Bacafá

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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O Femusc e os mal-educados.

Coisas do ser humano.

Nesse domingo foi a abertura do 9o FEMUSC, o maior Festival Escola de música erudita da América Latina e um dos maiores do mundo. Após os tradicionais discursos, os presentes foram brindados com belas apresentações de pianos, harpas e violino, além de um acompanhamento de um grupo de música de rua (eu acredito), em uma das músicas (Billie Jean, de Michael Jackson).

Momento de comemoração e contemplação. Afinal, vem professores do mundo todo, as vagas dos alunos são verdadeiramente disputadas, Jaraguá do Sul e as cidades vizinhas se enchem de música, e temos uma ímpar condição de criar uma memória musical erudita nas nossas crianças e jovens que não tem preço. Nada contra qualquer outro tipo de música (ou quase nada), mas a música clássica erudita é diferenciada. De alguma forma que não sei explicar (não sou músico ou especialista), melhora o cidadão e, consequentemente, o mundo. Sou um entusiasta disso tudo. Serão dias de futuro aqui em Jaraguá do Sul.

Entretanto (e sempre tem um porém), nem todos se vestem com o instinto da civilidade que a ocasião proporciona. Por mais bonito que seja o espetáculo, regras foram criadas. Não vou nem falar das pessoas que vão de bermuda a um evento desta natureza (não me falem de calor porque tudo tem um preço - e eu, particularmente, trabalho de paletó e gravata quase todos os dias).  O que me incomodou de verdade foram as máquinas fotográficas e celulares barulhentos e seus flashes irradiantes. O barulho atrapalhava quem queria realmente prestar atenção. Cada nota é decorrência de horas, dias, meses de estudo e preparo de cada um dos músicos que se apresentaram lá naquele belo palco. E os flashes, o que dizer? O próprio teatro passa um aviso em bom tamanho e audível som dizendo que é proibido o uso de máquinas com flashes. Há motivos para tal. Ver diversos cidadãos (ou que pensam que são), inclusive autoridades, tirando fotografias com flashes em total desrespeito ao solicitado é vergonhoso. Para encerrar, na saída do espetáculo, motoristas apressadinhos primaram pela grosseria e "criação" de mão única na via lateral para conseguirem ser mais "espertos" que os outros e chegarem em casa dois minutos mais cedo.

É, cidadão de primeira. O que interessa, contudo, é o espetáculo, que supera estes desvios de caráter do ser humano. Parabéns aos organizadores e aos patrocinadores.

Abaixo o vídeo de divulgação deste ano:

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