Bacafá

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Campos de concentração.


Quando se fala em campos de concentração invariavelmente a maioria das pessoas – se não a totalidade – lembra daqueles organizados pelo Terceiro Reich, capitaneado por Adolf Hitler e seguido por seus lacaios nazistas na Segunda Grande Guerra, onde morreram milhões de pessoas. À exceção do não muito são presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ninguém mais parece negar a existência daquele genocídio. E temos consciência, também, que guerra nada nos traz de bom, gerando apenas consequências abomináveis e libertando os monstros de homens até então considerados civilizados.

Essas abominações e monstruosidades consequentes das guerras (alguns historiadores chamam a próxima guerra mundial de “A última guerra”), porém, não parecem ter nos ensinado muito.

Embora o pseudo-líder da Coreia do Norte, o pop Kim Jong Un, negue, fotografias de satélites demonstram que em pleno século XXI ainda há campos de concentração pelo mundo. Estimativas apontam entre 70.000 e 100.000 pessoas confinadas nestas excrescências da humanidade naquele país. Suspeita-se de outros em várias partes do mundo. Isso sem contar outro absurdo comum, os campos de refugiados, frutos de guerras entre países ou civis. Para que não nos achemos o país onde nada de ruim acontece (?), fica a informação de que aqui também já tivemos campos de concentração, sendo o mais famoso no Ceará, no início do século passado, em épocas de seca, ficando conhecidos como “currais do governo”, com condições absolutamente desumanas. Em Joinville, durante a Segunda Guerra, também já teve algo parecido com isso, com duzentas pessoas confinadas por suspeita de nazismo em um hospício desativado.

Fico pensando com meus botões como podemos admitir essas situações ainda hoje; como as autoridades poderosas do mundo admitem que milhões de pessoas (nos campos de concentração e nos campos de refugiados) possam passar sua existência confinados, muitos nascendo, crescendo e morrendo sem saber o que é um passo fora dos arames farpados e cercas elétricas. E o quanto nós, reles mortais brasileiros, ou de qualquer outra parte do mundo, somos responsáveis por estes tristes e lamentáveis eventos.

Ainda acredito que vivemos num mundo melhor que nossos antepassados. Proporcionalmente, temos menos guerras do que em outros tempos, quando tudo se resolvia nas espadas e nas lanças. Vivemos mais tempo, em média, também, o que demonstra que os sistemas de saúde e saneamento melhoraram. Temos mais conforto e mais tecnologia.

Falamos instantaneamente com qualquer pessoa do outro lado do mundo e pessoas morrem em campos de concentração ou de sede...

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