Queremos um mundo melhor. Salvo um ou outro maluco radical, psicopata ou fundamentalista, todos queremos que o futuro seja mais justo que os dias de hoje.
Para tanto é necessário que os exemplos aos nossos filhos, netos, sobrinhos sejam, de fato, mais humanos e equilibrados. Sem bons exemplos é muito difícil que os que estão chegando ajam positivamente. E todos cobramos, uns dos outros, estas atitudes positivas, seja do vizinho, do motorista ao lado, do companheiro de trabalho, do familiar ou do político.
Ah, os políticos. Não acredito que sejam malucos radicais, psicopatas ou fundamentalistas (não a maioria, pelo menos), mas que exemplos nos dão?
O último presidente militar, João Figueiredo, disse que preferia cavalos a pessoas. José Sarney se elegeu senador por um Estado que nunca morou. Fernando Collor saiu corrido do Palácio. FHC mudou as regras no meio do jogo, criando a reeleição quando já era presidente. Lula afirmou publicamente que não gosta de ler. Todos exemplos do que não deveria acontecer. Todos exemplos ruins e eu não sei dizer qual o pior.
Mas não precisamos ir tão longe. Nosso governador Raimundo Colombo parece não ligar para educação, seja pela greve dos professores, seja pela situação da escola Lauro Zimmermann, de Guaramirim. Em Guaramirim, ainda, bens públicos foram enterrados e o prefeito Nilson Bylaardt não se entende com seus secretários sobre a responsabilidade de tal ato. O ex-deputado federal Nelson Goetten envolvido em escândalos com menores. O ex-desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina Wilson Nascimento, por cobrar uma espécie de mensalinho, foi aposentado compulsoriamente. Em Jaraguá do Sul a prefeita Cecília Konell empregou seu marido e sua filha na prefeitura, em claro nepotismo. Havia empregado sua irmã e foi condenada em 1º grau pela Justiça por isso. Também em Jaraguá do Sul alguns vereadores fingem não ouvir o povo sobre o aumento do número de vagas na casa legislativa (e nem vou falar da interpretação enviesada que estão dando à Constituição Federal porque isso já está ficando chato).
Ou seja, quem deveria dar o exemplo, seja no executivo, no legislativo ou no judiciário, peca. Não devo e não posso generalizar, tanto que os exemplos dados são taxativos, mas o fato é que a população começa a desacreditar sobre a integridade dos membros dos poderes constituídos e isso é muito ruim para todos.
Consequentemente nós vemos pessoas se vangloriando porque sonegam tributos, pagam propina para não levar multas de trânsito, furam a fila descaradamente, não devolvem o troco a maior, jogam lixo no chão, e por aí vai...
Ernesto Sabato já dizia que “Esses grandes valores, como a honestidade, a honra, o apreço pelas coisas bem-feitas, o respeito pelo outro, nada disso era excepcional, mas coisas que se encontravam na maioria das pessoas. (...). Outro valor perdido é a vergonha. Vocês perceberam que as pessoas não têm mais vergonha, e que podemos encontrar qualquer sujeito acusado das piores corrupções misturado com gente de bem, com um largo sorriso no rosto, como se nada tivesse acontecido?”
Mas creio num futuro melhor, começando já, onde cada um pode colaborar simplesmente fazendo as coisas certas e não querendo levar vantagem em tudo.
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