Eu, particularmente, defendo que o politicamente correto é muuuuito chato. Digo para minha filha e meus alunos que basta ser correto; não precisamos ser politicamente corretos. Logo, não precisamos de piadas preconceituosas para fazer humor, sendo que, por outro lado, não vejo sentido em chamar um negro de afrodescendente ou um gordo de obeso. Quem descreve um branco de caucasiano, afinal? Respeito quem vê.
Também sou absolutamente a favor da liberdade de expressão. Mas tudo tem limite. Liberdade de expressão não dá, a meu ver, direito ao achincalhamento público. Alguns humoristas e pseudo-humoristas perderam um pouco essa ideia de limite.
Foto do site UOL
Pois bem, Rafinha Bastos perdeu mais uma essa semana no STJ na tentativa de, ao menos, reduzir o valor da indenização pelos arroubos verbais que teve em relação a Wanessa Camargo. Abaixo parte do acórdão recorrido, já do STJ (que, por razões legais, não discutiu o mérito):
6. No que tange ao pedido subsidiário de redução do quantum indenizatório
fixado pela Corte local em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para cada um dos autores,
totalizando a quantia de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), ponto sobre
o qual, implicitamente, houve o prequestionamento de dispositivo de lei federal,
haja vista que nos termos do artigo 944 do Código Civil "a indenização mede-se
pela extensão do dano" - não merece acolhida a irresignação ante a aplicação
do óbice da súmula 7/STJ
Para verificar mais detalhes do processo, clique aqui.
Em suma, há meios e modos de sermos divertidos e civilizados, questionadores e políticos, lutadores e tranquilos de consciência. Assim se caminha para um mundo melhor, eu creio.
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