Como toda lista, há controvérsias.
O grande problema é que só li um desses 10 livros: A Estrada, de Cormac.
Veja os outros clicando aqui.
Bacafá

sexta-feira, 19 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Comprador de carros com vícios de fabricação consegue substituição e danos morais.
A Peugeot-Citroën do Brasil Automóveis Ltda. e a Lyon Comércio e Serviços Automotivos terão de dar um novo veículo ao comprador de um Peugeot 206 Soleil, ano 2000, que ainda receberá R$ 10 mil por danos morais. O carro apresentou diversos defeitos e chegou a ser trocado, mas o novo automóvel também apresentou defeitos graves. A decisão é da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O carro, novo, foi adquirido na Baron – Itararé Imports Importação e Comércio, em São Paulo (SP). Logo após, antes de ter completado 9.000 km rodados, a concessionária Lyon, em Porto Alegre (RS), constatou defeitos como banco traseiro e calço do motor soltos, amortecedores com vazamento de óleo, correia do motor em péssimo estado e banco dianteiro rasgado.
Depois de diversas reclamações – foram pelo menos sete visitas à oficina, antes dos 25.000 km –, a concessionária acertou que compraria o carro no estado em que estava e a preço de mercado, em troca da aquisição de um novo veículo, zero quilômetro, pelo consumidor, que pagaria a diferença.
Mas o novo automóvel também apresentou defeitos graves. Com 22.332 km, já tinha passado por consertos no braço da suspensão e caixa de direção, por exemplo, em cerca de cinco passagens pela oficina.
Para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), seria inadmissível que bens duráveis de valor considerável apresentassem tantos problemas em tão curto espaço de tempo, mesmo que bastante utilizados. O TJRS alterou a sentença de primeiro grau, para conceder a substituição do veículo por outro zero quilômetro do mesmo modelo, mais indenização de R$ 15 mil pelos transtornos.
As empresas recorreram da decisão ao STJ, alegando que os autores não comprovaram defeitos que comprometessem a funcionalidade do veículo, que teria percorrido cerca de 50.000 km, e que a decisão do TJRS foi omissa e além do pedido pelo autor. A concessionária ainda sustentou que não deveria arcar de forma solidária com a condenação e que os prejuízos deveriam ser ressarcidos monetariamente ou por restituição do valor pago na ocasião da compra do veículo.
O ministro Aldir Passarinho Junior entendeu que o TJRS não foi omisso nem julgou além do pedido pelo consumidor. Considerou ainda que não se tratou de inversão do ônus da prova: na verdade, os compradores provaram os prejuízos e as empresas não conseguiram afastar os fatos sustentados.
Quanto à indenização por dano moral, o relator afirmou que o instituto não pode ser banalizado. Para ele, a simples existência de vários defeitos, mesmo que em período de garantia do produto, não assegurava a indenização.
Porém, no caso específico, não houve recomposição dos prejuízos do consumidor com o primeiro veículo – que foi trocado pelo preço de mercado e com pagamento da diferença – e o segundo também apresentou defeitos significativos, o que ultrapassaria o caráter de mero dissabor e contratempo, passando a configurar efetivamente angústia e sofrimento. Mas o ministro considerou o valor fixado pelo TJRS excessivo, e o reduziu para R$ 10 mil. Entendeu, ainda, que cabe ao consumidor optar pela substituição do bem, restituição do preço ou abatimento proporcional, e que a concessionária é responsável solidária à fabricante pelos danos.
Fonte: Portal do STJ.
O carro, novo, foi adquirido na Baron – Itararé Imports Importação e Comércio, em São Paulo (SP). Logo após, antes de ter completado 9.000 km rodados, a concessionária Lyon, em Porto Alegre (RS), constatou defeitos como banco traseiro e calço do motor soltos, amortecedores com vazamento de óleo, correia do motor em péssimo estado e banco dianteiro rasgado.
Depois de diversas reclamações – foram pelo menos sete visitas à oficina, antes dos 25.000 km –, a concessionária acertou que compraria o carro no estado em que estava e a preço de mercado, em troca da aquisição de um novo veículo, zero quilômetro, pelo consumidor, que pagaria a diferença.
Mas o novo automóvel também apresentou defeitos graves. Com 22.332 km, já tinha passado por consertos no braço da suspensão e caixa de direção, por exemplo, em cerca de cinco passagens pela oficina.
Para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), seria inadmissível que bens duráveis de valor considerável apresentassem tantos problemas em tão curto espaço de tempo, mesmo que bastante utilizados. O TJRS alterou a sentença de primeiro grau, para conceder a substituição do veículo por outro zero quilômetro do mesmo modelo, mais indenização de R$ 15 mil pelos transtornos.
As empresas recorreram da decisão ao STJ, alegando que os autores não comprovaram defeitos que comprometessem a funcionalidade do veículo, que teria percorrido cerca de 50.000 km, e que a decisão do TJRS foi omissa e além do pedido pelo autor. A concessionária ainda sustentou que não deveria arcar de forma solidária com a condenação e que os prejuízos deveriam ser ressarcidos monetariamente ou por restituição do valor pago na ocasião da compra do veículo.
O ministro Aldir Passarinho Junior entendeu que o TJRS não foi omisso nem julgou além do pedido pelo consumidor. Considerou ainda que não se tratou de inversão do ônus da prova: na verdade, os compradores provaram os prejuízos e as empresas não conseguiram afastar os fatos sustentados.
Quanto à indenização por dano moral, o relator afirmou que o instituto não pode ser banalizado. Para ele, a simples existência de vários defeitos, mesmo que em período de garantia do produto, não assegurava a indenização.
Porém, no caso específico, não houve recomposição dos prejuízos do consumidor com o primeiro veículo – que foi trocado pelo preço de mercado e com pagamento da diferença – e o segundo também apresentou defeitos significativos, o que ultrapassaria o caráter de mero dissabor e contratempo, passando a configurar efetivamente angústia e sofrimento. Mas o ministro considerou o valor fixado pelo TJRS excessivo, e o reduziu para R$ 10 mil. Entendeu, ainda, que cabe ao consumidor optar pela substituição do bem, restituição do preço ou abatimento proporcional, e que a concessionária é responsável solidária à fabricante pelos danos.
Fonte: Portal do STJ.
"Sou Ari Pargendler, presidente do STJ. Você está demitido"
A frase acima revela parte da “humilhação” vivida por um estagiário do Superior Tribunal de Justiça (STJ) após um momento de fúria do presidente da Corte, Ari Pargendler (na foto).
O episódio foi registrado na 5a delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal às 21h05 de ontem, quinta-feira (20). O boletim de ocorrência (BO) que tem como motivo “injúria real”, recebeu o número 5019/10. Ele é assinado pelo delegado Laércio Rossetto.
O blog procurou o presidente do STJ, mas foi informado pela assessoria do Tribunal que ele estava no Rio Grande do Sul e que não seria possível entrevistá-lo por telefone.
O autor do BO e alvo da demissão: Marco Paulo dos Santos, 24 anos, até então estagiário do curso de administração na Coordenadoria de Pagamento do STJ.
O motivo da demissão?
Marco estava imediatamente atrás do presidente do Tribunal no momento em que o ministro usava um caixa rápido, localizado no interior da Corte.
A explosão do presidente do STJ ocorreu na tarde da última terça-feira (19) quando fazia uma transação em uma das máquinas do Banco do Brasil.
No mesmo momento, Marcos se encaminhou a outro caixa - próximo de Pargendler - para depositar um cheque de uma colega de trabalho.
Ao ver uma mensagem de erro na tela da máquina, o estagiário foi informado por um funcionário da agência, que o único caixa disponível para depósito era exatamente o que o ministro estava usando.
Segundo Marco, ele deslocou-se até a linha marcada no chão, atrás do ministro, local indicado para o próximo cliente.
Incomodado com a proximidade de Marcos, Pargendler teria disparado: “Você quer sair daqui porque estou fazendo uma transação pessoal."
Marco: “Mas estou atrás da linha de espera”.
O ministro: “Sai daqui. Vai fazer o que você tem quer fazer em outro lugar”.
Marco tentou explicar ao ministro que o único caixa para depósito disponível era aquele e que por isso aguardaria no local.
Diante da resposta, Pargendler perdeu a calma e disse: “Sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e você está demitido, está fora daqui”.
Até o anúncio do ministro, Marco diz que não sabia quem ele era.
Fabiane Cadete, estudante do nono semestre de Direito do Instituto de Educação Superior de Brasília, uma das testemunhas citadas no boletim de ocorrência, confirmou ao blog o que Marco disse ter ouvido do ministro.
“Ele [Ari Pargendler] ficou olhando para o lado e para o outro e começou a gritar com o rapaz. Avançou sobre ele e puxou várias vezes o crachá que ele carregava no pescoço. E disse: "Você já era! Você já era! Você já era!”, conta Fabiane.
“Fiquei horrorizada. Foi uma violência gratuita”, acrescentou.
Segundo Fabiane, no momento em que o ministro partiu para cima de Marco disposto a arrancar seu crachá, ele não reagiu. “O menino ficou parado, não teve reação nenhuma”.
De acordo com colegas de trabalho de Marco, apenas uma hora depois do episódio, a carta de dispensa estava em cima da mesa do chefe do setor onde ele trabalhava.
Demitido, Marco ainda foi informado por funcionários da Seção de Movimentação de Pessoas do Tribunal, responsável pela contratação de estagiários, para ficar tranqüilo porque “nada constaria a respeito do ocorrido nos registros funcionais”.
O delegado Laercio Rossetto disse ao blog que o caso será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque a Polícia Civil não tem “competência legal” para investigar ocorrências que envolvam ministros sujeitos a foro privilegiado."
Pargendler é presidente do STJ desde o último dia três de agosto. Tem 63 anos, é gaúcho de Passo Fundo e integra o tribunal desde 1995. Foi também ministro do Tribunal Superior Eleitoral.
FONTE: Blog do Noblat.
A notícia é de outubro e foi indicada pelo estudante de Direito Liandro Piske.
Cada vez que vejo uma crise aguda de juizite dessas, fico extremamente preocupado: são essas pessoas que julgam os nossos processos. Seja como advogados, seja como partes, qual a segurança nas questões éticas podemos ter com atitudes desse naipe, com julgadores desta estirpe?
Nas aulas de deontologia jurídica, quando tratamos dos magistrados discutimos o Código de Ética da Magistratura. Lá estão elencados diversos princípios que devem reger as condutas dos magistrados, sendo ele um juiz substituto em início de carreira, sendo um ministro das mais altas cortes. Não vou cansá-los com todos os princípios. Clique aqui para ler o Código inteiro (é interessante e vale a pena).
Mas, além destes princípios todos, uma qualidade, talvez a maior delas, na qual os doutrinadores concordam, que deveria sempre caminhar ao lado dos juízes, é a humildade. Tudo o que não vimos na aberração acima descrita.
O episódio foi registrado na 5a delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal às 21h05 de ontem, quinta-feira (20). O boletim de ocorrência (BO) que tem como motivo “injúria real”, recebeu o número 5019/10. Ele é assinado pelo delegado Laércio Rossetto.
O blog procurou o presidente do STJ, mas foi informado pela assessoria do Tribunal que ele estava no Rio Grande do Sul e que não seria possível entrevistá-lo por telefone.
O autor do BO e alvo da demissão: Marco Paulo dos Santos, 24 anos, até então estagiário do curso de administração na Coordenadoria de Pagamento do STJ.
O motivo da demissão?
Marco estava imediatamente atrás do presidente do Tribunal no momento em que o ministro usava um caixa rápido, localizado no interior da Corte.
A explosão do presidente do STJ ocorreu na tarde da última terça-feira (19) quando fazia uma transação em uma das máquinas do Banco do Brasil.
No mesmo momento, Marcos se encaminhou a outro caixa - próximo de Pargendler - para depositar um cheque de uma colega de trabalho.
Ao ver uma mensagem de erro na tela da máquina, o estagiário foi informado por um funcionário da agência, que o único caixa disponível para depósito era exatamente o que o ministro estava usando.
Segundo Marco, ele deslocou-se até a linha marcada no chão, atrás do ministro, local indicado para o próximo cliente.
Incomodado com a proximidade de Marcos, Pargendler teria disparado: “Você quer sair daqui porque estou fazendo uma transação pessoal."
Marco: “Mas estou atrás da linha de espera”.
O ministro: “Sai daqui. Vai fazer o que você tem quer fazer em outro lugar”.
Marco tentou explicar ao ministro que o único caixa para depósito disponível era aquele e que por isso aguardaria no local.
Diante da resposta, Pargendler perdeu a calma e disse: “Sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e você está demitido, está fora daqui”.
Até o anúncio do ministro, Marco diz que não sabia quem ele era.
Fabiane Cadete, estudante do nono semestre de Direito do Instituto de Educação Superior de Brasília, uma das testemunhas citadas no boletim de ocorrência, confirmou ao blog o que Marco disse ter ouvido do ministro.
“Ele [Ari Pargendler] ficou olhando para o lado e para o outro e começou a gritar com o rapaz. Avançou sobre ele e puxou várias vezes o crachá que ele carregava no pescoço. E disse: "Você já era! Você já era! Você já era!”, conta Fabiane.
“Fiquei horrorizada. Foi uma violência gratuita”, acrescentou.
Segundo Fabiane, no momento em que o ministro partiu para cima de Marco disposto a arrancar seu crachá, ele não reagiu. “O menino ficou parado, não teve reação nenhuma”.
De acordo com colegas de trabalho de Marco, apenas uma hora depois do episódio, a carta de dispensa estava em cima da mesa do chefe do setor onde ele trabalhava.
Demitido, Marco ainda foi informado por funcionários da Seção de Movimentação de Pessoas do Tribunal, responsável pela contratação de estagiários, para ficar tranqüilo porque “nada constaria a respeito do ocorrido nos registros funcionais”.
O delegado Laercio Rossetto disse ao blog que o caso será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque a Polícia Civil não tem “competência legal” para investigar ocorrências que envolvam ministros sujeitos a foro privilegiado."
Pargendler é presidente do STJ desde o último dia três de agosto. Tem 63 anos, é gaúcho de Passo Fundo e integra o tribunal desde 1995. Foi também ministro do Tribunal Superior Eleitoral.
FONTE: Blog do Noblat.
A notícia é de outubro e foi indicada pelo estudante de Direito Liandro Piske.
Cada vez que vejo uma crise aguda de juizite dessas, fico extremamente preocupado: são essas pessoas que julgam os nossos processos. Seja como advogados, seja como partes, qual a segurança nas questões éticas podemos ter com atitudes desse naipe, com julgadores desta estirpe?
Nas aulas de deontologia jurídica, quando tratamos dos magistrados discutimos o Código de Ética da Magistratura. Lá estão elencados diversos princípios que devem reger as condutas dos magistrados, sendo ele um juiz substituto em início de carreira, sendo um ministro das mais altas cortes. Não vou cansá-los com todos os princípios. Clique aqui para ler o Código inteiro (é interessante e vale a pena).
Mas, além destes princípios todos, uma qualidade, talvez a maior delas, na qual os doutrinadores concordam, que deveria sempre caminhar ao lado dos juízes, é a humildade. Tudo o que não vimos na aberração acima descrita.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Recomendo / não recomendo.
Sexta-feira fomos ao cinema assistir Homens em fúria. Pelo elenco parecia um bom filme, com Robert de Niro e Edward Norton como protagonistas. Gosto dos dois. Não gostei do filme. Ou eu estava muito burro naquela sexta, ou o filme leva nada a lugar nenhum. Deve ter alguma que eu não captei. É difícil acreditar que dois atores como esses fariam um filme assim. Mas já era tarde demais...Então... se alguém por aí me perguntar, eu não recomendo.
Para compensar, fomos convidados a conhecer a nova casa italiana da cidade. Nonna Dica, um charmoso restaurante aqui em Jaraguá do Sul. Dois amigos já estavam nos esperando lá e a noite terminou bastante agradável e divertida. A comida é boa, o preço é bom e o atendimento, apesar de termos sido os últimos quatro a sair da casa, muito bom. Esse eu recomendo.
Para compensar, fomos convidados a conhecer a nova casa italiana da cidade. Nonna Dica, um charmoso restaurante aqui em Jaraguá do Sul. Dois amigos já estavam nos esperando lá e a noite terminou bastante agradável e divertida. A comida é boa, o preço é bom e o atendimento, apesar de termos sido os últimos quatro a sair da casa, muito bom. Esse eu recomendo.
Crédito da foto: blog por acaso.
CNJ pune juiz que fez declarações preconceituosas.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou dia 9, por nove votos a seis, a disponibilidade compulsória do juiz Edilson Rodrigues, da Comarca de Sete Lagoas (MG). Em 2007, ao proferir sentença em processo que tratava de violência contra a mulher, o magistrado utilizou declarações discriminatórias de gênero, afirmando, por exemplo, que “o mundo é masculino e assim deve permanecer”. Além da sentença, o magistrado também manifestou a mesma posição em seu blog na internet e em entrevistas à imprensa.
Além dos nove conselheiros que decidiram pela disponibilidade, os outros seis votaram pela censura ao magistrado e pela realização de teste para aferir sua sanidade mental.
A disponibilidade havia sido proposta no voto do relator do Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) 0005370-72.2009.2.00.0000, conselheiro Marcelo Neves, para quem esse tipo de conduta é incompatível com o exercício da magistratura. A decisão do CNJ, passível de recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF), determina que o juiz de Sete Lagoas fique afastado do exercício da função por dois anos. Durante esse período ele receberá salário proporcional ao tempo de serviço. Após os dois anos poderá solicitar, ao CNJ, o retorno à magistratura.
Fonte: Conselho Nacional de Justiça.
Lido no Portal da OAB/SC.
Além dos nove conselheiros que decidiram pela disponibilidade, os outros seis votaram pela censura ao magistrado e pela realização de teste para aferir sua sanidade mental.
A disponibilidade havia sido proposta no voto do relator do Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) 0005370-72.2009.2.00.0000, conselheiro Marcelo Neves, para quem esse tipo de conduta é incompatível com o exercício da magistratura. A decisão do CNJ, passível de recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF), determina que o juiz de Sete Lagoas fique afastado do exercício da função por dois anos. Durante esse período ele receberá salário proporcional ao tempo de serviço. Após os dois anos poderá solicitar, ao CNJ, o retorno à magistratura.
Fonte: Conselho Nacional de Justiça.
Lido no Portal da OAB/SC.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
E na música de sexta...
... começando bem o final de semana, diretamente da Ilha da Magia, o figuraço Jean Mafra, numa produção de surraxco de alface e guerrilha cultural:
Para conhecer mais o trabalho e a opinião deste artista, acesse o minúsculas.
Para conhecer mais o trabalho e a opinião deste artista, acesse o minúsculas.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
De Carla para Raphael.
Traduzindo (com alguns escorregões):
Ok, ok, também estou rindo aqui, hehehe...
Eita dia bonito esse:
11.11
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Que tal ser deputado federal na Suécia?
Que tal mandarmos os nossos para lá para ver se aprendem a respeitar o erário??
Dica do amigo Anderson Merkle.
Projeto obriga pagamento de cheque sem fundo de até R$ 1 mil.
A Câmara analisa o Projeto de Lei 6.791/10, do ex-deputado Edigar Mão Branca (PV-BA), que obriga os bancos a pagar os cheques sem fundos de até R$ 1 mil, desde que o dinheiro não seja destinado ao próprio correntista.
O objetivo é responsabilizar também a instituição financeira pelo risco oferecido pelos cheques emitidos. "Não se justifica que os bancos, que entregam talões de cheques a seus clientes a seu exclusivo critério, não se responsabilizem pelo pagamento do valor desses cheques", argumenta o deputado.
A proposta altera a Lei do Cheque (7.357/85) para instituir a obrigatoriedade. Atualmente, os bancos só podem ser cobrados pelo pagamento de cheques falsos, falsificados ou alterados se não ficar comprovada a culpa do correntista, endossante ou beneficiário do cheque.
Pelo texto, o teto de compensação de cheques sem fundo inicial é de R$ 1 mil, mas deverá ser revisto periodicamente. O projeto prevê ainda que, se dois ou mais cheques forem apresentados ao mesmo tempo sem que o correntista tenha fundos para arcar com o pagamento de todos, o banco responderá por todos, respeitando o limite de R$ 1 mil por cheque.
A proposta está apensada ao PL 4.780/98, do ex-deputado Feu Rosa, que trata da mesma questão. Esse projeto já foi rejeitado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e de Constituição e Justiça e de Cidadania, mas a decisão final cabe ao Plenário.
Para ver a íntegra do Projeto de Lei e sua tramitação clique aqui.
Fonte: Portal da Câmara dos Deputados.
Em que pese os cuidados que se deve ter com projetos desta natureza, para que não se privilegie picaretas que vão querer levar vantagem em detrimento dos bancos, assim como que a aceitação de cheque não é obrigatória, há de se considerar que este é um meio ainda muito utilizado na economia nacional (embora perdendo força a cada dia que passa para o dinheiro de plástico - cartões de débito e de crédito). Nesta linha, os bancos que são os que mais lucram sempre, passarão a ter mais critério na hora de liberar crédito e talões de cheque para seus correntistas. Pelo menos é o que se espera.
O objetivo é responsabilizar também a instituição financeira pelo risco oferecido pelos cheques emitidos. "Não se justifica que os bancos, que entregam talões de cheques a seus clientes a seu exclusivo critério, não se responsabilizem pelo pagamento do valor desses cheques", argumenta o deputado.
A proposta altera a Lei do Cheque (7.357/85) para instituir a obrigatoriedade. Atualmente, os bancos só podem ser cobrados pelo pagamento de cheques falsos, falsificados ou alterados se não ficar comprovada a culpa do correntista, endossante ou beneficiário do cheque.
Pelo texto, o teto de compensação de cheques sem fundo inicial é de R$ 1 mil, mas deverá ser revisto periodicamente. O projeto prevê ainda que, se dois ou mais cheques forem apresentados ao mesmo tempo sem que o correntista tenha fundos para arcar com o pagamento de todos, o banco responderá por todos, respeitando o limite de R$ 1 mil por cheque.
A proposta está apensada ao PL 4.780/98, do ex-deputado Feu Rosa, que trata da mesma questão. Esse projeto já foi rejeitado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e de Constituição e Justiça e de Cidadania, mas a decisão final cabe ao Plenário.
Para ver a íntegra do Projeto de Lei e sua tramitação clique aqui.
Fonte: Portal da Câmara dos Deputados.
Em que pese os cuidados que se deve ter com projetos desta natureza, para que não se privilegie picaretas que vão querer levar vantagem em detrimento dos bancos, assim como que a aceitação de cheque não é obrigatória, há de se considerar que este é um meio ainda muito utilizado na economia nacional (embora perdendo força a cada dia que passa para o dinheiro de plástico - cartões de débito e de crédito). Nesta linha, os bancos que são os que mais lucram sempre, passarão a ter mais critério na hora de liberar crédito e talões de cheque para seus correntistas. Pelo menos é o que se espera.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Enquanto isso na Buracolândia...
... ou seja, aqui em Jaraguá do Sul, os motoristas que se cuidem.
E não com aquela cobertura de sorvete que estão passando em alguns pontos, que não dura o tempo do caminhão dos funcionários que consertaram chegar ao final da rua.
Tenho pena dos motoristas profissionais que têm que enfrentar essa tristeza diariamente o dia todo, como motoristas de ônibus, taxis, vans e motoboys.
Cadê a administração pública? Cadê os edis?? Cadê o meu dinheiro dos tributos?
Daqui a pouco estaremos mais ou menos como na foto aí ao lado.
Em tempo, para quem ainda eventualmente não saiba: se você for lesado por conta de um buraco na via, seja na calçada, seja na estrada, cobre da administração pública o devido ressarcimento! Verifique as testemunhas, faça o devido Boletim de Ocorrência na Delegacia e vá atrás de seus Direitos!!
Está se tornando a coisa mais comum nessa cidade ouvir em qualquer roda de conversa que alguém teve o carro estragado por conta de algum buraco, buraquinho ou buracão nas nossas vias automotivas. Antes de mudarem - pela enésima vez (não tem GPS que resista) - as direções das ruas da cidade, seria mais conveniente antes as arrumarem.
E não com aquela cobertura de sorvete que estão passando em alguns pontos, que não dura o tempo do caminhão dos funcionários que consertaram chegar ao final da rua.
Senhora Prefeita, Senhor Marido da Prefeita, Senhores Vereadores, Senhores Secretários, não usam nossas ruas para irem ao trabalho?? Nem de carro, nem de ônibus, nem a pé mesmo?? Porque até a pé dá para ver o queijo suíço que estão nossas vias. Não bastassem as calçadas quebradas, interditadas, dominadas por obras particulares de donos de obras abusados e mal-educados, agora o pedestre ou anda sobre tijolos e pedras e montes de areias na calçada ou pisa em buracos ou corre o risco de ser atropelado no meio da rua.
Tenho pena dos motoristas profissionais que têm que enfrentar essa tristeza diariamente o dia todo, como motoristas de ônibus, taxis, vans e motoboys.
Daqui a pouco estaremos mais ou menos como na foto aí ao lado.
Em tempo, para quem ainda eventualmente não saiba: se você for lesado por conta de um buraco na via, seja na calçada, seja na estrada, cobre da administração pública o devido ressarcimento! Verifique as testemunhas, faça o devido Boletim de Ocorrência na Delegacia e vá atrás de seus Direitos!!
Quebrando paradigmas.
Inovações, ideias novas, procedimentos inovadores acarretam sempre algum tipo de trauma. Não é, pelo menos para a maioria das pessoas, das coisas mais fáceis se adaptar a situações diferentes das habituais. Quebrar paradigmas (parece clichê isso) normalmente traz melhorias. E algumas - ou muitas - vezes encontra resistências.
Nesta esteira, o avanço da tecnologia está acarretando a informatização dos processos judiciais. A cada dia que passa - e, penso eu, sem volta - os Tribunais estão se aprimorando para que os processo virtuais ou eletrônicos passem a ser rotina para os advogados e magistrados. A intenção é virtualizar todo o sistema judiciário em poucos anos (ou quase todo, pois os operadores deverão ser reais, espero eu). Há problemas a se discutir? Claro, muitos. Mas muitas vantagens vêm com essas mudanças. É uma questão de tempo - pouco tempo - para que os mais resistentes percebam.
O estudante de Direito Andriel Andrade, da 10a fase da Fameg, mandou um curioso e excelente vídeo sobre a quebra de paradigmas:
Nesta esteira, o avanço da tecnologia está acarretando a informatização dos processos judiciais. A cada dia que passa - e, penso eu, sem volta - os Tribunais estão se aprimorando para que os processo virtuais ou eletrônicos passem a ser rotina para os advogados e magistrados. A intenção é virtualizar todo o sistema judiciário em poucos anos (ou quase todo, pois os operadores deverão ser reais, espero eu). Há problemas a se discutir? Claro, muitos. Mas muitas vantagens vêm com essas mudanças. É uma questão de tempo - pouco tempo - para que os mais resistentes percebam.
O estudante de Direito Andriel Andrade, da 10a fase da Fameg, mandou um curioso e excelente vídeo sobre a quebra de paradigmas:
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Lista sêxtupla da OAB/SC.
Como apenas cinco dos 23 inscritos para o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça conseguiram mais de 20 votos, entre os 39 conselheiros que participaram da escolha da lista sêxtupla, neste sábado, foi necessária uma segunda votação entre os demais participantes. O ato é inédito e dá uma resposta a quem declarava, antes da escolha, que a lista para preecnhimento da vaga pelo quinto constitucional estava previamente definida.
Lido no Blog do Azevedo.
Um dos 22 advogados inscritos na OAB-SC para participação no processo de escolha da lista sêxtupla para nomeação do novo desembargador do Tribunal de Justiça decidiu abandonar a seleção. Declarou-se indignado com o “jogo de cartas marcadas”. O governador Leonel Pavan recebeu ontem os conselheiros para almoço na Casa da Agronômica. Segundo as versões mais correntes, Pavan nomearia o advogado já indicado pela OAB, antes da eleição da lista, e na segunda vaga seria incluído o candidato do governador.
Lido no Blog do Moacir Pereira.
É... cada um enxerga o cabelo que quiser no ovo desejado. O único fato garantido: Oscar Juvêncio Borges Neto (39 votos), Neli Lino Saibo (30 votos), Édelos Frühstück (28 votos), Anita Gomes Vieira (26 votos), João Batista Góes Ulysséa (25 votos) e José Braz da Silveira (27 votos no segundo escrutínio) compõem a lista sêxtupla, a qual foi hoje levada ao presidente do TJSC para a escolha de três nomes pelo Pleno, os quais serão enviados ao Governador do Estado, que escolherá o novo desembargador vindo das fileiras da OAB/SC. Mais informações no Portal da OAB/SC.
Lido no Blog do Azevedo.
Um dos 22 advogados inscritos na OAB-SC para participação no processo de escolha da lista sêxtupla para nomeação do novo desembargador do Tribunal de Justiça decidiu abandonar a seleção. Declarou-se indignado com o “jogo de cartas marcadas”. O governador Leonel Pavan recebeu ontem os conselheiros para almoço na Casa da Agronômica. Segundo as versões mais correntes, Pavan nomearia o advogado já indicado pela OAB, antes da eleição da lista, e na segunda vaga seria incluído o candidato do governador.
Lido no Blog do Moacir Pereira.
É... cada um enxerga o cabelo que quiser no ovo desejado. O único fato garantido: Oscar Juvêncio Borges Neto (39 votos), Neli Lino Saibo (30 votos), Édelos Frühstück (28 votos), Anita Gomes Vieira (26 votos), João Batista Góes Ulysséa (25 votos) e José Braz da Silveira (27 votos no segundo escrutínio) compõem a lista sêxtupla, a qual foi hoje levada ao presidente do TJSC para a escolha de três nomes pelo Pleno, os quais serão enviados ao Governador do Estado, que escolherá o novo desembargador vindo das fileiras da OAB/SC. Mais informações no Portal da OAB/SC.
domingo, 7 de novembro de 2010
Em algum lugar do passado... para o presente - II.
Desta vez um texto escrito em janeiro de 2009: Da hipocrisia humana.
Domingo passei na casa dos meus pais, na praia. Um livro do Jack Kerouac nas mãos que acabei lendo só o primeiro parágrafo. Dia de sol. Pais para colocar os assuntos em dia, mais filha, namorada, amiga da filha. O On the road poderia esperar um pouco mais para ser lido de verdade. Na realidade, estou com tantos livros pendentes de leitura que nem sei se é a vez do Kerouac; há outras prioridades, se é que existem prioridades na literatura.
Mais tarde chegou uma prima querida com o marido e os dois filhos, um garoto quase da idade da minha filha e uma pequena dançarina de tudo, inclusive de forró, que tentou me ensinar. Só lamentou minha falta de coordenação.
Conversando com essa prima, também de muitos assuntos atrasados, acabamos, não sei por quê, chegando aos temas sonegação, pirataria e derivados. Enfim, corrupção e ética. O diálogo foi bom, interessante, construtivo. Cada um com suas opiniões. Entretanto fiquei pensando no assunto nesses últimos dias.
E pensei na natureza humana, categoria de animais na qual obviamente me incluo. É muito fácil enxergarmos apenas o que nos interessa quando o assunto é polêmico e duvidoso. Vou tentar não cair nessa armadilha.
Por exemplo: hoje em dia é muito raro algum cidadão – brasileiro, ao menos – que goste de pagar tributos, ou menos dramaticamente, que, se tiver a chance, não se importe em sonegar alguma coisinha que seja. E sem peso na consciência.
Nessa linha, muita gente compra cds e dvds piratas por entender que nada há demais nisso ou, outro argumento que ouço muito, porque os originais estão muito caros. E assim a humanidade caminha: uma fila furada aqui, um troco a mais não devolvido ali, uma estacionada em lugar proibido acolá, uma infração de trânsito lá, e etc., etc., etc., etc... Por outro lado, vivemos falando mal e reclamando – com razão – dos políticos corruptos. Ou daquelas pessoas que fazem algo que “jamais faríamos” para conseguir alguma coisa.
Assolou-me uma dúvida cruel: é mais corrupto ou aético aquele que desvia o dinheiro do povo podendo matar pessoas na fila dos hospitais sucateados ou deixando crianças sem estudar ou aquele que compra um cd pirata no camelô e não paga tributos e nem os direitos autorais do artista, que, em tese, vive da sua arte?
Penso que ambos são e não sei dizer se há grau para medir corrupto ou falta de ética. Assim como são todos os que deliberadamente infringem alguma norma, escrita ou não. Eu, particularmente, abomino a compra e produtos piratas. Além de serem de qualidade inferior (o que os meus amigos defensores deste tipo de compra negam veementemente), há o problema de desprestigiar o artista, além de, na minha visão, este tipo de bandidagem andar de braços dados com o tráfico de drogas, de pessoas e de armas. Não o pobre coitado que vende o cd por “cinco real” na banca, mas o seu fornecedor e o fornecedor do seu fornecedor. Ou alguém em sã consciência acredita que esse volume de produtos falsificados é fabricado no fundo de um quintal? Não quero me sentir culpado pela morte de um conhecido parado no sinaleiro provocada por algum drogado. Aqueles meus mesmos amigos dizem que é exagero meu. Talvez, não sei. Quando virem um cano fumegante no vidro do carro talvez mudem de opinião, ou achem que foi apenas uma fatalidade, culpa do governo.
O fato é que enquanto essas coisas acontecem só com os outros, ficamos hipocritamente fazendo de conta que não nos afeta e que não nos interessa. E quando nos interessa, tendemos a achar que nem é tão grave assim. É grave, sim, porque as coisas grandes normalmente são decorrentes de coisas que começaram pequenas.
O homem é hipócrita, sempre foi e não vejo perspectiva de mudança nesse assunto. Não quero generalizar; há pessoas que seguem uma vida absolutamente ética e incorruptível. Mas falo de maneira geral.
E nos acostumamos a isso não de agora. Alguém lembra da Lei de Gérson? Aquela que foi revogada pela Lei de Zeca Pagodinho. Sobre essas “leis” falarei num post em breve.
E quem quiser ler o texto que escrevi sobre a revogação da Lei de Gérson pela Lei de Zeca Pagodinho, clique aqui.
Domingo passei na casa dos meus pais, na praia. Um livro do Jack Kerouac nas mãos que acabei lendo só o primeiro parágrafo. Dia de sol. Pais para colocar os assuntos em dia, mais filha, namorada, amiga da filha. O On the road poderia esperar um pouco mais para ser lido de verdade. Na realidade, estou com tantos livros pendentes de leitura que nem sei se é a vez do Kerouac; há outras prioridades, se é que existem prioridades na literatura.
Mais tarde chegou uma prima querida com o marido e os dois filhos, um garoto quase da idade da minha filha e uma pequena dançarina de tudo, inclusive de forró, que tentou me ensinar. Só lamentou minha falta de coordenação.
Conversando com essa prima, também de muitos assuntos atrasados, acabamos, não sei por quê, chegando aos temas sonegação, pirataria e derivados. Enfim, corrupção e ética. O diálogo foi bom, interessante, construtivo. Cada um com suas opiniões. Entretanto fiquei pensando no assunto nesses últimos dias.
E pensei na natureza humana, categoria de animais na qual obviamente me incluo. É muito fácil enxergarmos apenas o que nos interessa quando o assunto é polêmico e duvidoso. Vou tentar não cair nessa armadilha.
Por exemplo: hoje em dia é muito raro algum cidadão – brasileiro, ao menos – que goste de pagar tributos, ou menos dramaticamente, que, se tiver a chance, não se importe em sonegar alguma coisinha que seja. E sem peso na consciência.
Nessa linha, muita gente compra cds e dvds piratas por entender que nada há demais nisso ou, outro argumento que ouço muito, porque os originais estão muito caros. E assim a humanidade caminha: uma fila furada aqui, um troco a mais não devolvido ali, uma estacionada em lugar proibido acolá, uma infração de trânsito lá, e etc., etc., etc., etc... Por outro lado, vivemos falando mal e reclamando – com razão – dos políticos corruptos. Ou daquelas pessoas que fazem algo que “jamais faríamos” para conseguir alguma coisa.
Assolou-me uma dúvida cruel: é mais corrupto ou aético aquele que desvia o dinheiro do povo podendo matar pessoas na fila dos hospitais sucateados ou deixando crianças sem estudar ou aquele que compra um cd pirata no camelô e não paga tributos e nem os direitos autorais do artista, que, em tese, vive da sua arte?
Penso que ambos são e não sei dizer se há grau para medir corrupto ou falta de ética. Assim como são todos os que deliberadamente infringem alguma norma, escrita ou não. Eu, particularmente, abomino a compra e produtos piratas. Além de serem de qualidade inferior (o que os meus amigos defensores deste tipo de compra negam veementemente), há o problema de desprestigiar o artista, além de, na minha visão, este tipo de bandidagem andar de braços dados com o tráfico de drogas, de pessoas e de armas. Não o pobre coitado que vende o cd por “cinco real” na banca, mas o seu fornecedor e o fornecedor do seu fornecedor. Ou alguém em sã consciência acredita que esse volume de produtos falsificados é fabricado no fundo de um quintal? Não quero me sentir culpado pela morte de um conhecido parado no sinaleiro provocada por algum drogado. Aqueles meus mesmos amigos dizem que é exagero meu. Talvez, não sei. Quando virem um cano fumegante no vidro do carro talvez mudem de opinião, ou achem que foi apenas uma fatalidade, culpa do governo.
O fato é que enquanto essas coisas acontecem só com os outros, ficamos hipocritamente fazendo de conta que não nos afeta e que não nos interessa. E quando nos interessa, tendemos a achar que nem é tão grave assim. É grave, sim, porque as coisas grandes normalmente são decorrentes de coisas que começaram pequenas.
O homem é hipócrita, sempre foi e não vejo perspectiva de mudança nesse assunto. Não quero generalizar; há pessoas que seguem uma vida absolutamente ética e incorruptível. Mas falo de maneira geral.
E nos acostumamos a isso não de agora. Alguém lembra da Lei de Gérson? Aquela que foi revogada pela Lei de Zeca Pagodinho. Sobre essas “leis” falarei num post em breve.
E quem quiser ler o texto que escrevi sobre a revogação da Lei de Gérson pela Lei de Zeca Pagodinho, clique aqui.
sábado, 6 de novembro de 2010
Em algum lugar do passado... para o presente.
Revirando o baú do meu próprio blog, de vez em quando encontro imagens e textos que não lembrava mais e que trazem boas lembranças ou me surpreendem de alguma forma. E achei isso que volto a compartilhar com meus leitores:
Na época peguei do blog da Daniella, Pelos cantos e recantos deste mundo.
Na época peguei do blog da Daniella, Pelos cantos e recantos deste mundo.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Ei-la aqui.
A mais nova Rocha Lopes da família. A minha mais bela sobrinha.
IZABELE
(Parabéns Beth e Alexandre!!!!)
(Parabéns Beth e Alexandre!!!!)
E como tudo que é bom merece ser comemorado, um pouco da poesia de Carlos Drummond de Andrade:
Amar
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
Sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
E ela chegou...
A mais nova herdeira da família, minha sobrinha flamenguista Izabele, às 10 horas de ontem, dia 4.11 (foi quase, faltou só uma semaninha, rss), com 3,300 kg.
Muita saúde e sucesso para ela. Quando meu irmão me mandar as fotos, prometo postar uma por aqui. As homenagens ainda durarão bastante.
Hoje, Barry White e o começo de tudo... com muito romantismo...
Muita saúde e sucesso para ela. Quando meu irmão me mandar as fotos, prometo postar uma por aqui. As homenagens ainda durarão bastante.
Hoje, Barry White e o começo de tudo... com muito romantismo...
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Contos de quinta: Frango a la carte.
Hoje o conto de quinta será um pouco diferente. Sem palavras, apenas imagens. Deve ser visto até o final.

Visto originalmente no Culture Unplugged.

Visto originalmente no Culture Unplugged.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Falando em kombi...
... vindo de Balneário Camboriú, lembrei de um anúncio publicitário que, na minha opinião, é um dos mais criativos na linha de veículos. Confiram:
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Dia dos mortos e dia de finados.
No Brasil, hoje é comemordo o dia de finados, quando as pessoas se lembram de seus entes queridos - ou não tão queridos assim - que já não estão entre nós. Fisicamente, pelo menos. Normalmente comemorado com uma certa tristeza, talvez de saudade, talvez por não se ter dito o que deveria ter sido dito enquanto estava vivo, talvez por não completar um ciclo qualquer. Às vezes comemorado com uma certa nostalgia letárgica. Às vezes não comemorado, apenas um dia lembrado para limpar o túmulo de alguém da família, sem maiores sentimentos.
No México é diferente. É uma das festas mais animadas, pois, segundo dizem, os mortos vêm visitar seus parentes. Ela é festejada com comida, bolos, festa, música e doces preferidos dos mortos, os preferidos das crianças são as caveirinhas de açúcar. Para os antigos mexicanos, a morte não tinha as mesmas conotações da religião católica, na qual as idéias de inferno e paraíso servem para castigar ou premiar. Pelo contrário, eles acreditavam que os caminhos destinados às almas dos mortos era definido pelo tipo de morte que tiveram, e não pelo seu comportamento em vida. Fonte: Wikipedia.
Então, aproveitemos o que de melhor se pode tirar de cada experiência ou de cada modelo. Relembremos dos nossos amigos e entes que já se foram, com o respeito e desprendimento que lhes são devidos. Mas comemoremos com alegria e estardalhaço pelo fato de termos lhes conhecido e vivido bons momentos. E aprendamos a viver tudo o que tem que ser vivido enquanto estamos por aqui.
No México é diferente. É uma das festas mais animadas, pois, segundo dizem, os mortos vêm visitar seus parentes. Ela é festejada com comida, bolos, festa, música e doces preferidos dos mortos, os preferidos das crianças são as caveirinhas de açúcar. Para os antigos mexicanos, a morte não tinha as mesmas conotações da religião católica, na qual as idéias de inferno e paraíso servem para castigar ou premiar. Pelo contrário, eles acreditavam que os caminhos destinados às almas dos mortos era definido pelo tipo de morte que tiveram, e não pelo seu comportamento em vida. Fonte: Wikipedia.
Então, aproveitemos o que de melhor se pode tirar de cada experiência ou de cada modelo. Relembremos dos nossos amigos e entes que já se foram, com o respeito e desprendimento que lhes são devidos. Mas comemoremos com alegria e estardalhaço pelo fato de termos lhes conhecido e vivido bons momentos. E aprendamos a viver tudo o que tem que ser vivido enquanto estamos por aqui.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Rescaldos das eleições...
Agora que as eleições terminaram, alguns rescaldos que pipocaram ali e aqui...
Esse primeiro é do Índio, o vice do Serra. Na verdade, ainda não compreendi, ou não quero compreender, como, por que e de onde surgiu essa figura para ser o vice de um candidato a presidência da república, o mais alto e importante cargo político do país. Os tais mistérios obscuros da política brasileira...
Esse primeiro é do Índio, o vice do Serra. Na verdade, ainda não compreendi, ou não quero compreender, como, por que e de onde surgiu essa figura para ser o vice de um candidato a presidência da república, o mais alto e importante cargo político do país. Os tais mistérios obscuros da política brasileira...
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