Tenho minha opinião quanto à morte. Mais especificamente quanto ao que nos acontece quando morremos. Por isso, talvez, acredito que devamos aproveitar, de verdade, o presente. Aprendermos com o passado e nos precavermos com o futuro, mas vivermos, de fato, o presente.
Assusta-me, contudo, quando vejo pessoas, mais novas, mais velhas ou da minha idade, mais preocupadas com o passado ou o futuro do que com o presente.
Afligem-se sobre o que aconteceu, sobre o que as pessoas pensavam de seus atos, sobre o que deixaram de fazer, e esquecem que, se continuarem raciocinando assim, vão, em breve, lembrar do tempo perdido no passado quando o passado era presente. E viverão nesse círculo vicioso para o resto da vida.
Na outra ponta existem aqueles que adoram só juntar dinheiro e se preocupar por antecipação com tudo. Se vão atingir suas metas, se vão conseguir comprar isso ou fazer aquilo, se vão estar vivos!! E só. Preocupam-se tanto com o que vai acontecer - se é que vai acontecer – que igualmente, tan-tan, foi-se o presente.
Não que devamos esquecer o passado, simplesmente. É a base, afinal. De lá trazemos nossa história pessoal, do que já aconteceu tiramos nossas experiências. Mas viver lá, no passado... melhor trabalhar num museu, pois tenho certeza que seja ainda mais divertido.
E, óbvio, termos certa cautela sobre o que o futuro nos reserva não faz mal a ninguém, assim como canja de galinha. Mas como já disse alguém por aí, sucesso não é ficar eternamente plantando para o futuro, é poder aproveitar o que se ganha no presente.
Presente não tem esse nome à toa, acredito. Aproveite.
5 comentários:
Realmente, nos desprender do passado muitas vezes é complicado...não carregar certas marcar, impossível...em alguns casos a "prisão no passado" se manifestada de forma discreta, porém, impossibilita uma nova oportunidade...quanto ao futuro, o seu alimento é a incerteza, pois batalhamos por algo ainda desconhecido...mas o presente, esse sim, deve ser aproveitado da melhor maneira possível, pois, como cantaria Renato Russo "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã"...
Carao Raphael
Subscrevo, uma a uma, suas palavras. Você conclui com uma frase que sempre repito: "Não é à tôa que "presente" tem o nome que tem".
Abraço!
O difícil é encontrar o equilíbrio, o meio-termo. Aliás, como já dizia Aristóteles, a virtude reside no meio-termo.
O festejado Mário Sérgio Cortela afirma que vivemos na era da "Tacocracia", tudo deve ser feito rapidamente para termos TEMPO, trabalhar rápido, comer rápido, andar rápido, pois falta tempo, este é sempre escasso, escasso para fazer mais, para ganhar mais, mas não para viver mais.
Janaína, concordo que seja difícil nos desprendermos do passado. Mas é, para o nosso bem, necessário.
Agostinho, infelizmente tem gente que esquece desse "detalhe".
Darwinn, Aristóteles estava certo. Afinal, todo exagero tem seus riscos. E, realmente, essa nossa era da ansiedade faz com que nós percamos de aproveitar as coisas simples da vida como uma boa conversa com os amigos, só para ficar em um exemplo.
Acredito que tenhamos que viver bem o presente para que quando este se torne passado, tenhamos ótimas recordações, bem como podemos ter boas aspirações de um futuro próximo, para que quando este aconteça possamos viver intensamente.
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