta-nos, além de separar as roupas e outras coisas para quem perdeu tudo ou quase tudo, relembrar uma das clássicas cenas do cinema:


Singing in de rain

sábado, 22 de novembro de 2008

"Nós nos consideramos heróis"

Em uma reportagem narrada na primeira pessoa, o Jornal The Guardian traz a visão dos piratas do pacífico por eles próprios. O pirata somali Asad 'Booyah' Abdulahi, de 42 anos, explica suas razões para o exercício de sua atividade. No fundo, e talvez sem conhecer o personagem da literatura, sente-se um Robin Hood dos mares. É um ex-pescador que não conseguia ganhar a vida por conta das grandes embarcações estrangeiras no litoral da Somália que não permitiam uma disputa justa com os pequenos trabalhadores. Assim, iniciou sua vida de pirata em 1998 e seu primeiro butim rendeu 300 mil dólares ao grupo. Ele destaca que parte do valor vai para o financiador da operação e o restante é dividido entre os piratas. Eles dão prioridade aos navios europeus por resultarem em resgates mais valiosos.
Afirma que não fazem mal aos tripulantes dos barcos seqüestrados e que não considera sua atividade criminosa e, sim, como uma espécie de pedágio por não terem um governo central organizado na Somália controlando os seus mares.
A reportagem completa pode ser lida no The Guardian: http://www.guardian.co.uk/world/2008/nov/22/piracy-somalia
Os piratas estão se oranizando cada vez melhor. Unem-se quando há a necessidade de um ataque maior ou para proteger o resultado de um seqüestro muito grande. Nessa semana os piratas somalis exigiram um resgate de US$ 25 milhões para devolver o superpetroleiro saudita Sirius Star.

Calcula-se que nos últimos doze meses os piratas no Mar da Arábia e no Golfo de Áden (região de atividade do pirata acima nominado) faturaram pelo menos 150 milhões de dólares em resgates.

De acordo com o Escritório Marítimo Internacional (BMI), 94 navios foram atacados por piratas somalis desde janeiro. Dezessete ainda estão em poder deles.


As fotos deste texto são de Veronique de Viguerie (The Guardian), que passou um tempo com o principal grupo de piratas que opera na costa da Somália. Na primeira, alguns desses piratas, de um grupo de aproximadamente 350. Na segunda, a vista de uma praia, onde se vê um navio japonês seqüestrado.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Crise.

Texto de ALEXANDRE ROCHA LOPES

Acredito que temos hoje uma oportinidade rara que está para ser desperdiçada.
Não é novidade o fato de que há uma dificuldade financeira que cerca, praticamente, todos os países. Dizer que este, aquele, ou o nosso país é imune, não reflete a realidade.
Por mais que haja especulação nas grandes economias (americana e européias), para que alguns ganhem em cima de outros e, então, após um perído de bons resultados para uns (especularodes, empresas privadas, bancos... e outros que podem se aproveitar da situação), as coisas voltem ao normal, durante este período que não se sabe o quanto durará, há pessoas, grupos, instituições, empresas, Estados que estão perdendo muito.
Falências já foram anunciadas, cogitam-se outras (grandes empresas automobilisticas, bancos...)...


Dinheiro público, do cidadão, sendo utilizado para 'salvar' empresas... Redução e eliminação de turnos de trabalhos.... Demissões que já ocorreram, demissões que estão sendo anunciadas. Desempregados, aqui, nos EUA, na Europa... Pessoas, famílias tendo que sair de casa, morar em abrigos, sem possibilidade de pagar a hipoteca, o financiamento de seu sonhado imóvel, e, ironicamente, bancos re-vendendo estes imóveis a US$ 1,00 (UM DÓLAR), pois assim liberam uma despesa de suas costas e passam a ter outro credor.... afinal esta é a entrada de uma nova hipoteca. Mas quem conseguirá pagar depois?

E nós, teoricamente, até o momento sem sermos fortemente abalados. Até quando? Se as exportações pararem? Afinal, não estão conseguindo ter dinheiro para comprar. Ou, se ainda possuem, podem preferir comprar dentro do país, para auxiliar o fluxo monetário local. Se as importações pararem? Afinal, não estão conseguindo produzir. E se a moeda americana, o dólar, desestabilizar desenfreadamente? Terá gente que dirá: "O Banco Central não permitirá, temos (país) boas economias, mexerá nas taxas de juros, fará leilão de dolár. Já esta fazendo e está funcionando."


Sim... até o momento, mas o dólar não é unico nos EUA e no Brasil. O problema deve atingir, como já vem se mostrando, outros países. A questão não é somente nossa. Vamos supor que o Banco Central realmente 'segure' todo o problema. O quanto de nossa economia terá ido? Teremos reserva para investimentos? Teremos saldo para trabalhar as metas de inflação? Ou como conseqüência voltaremos a ter, após a grande crise mundial, uma crise brasileira. E quem será afetado? Nós.... Os outros? Ajudarão, sim.... no que lhes for conveniente. Emprestarão dinheiro para nos estabilizarmos. Pronto.... Resolvido? Ahhh... daí anos depois irão lembrar.... foi 'aquele' governo que pegou dinheiro emprestado a juros altos.... por isto a nossa Divida Externa aumentou tanto. Problema postergado.... somente isto.

Vislumbro, então, uma possibilidade. Uma que não é novidade. Uma que há muito se fala e pouco, muito pouco, se faz. O que os Governos de todos os países vêm tentando fazer? Aumentar o crédito dos cidadãos para que estes possam voltar ao seu cotidiano. Dinheiro no bolso significa possibilidade de aquisição, possibilidade de investimento e possibilidade de ganhar mais dinheiro. Sim... dinheiro pode gerar dinheiro. Uma pessoa que investe seu capital e cria, abre uma empresa, gera mais dinheiro. Vai empregar outra pessoa, que receberá um salário. E assim outros venderão para estes e também passarão a ganhar.


E como eles estao fazendo mundo afora? Aumento salário desemprego, que definitivamente não é a solução, é apenas um gasto a mais. Usar, como mencionado acima, dinheiro do contribuinte para dar aos bancos, ou às empresas 'mais' necessitadas. Comprando empresas e assumindo seus prejuizos.

Não acredito que gostaríamos de ver o nosso Governo fazendo igual. Sim, virão falar: " Mas se os Governos Espanhol, Alemão, Britânico, Japonês, Norte-Americano fizeram e 'funcionou' por que o nosso nao deveria fazer igual?"

Porque no momento nós temos algo por fazer que eles já fizeram anteriomente. E nós, devido a demais interesses, não conseguimos fazer. Se queremos que o nosso contribuinte tenha mais capital, dinheiro no bolso, chegou a hora de fazer o que já devia ter sido feito e se tivesse sido feito estaríamos numa posição ainda mais privilegiada.


REFORMA TRIBUTÁRIA. Já deve ter ouvido falar alguma vez. Mas somente falar, correto? Foram feitas alterações? Sim, foram. As realmente necessárias? De forma alguma.
Sabemos que trabalhamos, tranqüilamente mais de 3 meses para pagar tributos que infelizmente não são revertidos a nosso favor. Se a REFORMA correta for realizada agora, como já deveria ter sido feita, teremos mais dinheiro no bolso. Poderemos investir, comprar, poupar mais. E conseqüentemente nossa Nação sairá ganhando. Não quer dizer que ficaremos imunes à crise, mas estaremos, com certeza, mais preparados para enfrentá-la. Seja como cidadão, seja como governo.

Provavelmente ouviremos falar que no momento não seria possivel pôr tal questão em plenário devido às discussoes que este tema levantaria. E, como sabemos, estamos no final do ano (na prática você vê vontade política daqueles que você elegeu? Mas quando a questão é fazer uma sessão extraordinária para votar um aumento salarial deles, eles conseguem e trabalham até nas férias). Não devemos nos deixar levar por tal argumento. Colocamos-os lá para que nós (eu, você, seus pais, seus irmãos, seus amigos, sua familia) tenhamos um país melhor, e não para que eles tenham uma situação melhor.

Enfim, na minha opinião, podemos sair ganhando com a crise. Sim. Crise serve para aprendermos, para crescermos e nos destacarmos. E, quem sabe?, não seja a nossa hora. De nos fortalecermos economicamente e sermos, assim, devidamente reconhecidos mundialmente pelo que somos e não esperar ser reconhecidos pelo que um dia poderemos vir a ser.

Onze de setembro.

É impressionante como muitas coisas ficam esquecidas no caminho. É impressionante como muitas vezes demoram as verdades para fluir honestamente, democraticamente.

A história do Chile ensina-nos algo poderoso. É preciso conhecê-la, assim como o é a do nosso próprio país e de tudo o que o envolveu em passado recente.

O vídeo abaixo é a ponta de um iceberg. Demonstra-nos o viés ardiloso e monstruoso do Governo dos EUA. A história talvez já seja de conhecimento da algumas pessoas, mas estas imagens e estas palavras escancaram-nos como devemos refletir mais sobre os nossos atos e os atos de quem nos governa. E, mais do que isso, sobre o que nos é empurrado goela abaixo pela mídia.



Apesar de tudo, ainda tenho esperança que o homem viva verdadeiramente em paz. Com os seus iguais e com sua consciência. Um dia.

A lua

De repente a lua cheia caiu
(apenas uma lombada na estrada)
Da janela suja do ônibus.

Irina Ahcor

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Advogado: lutando por um Brasil mais justo.

Atribuem a Voltaire a seguinte frase: Um direito deixado muito longe torna-se uma injustiça.

Um dos objetivos do Advogado é justamente trazer o direito para mais perto das pessoas, dos cidadãos, de quem precisa. É transformar a pessoa efetivamente em cidadão, com noção da sua importância social, do respeito que merece e da dignidade que não lhe deve ser subtraída.

Nesse endereço, depoimentos para refletir: http://www.umbrasilmaisjusto.com.br/

domingo, 16 de novembro de 2008

Gol de falta

Em homenagem ao chocolate que o Flamengo deu hoje no Palmeiras, com um bom jogo de placar elástico - 5 x 2 para o Mais Querido - segue um estranho gol de falta que recebi por e-mail dia desses. Não é nenhum primor, mas chega a ser engraçado de curioso.



Assim que sair na internet o golaço de trivela que Ibson fez nesse jogo, ou melhor, nesse chocolate que o Flamengo deu no Palmeiras, atualizo a postagem.

A arte de produzir efeito sem causa

Como falei na postagem anterior, estava terminando de ler esse livro. Terminei. O livro é muito bom, considerando o meu gosto, obviamente. Um labirinto de dúvidas, ou melhor, a própria labirintite.

Não gostei do final, apesar de ter gostado do livro e recomendá-lo sem medo, mas acredito que é porque ainda estou digerindo o que aconteceu - na história. Um livro diferente.

Agradeço ao André da Livraria Grafipel pela indicação. Essa semana recomeço a ler A estrada, recomendação do Gelson, também da Grafipel.

sábado, 15 de novembro de 2008

Lourenço Mutarelli

Lourenço Mutarelli escreveu algumas obras, das quais estou lendo, quase no fim já, "A arte de produzir efeito sem causa". É um livro que começa com uma sensação de que não vai dar em nada e, de repente, o leitor vê-se amarrado pelo enredo, levado pela loucura de Junior, cada vez mais angustiante.
É um labirinto previsível, mas que sempre surpreende. Como não terminei de ler, vou dar minha opinião no final desse final de semana.



Mas falei do livro só para explicar que de tão interessante e angustiante resolvi ver o filme baseado no outro livro dele: O cheiro do ralo. Um filme contundente, de difícil digestão, e que aconselho a quem quiser ver que se dispa de todos os seus preconceitos.


Um filme que as mulheres costumam não gostar, mas que não chega a ser escatológico. Um filme que critica, assim como o livro aí de cima, a miséria humana, nos seus conceitos mais interiores e mundanos. Pode ser mal interpretado, principalmente quanto à obcecação do personagem principal pela bunda de uma garçonete. Não quero trazer minhas conclusões aqui, pois cada um deve interpretar do seu jeito. Entretanto entendo que o filme inteiro é uma crítica - ou um conjunto de infinitas críticas - ao comportamento humano. Das mais diversas naturezas.


Para quem quiser, tem o trailler no endereço abaixo:




quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Comemorando o dia de ontem...

Eventos importantes do dia 11 de novembro, O dia...

1887 – Quatro sindicalistas são condenados à forca nos Estados Unidos devido à greve de 1886. Outro se suicida no cárcere. É a origem do 1º de maio.
1918 - Assinado o armistício de Compiègne que dá fim à Primeira Guerra Mundial.
1918 - Independência da Polônia.
1940 - Segunda Guerra Mundial: na Batalha de Taranto, aviões decolam de um porta-aviões britânico para atacar a frota Italiana no porto de Taranto.
1940 - Inicia-se a produção do Jeep pela Willys-Overland Company.
1941 - Conferência do Potengi celebrada na estação de passageiros Rampa, na presença dos presidentes Roosevelt e Vargas.
1942 - Segunda Guerra Mundial: As forças alemães ocupam o Sul de França (Vichy).
1951 - Juan Perón é reeleito presidente da Argentina.
1955 - "Golpe da Legalidade": o general Lott, ministro da Guerra, toma o Rio com 25 mil soldados para garantir a posse de Juscelino Kubitschek e João Goulart. Lacerda ensaia fuga.
1966 - Lançamento da última missão do Projeto Gemini: a Gemini XII.
1975 - Independência de Angola.
1976 - O grupo KISS lança o álbum Rock´n´Roll Over.
1981 - Antígua e Barbuda são admitidas como Estado-Membro da ONU.

E ainda nasceu, em 1821, Fiódor Mikháilovitch Dostoiévski, escritor russo.

domingo, 9 de novembro de 2008

Para esses dias em que o sol se esconde...

Superioridade

Superioridade, de Gabriela Lopes.

Todo mundo sabe que as pessoas são diferentes umas das outras em tudo: raça, visão política, religião. Por que, então, uns se acham tão superiores aos outros? Força? Poder? Tamanho? Porque se a questão for respeito eu tenho certeza que não é!

Bem, eu acho que se não deixarmos que outras pessoas nos rebaixem, o mundo será mais justo, e tenho a convicção de que os “rebaixadores” não gostariam de ser tratados desse jeito. Sendo assim, minha pergunta continua: o que faz as pessoas se acharem tão superiores às outras?

Para pararmos de sermos “inferiores” às outras o negócio é o seguinte: por que deixamos que outras pessoas passem em nossa frente na fila? Por que não simplesmente falamos “Senhor, você furou a fila, pode fazer o favor de voltar para onde estava?”. Ou, por que deixamos que as pessoas falem que somos “perdedores” na nossa cara e não tomamos nenhuma atitude? Bom, pensando bem, eu acho que sei o porquê. Porque nos falta coragem de peitar essas pessoas de frente e tirar satisfações com ela, não brigando, conversando é claro. Cada um tem que se preservar, não deixando que outras pessoas tomem a sua frente na fila, por exemplo, e sim agindo de modo correto.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Vai pensando aí.

Um copo de coca-cola pela metade.

Dia desses conversava com meu sócio Renato sobre copos de refrigerante. Na realidade, sobre a quantidade de refrigerante nos copos. Comentamos sobre como as crianças e, ainda mais, os adolescentes se comportam diante de um copo e uma garrafa de refrigerante: enchem, até a boca, se possível.

E lembramos que nossos pais nos ensinaram que não se enche copo até a boca. Questão de educação. E mais do que isso, questão de respeito, penso. Pra que encher o copo? A idéia é - ou era: se não satisfizer a sede, coloque mais depois. Ou, se não tiver suficiente para todos, que divida-se em quantidades solidárias.

Quem não se lembra daquelas brincadeiras de criança, à mesa dos aniversários ou outras festas, de ficar colocando o refrigerante ou suco nos copos até que ficassem na mesma medida? Ninguém podia ficar com mais do que os outros! Não lembro de enchermos até derramar ou quase. Hoje essa brincadeira até perderia sua graça porque todo mundo simplesmente assoberba o líquido até a boca do copo. Sempre ficariam iguais.

Fiquei pensando sobre isso...

Por que essa inversão ou modificação de valores? Nem vou falar do fato de que antes refrigerante era final de semana e olhe lá, e hoje é quase uma bebida diária - para muitos é mais do que isso; já conheci família que tomava coca-cola no café da manhã!!

Lembrei que os McDonald's e Bob's da vida nos enfiam aqueles copos cheios. E cada vez maiores. Como disse o Danilo Gentili na sua apresentação humorística na SCAR, sábados atrás: se a gente quiser comprar alguma coisa menor nessas lanchonetes, caso consiga, fica até constrangido. E tem sempre a moça que insiste: "senhor, por mais cinquenta centavos o senhor ganha um hiperbigultramega copo de refrigerante e uma ultramegahiperbig batata frita, senhor". Caso a gente negue, ela empurra: "mas, senhor, só por mais cinquenta centavos, senhor."

Voltando ao assunto: esses copos gigantes e cheios - quem é que bebe meio litro de coca-cola sozinho num almoço?? - são apenas a ponta do iceberg. Vivemos num mundo consumista, extremamente consumista. E essa idéia de consumo descontrolado é impregnado nas nossas mentes desde crianças. Agora mais do que antes. Dessa forma, um copo cheio até a boca nada mais é do que o reflexo do "mais e mais e mais e mais...".

Outro fator que, na minha opinião, também colabora - e muito - com essa situação é a simples incapacidade dos pais de usarem uma palavra tão simples quanto eficiente: NÃO.

Parece que os pais, por culpa, medo, irresponsabilidade, desleixo ou projeção da infância que gostariam de ter tido, esqueceram a importância de dar limites aos seus filhos. Por que se tem que concordar com tudo? Agora os pais vão virar reféns dos seus filhos? Os pais têm vergonha que seus filhos façam escândalos no supermercado porque não ganham tudo o que pedem? Os pais têm medo de ter filhos deslocados por não darem tudo o que o pai dos vizinhos dá? Os pais têm medo de ser odiados por seus filhos porque não ganharam o último dvd, o último game, o último modelo de celular, de tênis ou seja lá do que for?

E, ainda pior, já que não conseguem dar tudo, tem aqueles que optam pelos produtos piratas para "baratear" suas frustrações, ensinando mais uma coisa errada para os filhos: que sonegar o trabalho de quem produz, de quem rala para ter as idéias e fazer ou imaginar aquilo, é certo!!

No final das contas, essas crianças, além de conseguirem tudo que pedem, de encherem o copo de coca-cola até derramar, de faltar com o respeito com quem trabalha (porque quem desconsidera o trabalho do artista tem grande tendência a desrespeitar o trabalho da faxineira do shopping, do porteiro do prédio, do motorista do ônibus, do professor, do policial, do médico...), quando crescerem vão acabar lendo livros de auto-ajuda e lotando as salas de espera dos psicólogos porque os livros de auto-ajuda não fizeram os milagres que prometeram.

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Em tempo: tenho filha adolescente e também cometo meus erros, mas refletindo tende-se a não repeti-los. Espero.

Em tempo 2: quanto à publicidade com que faz boa parte das pessoas se sentirem mal por não conseguirem comprar tudo o que gostariam ou o que seus filhos querem, tenho opinião formada. Sou radicalmente contra publicidade para o público infantil em horário diurno ou em revistas para crianças. Os pais é que devem escolher o que comprar, sem pressão. Em outra postagem falarei do assunto.

domingo, 2 de novembro de 2008

Pra começar bem a semana...

Uns risos antes da sisudez da semana de trabalho.

Muitas vezes não enxergamos as soluções. As mais simples normalmente são as melhores.

E por recomendação da Gabriela, Mafalda para vocês:

Muitas perguntas não têm respostas. Óbvias, pelo menos.

(clique nas tiras para visualizar em tamanho maior)

Jaraguá em luzes.


Recebi de um amigo a foto acima e vale a pena compartilhar.

Serve para mostrar que, em nossa região, temos artistas de altíssima qualidade nas mais diversas áreas.

A obra é do fotógrafo Chan.

Falando em George Orwell...


Falando em A revolução dos bichos, livro de George Orwell, recomendo sua leitura.


Uma parábola interessante com crítica feroz aos regimes ditatoriais. Causando muita polêmica na época da publicação, chegou a ser usado como uma espécie de panfleto anti-comunista pelo ocidente, o que perturbou o autor, que tinha certa simpatia por esse regime, segundo dizem.

De todo modo, a leitura - ou releitura - vale realmente a pena, eis que a história continua atual e pode ser comparada a muitos governos e comportamentos por aí.