Será que ainda dá para acreditar em alguma coisa nos esportes profissionais?
O esporte de maior torcida no Brasil, o futebol, teve seu ápice de desconfiança alguns Brasileirões atrás, com o escândalo da arbitragem. Juízes (e sabe-se lá mais quem) fabricando resultados para "investidores". No futebol a história é antiga. Há livros sobre o assunto. Diz-se, a boca pequena, que todos os campeonatos já tem suas cartas marcadas. Lembram do que aconteceu no Campeonato Italiano? Pois é. Parece que a diferença para os outros campeonatos é que mais ninguém tem coragem de tocar na ferida. Inclusive aquela final da Copa do Mundo Brasil x França ficou sob suspeita com o sinistro ataque sei-lá-do-que que o Ronalducho (na época Ronaldo Fenômeno) teve. O Edmundo ficou de falar para o mundo o que aconteceu. O mundo espera.
Nos esportes de atletismo os resultados são fabricados não por juízes, mas por fórmulas químicas. Atletas, técnicos e dirigente inescrupulosos detonam bombas nos corpos dos primeiros (os atletas) e lá vem os recordes. E isso prejudica até quem é sério, pois quando bate o recorde ficam todos com um pé atrás, desconfiados. O Brasil perdeu para os EUA a medalha de ouro, se não me engano, em uma Olimpíada (ou Olim piada?) - não lembro qual - na corrida de revezamento masculina. E está por isso mesmo até hoje, com o reconhecimento absolutamente tardio de nossos sofridos atletas.
Na natação o mesmo problema de dopping.
No basquete (brasileiro) os dirigentes brigando por interesses nada esportivos enquanto nossa seleção se afundava em campanhas cada vez mais medíocres. Parece que agora a coisa está sendo retomada de forma mais séria. Parece.
E por aí vai.
Por fim, a última palhaçada da Fórmula 1. O mais impressionante é o roto falando do maltrapilho. Ou seja, os Piquet falando do Briatore e vice-versa. E a Renault na linha de tiro (ou tentando sair dela demitindo todo mundo).
Existe, afinal, algum esporte profissional ainda confiável? Tenho minhas dúvidas. Acreditava mais quando um jogador vestia a camisa do seu time com orgulho e não somente pelo dinheiro. Não que não possam almejar times melhores ou grandes contratos. Mas não deveria ser o principal. Esporte virou escada social, e tudo que vira escada social perde seu valor.
Infelizmente ainda torço nos campeonatos, mesmo sabendo que provavelmente já está tudo armado.
Resta a tranquilidade de saber que pelo menos nas nossas peladas de sábado à tarde a única coisa que pesa é a gozação em cima do time que perde. Lá o exclusivo interesse envolvido é esquecer todos os problemas do lado de fora do campo.
3 comentários:
Oi Rafhael!!!
É MUITO DIFÍCIL ACREDITAR AINDA EM ALGUMA COISA POR AQUI!!!
Abraços
Ângela
Caro Raphael!
Muito bom ter tido contato com este blog. Irei degustá-lo ávidamente.
Aproveito para indicar visitação no blog do Projeto Palavra´s, no qual colaboro: http://projetopalavras.blogspot.com/
Raphael:
Conheço alguém que trabalhou anos com futebol e diz horrores dos bastidores das partidas. E o pior é saber que muita gente sabe dos podres e nada irá acontecer. Seria melhor não ter sabido disso? Bismark estaria certo também se aplicássemos sua famosa frase nos esportes?
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