Acompanhei com muito interesse as apresentações dos três candidatos a prefeito de Jaraguá do Sul ocorridas no Centro Empresarial, muito bem conduzidas pelo advogado Paulo da Silva Mattos. Infelizmente, por conta de compromisso assumido, não consegui ficar por completo na primeira das apresentações, do candidado Moacir Bertoldi.
O ciclo de apresentações culminou com a entrega, por parte do CEJAS, na segunda-feira desta semana, de um documento com reinvindicações e sugestões para o próximo prefeito eleito.
Eu não gostaria de falar aqui do que faltou aos candidatos, pois em muitos momentos fiquei decepcionado com a falta de criatividade e gana (no bom sentido) e o excesso de ponderação.
O candidato Moacir Bertoldi, o primeiro dos três no certame das sabatinas, exorta os eleitores (ou expectadores) com base no seu repetido argumento de que, por ter uma coligação enxuta, terá mais facilidades de administrar o município, sem brigas internas. Um número pequeno de partidos envolvidos, contudo, não significa falta de desentendimentos nas próprias linhas. Exemplo disso é o fato de ter em seu grupo o vice-prefeito da atual prefeita, também candidata, mesmo continuando como vice-prefeito.
Gostei do Arena Central Park. O nome é horrível, desnecessariamente americanizado. A ideia é diferente. Só não sei se dará para viabilizá-la em cima do que um dia foi um lixão.
A candidata Cecília Konell diz que vai cuidar de Jaraguá do Sul como cuida da casa dela. Se por um lado isso soa simpático, por outro é importante destacar que lá em casa eu posso fazer o que eu quiser, desde que não incomode meus vizinhos. Um administrador público, porém, não pode sonhar com isso, pois seus interesses estão limitados à lei. Uma somente pode agir conforme dita expressamente a lei e só. Não pode transformar o paço municipal no quintal de casa.
Da sua apresentação, embora um pouco frustrado com sua falta de espontaneidade, principalmente quando visto que lia tudo o que falava, gostei muito dos projetos para o sistema viário demonstrados nas imagens. Obras gigantescas que não entendo porque ainda não foram iniciadas.
O último candidato a se apresentar foi Dieter Janssen. O que muitos vêem como um problema (o excesso de partidos que o apóiam), vejo como uma possibilidade de concertação de ampla baseque pode lhe proporcionar sustentabilidade política. No campo das ideias é bonito, na realidade é uma incógnita.
Sua preocupação com as drogas e o tráfico também salta aos olhos, sendo positivo não ver apenas o interesse com a repressão, mas principalmente com a prevenção e o tratamento de saúde nesta seara.
Agora, o que mais me agradou em todos os candidatos foi a escolha dos vices, respectivamente Niura Demarchi, Alcides Pavanello e Jaime Negherbon. Sempre que se manifestaram tiveram postura, empatia e conhecimento de causa, o que me traz certa tranquilidade, pois se o que os candidatos prometeram sobre trabalhar em conjunto com seus vices se cumprir, e se eles souberem se impor, a sociedade ganhará.
Por fim, cabe parabenizar à presidente da ACIJS, Sra. Mônika Hufenuessler Conrads, pela iniciativa deste ciclo de apresentações, de extrema importância para o aprimoramento da cidadania e da democracia.
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