Déjà vu é uma reacção psicológica que faz com que sejam transmitidas idéias de que já se esteve naquele lugar antes, já se viu aquelas pessoas ou aquela situação. É uma expressão da língua francesa que significa, literalmente, já visto.
E é o que parece que sinto quando ouço, no rádio ou na TV, as propostas e os candidatos.
Lembro sempre daquela música do Engenheiros do Hawaii que diz: "eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada, yeah, yeah...".
Coincidência ou não, o nome da música é "Toda forma de poder".
Se quiser relembrar um pouco e cantar junto com a trupe do Humberto Gessinger, clique aqui.
Bacafá
terça-feira, 31 de agosto de 2010
O grande truque.
Ou, no original, The prestige (EUA/Inglaterra, 2006, com um excelente elenco: Hugh Jackman, Christian Bale, Michael Caine, Piper Perabo e Scarlett Johansson), O grande truque foi o filme do final de semana.
Confesso que não esperava muito desse filme que trata, no século XIX, da disputa por prestígio de dois mágicos que começaram juntos como assistentes de um mágico mediano. Com a morte da mulher de um deles no meio de uma apresentação, a amizade se deteriora e vira rivalidade, sendo obsessão de ambos superar o outro. Quando um dos dois consegue um feito realmente mágico, os atos chegam ao limite.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
O absurdo.
"Só existe um problema filosófico realmente sério: o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à pergunta fundamental da filosofia. O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, vem depois. Trata-se de jogos; é preciso primeiro responder. E se é verdade, como quer Nietzsche, que um filósofo, para ser estimado, deve pregar com o seu exemplo, percebe-se a importância dessa resposta, porque ela vai anteceder o gesto definitivo. São evidências sensíveis ao coração, mas é preciso ir mais fundo até torná-las claras para o espírito."
Primeiro parágrafo do Capítulo I, O absurdo e o suicídio, do livro O mito de Sísifo, de Albert Camus.
Primeiro parágrafo do Capítulo I, O absurdo e o suicídio, do livro O mito de Sísifo, de Albert Camus.
Mafalda e os raios contagiantes.
Para começar bem a semana, a inigualável Mafalda e suas deduções.
(só um pouquinho da excepcionalidade desses caras já estaria bom...)
domingo, 29 de agosto de 2010
Discurso sobre o preconceito.
Vi no Blog da Daniela Felix e resolvi postar aqui, pois muito tenho recebido, nesse período eleitoral, por email, sobre a ignorância do Lula e a violência da Dilma. Algumas coisas chegam a ser hilárias de tão absurda, e as pessoas tratam como se fosse verdade. Outras deveriam ser melhor analisadas em face do tempo e das circunstâncias em que ocorreram. Ainda não decidi meu voto, mas é importante que as coisas sejam analisadas com consciência e sem preconceito. E não somente nas eleições, e, sim, sempre, no nosso dia-a-dia.
"A doença pior que existe na humanidade é o preconceito. E eu sei quanto preconceito eu fui vítima nesse país.Hoje eu brinco com o preconceito. Hoje eu falo “menas laranja” as pessoas acham engraçado, mas quando eu falava em 89 (1989), eu era um “analfa” (analfabeto). Pois a ignorância dos que me achava analfa era o de confundir a inteligência com o conhecimento e o aprendizado no banco da escolaridade.
A ignorância, a ignorância de algumas pessoas que achavam que só tinha valor aquilo que vinha de fora. É americano? É maravilhoso! É europeu? É extraordinário! É chinês? É fantástico! É japonês? É nun sei o quê lá!… E se comportavam como se fossem cidadãos de segunda classe ou verdadeiros vira-latas que não se respeitavam porque não tinha auto-estima por si mesmo.
Ah! Quantas vezes me fizeram… Eu lembro Zeca (do PT), como se fosse hoje; uma vez eu estava almoçando na Folha de São Paulo; um diretor da Folha de São Paulo perguntou pra mim: “escuta aqui, ô candidato: o senhor fala inglês?” Eu falei: Não. “Como é que o senhor quer governar o Brasil se o senhor não fala inglês?” Eu falei: mas eu vou arrumar um tradutor. “Mas assim não é possível. Não é possível. O Brasil precisa ter um presidente que fala inglês.” E eu perguntei pra ele: Alguém já perguntou se o Bill Clinton fala português?
Não. Mas eles achavam, eles achavam que o Bill Clinton não tinha a obrigação de falar português. Era eu, o subalterno, o país colonizado que tinha que falar inglês e não eles falar português.
Teve uma hora Zeca, que eu me senti chateado e me levantei da mesa e falei: eu não vim aqui pra dar entrevista. Eu vim pra almoçar. Se isto é uma entrevista eu vou embora. Eu levantei, larguei o almoço, peguei o elevador e fui embora. Vou terminar o meu mandato Zeca, sem precisar ter almoçado em nenhum jornal, em nenhuma televisão pra terminar o meu mandato. Também nunca faltei com o respeito com nenhum deles. Já faltaram com o respeito comigo. E vocês sabem o que fizeram comigo. Se dependesse de determinados meios de comunicação eu teria zero nas pesquisas e não 80% de bom e ótimo que nós temos nesse país.
Eu companheiros e companheiras, sou um homem que agradeço a Deus pela generosidade que Ele teve comigo. E agradeço a vocês porque um dia, vocês tiveram a mesma consciência que a maioria negra da África do Sul teve ao eleger um negro que representava 26 milhões de pessoas, sendo dominados por 6 milhões de brancos, vocês um dia tiveram a mesma consciência que os negros da África do Sul que elegeram Nelson Mandela para presidente da República daquele país depois de 27 anos de cadeia. Vocês tiveram consciência de eleger um metalúrgico, que tinha perdido muitas eleições por ser igual a maioria do povo, e o povo não acredita que seria capaz de dar a volta por cima, o povo não acreditava porque nós aprendemos a vida inteira que nós éramos seres inferiores, e pra governar esse país tinha que ser usineiro; tinha que ser fazendeiro; tinha que ser advogado; tinha que ser empresário; tinha que ser doutor e mais doutor. Um igual a gente não poderia governar o país. Nós não sabemos governar. Muito menos um coitado de um bancário (referindo-se a Zeca do PT). Se coloca no seu lugar bancário, porque este país é pra ser governado por banqueiro e não por bancário. Se coloca no seu lugar mulher, porque este país é pra ser governado por homem e não por mulher. Se coloca no seu lugar metalúrgico, porque este mundo não é pra ser governado por aqueles que moram no andar de baixo, mas por aqueles que moram no andar de cima. É assim que a escola ensinou. É assim que a sociologia ensinou.
É assim que nos ensinaram a vida inteira até que um dia, eu lendo um poema de Vinícius de Morais: “um operário em construção”, eu aprendi que um operário poderia dizer não. E quando ele disse não!, a lógica perversa que estava montada nesse país, é verdade que eu perdi três eleições, mas é verdade que eu já ganhei duas eleições seguidas e vamos ganhar a terceira eleição com essa companheira mulher (Dilma) presidente da República".
Por Luiz Inácio Lula da Silva, em 25 de agosto de 2010, Mato Grosso do Sul, por ocasião da Campanha Eleitoral de Zeca (do PT) ao Governo Estadual.
"A doença pior que existe na humanidade é o preconceito. E eu sei quanto preconceito eu fui vítima nesse país.Hoje eu brinco com o preconceito. Hoje eu falo “menas laranja” as pessoas acham engraçado, mas quando eu falava em 89 (1989), eu era um “analfa” (analfabeto). Pois a ignorância dos que me achava analfa era o de confundir a inteligência com o conhecimento e o aprendizado no banco da escolaridade.
A ignorância, a ignorância de algumas pessoas que achavam que só tinha valor aquilo que vinha de fora. É americano? É maravilhoso! É europeu? É extraordinário! É chinês? É fantástico! É japonês? É nun sei o quê lá!… E se comportavam como se fossem cidadãos de segunda classe ou verdadeiros vira-latas que não se respeitavam porque não tinha auto-estima por si mesmo.
Ah! Quantas vezes me fizeram… Eu lembro Zeca (do PT), como se fosse hoje; uma vez eu estava almoçando na Folha de São Paulo; um diretor da Folha de São Paulo perguntou pra mim: “escuta aqui, ô candidato: o senhor fala inglês?” Eu falei: Não. “Como é que o senhor quer governar o Brasil se o senhor não fala inglês?” Eu falei: mas eu vou arrumar um tradutor. “Mas assim não é possível. Não é possível. O Brasil precisa ter um presidente que fala inglês.” E eu perguntei pra ele: Alguém já perguntou se o Bill Clinton fala português?
Não. Mas eles achavam, eles achavam que o Bill Clinton não tinha a obrigação de falar português. Era eu, o subalterno, o país colonizado que tinha que falar inglês e não eles falar português.
Teve uma hora Zeca, que eu me senti chateado e me levantei da mesa e falei: eu não vim aqui pra dar entrevista. Eu vim pra almoçar. Se isto é uma entrevista eu vou embora. Eu levantei, larguei o almoço, peguei o elevador e fui embora. Vou terminar o meu mandato Zeca, sem precisar ter almoçado em nenhum jornal, em nenhuma televisão pra terminar o meu mandato. Também nunca faltei com o respeito com nenhum deles. Já faltaram com o respeito comigo. E vocês sabem o que fizeram comigo. Se dependesse de determinados meios de comunicação eu teria zero nas pesquisas e não 80% de bom e ótimo que nós temos nesse país.
Eu companheiros e companheiras, sou um homem que agradeço a Deus pela generosidade que Ele teve comigo. E agradeço a vocês porque um dia, vocês tiveram a mesma consciência que a maioria negra da África do Sul teve ao eleger um negro que representava 26 milhões de pessoas, sendo dominados por 6 milhões de brancos, vocês um dia tiveram a mesma consciência que os negros da África do Sul que elegeram Nelson Mandela para presidente da República daquele país depois de 27 anos de cadeia. Vocês tiveram consciência de eleger um metalúrgico, que tinha perdido muitas eleições por ser igual a maioria do povo, e o povo não acredita que seria capaz de dar a volta por cima, o povo não acreditava porque nós aprendemos a vida inteira que nós éramos seres inferiores, e pra governar esse país tinha que ser usineiro; tinha que ser fazendeiro; tinha que ser advogado; tinha que ser empresário; tinha que ser doutor e mais doutor. Um igual a gente não poderia governar o país. Nós não sabemos governar. Muito menos um coitado de um bancário (referindo-se a Zeca do PT). Se coloca no seu lugar bancário, porque este país é pra ser governado por banqueiro e não por bancário. Se coloca no seu lugar mulher, porque este país é pra ser governado por homem e não por mulher. Se coloca no seu lugar metalúrgico, porque este mundo não é pra ser governado por aqueles que moram no andar de baixo, mas por aqueles que moram no andar de cima. É assim que a escola ensinou. É assim que a sociologia ensinou.
É assim que nos ensinaram a vida inteira até que um dia, eu lendo um poema de Vinícius de Morais: “um operário em construção”, eu aprendi que um operário poderia dizer não. E quando ele disse não!, a lógica perversa que estava montada nesse país, é verdade que eu perdi três eleições, mas é verdade que eu já ganhei duas eleições seguidas e vamos ganhar a terceira eleição com essa companheira mulher (Dilma) presidente da República".
Por Luiz Inácio Lula da Silva, em 25 de agosto de 2010, Mato Grosso do Sul, por ocasião da Campanha Eleitoral de Zeca (do PT) ao Governo Estadual.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Eleições bizarras.
"Tiririca! Marcelinho Carioca! Mulher Pêra! Maguila! Zé disso! Zé daquilo!
À primeira vista parece o elenco de um programa humorístico de péssima qualidade, mas pasmem!!, trata-se de alguns exemplos dos candidatos na briga por um cargo público nas eleições de 2010.
Fiquei extremamente estarrecido e concomitantemente achei hilário as propagandas eleitorais de diversos candidatos. Não sei se fui eu que só percebi esse absurdo nessas eleições ou se realmente neste ano há muita gente sem bom senso se candidatando a um cargo público.
O pior é que esse tipo de candidato reflete o descaso com que a maioria das pessoas lida com a política. As pessoas amiúde dizem detestarem a política, mas não têm a consciência de que a política tem diversas implicações em nossas vidas.
Sinceramente não sei como tantas pessoas despreparadas e incultas conseguem apoio para se lançarem candidatas à política. Não vai demorar muito e teremos ex-bbb’s se lançando candidatos a alguma coisa.
A bem da verdade, essas candidaturas bizarras atestam que senão o único, mas o principal escopo dos candidatos (salvo raras exceções) é o locupletamento às custas de um cargo público, às custas do erário.
É óbvio que todos os cidadãos têm o direito de se lançarem a política, e realmente existem algumas pessoas sérias, idôneas, honestas, que buscam trabalhar para a melhoria da sociedade, mas infelizmente são raras, e quando chegam a Brasília transformam-se. Deve ser a baixa umidade do ar que corrompe as pessoas, mas no fundo mesmo, acredito que seja pura falta de vergonha na cara.
Eu não quero meu país sendo governado por pessoas que zombam de mim e da Nação! Este foi um desabafo de um jovem que espera (e age) ansioso e esperançoso por um Brasil melhor. Eu nem quero que o Brasil seja o país do futuro (quero saber quem inventou essa), quero apenas que a corrupção, os desmandos, a zombaria e o comportamento vil de nossos representantes sejam erradicados."
Texto de Jackson Kalfels
Futuro Candidato a Presidência da República Federativa do Brasil
Cursando o 7º período do curso de Direito da UNERJ.
E-mail: jkalfels@unerj.br
À primeira vista parece o elenco de um programa humorístico de péssima qualidade, mas pasmem!!, trata-se de alguns exemplos dos candidatos na briga por um cargo público nas eleições de 2010.
Fiquei extremamente estarrecido e concomitantemente achei hilário as propagandas eleitorais de diversos candidatos. Não sei se fui eu que só percebi esse absurdo nessas eleições ou se realmente neste ano há muita gente sem bom senso se candidatando a um cargo público.
O pior é que esse tipo de candidato reflete o descaso com que a maioria das pessoas lida com a política. As pessoas amiúde dizem detestarem a política, mas não têm a consciência de que a política tem diversas implicações em nossas vidas.
Sinceramente não sei como tantas pessoas despreparadas e incultas conseguem apoio para se lançarem candidatas à política. Não vai demorar muito e teremos ex-bbb’s se lançando candidatos a alguma coisa.
A bem da verdade, essas candidaturas bizarras atestam que senão o único, mas o principal escopo dos candidatos (salvo raras exceções) é o locupletamento às custas de um cargo público, às custas do erário.
É óbvio que todos os cidadãos têm o direito de se lançarem a política, e realmente existem algumas pessoas sérias, idôneas, honestas, que buscam trabalhar para a melhoria da sociedade, mas infelizmente são raras, e quando chegam a Brasília transformam-se. Deve ser a baixa umidade do ar que corrompe as pessoas, mas no fundo mesmo, acredito que seja pura falta de vergonha na cara.
Eu não quero meu país sendo governado por pessoas que zombam de mim e da Nação! Este foi um desabafo de um jovem que espera (e age) ansioso e esperançoso por um Brasil melhor. Eu nem quero que o Brasil seja o país do futuro (quero saber quem inventou essa), quero apenas que a corrupção, os desmandos, a zombaria e o comportamento vil de nossos representantes sejam erradicados."
Texto de Jackson Kalfels
Futuro Candidato a Presidência da República Federativa do Brasil
Cursando o 7º período do curso de Direito da UNERJ.
E-mail: jkalfels@unerj.br
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Contos de quinta: O jogo.
O jogo.
- Quadra de reis.
Depois que Diego falou o que tinha nas mãos, e mostrou, todos os demais esconderam seus jogos. A garrafa de uísque já estava pela metade. Todos se entreolharam. Era a quarta rodada seguida que Diego levava. As apostas eram baixas, mas ninguém gostava de perder. Paulo foi à cozinha buscar mais gelo e colocou mais uma dose no copo de cada um, a exceção do de Marcos, que estava só na coca-cola. Fernanda e Martina estavam menos preocupadas com o jogo do que com as fofocas, o que irritava Paulo. Luís e Igor perderam tudo nessa última rodada e resolveram não apostar mais nada. Despediram-se e foram embora.
O monte de fichas de Diego era, de longe, o maior de todos. O de Paulo, àquela altura, o menor. Mesmo assim, resolveu apostar tudo. As garotas desistiram, Marcos bancou e Diego deu um sorriso de canto de boca. Com dois ases e três reais, Paulo estava seguro de seu êxito. Marcos escondeu, e Diego mostrou seu jogo de quatro duques. E ganhou de novo. Paulo não falou nada, levantou-se, pegou seu casaco no sofá e foi embora batendo a porta na saída. As meninas se olharam surpresas.
- Tá ficando tenso – Diego falou rindo.
- Cara, tá uma merda. O que tem hoje que você tá ganhando tudo?
- Sorte, Marcos. Só sorte mesmo.
Nas rodadas seguintes as apostas foram leves e os vencedores se revezaram, com uma pequena desvantagem para Marcos. Fernanda e Martina já tinham passado da conta na bebida, e estavam ainda menos preocupadas do que antes com o jogo, insinuando-se uma para outra. Martina, então, sugeriu:
- Vamos transformar esse jogo chato num strip-pôquer?
Fernanda soltou uma gargalhada, e os outros dois olharam atônitos pra ela. Marcos respondeu:
- Para de beber e vai tomar água, Martina. Já tá muito bêbada, falando besteira.
- Que foi Marquinho, não gosta de brincar?
Diego embaralhou e distribuiu as cartas. Martina se levantou e puxou Marcos pela gola da camisa pólo e o beijou sobre a mesa, espalhando as fichas. Foi puxando-o até o quarto, sob as contestações de Diego. Quando o casal fechou a porta do quarto, Fernanda, com um copo de uísque sem gelo nas mãos, sentou em Diego e começou a beijar sua nuca. Em seguida arrastou-o para o sofá. Mais fichas caíram no chão.
Antes de conseguirem tirar suas roupas, porém, ouviram um assustador grito de terror e um barulho seco e forte vindo do quarto.
- Quadra de reis.
Depois que Diego falou o que tinha nas mãos, e mostrou, todos os demais esconderam seus jogos. A garrafa de uísque já estava pela metade. Todos se entreolharam. Era a quarta rodada seguida que Diego levava. As apostas eram baixas, mas ninguém gostava de perder. Paulo foi à cozinha buscar mais gelo e colocou mais uma dose no copo de cada um, a exceção do de Marcos, que estava só na coca-cola. Fernanda e Martina estavam menos preocupadas com o jogo do que com as fofocas, o que irritava Paulo. Luís e Igor perderam tudo nessa última rodada e resolveram não apostar mais nada. Despediram-se e foram embora.
O monte de fichas de Diego era, de longe, o maior de todos. O de Paulo, àquela altura, o menor. Mesmo assim, resolveu apostar tudo. As garotas desistiram, Marcos bancou e Diego deu um sorriso de canto de boca. Com dois ases e três reais, Paulo estava seguro de seu êxito. Marcos escondeu, e Diego mostrou seu jogo de quatro duques. E ganhou de novo. Paulo não falou nada, levantou-se, pegou seu casaco no sofá e foi embora batendo a porta na saída. As meninas se olharam surpresas.
- Tá ficando tenso – Diego falou rindo.
- Cara, tá uma merda. O que tem hoje que você tá ganhando tudo?
- Sorte, Marcos. Só sorte mesmo.
Nas rodadas seguintes as apostas foram leves e os vencedores se revezaram, com uma pequena desvantagem para Marcos. Fernanda e Martina já tinham passado da conta na bebida, e estavam ainda menos preocupadas do que antes com o jogo, insinuando-se uma para outra. Martina, então, sugeriu:
- Vamos transformar esse jogo chato num strip-pôquer?
Fernanda soltou uma gargalhada, e os outros dois olharam atônitos pra ela. Marcos respondeu:
- Para de beber e vai tomar água, Martina. Já tá muito bêbada, falando besteira.
- Que foi Marquinho, não gosta de brincar?
Diego embaralhou e distribuiu as cartas. Martina se levantou e puxou Marcos pela gola da camisa pólo e o beijou sobre a mesa, espalhando as fichas. Foi puxando-o até o quarto, sob as contestações de Diego. Quando o casal fechou a porta do quarto, Fernanda, com um copo de uísque sem gelo nas mãos, sentou em Diego e começou a beijar sua nuca. Em seguida arrastou-o para o sofá. Mais fichas caíram no chão.
Antes de conseguirem tirar suas roupas, porém, ouviram um assustador grito de terror e um barulho seco e forte vindo do quarto.
Continua...
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Juros bancários de 12% ao ano.
"O desembargador convocado Vasco Della Giustina, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu liminar para suspender o trâmite de uma ação perante o juizado recursal da Bahia em que se discute o abuso na fixação dos juros em contratos bancários em percentuais superiores a 12% ao ano.
A reclamação, com pedido de liminar, foi proposta pelo Banco Honda contra decisão da Sexta Turma Recursal Cível e Criminal da Bahia. A defesa do banco alegou que a decisão contraria súmula do STJ que dispõe que “a estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade”.
Com fundamento no artigo 2º, inciso I, da Resolução n. 12/STJ, o ministro concedeu a liminar para suspender o processo principal até o julgamento final da reclamação. O desembargador oficiou ainda ao presidente do Tribunal da Justiça da Bahia (TJBA), ao corregedor-geral de Justiça do estado e ao presidente da turma recursal que proferiu a decisão, solicitando as informações devidas.
Os interessados têm o prazo de 30 dias para se pronunciar. O réu na ação principal, Sérgio Rodrigues de Souza, terá cinco dias de prazo. O desembargador abriu vista da reclamação ao Ministério Público Federal, na forma do artigo 3º, da Resolução n. 12/2009, do STJ."
Fonte: Portal do STJ.
A reclamação, com pedido de liminar, foi proposta pelo Banco Honda contra decisão da Sexta Turma Recursal Cível e Criminal da Bahia. A defesa do banco alegou que a decisão contraria súmula do STJ que dispõe que “a estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade”.
Com fundamento no artigo 2º, inciso I, da Resolução n. 12/STJ, o ministro concedeu a liminar para suspender o processo principal até o julgamento final da reclamação. O desembargador oficiou ainda ao presidente do Tribunal da Justiça da Bahia (TJBA), ao corregedor-geral de Justiça do estado e ao presidente da turma recursal que proferiu a decisão, solicitando as informações devidas.
Os interessados têm o prazo de 30 dias para se pronunciar. O réu na ação principal, Sérgio Rodrigues de Souza, terá cinco dias de prazo. O desembargador abriu vista da reclamação ao Ministério Público Federal, na forma do artigo 3º, da Resolução n. 12/2009, do STJ."
Fonte: Portal do STJ.
O meio termo.
Do livro "Do mito ao genoma - A ética na contramão da história", do professor João Arnoldo Gascho (Editora Unerj):
"Na realidade como proposta para uma reestruturação para a sociedade, tanto o liberalismo fundado em Adam Smith como o socialismo marxista, ficaram e ficam devendo. Os resultados que ambos provocaram e o modo como operam suas propostas, geraram e geram pesadas contradições éticas. De um lado critica-se a visão utilitarista e individualista do liberalismo, centrada no valor econômico, como geradora e mantenedora de profundas desigualdades, que o avanço técnico e científico só veio a agravar. De outro lado, confronta-se o socialismo marxista por não ter, na prática, viabilizado a sociedade igualitária que propunha, e também pela intensa coerção política e doutrinação ideológica que realizou, não obstante a rigorosa crítica feita por Marx a qualquer manipulação do homem sobre o homem."
"Na realidade como proposta para uma reestruturação para a sociedade, tanto o liberalismo fundado em Adam Smith como o socialismo marxista, ficaram e ficam devendo. Os resultados que ambos provocaram e o modo como operam suas propostas, geraram e geram pesadas contradições éticas. De um lado critica-se a visão utilitarista e individualista do liberalismo, centrada no valor econômico, como geradora e mantenedora de profundas desigualdades, que o avanço técnico e científico só veio a agravar. De outro lado, confronta-se o socialismo marxista por não ter, na prática, viabilizado a sociedade igualitária que propunha, e também pela intensa coerção política e doutrinação ideológica que realizou, não obstante a rigorosa crítica feita por Marx a qualquer manipulação do homem sobre o homem."
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Canto da Gabi.
Orgulho do pai. Semana passada a Gabriela começou com uma coluna possivelmente quinzenal (em estudos) no jornal A Gazeta, de Jaraguá do Sul, sobre assuntos que envolvem sua geração. Assim, sempre na semana seguinte, veicularei aqui o texto publicado no jornal. Hoje, o de estréia: "Nova moda". Aproveitem.
Consumir moderadamente é viver mais. Reflita ;)"
"Aí gente, sabe qual é a nova moda? Salvar o planeta em que vivemos. E sabe como nós, os jovens, podemos aderir a esse movimento? Consumindo menos (sim, rimou).
Sabe aquele lance de "beba com moderação"? Pois é, a meu ver deveria ter, no final dos anúncios publicitários das televisões ou de qualquer outro tipo de meio de comunicação que venha atingir o jovem consumidor a seguinte frase "compre com moderação". Tudo bem que nenhuma empresa sobreviveria com esse slogan, mas acho que o planeta agradeceria.
Passar o cartão na maquininha, ou receber o troco da sua compra é muito fácil, e fazemos isso o tempo todo, normal, mas e se na hora de comprarmos por impulso (é, a maioria de nossas compras são como sinapses nervosas, elas simplesmente acontecem, bem fácil) parássemos para pensar se aquilo é realmente o que queremos/precisamos?! E mais, se pensássemos em todo o percurso, dinheiro, mão de obra e natureza que aquela simples caneta fez para chegar as nossas mãos. Bem cansativo, viagem longa. O ponto em que quero chegar é: consumir demais = errado... consumir o necessário = correto.
Temos tudo de última geração: celular, notebook, a máquina fotográfica do momento, e quando alguém aparece com algum desses objetos ou qualquer outro mais novo que o seu o bicho pega, ficamos frustrados, queremos ter mais que o outro e mostrar pra todo o mundo isso. Daí trocamos pela décima sétima vez o celular, compramos o notebook que tem tela giratória e uma câmera fotográfica panorâmica; mas realmente precisamos disso? Não basta um máquina fotográfica que tire foto? Tem que ser a super hiper mega máquina fotográfia 7.0 ZXL com zoom óptico de alcance em 20 vezes, que serve de webcam, é touch screen e o volume que o vídeo chega é mais alto que uma turbina de avião? Não poderia ser uma máquina que simplesmente tira foto e faz filmagem?!
Ao trocarmos essa máquina "velha" (que às vezes não chegamos a usar por muito tempo) estamos jogando fora todo aquele sisteminha, que requer um cuidado especial e um tipo de armazenamento diferente do lixo comum. Ou seja, mais lixo, mais poluição e é assim que acontece esse ciclo vicioso: compramos, usamos pouco, a concorrência vende um mais inovador, você joga fora o seu, compra o mais novo, a concorrência bola uma mais legal ainda e assim sucessivamente.
Pô galera, cadê aqueles neurônios que a gente usa tanto nas aulas de física e química? Cadê a responsabilidade com a natureza? Já sei, estão todos mortos com essas tecnologias e parafernálias que utilizamos, e toda culpa cai sobre quem? NÓS. Isso mesmo, a gente tem que se conscientizar e se responsabilizar pelos nossos atos; mas daí o povo já vem dizendo "aai, isso não mudou nada na minha vida, eu troquei meu celular blaster ontem e a natureza não se revoltou contra mim", e eu respondo: agora, podemos não ver, ou sentir nenhuma mudança impactante sobre o nosso cotidiano. Mas que tal conversarmos daqui uns 15, 20 anos, quando todo mundo com seus 36 aninhos de idade estiver usando aparelhos respiratórios e auditivos porque não consegue respirar o ar que precisamos e ouvir o que os nossos filhos tem a nos dizer? Que tal isso? Acho que não, né? Ninguém quer morrer com 50 anos de idade por surdez (isso ainda não é possível, foi meio surreal, tenso) porque estourou todos os seus tímpanos escutando a sua música favorita nos fones de ouvidos.
Antes de trocarmos ou comprarmos qualquer coisa, por mais "insignificante" que possa parecer, é importante pensarmos muito bem no que estamos fazendo. Vamos valorizar o dinheirinho e a sagrada mesada que ganhamos de nossos pais!
Consumir moderadamente é viver mais. Reflita ;)"
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Alterar a quilometragem do veículo caracteriza crime contra o consumidor.
"A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a sentença que condenou um dos sócios da empresa Dragster Empreendimentos Ltda, de Belo Horizonte (MG), à pena de dois anos de detenção, no regime inicial aberto, pela venda de um automóvel com a quilometragem adulterada, ato que caracteriza a prática do crime de venda de mercadoria imprópria para o consumo, prevista no artigo 7º, inciso IX, da Lei n. 8.137/1990.
A sentença foi proferida e confirmada pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que substituiu a pena de detenção por duas restritivas de direitos, consistentes em prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária. Em recurso ao STJ, a defesa requereu a anulação da ação penal, alegando que a acusação é inepta, uma vez que o acusado foi denunciado apenas em razão de figurar como sócio da aludida empresa, sem qualquer descrição individualizada da sua suposta conduta criminosa.
O acórdão do TJMG entendeu que, nos chamados crimes corporativos, ou seja, cometidos através de empresas na gestão de tais corporações, não é necessário que a denúncia indique, precisamente, quais as atividades e funções do denunciado na sociedade, bastando a menção à conduta gerencial da pessoa jurídica. Entendeu, ainda, que a comercialização de produtos adulterados ofende a relação de consumo, pois viola o direito à qualidade do produto adquirido e à informação precisa e correta sobre a mercadoria.
De acordo com a denúncia, na qualidade de sócio-gerente da empresa, o paciente vendeu um automóvel com o hodômetro adulterado, marcando quilometragem menor do que a efetivamente rodada pelo veículo. Segundo os autos, em janeiro de 2001, o denunciado vendeu para Bernardo Julius Alves Wainstein, por R$ 28 mil, um Fiat Marea mediante contrato de compra e venda que atestava a quilometragem de 14.228 Km rodados.
Em outubro do mesmo ano, ou seja nove meses após a compra, o motor do veículo fundiu e o carro foi rebocado para uma concessionária Fiat em Belo Horizonte, onde se constatou que o hodômetro havia sido adulterado. De acordo com a ordem de serviço oriunda da concessionária, em novembro de 2000, portanto dois meses antes da venda, o referido veículo apresentava 43.969 Km rodados
...
Ainda segundo os autos, apesar de negar a prática criminosa, o apelante caiu em contradição ao revelar que levou o veículo para revisão quando atingiu a marca de 20 mil Km, esquecendo, contudo, que o comercializou assegurando a quilometragem de 14.228 Km, como a prova documental demonstrou.
”Não há o que se falar em trancamento da ação penal, pois, de uma superficial análise dos elementos probatórios contidos no presente mandamus, não se evidencia a alegada falta de justa causa para o prosseguimento do feito”, concluiu o relator. Seu voto foi acompanhado por unanimidade."
Fonte: Portal do STJ.
A sentença foi proferida e confirmada pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que substituiu a pena de detenção por duas restritivas de direitos, consistentes em prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária. Em recurso ao STJ, a defesa requereu a anulação da ação penal, alegando que a acusação é inepta, uma vez que o acusado foi denunciado apenas em razão de figurar como sócio da aludida empresa, sem qualquer descrição individualizada da sua suposta conduta criminosa.
O acórdão do TJMG entendeu que, nos chamados crimes corporativos, ou seja, cometidos através de empresas na gestão de tais corporações, não é necessário que a denúncia indique, precisamente, quais as atividades e funções do denunciado na sociedade, bastando a menção à conduta gerencial da pessoa jurídica. Entendeu, ainda, que a comercialização de produtos adulterados ofende a relação de consumo, pois viola o direito à qualidade do produto adquirido e à informação precisa e correta sobre a mercadoria.
De acordo com a denúncia, na qualidade de sócio-gerente da empresa, o paciente vendeu um automóvel com o hodômetro adulterado, marcando quilometragem menor do que a efetivamente rodada pelo veículo. Segundo os autos, em janeiro de 2001, o denunciado vendeu para Bernardo Julius Alves Wainstein, por R$ 28 mil, um Fiat Marea mediante contrato de compra e venda que atestava a quilometragem de 14.228 Km rodados.
Em outubro do mesmo ano, ou seja nove meses após a compra, o motor do veículo fundiu e o carro foi rebocado para uma concessionária Fiat em Belo Horizonte, onde se constatou que o hodômetro havia sido adulterado. De acordo com a ordem de serviço oriunda da concessionária, em novembro de 2000, portanto dois meses antes da venda, o referido veículo apresentava 43.969 Km rodados
...
Ainda segundo os autos, apesar de negar a prática criminosa, o apelante caiu em contradição ao revelar que levou o veículo para revisão quando atingiu a marca de 20 mil Km, esquecendo, contudo, que o comercializou assegurando a quilometragem de 14.228 Km, como a prova documental demonstrou.
”Não há o que se falar em trancamento da ação penal, pois, de uma superficial análise dos elementos probatórios contidos no presente mandamus, não se evidencia a alegada falta de justa causa para o prosseguimento do feito”, concluiu o relator. Seu voto foi acompanhado por unanimidade."
Fonte: Portal do STJ.
A (des)educação nos aeroportos.
Quando se está em um aeroporto, imagina-se que as pessoas que têm condições de pagar as passagens, à vista ou parceladamente, pouco importa, têm., também, discernimento de educação, de boa convivência, de respeito e de bom senso.
Mas falta de educação não tem classe, idade ou cor.
Primeiro episódio: voltando da SP, no aeroporto de Congonhas, esperando para entrarmos na fila do check-in, a Gabriela, nosso amigo Patrick e eu, aguardávamos a atendente da empresa explicar alguma coisa para uma senhora. Simplesmente, um cidadão (quer dizer, cidadão não, pois cidadania não teve) simplesmente passou por cima das bagagens da senhora, quase empurrando a funcionária, e nem querendo saber que estávamos na fila.
Segundo episódio: ainda no aeroporto de Congonhas, fomos comer alguma coisa e enquanto aguardávamos uma funcionária terminar de limpar um mesa recém desocupada, uma senhora, muito bem vista e com pinta de madame, fez que não nos viu e simplesmente sentou à mesa. Cara de pau do tamanho da corrente dourada que carregava no pescoço.
Em suma, como o final de semana foi muito bom, as festas com minha filha, os amigos Patrick e Elton, nosso anfitrião e cicerone, as amigas e amigos do Elton, a visita ao Museu do Futebol, ao Mercado Público, à Bienal do Livro e o retorno acompanhado por James Joyce, Pedro Juan Gutierrez, Joseph O'Neill, Guyau, Dimitri Dimoulis, Lon Fuller, Camus, entre outros, não me permitiram me estressar com esse tipo de gente. Voltei tranquilo e rindo.
Mas falta de educação não tem classe, idade ou cor.
Primeiro episódio: voltando da SP, no aeroporto de Congonhas, esperando para entrarmos na fila do check-in, a Gabriela, nosso amigo Patrick e eu, aguardávamos a atendente da empresa explicar alguma coisa para uma senhora. Simplesmente, um cidadão (quer dizer, cidadão não, pois cidadania não teve) simplesmente passou por cima das bagagens da senhora, quase empurrando a funcionária, e nem querendo saber que estávamos na fila.
Segundo episódio: ainda no aeroporto de Congonhas, fomos comer alguma coisa e enquanto aguardávamos uma funcionária terminar de limpar um mesa recém desocupada, uma senhora, muito bem vista e com pinta de madame, fez que não nos viu e simplesmente sentou à mesa. Cara de pau do tamanho da corrente dourada que carregava no pescoço.
Em suma, como o final de semana foi muito bom, as festas com minha filha, os amigos Patrick e Elton, nosso anfitrião e cicerone, as amigas e amigos do Elton, a visita ao Museu do Futebol, ao Mercado Público, à Bienal do Livro e o retorno acompanhado por James Joyce, Pedro Juan Gutierrez, Joseph O'Neill, Guyau, Dimitri Dimoulis, Lon Fuller, Camus, entre outros, não me permitiram me estressar com esse tipo de gente. Voltei tranquilo e rindo.
domingo, 22 de agosto de 2010
O americano intranquilo.
O verdadeiro soldado, ou mais um que não compactua com o estado de enganação que costumamos viver (não só nos EUA e não só por causa das invasões no Iraque e no Afeganistão).
Visto pela primeira vez no blog do Darwinn, Pensativo.
Visto pela primeira vez no blog do Darwinn, Pensativo.
sábado, 21 de agosto de 2010
Candidatos da região e seus endereços eletrônicos.
Vi no Poracaso. Para ter acesso direto aos links indicados, clique aqui.
Houve solicitação quanto acompanhamento, eis os canais até então levantados:
Deputado Estadual
Carione Pavanello - DEM
Carlos Chiodini – PMDB | Site | Twiter | Orkut | Formspring | Facebook | Flickr
Caubi Pinheiro – PDT
Dieter Janssen - PP | Twitter | Blog | Formspring
Evaldo Junckes – PT
Hermann Suesenbach - PDT
Humberto Grossl – PPS | Twitter | Orkut
Irineu Pasold – PSDB
Isair Moser - PR
Jurandir Michels – PV
Leone Silva – PT | Twitter
Maria Lúcia Richard – PSC
Deputado Federal
Airton Sudbrack – PT | Site | Twitter
Carlos Dias - PRP
Jean Leutprecht - PC do B | Twitter | Facebook | Orkut
Ivo Konell – DEM
...
Podem faltar nomes ou links na lista acima, não deixem de nos mandar feedbacks ou contatar os candidatos ao seu alcance para manifestarem-se! Esperamos o contato deles, eis nosso email.
No site do TRE você pode consultar a situação e declarações de cada candidato, clica aqui.
Na comunidade Jaraguá do Sul no Orkut a galera têm comentado a situação também, vai no link pra dar uma olhada no tópico.
Houve solicitação quanto acompanhamento, eis os canais até então levantados:
Deputado Estadual
Carione Pavanello - DEM
Carlos Chiodini – PMDB | Site | Twiter | Orkut | Formspring | Facebook | Flickr
Caubi Pinheiro – PDT
Dieter Janssen - PP | Twitter | Blog | Formspring
Evaldo Junckes – PT
Hermann Suesenbach - PDT
Humberto Grossl – PPS | Twitter | Orkut
Irineu Pasold – PSDB
Isair Moser - PR
Jurandir Michels – PV
Leone Silva – PT | Twitter
Maria Lúcia Richard – PSC
Deputado Federal
Airton Sudbrack – PT | Site | Twitter
Carlos Dias - PRP
Jean Leutprecht - PC do B | Twitter | Facebook | Orkut
Ivo Konell – DEM
...
Podem faltar nomes ou links na lista acima, não deixem de nos mandar feedbacks ou contatar os candidatos ao seu alcance para manifestarem-se! Esperamos o contato deles, eis nosso email.
No site do TRE você pode consultar a situação e declarações de cada candidato, clica aqui.
Na comunidade Jaraguá do Sul no Orkut a galera têm comentado a situação também, vai no link pra dar uma olhada no tópico.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Rumo à bienal.
Gabriela e eu estaremos daqui a pouco embarcando para SP com destino à 21a Bienal Internacional do Livro. Diversão literária na medida. Ou melhor, de sobra!! Livros, livros, livros e mais livros. Um problema para dois livrólotras como nós.
E acompanhados dos amigos Patrick e Elton, a viagem promete.
"A Bienal Internacional do Livro de São Paulo é o grande momento do livro no Brasil. É palco para o encontro das principais editoras, livrarias e distribuidoras do país, que preparam seus lançamentos para esse período.
Um local de bons negócios! Atrai jornalistas, empresários e escritores do mundo inteiro e com ótima visibilidade na mídia.
Além da larga oferta de livros, a Bienal do Livro oferece uma intensa programação cultural, desenvolvida para despertar o gosto pela leitura em mais de 700 mil pessoas, entre crianças, jovens e adultos. Algumas atividades estão previstas para personalizar ainda mais a programação, durante os 11 dias do evento.
Os números iniciais já permitem antever que a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo será um marco na história das Bienais."
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Contos de quinta: O espelho
O espelho.
Todo dia acordo e me olho no espelho. Mas ultimamente está diferente. Envelheço anos em dias. O espelho me olha e não mente. É contundente. Sucinto, lacônico, mas contundente, feroz. Diz tudo o que eu não gostaria de ouvir. E só eu ouço o que fala. Fala pela imagem, minha imagem, estranha imagem, irreal imagem. Não pareço eu. Um homem mais velho, muito mais velho do que sou; ou do que gostaria ser, já não sei mais. Um homem solitário, sozinho, sem ninguém. Um homem sem sonhos, sem projetos, sem perspectivas. Afogado em remédios, pílulas que nada mais resolvem. Já não sei mais se alucinam, estimulam ou me deprimem. E eu só com um espelho. Um espelho franco que joga tudo na minha cara. Tudo o que já sabia e não lembrava mais; ou não queria lembrar. Quanto tempo faz? Quantas coisas foram? Quantas vidas vivi? Quantas vidas perdi? O passado não representa mais nada e estou aqui, sem presente, sem futuro e apenas com um espelho que me fala e me chama. Chama-me estranhamente, como se meu futuro ou não-futuro estivesse lá dentro. No reflexo. No reflexo de tudo o que tem aqui fora. Minhas olheiras, minha cara inchada, meu desânimo, minhas frustrações, tudo ali naquela imagem. Ou será no reflexo da imagem? Parece o início do fim. O espelho me chama, mas não quero ir. Ou será que lá vai ser tudo diferente? A vida diferente, uma vida nova, uma vida sem reflexos. Esse espelho me enlouquece. Diz o que não quero ouvir e me irrita. Mostra-me o que não quero ver e me devasta. Engole minhas lágrimas, cospe meus risos, não me deixa sentir. E nem sei o que quero sentir. Nem sei se quero sentir alguma coisa. A culpa é do espelho, só pode ser do espelho. Não é da minha cabeça. As luzes incomodam, os reflexos incomodam. Fecho os olhos, o espelho some por uns instantes. Mas volta a me chamar. Irritante. Olhando-me e condenando-me. E me comparando. Com os outros, com quem perdi, com quem me ganhou. Não aceito. Já não sei mais se o espelho não mente ou se quer apenas me enganar. Confundir-me. O espelho me trai. Eu me contraio. Com um soco quebro o espelho. Nunca mais vai me jogar na cara minhas verdades. E nem minhas mentiras. Os cacos por todos os lados. Todos me refletindo. Todos me perseguindo. Um caco no meu pulso. Tudo vermelho. Tudo escurecendo...
Todo dia acordo e me olho no espelho. Mas ultimamente está diferente. Envelheço anos em dias. O espelho me olha e não mente. É contundente. Sucinto, lacônico, mas contundente, feroz. Diz tudo o que eu não gostaria de ouvir. E só eu ouço o que fala. Fala pela imagem, minha imagem, estranha imagem, irreal imagem. Não pareço eu. Um homem mais velho, muito mais velho do que sou; ou do que gostaria ser, já não sei mais. Um homem solitário, sozinho, sem ninguém. Um homem sem sonhos, sem projetos, sem perspectivas. Afogado em remédios, pílulas que nada mais resolvem. Já não sei mais se alucinam, estimulam ou me deprimem. E eu só com um espelho. Um espelho franco que joga tudo na minha cara. Tudo o que já sabia e não lembrava mais; ou não queria lembrar. Quanto tempo faz? Quantas coisas foram? Quantas vidas vivi? Quantas vidas perdi? O passado não representa mais nada e estou aqui, sem presente, sem futuro e apenas com um espelho que me fala e me chama. Chama-me estranhamente, como se meu futuro ou não-futuro estivesse lá dentro. No reflexo. No reflexo de tudo o que tem aqui fora. Minhas olheiras, minha cara inchada, meu desânimo, minhas frustrações, tudo ali naquela imagem. Ou será no reflexo da imagem? Parece o início do fim. O espelho me chama, mas não quero ir. Ou será que lá vai ser tudo diferente? A vida diferente, uma vida nova, uma vida sem reflexos. Esse espelho me enlouquece. Diz o que não quero ouvir e me irrita. Mostra-me o que não quero ver e me devasta. Engole minhas lágrimas, cospe meus risos, não me deixa sentir. E nem sei o que quero sentir. Nem sei se quero sentir alguma coisa. A culpa é do espelho, só pode ser do espelho. Não é da minha cabeça. As luzes incomodam, os reflexos incomodam. Fecho os olhos, o espelho some por uns instantes. Mas volta a me chamar. Irritante. Olhando-me e condenando-me. E me comparando. Com os outros, com quem perdi, com quem me ganhou. Não aceito. Já não sei mais se o espelho não mente ou se quer apenas me enganar. Confundir-me. O espelho me trai. Eu me contraio. Com um soco quebro o espelho. Nunca mais vai me jogar na cara minhas verdades. E nem minhas mentiras. Os cacos por todos os lados. Todos me refletindo. Todos me perseguindo. Um caco no meu pulso. Tudo vermelho. Tudo escurecendo...
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
O caçador.
Foi o filme do final de semana. Produção sul-coreana de 2008, (Chugyeogja no original e The chaser em inglês), trata da história de um ex-detetive, agora cafetão, que começa a investigar o desaparecimento de suas prostitutas. Inicialmente pensando que tinham sido vendidas por algum concorrente, descobre que o problema é bem mais grave, quando, então, passa a caçar um violento maníaco.
Acaba conhecendo a pequena filha de uma de suas garotas de programa, justamente da última desaparecida, sentindo-se responsável pela situação.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Estado deve indenizar policial que ficou tetraplégico em serviço.
O Tribunal de Justiça, por votação unânime, condenou o Estado de Santa Catarina ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 55 mil, e das despesas médicas necessárias ao tratamento, além do fornecimento de uma cadeira de rodas dotada de sistema stand up, e a impedir os descontos na folha de pagamento, a título de coparticipação no plano de saúde, em benefício de Rodrigo da Silva Martins.
O autor fora acionado, juntamente com um colega de trabalho, para atender a uma ocorrência. Quando chegaram ao local, depararam com uma briga envolvendo alguns rapazes. Rodrigo, de arma em punho, correu para apartar a desavença, porém sofreu uma queda e, em razão disso, seu revólver disparou acidentalmente. A bala atingiu seu pescoço, traqueia e coluna vertebral, o que resultou em tetraplegia.
O Estado, em contestação, alegou que todo o tratamento médico do autor foi custeado, e que ele passou a perceber o soldo integral de 3º Sargento, como determina a Lei n. 6.218/1983. Asseverou, também, que a responsabilização por ato de seus agentes pressupõe danos a terceiro, o que não ocorreu no caso, uma vez que o próprio servidor, que agiu com culpa, foi o único responsável pelo evento danoso.
Por sua vez, o militar reconheceu que, após o acidente, recebeu assistência por parte do Estado, mas afirmou que tal situação não mais persistia. Defendeu, ainda, que em decorrência de seu precário estado de saúde foi transferido, em caráter emergencial, do Hospital da Polícia Militar para o Hospital de Caridade, onde foi informado que as despesas médico-hospitalares dali provenientes não seriam suportadas pelo ente estatal. Em razão disso, depois de gerada uma dívida de mais de sete mil reais, foi transferido de volta ao primeiro hospital, e teve de interromper o tratamento a que estava sendo submetido, inclusive o fonoaudiológico. Por fim, afirmou que a cadeira de rodas disponibilizada pelo Estado não possui utilidade alguma, uma vez que é indicada para paraplégicos.
“(...) em verdade o réu não deixou de admitir que o policial, ao se deslocar com uma arma destravada em punho com o dedo no gatilho voltada para o próprio corpo, não estava suficientemente treinado pela corporação, vale dizer, não se apresentava em condições plenas para atuar nas ruas. O sinistro indubitavelmente seria evitado, enfim, se a administração tivesse lhe dado o correto treinamento policial, mormente para que, em situação como a dos autos, ele: 'a) mantivesse a arma travada; b) mantivesse o dedo fora do gatilho; c) mantivesse a arma apontada para cima ou para o chão, nunca para o próprio corpo'”, anotou o relator da matéria, desembargador substituto Rodrigo Collaço.
O magistrado concluiu que deve ser rechaçado o argumento do Estado de Santa Catarina, de que não poderia ser atribuída ao ente público a responsabilidade pelo evento danoso. A 4ª Câmara de Direito Público manteve parcialmente a sentença da Comarca da Capital, que havia condenado o Estado a arcar somente com a indenização por danos morais. (Ap. Cív. n. 2009.020591-3)
Fonte: Portal do TJSC.
O autor fora acionado, juntamente com um colega de trabalho, para atender a uma ocorrência. Quando chegaram ao local, depararam com uma briga envolvendo alguns rapazes. Rodrigo, de arma em punho, correu para apartar a desavença, porém sofreu uma queda e, em razão disso, seu revólver disparou acidentalmente. A bala atingiu seu pescoço, traqueia e coluna vertebral, o que resultou em tetraplegia.
O Estado, em contestação, alegou que todo o tratamento médico do autor foi custeado, e que ele passou a perceber o soldo integral de 3º Sargento, como determina a Lei n. 6.218/1983. Asseverou, também, que a responsabilização por ato de seus agentes pressupõe danos a terceiro, o que não ocorreu no caso, uma vez que o próprio servidor, que agiu com culpa, foi o único responsável pelo evento danoso.
Por sua vez, o militar reconheceu que, após o acidente, recebeu assistência por parte do Estado, mas afirmou que tal situação não mais persistia. Defendeu, ainda, que em decorrência de seu precário estado de saúde foi transferido, em caráter emergencial, do Hospital da Polícia Militar para o Hospital de Caridade, onde foi informado que as despesas médico-hospitalares dali provenientes não seriam suportadas pelo ente estatal. Em razão disso, depois de gerada uma dívida de mais de sete mil reais, foi transferido de volta ao primeiro hospital, e teve de interromper o tratamento a que estava sendo submetido, inclusive o fonoaudiológico. Por fim, afirmou que a cadeira de rodas disponibilizada pelo Estado não possui utilidade alguma, uma vez que é indicada para paraplégicos.
“(...) em verdade o réu não deixou de admitir que o policial, ao se deslocar com uma arma destravada em punho com o dedo no gatilho voltada para o próprio corpo, não estava suficientemente treinado pela corporação, vale dizer, não se apresentava em condições plenas para atuar nas ruas. O sinistro indubitavelmente seria evitado, enfim, se a administração tivesse lhe dado o correto treinamento policial, mormente para que, em situação como a dos autos, ele: 'a) mantivesse a arma travada; b) mantivesse o dedo fora do gatilho; c) mantivesse a arma apontada para cima ou para o chão, nunca para o próprio corpo'”, anotou o relator da matéria, desembargador substituto Rodrigo Collaço.
O magistrado concluiu que deve ser rechaçado o argumento do Estado de Santa Catarina, de que não poderia ser atribuída ao ente público a responsabilidade pelo evento danoso. A 4ª Câmara de Direito Público manteve parcialmente a sentença da Comarca da Capital, que havia condenado o Estado a arcar somente com a indenização por danos morais. (Ap. Cív. n. 2009.020591-3)
Fonte: Portal do TJSC.
Lua cheia.
Lua cheia
Lua cheia
Lua enorme
Laranja
Sabia?
Pra ti
Mandei pintar
E pendurar
Assim perto
Nessa cor
Nessa textura
Sorria
A lua é tua
E, na noite, brilha
Pra te mostrar
Que daqui
Também te vejo
Te esperando
Me esperando
Na noite fria
Que não termina
Enquanto a lua
Nos ilumina
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
TJ nega indenização a cliente retirado de boate após briga.
"A 2ª Câmara de Direito Civil manteve sentença da 1ª Vara da Comarca de Içara, e negou indenização por danos morais a Reginaldo Luiz, em ação ajuizada contra a Casa do Rock. Ele cobrou a indenização após incidente acontecido em 28-5-2005, quando foi retirado por seguranças da casa noturna, depois de envolver-se em briga.
Na apelação, Reginaldo reforçou as alegações de que houve um tumulto e, na confusão, foi agredido por cerca de oito desconhecidos. Logo após, os seguranças o teriam expulso da boate, por presumirem seu envolvimento na briga. Afirmou que foi espancado depois disso por um grupo de vinte pessoas, já do lado de fora, sem qualquer providência por parte dos seguranças.
Em seu voto, o relator, desembargador Sérgio Izidoro Heil, entendeu que os depoimentos das testemunhas, todas do próprio autor, divergiram dos fatos narrados por Reginaldo. Elas informaram que ele se envolveu na confusão, o que motivou a sua expulsão da festa.
Heil destacou que há dados, portanto, que comprovam o envolvimento efetivo de Reginaldo na briga, ao contrário da sua afirmação de que foi “agredido gratuitamente”. O relator reconheceu, ainda, que não era possível aos seguranças determinar se o autor fora ou não o causador do tumulto, “já que nem mesmo as acompanhantes do mesmo perceberam como se deu o início do entrevero.”
Ao final, o desembargador avaliou que, pelos relatos, não parece ter havido excesso por parte dos três seguranças, enquanto o próprio Reginaldo afirmou que pelo menos dez pessoas se envolveram na briga. “O início de entrevero precisava ser prontamente debelado e assim o fizeram, de forma a cumprir seu mister de garantir a incolumidade dos presentes. (…) Assim, pela clara desvantagem, os funcionários da casa certamente precisariam agir com mais força que o normal para atingir o objetivo de zelar pela integridade geral dos presentes”, concluiu Heil. (Ap. Cív. n. 2008.026618-3)"
Fonte: Portal do TJSC.
Na apelação, Reginaldo reforçou as alegações de que houve um tumulto e, na confusão, foi agredido por cerca de oito desconhecidos. Logo após, os seguranças o teriam expulso da boate, por presumirem seu envolvimento na briga. Afirmou que foi espancado depois disso por um grupo de vinte pessoas, já do lado de fora, sem qualquer providência por parte dos seguranças.
Em seu voto, o relator, desembargador Sérgio Izidoro Heil, entendeu que os depoimentos das testemunhas, todas do próprio autor, divergiram dos fatos narrados por Reginaldo. Elas informaram que ele se envolveu na confusão, o que motivou a sua expulsão da festa.
Heil destacou que há dados, portanto, que comprovam o envolvimento efetivo de Reginaldo na briga, ao contrário da sua afirmação de que foi “agredido gratuitamente”. O relator reconheceu, ainda, que não era possível aos seguranças determinar se o autor fora ou não o causador do tumulto, “já que nem mesmo as acompanhantes do mesmo perceberam como se deu o início do entrevero.”
Ao final, o desembargador avaliou que, pelos relatos, não parece ter havido excesso por parte dos três seguranças, enquanto o próprio Reginaldo afirmou que pelo menos dez pessoas se envolveram na briga. “O início de entrevero precisava ser prontamente debelado e assim o fizeram, de forma a cumprir seu mister de garantir a incolumidade dos presentes. (…) Assim, pela clara desvantagem, os funcionários da casa certamente precisariam agir com mais força que o normal para atingir o objetivo de zelar pela integridade geral dos presentes”, concluiu Heil. (Ap. Cív. n. 2008.026618-3)"
Fonte: Portal do TJSC.
Anísia Rocha
Obra de Anísia Rocha - mais peças, detalhes e informações no http://www.anisiarocha.com/
domingo, 15 de agosto de 2010
Another Brick In The Wall (Hey Ayatollah, Leave Those Kids Alone!).
Matéria sugerida pelo advogado Edemar Utpadel, que deu na Folha de São Paulo.
"MARCOS FLAMÍNIO PERES
DE SÃO PAULO
1979. No Reino Unido, vinha à luz "The Wall", o álbum conceitual do Pink Floyd que se tornaria um dos ícones da história do rock.
No Irã, a Revolução Islâmica comandada pelos mulás e aiatolás punha abaixo o governo secular e sangrento do xá Reza Pahlevi. "Another Brick in the Wall", o megahit de protesto do vinil da banda inglesa, rapidamente se transforma em referência para a juventude que saía às ruas da capital, Teerã.
2010. Dois irmãos iranianos cuja família se exilou no Canadá durante a revolução de 1979 recriam o clássico de Pink Floyd para atacar a opressão contra a mulher na sociedade de seu país.
Vitaminado pela polêmica em torno de Sakineh -que pode ser apedrejada até a morte por supostamente trair e assassinar o marido-, o vídeo do Blurred Vision (visão embaçada) rapidamente se torna sucesso no YouTube.
Às 12h07 de ontem, "Hey, Ayatollah, Leave Those Kids Alone!" (ei, aiatolá, deixe essas crianças em paz) -cruzamento bombástico entre o autoritarismo das salas de aulas britânicas do pós-guerra com a opressão do regime iraniano atual- já contava com 257.426 acessos.
Misturando ficção e cenas de violência contra manifestantes capturadas na internet, ele retrata uma jovem em fuga da perseguição de líderes religiosos.
Com um iPhone nas mãos, tenta passar desesperadamente, em tempo real, mensagens e imagens da opressão em seu país.
"A tecnologia é crucial para combater os regimes autoritários", diz Sepp, um dos membros do grupo. "O que nos motivou a realizar o projeto foram as cenas na web de mulheres sendo agredidas na cabeça ou torturadas", diz. "A ideia era captar a essência do que ocorre nas ruas do Irã e tornar o vídeo mais impactante", conclui.
Criador da versão original, Roger Waters, 66, se entusiasmou com o projeto desde o início. "Nosso herói", como Sepp define o baixista e vocalista do Pink Floyd, "nos levou a outro grau de determinação para tocar o projeto".
O CENTRO DA QUESTÃO
Com os parcos recursos da Universidade de Toronto, onde moram, foram atrás do premiado diretor Babak Payami, cuja carreira aborda os direitos da mulher.
O cineasta diz ter se inspirado abertamente no filme "The Wall", de 1982, dirigido por Alan Parker.
"Mas, para mim, o grande desafio era trabalhar com a versão do Blurred Vision sem repetir visualmente ou copiar o que já estava feito [por Parker]", diz Payami.
Na comparação dos dois vídeos, é evidente o paralelo entre as crianças humilhadas nas salas de aula (Pink Floyd) e as mulheres atacadas (Blurred Vision). As mulheres, afirma Payami, "estão no centro do conflito nas sociedade religiosas repressivas, especialmente no contexto da repressão monoteísta".
Mas a música pode transformar balas em flores? Sepp abranda o tom messiânico e pondera: ""Pode ser. Mas o mais importantes é que ela pode nos revelar que coisas assim estão acontecendo no Irã -não só com Sakineh, mas com outros presos"."
O vídeo:
"MARCOS FLAMÍNIO PERES
DE SÃO PAULO
1979. No Reino Unido, vinha à luz "The Wall", o álbum conceitual do Pink Floyd que se tornaria um dos ícones da história do rock.
No Irã, a Revolução Islâmica comandada pelos mulás e aiatolás punha abaixo o governo secular e sangrento do xá Reza Pahlevi. "Another Brick in the Wall", o megahit de protesto do vinil da banda inglesa, rapidamente se transforma em referência para a juventude que saía às ruas da capital, Teerã.
2010. Dois irmãos iranianos cuja família se exilou no Canadá durante a revolução de 1979 recriam o clássico de Pink Floyd para atacar a opressão contra a mulher na sociedade de seu país.
Vitaminado pela polêmica em torno de Sakineh -que pode ser apedrejada até a morte por supostamente trair e assassinar o marido-, o vídeo do Blurred Vision (visão embaçada) rapidamente se torna sucesso no YouTube.
Às 12h07 de ontem, "Hey, Ayatollah, Leave Those Kids Alone!" (ei, aiatolá, deixe essas crianças em paz) -cruzamento bombástico entre o autoritarismo das salas de aulas britânicas do pós-guerra com a opressão do regime iraniano atual- já contava com 257.426 acessos.
Misturando ficção e cenas de violência contra manifestantes capturadas na internet, ele retrata uma jovem em fuga da perseguição de líderes religiosos.
Com um iPhone nas mãos, tenta passar desesperadamente, em tempo real, mensagens e imagens da opressão em seu país.
"A tecnologia é crucial para combater os regimes autoritários", diz Sepp, um dos membros do grupo. "O que nos motivou a realizar o projeto foram as cenas na web de mulheres sendo agredidas na cabeça ou torturadas", diz. "A ideia era captar a essência do que ocorre nas ruas do Irã e tornar o vídeo mais impactante", conclui.
Criador da versão original, Roger Waters, 66, se entusiasmou com o projeto desde o início. "Nosso herói", como Sepp define o baixista e vocalista do Pink Floyd, "nos levou a outro grau de determinação para tocar o projeto".
O CENTRO DA QUESTÃO
Com os parcos recursos da Universidade de Toronto, onde moram, foram atrás do premiado diretor Babak Payami, cuja carreira aborda os direitos da mulher.
O cineasta diz ter se inspirado abertamente no filme "The Wall", de 1982, dirigido por Alan Parker.
"Mas, para mim, o grande desafio era trabalhar com a versão do Blurred Vision sem repetir visualmente ou copiar o que já estava feito [por Parker]", diz Payami.
Na comparação dos dois vídeos, é evidente o paralelo entre as crianças humilhadas nas salas de aula (Pink Floyd) e as mulheres atacadas (Blurred Vision). As mulheres, afirma Payami, "estão no centro do conflito nas sociedade religiosas repressivas, especialmente no contexto da repressão monoteísta".
Mas a música pode transformar balas em flores? Sepp abranda o tom messiânico e pondera: ""Pode ser. Mas o mais importantes é que ela pode nos revelar que coisas assim estão acontecendo no Irã -não só com Sakineh, mas com outros presos"."
O vídeo:
sábado, 14 de agosto de 2010
E a rede globo ataca de novo...
Nas entrevistas com os candidatos a presidência do Brasil ficou bastante clara a preferência da rede globo ou, pelo menos, do Willian Bonner (aquele mesmo que chamou o telespectador do jornal nacional de Hommer Simpson), pelo candidato do psdb, o tucano José Serra.
A diferença de tom entre a entrevista a este candidato e à candidata do pt, Dilma Roussef, é flagrante. O apresentador chega a perder o controle na entrevista à candidata, a ponto de sua mulher, Fátima Bernardes, intervir para pedir que ficasse quieto.
Um comentário preciso e os vídeos de ambas entrevistas podem ser vistos no Pensativo, blog do advogado e professor Darwinn Harnack, clicando-se aqui.
A diferença de tom entre a entrevista a este candidato e à candidata do pt, Dilma Roussef, é flagrante. O apresentador chega a perder o controle na entrevista à candidata, a ponto de sua mulher, Fátima Bernardes, intervir para pedir que ficasse quieto.
Um comentário preciso e os vídeos de ambas entrevistas podem ser vistos no Pensativo, blog do advogado e professor Darwinn Harnack, clicando-se aqui.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Se alguém perguntar por mim...
... Diz que fui por aí, na voz de Fernanda Takai.
Para começar com boa música o final de semana.
Para começar com boa música o final de semana.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Contos de quinta.
Peço desculpa aos meus leitores, pois não consegui preparar um texto decente para hoje. A semana foi atribulada demais. Mas prometo que tentarei deixar tudo pronto para a próxima quinta. Para não ficar em branco, todavia, eu transcrevo parte do discurso proferido ontem no jantar em homenagem ao Dia do Advogado, ocorrido em Jaraguá do Sul.
"Boa noite a todos. Com grande alegria vejo a casa cheia nesse dia do Advogado e de homenagem à experiência dos colegas com 25 anos de carreira e inscrição na OAB.
Quero prestar minhas homenagens especiais aos advogados hoje lembrados pelos seus 25 anos de carreira e inscrição na OAB, Dra. Márcia, Dra. Aurilene, Dr. Leonel e Dr. Roberth. Todos ligados de alguma forma à minha história. O Dr. Roberth foi o presidente que me entregou minha carteira da Ordem, em uma festa do Dia do Advogado, também. A Dra. Márcia eu conheci e com quem aprendi muito na época em que estudamos juntos na nossa especialização. Ali se iniciou uma amizade que acabou se estreitando com o tempo. O Dr. Leonel, na realidade, joga menos futebol do que pensa que joga, mas como advogado é uma das referências em Direito Público na nossa região. E, por fim, a Dra. Aurilene, que foi nossa referência na última gestão, e por quem nutro uma amizade e uma admiração especiais. Era a pessoa que limitava certos ímpetos e que, ao mesmo tempo, trazia-nos soluções calcadas na sua experiência. Uma pessoa especial que, juntamente com o Dr. Leonel, como disse o Dr. Darwinn no discurso anterior, forma o Casal 20 da advocacia jaraguaense.
Bem, vou começar lembrando Shakespeare que dizia que o homem é feito da matéria dos seus sonhos. E que o humano é humano porque tem desejos.
Quem me conhece sabe que sou um sonhador irremediável. Sonho com um mundo mais justo, um mundo mais ético, um mundo mais igualitário. Às vezes me chamam de iludido. Mas continuo sonhando.
Sonhando e desejando.
E hoje é um dia que vai além dos sonhos e dos desejos. É um dia para reflexão. Nós, que abraçamos essa carreira, nós que optamos pela vida de ser advogado, devemos todos os dias, e não só hoje, refletir sobre a nossa função na sociedade e para a sociedade. Somos um dos pilares da Justiça e sabemos que sem Justiça não há democracia.
Sem justiça célere, sem justiça ética, sem justiça preocupada com os rumos da sociedade, sem justiça preocupada com a vida dos cidadãos, não há democracia. Como já dizia Voltaire, “Um direito deixado muito longe torna-se uma injustiça”. Por isso precisamos, cada vez mais, fortalecer a classe, precisamos cada vez mais nos unir para alcançarmos os resultados necessários.
Não podemos silenciar quando nossas prerrogativas são cerceadas ou limitadas; não podemos silenciar quando os processos não andam; não podemos silenciar quando percebemos desvios nos comportamentos ou nos procedimentos. Poucas coisas são mais tristes do que um ser humano acomodado. E as vestes da acomodação não combinam definitivamente com o manto sagrado da advocacia.
A humanidade evolui e os advogados e o Poder Judiciário devem acompanhar tal evolução. É mais do que uma obrigação.
Afinal, estamos entrando na era dos processos virtuais! Mas nem por isso podemos esquecer que os direitos, dilemas e problemas dos nossos clientes, dos jurisdicionados, são bem reais, podem ser bem dolorosos e são por demais importantes para cada um deles.
Precisamos mais do que isso.
Precisamos, nós advogados, esquecer das vaidades pessoais e egoístas e pensar mais no grupo, para que possamos valorizar a advocacia em si. Repito, para uma Justiça verdadeira é necessário uma advocacia forte. E advocacia forte se consegue com advogados fortes e independentes. Advogados estudiosos. Advogados cônscios de seus deveres, direitos e prerrogativas. Advogados dedicados e comprometidos com a busca do melhor pra sociedade. Não podemos ser como aqueles insetos que ficam enfeitiçados pela luz e não sabem o que fazem voando a sua volta. Estamos aqui para melhorar a sociedade, para trabalhar na construção de uma sociedade, como eu disse antes, mais justa e igualitária.
Por isso essa gestão se empenha em trazer os novos advogados para dentro da OAB, insiste na formação profissional contínua e na preocupação com a ética em todos os aspectos, valoriza os advogados que tem experiência para compartilhar, defende os advogados contra arbitrariedades, procura as soluções possíveis para os problemas diariamente enfrentados, e busca levar à sociedade trabalhos comunitários que contribuam para o conhecimento e aprimoramento dos cidadãos. Seja com os nossos projetos como o OAB nos Bairros e OAB vai à Escola, seja com a preocupação diuturna e o empenho das nossas diversas comissões.
É a contribuição da OAB e deve ser a contribuição dos advogados. Não partilhar do que entendemos errado, não sermos coniventes e não silenciarmos. O dia é de comemoração, mas a luta é contínua.
Gosto e tenho orgulho de ser advogado. Não consigo me ver atuando em outra seara. Por isso quero o melhor para OAB, o melhor para a Advocacia, o melhor para os Advogados. Quero que minha filhasinta orgulho de ter um pai advogado, que dorme e acorda com a consciência tranquila, assim como tem orgulho a Bárbara e o Emílio, filhos do nosso Casal 20, Drs. Aurilene e Leonel. Se trabalharmos unidos conseguiremos, não tenho dúvidas. E todos os filhos de advogados, os pais, os maridos, as esposas, poderão ter orgulho de seus entes advogados.
Parabéns a todos os advogados que honram o juramento que fizeram ao receber suas carteiras profissionais.
Obrigado."
"Boa noite a todos. Com grande alegria vejo a casa cheia nesse dia do Advogado e de homenagem à experiência dos colegas com 25 anos de carreira e inscrição na OAB.
Quero prestar minhas homenagens especiais aos advogados hoje lembrados pelos seus 25 anos de carreira e inscrição na OAB, Dra. Márcia, Dra. Aurilene, Dr. Leonel e Dr. Roberth. Todos ligados de alguma forma à minha história. O Dr. Roberth foi o presidente que me entregou minha carteira da Ordem, em uma festa do Dia do Advogado, também. A Dra. Márcia eu conheci e com quem aprendi muito na época em que estudamos juntos na nossa especialização. Ali se iniciou uma amizade que acabou se estreitando com o tempo. O Dr. Leonel, na realidade, joga menos futebol do que pensa que joga, mas como advogado é uma das referências em Direito Público na nossa região. E, por fim, a Dra. Aurilene, que foi nossa referência na última gestão, e por quem nutro uma amizade e uma admiração especiais. Era a pessoa que limitava certos ímpetos e que, ao mesmo tempo, trazia-nos soluções calcadas na sua experiência. Uma pessoa especial que, juntamente com o Dr. Leonel, como disse o Dr. Darwinn no discurso anterior, forma o Casal 20 da advocacia jaraguaense.
Bem, vou começar lembrando Shakespeare que dizia que o homem é feito da matéria dos seus sonhos. E que o humano é humano porque tem desejos.
Quem me conhece sabe que sou um sonhador irremediável. Sonho com um mundo mais justo, um mundo mais ético, um mundo mais igualitário. Às vezes me chamam de iludido. Mas continuo sonhando.
Sonhando e desejando.
E hoje é um dia que vai além dos sonhos e dos desejos. É um dia para reflexão. Nós, que abraçamos essa carreira, nós que optamos pela vida de ser advogado, devemos todos os dias, e não só hoje, refletir sobre a nossa função na sociedade e para a sociedade. Somos um dos pilares da Justiça e sabemos que sem Justiça não há democracia.
Sem justiça célere, sem justiça ética, sem justiça preocupada com os rumos da sociedade, sem justiça preocupada com a vida dos cidadãos, não há democracia. Como já dizia Voltaire, “Um direito deixado muito longe torna-se uma injustiça”. Por isso precisamos, cada vez mais, fortalecer a classe, precisamos cada vez mais nos unir para alcançarmos os resultados necessários.
Não podemos silenciar quando nossas prerrogativas são cerceadas ou limitadas; não podemos silenciar quando os processos não andam; não podemos silenciar quando percebemos desvios nos comportamentos ou nos procedimentos. Poucas coisas são mais tristes do que um ser humano acomodado. E as vestes da acomodação não combinam definitivamente com o manto sagrado da advocacia.
A humanidade evolui e os advogados e o Poder Judiciário devem acompanhar tal evolução. É mais do que uma obrigação.
Afinal, estamos entrando na era dos processos virtuais! Mas nem por isso podemos esquecer que os direitos, dilemas e problemas dos nossos clientes, dos jurisdicionados, são bem reais, podem ser bem dolorosos e são por demais importantes para cada um deles.
Precisamos mais do que isso.
Precisamos, nós advogados, esquecer das vaidades pessoais e egoístas e pensar mais no grupo, para que possamos valorizar a advocacia em si. Repito, para uma Justiça verdadeira é necessário uma advocacia forte. E advocacia forte se consegue com advogados fortes e independentes. Advogados estudiosos. Advogados cônscios de seus deveres, direitos e prerrogativas. Advogados dedicados e comprometidos com a busca do melhor pra sociedade. Não podemos ser como aqueles insetos que ficam enfeitiçados pela luz e não sabem o que fazem voando a sua volta. Estamos aqui para melhorar a sociedade, para trabalhar na construção de uma sociedade, como eu disse antes, mais justa e igualitária.
Por isso essa gestão se empenha em trazer os novos advogados para dentro da OAB, insiste na formação profissional contínua e na preocupação com a ética em todos os aspectos, valoriza os advogados que tem experiência para compartilhar, defende os advogados contra arbitrariedades, procura as soluções possíveis para os problemas diariamente enfrentados, e busca levar à sociedade trabalhos comunitários que contribuam para o conhecimento e aprimoramento dos cidadãos. Seja com os nossos projetos como o OAB nos Bairros e OAB vai à Escola, seja com a preocupação diuturna e o empenho das nossas diversas comissões.
É a contribuição da OAB e deve ser a contribuição dos advogados. Não partilhar do que entendemos errado, não sermos coniventes e não silenciarmos. O dia é de comemoração, mas a luta é contínua.
Gosto e tenho orgulho de ser advogado. Não consigo me ver atuando em outra seara. Por isso quero o melhor para OAB, o melhor para a Advocacia, o melhor para os Advogados. Quero que minha filhasinta orgulho de ter um pai advogado, que dorme e acorda com a consciência tranquila, assim como tem orgulho a Bárbara e o Emílio, filhos do nosso Casal 20, Drs. Aurilene e Leonel. Se trabalharmos unidos conseguiremos, não tenho dúvidas. E todos os filhos de advogados, os pais, os maridos, as esposas, poderão ter orgulho de seus entes advogados.
Parabéns a todos os advogados que honram o juramento que fizeram ao receber suas carteiras profissionais.
Obrigado."
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Juramento do advogado.
“Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observar a ética, os deveres e prerrogativas profissionais e defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, os direitos humanos, a justiça social, a boa aplicação das leis, a rápida administração da Justiça e o aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas”.
Dia do advogado.
Hoje, 11 de agosto, se comemora o dia do Advogado. Poderia falar da essencialidade do advogado para a administração da Justiça. Poderia falar das suas prerrogativas volta e meia infringidas por autoridades déspotas. Poderia falar do excessivo número de faculdades de Direito país afora (algumas de qualidade discutível). Poderia falar do equilíbrio e igualdade entre os advogados, magistrados e membros do ministério público.
Mas vou falar de mim, da minha experiência. Quando entrei na faculdade de Direito, na UFSC, lá no longínquo 1990, não sabia ao certo o que me esperava, e pensava até em fazer concurso para a magistratura. No meio da faculdade, entretanto, exatamente na quinta fase, passei a trabalhar em um escritório de advocacia, do Dr. Francisco de Assis Montibeller, indicado pelo hoje advogado, meu amigo e compadre Fabrício Mendes dos Santos. E eu gostei. Gostei de lidar com os clientes, de tentar ajudar e resolver os problemas, de buscar as soluções, de andar - ainda como estagiário - nos fóruns da região, de conhecer os serventuários da Justiça. É uma cachaça. Das boas.
Óbvio, nestes 15 anos de advocacia, e mais quase três trabalhando como estagiário, não só alegrias e vitórias aconteceram. Várias frustrações com juízes despreparados, serventuários preguiçosos, clientes mal agradecidos, colegas sem muitos escrúpulos, além de um Poder Judiciário assoberbado e sem muitas perspectivas, também fizeram parte do meu cotidiano como advogado.
Mas, além de tudo isso, e muito mais pelas alegrias e conquistas e estudos, eu gosto do que faço. Gosto de ser advogado e hoje não consigo me imaginar em outra área do Direito. Na realidade em nenhuma outra área - só, talvez, como escritor, algum dia (ok, e gosto de dar aulas também, quando me divirto muito com meus alunos, com quem aprendo bastante).
Ainda tenho esperanças - quem me conhece sabe que sou um sonhador irremediável - de que consigamos uma Justiça mais célere, eficiente e, por via de consequência, um país e um mundo - por que não? - mais justo e equilibrado.
Parabéns a todos os ADVOGADOS que honram seu juramento!
Mas vou falar de mim, da minha experiência. Quando entrei na faculdade de Direito, na UFSC, lá no longínquo 1990, não sabia ao certo o que me esperava, e pensava até em fazer concurso para a magistratura. No meio da faculdade, entretanto, exatamente na quinta fase, passei a trabalhar em um escritório de advocacia, do Dr. Francisco de Assis Montibeller, indicado pelo hoje advogado, meu amigo e compadre Fabrício Mendes dos Santos. E eu gostei. Gostei de lidar com os clientes, de tentar ajudar e resolver os problemas, de buscar as soluções, de andar - ainda como estagiário - nos fóruns da região, de conhecer os serventuários da Justiça. É uma cachaça. Das boas.
Óbvio, nestes 15 anos de advocacia, e mais quase três trabalhando como estagiário, não só alegrias e vitórias aconteceram. Várias frustrações com juízes despreparados, serventuários preguiçosos, clientes mal agradecidos, colegas sem muitos escrúpulos, além de um Poder Judiciário assoberbado e sem muitas perspectivas, também fizeram parte do meu cotidiano como advogado.
Mas, além de tudo isso, e muito mais pelas alegrias e conquistas e estudos, eu gosto do que faço. Gosto de ser advogado e hoje não consigo me imaginar em outra área do Direito. Na realidade em nenhuma outra área - só, talvez, como escritor, algum dia (ok, e gosto de dar aulas também, quando me divirto muito com meus alunos, com quem aprendo bastante).
Ainda tenho esperanças - quem me conhece sabe que sou um sonhador irremediável - de que consigamos uma Justiça mais célere, eficiente e, por via de consequência, um país e um mundo - por que não? - mais justo e equilibrado.
Parabéns a todos os ADVOGADOS que honram seu juramento!
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Ácaros em chocolate.
"Não comprovada a responsabilidade de fabricante de chocolates pela contaminação do produto com ácaros, que pode ocorrer de diversos modos ou formas, inclusive por culpa do próprio consumidor, não é possível concluir que a responsabilidade civil invocada está caracterizada. Com esse entendimento, a 2ª Câmara de Direito Civil do TJ reformou a sentença da Comarca de Videira, e julgou improcedente pedido de indenização por danos morais ajuizado por Roberto Sanches e Silva contra Kraft Foods Brasil S/A.
No dia 17 de março de 2006, o autor comprou 18 bombons "Surreal", 5 barras de chocolate "Shot" e 3 bombons "Sonho de valsa" no Mercado MMC, no referido Município. Mas, ao abrir dois dos produtos para o consumo, percebeu que havia ácaros nos chocolates.
A Kraft Foods Brasil alegou que o consumidor incorreu em contradições e em litigância de má-fé, e que o verdadeiro culpado pelo ocorrido foi o estabelecimento comercial SM Casa Grande, que adquiriu os produtos. Ademais, defendeu os rígido controle de qualidade da empresa quanto à armazenagem dos produtos e prevenção contra pragas.
“Destaca-se, antes de tudo, a falta de prova do vício do produto, tal como narrado pelo autor, pois o que há, no processo, é, tão somente, o seu relato isolado, onde se coloca em posição de vítima da Ré, sem o arrimo indispensável de fato concreto a coonestar suas declarações”, anotou o relator da matéria, desembargador Luiz Carlos Freyesleben.
O magistrado concluiu que o fato, por si só, não ensejaria o reconhecimento do dano moral, pois não há prova de que o evento tenha adquirido proporções maiores do que a de um simples aborrecimento. A votação foi unânime. (Ap. Cível nº 2008.032019-5)"
Fonte: Portal do TJSC.
No dia 17 de março de 2006, o autor comprou 18 bombons "Surreal", 5 barras de chocolate "Shot" e 3 bombons "Sonho de valsa" no Mercado MMC, no referido Município. Mas, ao abrir dois dos produtos para o consumo, percebeu que havia ácaros nos chocolates.
A Kraft Foods Brasil alegou que o consumidor incorreu em contradições e em litigância de má-fé, e que o verdadeiro culpado pelo ocorrido foi o estabelecimento comercial SM Casa Grande, que adquiriu os produtos. Ademais, defendeu os rígido controle de qualidade da empresa quanto à armazenagem dos produtos e prevenção contra pragas.
“Destaca-se, antes de tudo, a falta de prova do vício do produto, tal como narrado pelo autor, pois o que há, no processo, é, tão somente, o seu relato isolado, onde se coloca em posição de vítima da Ré, sem o arrimo indispensável de fato concreto a coonestar suas declarações”, anotou o relator da matéria, desembargador Luiz Carlos Freyesleben.
O magistrado concluiu que o fato, por si só, não ensejaria o reconhecimento do dano moral, pois não há prova de que o evento tenha adquirido proporções maiores do que a de um simples aborrecimento. A votação foi unânime. (Ap. Cível nº 2008.032019-5)"
Fonte: Portal do TJSC.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Ensino religioso nas escolas públicas é questionado em ADI.
"Com o objetivo de dar a interpretação conforme a Constituição Federal sobre o ensino religioso nas escolas públicas, a Procuradoria-Geral da República (PGR) propôs no Supremo Tribunal Federal a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4439, com pedido liminar. O ensino religioso está previsto no artigo 33, parágrafos 1º e 2º, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBD - Lei nº 9.394/96), e no artigo 11 do Anexo do Decreto nº 7.107/2010.
A procuradora-geral em exercício, Deborah Duprat, argumenta na ADI que a Constituição Federal (CF) estabelece o princípio de laicidade do Estado e a previsão de oferta de ensino religioso, de matrícula facultativa, pelas escolas públicas de ensino fundamental, no horário normal de aula. Desse modo, ela afirma que “em face da unicidade da Constituição, não é viável a adoção de uma perspectiva que, em nome da laicidade do Estado, negue qualquer possibilidade de ensino de religião nas escolas públicas”.
Pela relevância, complexidade e natureza interdisciplinar do tema, a procuradora-geral requer, de acordo com o artigo 9º, parágrafo 1º da Lei nº 9.868/99, a realização de audiência pública no Supremo.
A tese defendida pela PGR é a de que a compatibilização do ensino religioso nas escolas públicos e o estado laico corresponde à oferta de um conteúdo programático em que ocorra a exposição das doutrinas, das práticas, da história e de dimensões sociais das diferentes religiões, incluindo as posições não religiosas, “sem qualquer tomada de partido por parte dos educadores”."
Continue lendo na página da OAB/SC clicando aqui.
Sempre defendi a tese que religião não se aprende na escola, em especial nas públicas. No máximo, como pretende a procuradora, a história e os reflexos das diversas correntes religiosas existentes. Claro, faço ressalva às escolas particulares religiosas, onde passa a ser uma opção dos próprios pais, que conhecem o programa educacional.
Já acho errado, inclusive, nossa Constituição Federal ter em seu preâmbulo a expressão "sob a proteção de Deus". Estado e Igreja foram separados, nos países democráticos, há muito tempo. E somos um Estado laico.
A procuradora-geral em exercício, Deborah Duprat, argumenta na ADI que a Constituição Federal (CF) estabelece o princípio de laicidade do Estado e a previsão de oferta de ensino religioso, de matrícula facultativa, pelas escolas públicas de ensino fundamental, no horário normal de aula. Desse modo, ela afirma que “em face da unicidade da Constituição, não é viável a adoção de uma perspectiva que, em nome da laicidade do Estado, negue qualquer possibilidade de ensino de religião nas escolas públicas”.
Pela relevância, complexidade e natureza interdisciplinar do tema, a procuradora-geral requer, de acordo com o artigo 9º, parágrafo 1º da Lei nº 9.868/99, a realização de audiência pública no Supremo.
A tese defendida pela PGR é a de que a compatibilização do ensino religioso nas escolas públicos e o estado laico corresponde à oferta de um conteúdo programático em que ocorra a exposição das doutrinas, das práticas, da história e de dimensões sociais das diferentes religiões, incluindo as posições não religiosas, “sem qualquer tomada de partido por parte dos educadores”."
Continue lendo na página da OAB/SC clicando aqui.
Sempre defendi a tese que religião não se aprende na escola, em especial nas públicas. No máximo, como pretende a procuradora, a história e os reflexos das diversas correntes religiosas existentes. Claro, faço ressalva às escolas particulares religiosas, onde passa a ser uma opção dos próprios pais, que conhecem o programa educacional.
Já acho errado, inclusive, nossa Constituição Federal ter em seu preâmbulo a expressão "sob a proteção de Deus". Estado e Igreja foram separados, nos países democráticos, há muito tempo. E somos um Estado laico.
Vinho.
Vinho
Quero uma taça de vinho
Tinto
Pra sentir teus lábios
Densos
As lágrimas do vinho
Na taça
Só diferem das minhas
Na cor
O sabor do vinho
Me traz
Sua imagem, seu cheiro
Amor
domingo, 8 de agosto de 2010
Campanha à presidência: Plínio de Arruda (PSOL) leva vantagem no primeiro debate.
Deu na Folha.com:
"A Folha realizou ontem uma enquete com 29 cientistas políticos a respeito do debate realizado na quinta-feira pela TV Bandeirantes. Para 13 deles, houve empate.
Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), candidato com desempenho mais elogiado entre os que apontaram um vencedor, foi apontado por sete especialistas como o melhor no debate. Em segundo lugar ficou José Serra (PSDB), com cinco menções.
Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) tiveram duas menções cada.
A enquete foi feita com participantes do 7º Encontro da ABCP (Associação Brasileira de Ciência Política), realizado de 4 a 7 de agosto, em Recife (PE).
Quase todos os entrevistados afirmaram que o debate foi pouco produtivo. Os que apontaram empate em geral disseram que a situação é ruim para Serra.
Para Fernando Abrucio, da FGV, o fato de Plínio ter se destacado reflete o baixo nível do debate eleitoral e favorece Dilma tanto quanto um empate."
Continue lendo a matéria clicando aqui.
"A Folha realizou ontem uma enquete com 29 cientistas políticos a respeito do debate realizado na quinta-feira pela TV Bandeirantes. Para 13 deles, houve empate.
Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), candidato com desempenho mais elogiado entre os que apontaram um vencedor, foi apontado por sete especialistas como o melhor no debate. Em segundo lugar ficou José Serra (PSDB), com cinco menções.
Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) tiveram duas menções cada.
A enquete foi feita com participantes do 7º Encontro da ABCP (Associação Brasileira de Ciência Política), realizado de 4 a 7 de agosto, em Recife (PE).
Quase todos os entrevistados afirmaram que o debate foi pouco produtivo. Os que apontaram empate em geral disseram que a situação é ruim para Serra.
Para Fernando Abrucio, da FGV, o fato de Plínio ter se destacado reflete o baixo nível do debate eleitoral e favorece Dilma tanto quanto um empate."
Continue lendo a matéria clicando aqui.
sábado, 7 de agosto de 2010
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Michael Jackson ao contrário.
"Cansei de ser branco, quero ser negro."
Atenção para reação da mãe quando vê o garoto.
O banho deve ter sido demorado...
No final, somos todos iguais mesmo, negros, brancos, amarelos, vermelhos, verdes, azuis...
Atenção para reação da mãe quando vê o garoto.
O banho deve ter sido demorado...
No final, somos todos iguais mesmo, negros, brancos, amarelos, vermelhos, verdes, azuis...
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Perguntas da noite.
O que é considerado honesto e virtuoso pela sociedade pode ser considerado anti-ético ou imoral pela consciência individual?
Pode, a ética, variar no tempo?
Pode, a ética, variar no tempo?
Contos de quinta: O livro - parte final.
O livro - parte final. (Parte I. Parte II).
Peguei o aparelho, sentado no chão, fiquei vendo seu nome piscar na tela. Insistentemente. Ela tentou mais duas vezes. Será que se arrependeu ou estaria apenas preocupada comigo? Ou simplesmente estaria sozinha e lembrou-se de mim por pura solidão? Não interessava mais. Não atendi. Ela desistiu. Mas fiquei pensando nos nossos bons momentos. Na risada dela, na implicância que ela tinha com algumas coisas minhas, alguns jeitos meus. No quanto gostávamos de ficar abraçados vendo filmes. Mas a imagem dela estava turva em minhas lembranças; mesclava-se com a de Isa. O corpo de Isa e as lembranças da minha ex.
Voltei ao livro. Absolutamente indeciso se deveria ou não continuar a lê-lo. Eu estava confuso demais. Não entendia o que estava acontecendo. Os meus dilemas e pensamentos naquelas páginas. Os meus sucessos, as minhas frustrações, os meus fracassos. Vidas profissional e pessoal tão distintas entre si e tão acertadamente detalhadas ali.
Os anos foram passando na narrativa. No ritmo da minha vida, com os fatos da minha vida. E agora com um diferencial. Com os pensamentos das pessoas sobre o protagonista. Ou seria sobre mim? Dos amigos, dos parentes, dos sócios, dos empregados, dos inimigos, das namoradas. Meus.
Não imaginava que poderia ser tão arrogante, petulante e babaca na visão de tanta gente. Não imaginava que alimentava tanta inveja entre pessoas tão próximas a mim. E, por outro lado, que poderia ter o carinho e o respeito de outras que eu sequer cogitaria. Será que tudo o que está escrito reflete a realidade? Será que, como tudo o que li até agora, é a verdade da minha vida e eu sempre julguei errado as pessoas? Que confiei em que não era tão confiável e não acreditei em quem só queria meu bem?
De repente a vida, a minha vida, passou a não fazer mais sentido. Tudo o que construí em matéria de relacionamento era o oposto, o contrário. Como poderia isso? Como poderia eu viver tanto tempo sem perceber esse vazio? Como esse vazio se tornou tão grande e tão invisível ao mesmo tempo? Como pude estar tão distante das pessoas ao meu redor a ponto de não perceber seus verdadeiros interesses? Nem depois do acidente consegui distinguir as intenções de quem me cercava. Na minha prepotência e autossuficiência em achar que estava mudando para melhor, deixei de perceber tudo justamente por pensar o contrário. Por achar que havia passado a perceber tudo. Estava centralizado no meu egoísmo, cercado por risadas falsas e sentimentos duvidosos.
Despertei do meu devaneio com um beijo suave na nuca. Isa estava vestindo apenas uma camisa de botões, listrada, minha. Linda e ainda perfumada. Deu a volta no sofá e deitou sua cabeça nas minhas pernas, esticando-se no móvel. Ficou quieta, perguntando-me com seus olhos sobre o que eu pensava. Acarinhei seu rosto e seus cabelos. E lhe respondi, também em pensamento, que não sabia nada da vida. Nem sequer da minha vida. Ela fechou os olhos, em leve sono.
A próxima página me deu um frio na espinha. Uma reunião mal-sucedida numa tarde chuvosa em que eu havia resolvido ir trabalhar a pé. A sexta-feira que eu encontrei o livro numa poça de água no canto da rua. A lanchonete, o banheiro, a garçonete. Isabel. “Seu nome é Isabel?”. Isa balbuciou que sim, e continuou dormindo. Eu chegando em casa, deitando no sofá, dormindo com o livro nas mãos, a ligação para minha ex, Isa chegando na minha casa, a ligação da minha ex, os beijos de Isa. Minha boca seca, minha cabeça a mil, o coração acelerando. Tudo ali, naquelas páginas. Ela deitada nas minhas pernas, dormindo. Meu coração disparou. Virei a página, a seguinte, todas, desesperado. Uma a uma até o fim. Todas em branco.
Isa acordou de sobressalto. Sem entender o que acontecia, tirou o livro das minhas mãos, jogou-o no outro sofá, e começou a me beijar.
Peguei o aparelho, sentado no chão, fiquei vendo seu nome piscar na tela. Insistentemente. Ela tentou mais duas vezes. Será que se arrependeu ou estaria apenas preocupada comigo? Ou simplesmente estaria sozinha e lembrou-se de mim por pura solidão? Não interessava mais. Não atendi. Ela desistiu. Mas fiquei pensando nos nossos bons momentos. Na risada dela, na implicância que ela tinha com algumas coisas minhas, alguns jeitos meus. No quanto gostávamos de ficar abraçados vendo filmes. Mas a imagem dela estava turva em minhas lembranças; mesclava-se com a de Isa. O corpo de Isa e as lembranças da minha ex.
Voltei ao livro. Absolutamente indeciso se deveria ou não continuar a lê-lo. Eu estava confuso demais. Não entendia o que estava acontecendo. Os meus dilemas e pensamentos naquelas páginas. Os meus sucessos, as minhas frustrações, os meus fracassos. Vidas profissional e pessoal tão distintas entre si e tão acertadamente detalhadas ali.
Os anos foram passando na narrativa. No ritmo da minha vida, com os fatos da minha vida. E agora com um diferencial. Com os pensamentos das pessoas sobre o protagonista. Ou seria sobre mim? Dos amigos, dos parentes, dos sócios, dos empregados, dos inimigos, das namoradas. Meus.
Não imaginava que poderia ser tão arrogante, petulante e babaca na visão de tanta gente. Não imaginava que alimentava tanta inveja entre pessoas tão próximas a mim. E, por outro lado, que poderia ter o carinho e o respeito de outras que eu sequer cogitaria. Será que tudo o que está escrito reflete a realidade? Será que, como tudo o que li até agora, é a verdade da minha vida e eu sempre julguei errado as pessoas? Que confiei em que não era tão confiável e não acreditei em quem só queria meu bem?
De repente a vida, a minha vida, passou a não fazer mais sentido. Tudo o que construí em matéria de relacionamento era o oposto, o contrário. Como poderia isso? Como poderia eu viver tanto tempo sem perceber esse vazio? Como esse vazio se tornou tão grande e tão invisível ao mesmo tempo? Como pude estar tão distante das pessoas ao meu redor a ponto de não perceber seus verdadeiros interesses? Nem depois do acidente consegui distinguir as intenções de quem me cercava. Na minha prepotência e autossuficiência em achar que estava mudando para melhor, deixei de perceber tudo justamente por pensar o contrário. Por achar que havia passado a perceber tudo. Estava centralizado no meu egoísmo, cercado por risadas falsas e sentimentos duvidosos.
Despertei do meu devaneio com um beijo suave na nuca. Isa estava vestindo apenas uma camisa de botões, listrada, minha. Linda e ainda perfumada. Deu a volta no sofá e deitou sua cabeça nas minhas pernas, esticando-se no móvel. Ficou quieta, perguntando-me com seus olhos sobre o que eu pensava. Acarinhei seu rosto e seus cabelos. E lhe respondi, também em pensamento, que não sabia nada da vida. Nem sequer da minha vida. Ela fechou os olhos, em leve sono.
A próxima página me deu um frio na espinha. Uma reunião mal-sucedida numa tarde chuvosa em que eu havia resolvido ir trabalhar a pé. A sexta-feira que eu encontrei o livro numa poça de água no canto da rua. A lanchonete, o banheiro, a garçonete. Isabel. “Seu nome é Isabel?”. Isa balbuciou que sim, e continuou dormindo. Eu chegando em casa, deitando no sofá, dormindo com o livro nas mãos, a ligação para minha ex, Isa chegando na minha casa, a ligação da minha ex, os beijos de Isa. Minha boca seca, minha cabeça a mil, o coração acelerando. Tudo ali, naquelas páginas. Ela deitada nas minhas pernas, dormindo. Meu coração disparou. Virei a página, a seguinte, todas, desesperado. Uma a uma até o fim. Todas em branco.
Isa acordou de sobressalto. Sem entender o que acontecia, tirou o livro das minhas mãos, jogou-o no outro sofá, e começou a me beijar.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Não à publicidade infantil.
Sempre defendi aqui e nas minhas aulas de Direito do Consumidor a tese de que a publicidade para o público infantil deveria ser proibida. Crianças não têm discernimento para entender como funcionam os mecanismos do marketing e da publicidade e são, indiscutivelmente, alvos fáceis para os produtos e serviços despejados na televisão, na rádio, nas revistas e, agora, na internet.
Quem quiser ler, já escrevi aqui, aqui, aqui (esse é um excelente vídeo sobre a influência da publicidade sobre as crianças), aqui e aqui sobre o assunto.
Há esperança, entretanto. Clique aqui e participe do manifesto pelo fim da publicidade e da comunicaçào mercadológica dirigida ao público infantil. E divulgue essa idéia. Por pais e filhos mais conscientes.
Pais receberão R$ 50 mil da Unimed por falha no atendimento.
O casal Ronald Matte e Valdirene Salete Ribeiro será indenizado em R$ 50 mil por danos morais, em ação contra a Unimed de Chapecó e Hospital Uniclínicas. A decisão da Câmara Especial Regional de Chapecó confirmou a sentença da 3ª Vara Cível da Comarca de Chapecó, em processo ajuizado por causa de negligência e falhas no atendimento ao filho do casal, na época com 3 anos.
Eles contrataram o plano de saúde, incluindo como dependentes seus dois filhos. Em 20-09-2002, seu filho engoliu uma moeda que, localizada entre a traqueia e o esôfago, impediu sua respiração. Os pais levaram a criança ao hospital, onde foi confirmada a necessidade de cirurgia de urgência por um especialista, mas não foi encontrado um médico credenciado ao plano de saúde. Após meia hora, um médico sem vínculo com a Unimed ofereceu-se para fazer o procedimento, em face da gravidade do caso. O diretor clínico do hospital, entretanto, negou autorização para a cirurgia. O profissional, ainda assim, dirigiu-se com o casal e a criança ao Hospital Regional, onde realizou a cirurgia três horas depois, após providenciar os equipamentos necessários.
Na apelação, a Unimed e o Hospital afirmaram que não agiram com culpa, já que efetuaram o atendimento ao filho dos autores e custearam todas as despesas que lhes cabiam. Enfatizaram que não foi negado outro médico para o atendimento, mesmo porque não houve pedido para isso. Ao final, alegaram que o casal não sofreu danos maiores, mas “meros dissabores e aborrecimentos”.
O desembargador substituto Saul Steil, ao relatar a matéria, reconheceu que, mesmo atendida a criança pelo médico de plantão, com exames de raio X, não foram disponibilizados todos os meios para a solução do problema. Steil adiantou que os pais do menor ficaram sujeitos à sorte e à benevolência do médico que chegou ao local e aceitou atender a criança. Para o relator, ficaram evidentes os danos morais aos pais.
“É que sabe-se a imensurável angústia e sofrimento que os pais sofrem ao ver seu filho correndo risco de morte, sem que a entidade hospitalar e cooperativa médica contratada tomassem as providências necessárias para o atendimento urgente da criança por médico especialista, a fim de remover o objeto que dificulta a respiração da criança”, concluiu Steil. (Ap. Cív. n. 2006.035745-7)
Fonte: Portal TJSC.
Eles contrataram o plano de saúde, incluindo como dependentes seus dois filhos. Em 20-09-2002, seu filho engoliu uma moeda que, localizada entre a traqueia e o esôfago, impediu sua respiração. Os pais levaram a criança ao hospital, onde foi confirmada a necessidade de cirurgia de urgência por um especialista, mas não foi encontrado um médico credenciado ao plano de saúde. Após meia hora, um médico sem vínculo com a Unimed ofereceu-se para fazer o procedimento, em face da gravidade do caso. O diretor clínico do hospital, entretanto, negou autorização para a cirurgia. O profissional, ainda assim, dirigiu-se com o casal e a criança ao Hospital Regional, onde realizou a cirurgia três horas depois, após providenciar os equipamentos necessários.
Na apelação, a Unimed e o Hospital afirmaram que não agiram com culpa, já que efetuaram o atendimento ao filho dos autores e custearam todas as despesas que lhes cabiam. Enfatizaram que não foi negado outro médico para o atendimento, mesmo porque não houve pedido para isso. Ao final, alegaram que o casal não sofreu danos maiores, mas “meros dissabores e aborrecimentos”.
O desembargador substituto Saul Steil, ao relatar a matéria, reconheceu que, mesmo atendida a criança pelo médico de plantão, com exames de raio X, não foram disponibilizados todos os meios para a solução do problema. Steil adiantou que os pais do menor ficaram sujeitos à sorte e à benevolência do médico que chegou ao local e aceitou atender a criança. Para o relator, ficaram evidentes os danos morais aos pais.
“É que sabe-se a imensurável angústia e sofrimento que os pais sofrem ao ver seu filho correndo risco de morte, sem que a entidade hospitalar e cooperativa médica contratada tomassem as providências necessárias para o atendimento urgente da criança por médico especialista, a fim de remover o objeto que dificulta a respiração da criança”, concluiu Steil. (Ap. Cív. n. 2006.035745-7)
Fonte: Portal TJSC.
Equilibrium.
O que você acha de uma sociedade sem guerras, sem disputas, sem depressão decorrente da ansiedade ou das derrotas? Que tal uma sociedade sem violência, sem tráfico de drogas, sem pobreza?
É essa a sociedade Libra, num futuro qualquer, após uma guerra apocalíptica qualquer. E é esse o tema do filme Equilibrium, de 2002, dirigido por Kurt Wimmer, com Dominic Purcell, Christian Bale e Sean Bean. Os clérigos são uma espécie de fiscais ou policiais com capacidade de perceber o que as pessoas sentem e treinamento de luta especial e são os responsáveis por identificar os criminosos (ou seja, as pessoas que têm algum sentimento - o que não é permitido nesta nova sociedade - ou bens que possam levar a algum pensamento sentimental, como discos, livros, obras de arte). Para que todos se mantenham neste estado praticamente anestésico, o governo distribui e todos têm que se autoaplicar diariamente uma determinada droga.
O enredo traz os questionamentos que um desses clérigos passa a se fazer depois de ver sua esposa presa por crime sensorial (ter sentimentos) e ter que matar seu parceiro pelo mesmo motivo (foi pego lendo um livro escondido). Em diversos momentos o filme lembra Matrix.
E aqui fica o meu questionamento: por uma sociedade sem crimes ou pobreza, poderíamos abrir mão de nossas liberdades de expressão e de ir e vir?
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Entres.
ENTRES
Entre
Cafés e dentes
Cafés e dentes
Na livraria
O teu sorriso
Que é meu sorriso
Que quero meu
E os teus dentes
Nesse sorriso
Que tanto quero
Entre cafés
Com muitos livros
Tuas histórias
Que não convencem
Pois os teus dentes
Me sorriem
O meu sorriso
E mesmo quando
Estes teus dentes
Me dizem não
Olho teus olhos
Que me sorriem
Meio de lado
E fico assim
Só te olhando
Entre teus dentes
E os teus olhos
Todos sorrindo
Me enganando
O que eu quero
E você quer
Entre sorrisos
Nossos olhares
Nos dizem tudo
Entre cafés
E muitos livros
E lindos contos
Contando as horas
Os olhos estão
Nos procurando
Querendo as bocas
Mais sorridentes
Querendo agora
Dia de comemorar!!
Para quem sai na noite, sabe do que estou falando. Foi publicado na página da Administração Municipal de Jaraguá do Sul:
"A prefeita Cecília Konell sancionou na última sexta-feira (30/07) – para que entre em vigor dentro de 90 dias – a Lei Municipal 5.675/2010, de autoria da Câmara de Vereadores, que proíbe o consumo de cigarros e produtos similares em recintos de uso coletivo no âmbito de Jaraguá do Sul. De acordo com o Art. 2º desta lei, “é proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígero, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo, privado ou público, salvo em área destinada exclusivamente a esse fim, devidamente isolada e com arejamento conveniente”.
O parágrafo segundo deste artigo inclui entre os recintos de uso coletivo: ambientes de trabalho, de estudo, de cultura, de culto religioso, de lazer, de esporte ou de entretenimento; áreas comuns de condomínios, casas de espetáculos, teatros, cinemas, bares, lanchonetes, boates, restaurantes, praças de alimentação, hotéis, pousadas, centros comerciais, bancos e similares, supermercados, açougues, padarias, farmácias e drogarias, repartições públicas, instituições de saúde, escolas, museus, bibliotecas, espaços de exposições, veículos públicos ou privados de transporte coletivo, viaturas oficiais de qualquer espécie e táxis.
O início da aplicação das penalidades decorrentes de infrações a esta lei será precedido da divulgação de ampla campanha educativa a ser veiculada nos meios de comunicação para esclarecimento sobre deveres, proibições e sanções impostas, além dos males causados pelo fumo à saúde."
Voltar para casa sem estar fedendo a fumaça de cigarro é um grande avanço. Se os fumantes não tem o mínimo de respeito com quem não fuma, resta a aplicação de leis como essa. Tomara que a lei "pegue" imediatamente e que a população jaraguaense conscientize-se o mais rápido possível.
Bom será quando o fumante, ao acender um cigarro ou afim, ficar preso em uma redoma hermética até o momento que o último resquício de fumaça sumir...
"A prefeita Cecília Konell sancionou na última sexta-feira (30/07) – para que entre em vigor dentro de 90 dias – a Lei Municipal 5.675/2010, de autoria da Câmara de Vereadores, que proíbe o consumo de cigarros e produtos similares em recintos de uso coletivo no âmbito de Jaraguá do Sul. De acordo com o Art. 2º desta lei, “é proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígero, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo, privado ou público, salvo em área destinada exclusivamente a esse fim, devidamente isolada e com arejamento conveniente”.
O parágrafo segundo deste artigo inclui entre os recintos de uso coletivo: ambientes de trabalho, de estudo, de cultura, de culto religioso, de lazer, de esporte ou de entretenimento; áreas comuns de condomínios, casas de espetáculos, teatros, cinemas, bares, lanchonetes, boates, restaurantes, praças de alimentação, hotéis, pousadas, centros comerciais, bancos e similares, supermercados, açougues, padarias, farmácias e drogarias, repartições públicas, instituições de saúde, escolas, museus, bibliotecas, espaços de exposições, veículos públicos ou privados de transporte coletivo, viaturas oficiais de qualquer espécie e táxis.
O início da aplicação das penalidades decorrentes de infrações a esta lei será precedido da divulgação de ampla campanha educativa a ser veiculada nos meios de comunicação para esclarecimento sobre deveres, proibições e sanções impostas, além dos males causados pelo fumo à saúde."
Voltar para casa sem estar fedendo a fumaça de cigarro é um grande avanço. Se os fumantes não tem o mínimo de respeito com quem não fuma, resta a aplicação de leis como essa. Tomara que a lei "pegue" imediatamente e que a população jaraguaense conscientize-se o mais rápido possível.
Bom será quando o fumante, ao acender um cigarro ou afim, ficar preso em uma redoma hermética até o momento que o último resquício de fumaça sumir...
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Empregado obrigado a ficar nu em revista deve ser indenizado.
A revista visual, em que o trabalhador é constrangido a exibir seu corpo nu ou em peças íntimas, é suficiente para configurar ato abusivo. Com esse entendimento, a 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho garantiu a um trabalhador o pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 7 mil pelo fato de ter sido obrigado a ficar nu diante de vigilantes de empresas para as quais prestava serviços. Eventualmente, isso acontecia até na frente de colegas.
A ministra Kátia Magalhães Arruda, relatora do caso, entendeu que a violação da intimidade da pessoa não pressupõe necessariamente o contato físico entre empregado e supervisor. Apenas a revista visual, na qual o trabalhador era obrigado a ficar nu ou em peças íntimas, já configura um abuso. No caso, mais constrangedor ainda, afirmou a ministra, quando a revista era realizada na presença de outros empregados.
Assim, embora as empresas do mesmo grupo e para as quais o trabalhador prestava serviços indistintamente (Transpev — Transportes de Valores e Segurança e Prosegur Brasil — Transportadora de Valores e Segurança) tenham argumentado que não houve excesso nas revistas, na medida em que não ocorria contato físico entre os envolvidos, a relatora considerou que as regras de convivência social e a ordem jurídica foram desrespeitadas. Considerando o dano, a repercussão da ofensa na vida do profissional e a condição econômica dos envolvidos, a relatora arbitrou o valor da indenização em R$ 7 mil.
De acordo com os autos, o Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais tinha reformado a sentença de primeiro grau para excluir da condenação o pagamento da indenização por danos morais ao empregado. No TRT, prevaleceu a tese de que, como ele foi contratado em julho de 1998, e somente no momento da dispensa, em abril de 2005 (quando já não existiam mais as tais revistas), reclamou do vexame a que era submetido, não era razoável o pedido de indenização após ter ficado em silêncio sobre o assunto por tantos anos.
Já a ministra a Kátia Arruda afirmou que o silêncio do empregado se justifica pelo temor de provocar a própria demissão. Logo, ao contrário da conclusão do TRT, o fato de a reclamação trabalhista ter sido apresentada após o rompimento do contrato não afasta o dano moral. A relatora ainda destacou que não se exige prova do dano moral, mas sim do fato que gerou a dor e o sofrimento da vítima. Ela foi acompanhada pelos demais integrantes da Turma. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.
RR- 163400-87.2005.5.03.0106.
Fonte: Portal Conjur.
A ministra Kátia Magalhães Arruda, relatora do caso, entendeu que a violação da intimidade da pessoa não pressupõe necessariamente o contato físico entre empregado e supervisor. Apenas a revista visual, na qual o trabalhador era obrigado a ficar nu ou em peças íntimas, já configura um abuso. No caso, mais constrangedor ainda, afirmou a ministra, quando a revista era realizada na presença de outros empregados.
Assim, embora as empresas do mesmo grupo e para as quais o trabalhador prestava serviços indistintamente (Transpev — Transportes de Valores e Segurança e Prosegur Brasil — Transportadora de Valores e Segurança) tenham argumentado que não houve excesso nas revistas, na medida em que não ocorria contato físico entre os envolvidos, a relatora considerou que as regras de convivência social e a ordem jurídica foram desrespeitadas. Considerando o dano, a repercussão da ofensa na vida do profissional e a condição econômica dos envolvidos, a relatora arbitrou o valor da indenização em R$ 7 mil.
De acordo com os autos, o Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais tinha reformado a sentença de primeiro grau para excluir da condenação o pagamento da indenização por danos morais ao empregado. No TRT, prevaleceu a tese de que, como ele foi contratado em julho de 1998, e somente no momento da dispensa, em abril de 2005 (quando já não existiam mais as tais revistas), reclamou do vexame a que era submetido, não era razoável o pedido de indenização após ter ficado em silêncio sobre o assunto por tantos anos.
Já a ministra a Kátia Arruda afirmou que o silêncio do empregado se justifica pelo temor de provocar a própria demissão. Logo, ao contrário da conclusão do TRT, o fato de a reclamação trabalhista ter sido apresentada após o rompimento do contrato não afasta o dano moral. A relatora ainda destacou que não se exige prova do dano moral, mas sim do fato que gerou a dor e o sofrimento da vítima. Ela foi acompanhada pelos demais integrantes da Turma. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.
RR- 163400-87.2005.5.03.0106.
Fonte: Portal Conjur.
Filmes da semana retrasada.
Alguns comentários de filmes vistos na semana retrasada.
Knight and Day, no original, também poderia ser chamado simplesmente Bomba. Nada de novo, nada de excepcional, uns exageros aqui e ali, e umas cenas cômicas - inclusive quando não era para ser. Resumindo: clichês e clichês. Com Tom Cruise e Cameron Diaz, conta a história de um agente do FBI que foi confundido com o bandido (alguém já viu isso em algum outro filme?). Muita correria, muitos tiros (claro que nenhum acerta o casal protagonista) e muitas explosões. Só não entendi como um girocóptero conseguiu fugir de um caça, mas tudo bem... coisas de Hollywood. No final todos os mocinhos se dão bem (estranho, né?).
O ponto positivo é a trilha sonora com Gotan Project. Dá um certo ritmo e o filme até parece melhor do que é.
O filme é baseado em um livro que, por sua vez, foi baseado em fatos ocorridos em uma escola norte-americana, na década de 1960.
Na realidade, eu tinha assistido a versão para a televisão, bem antiga, que passou em alguma sessão coruja ou sessão da tarde da minha adolescência. O novo filme é muito bom e deveria ser assistido por todos os estudantes de segundo e terceiro graus.
Day night day night, no original, é um filme denso e lento, com algumas cenas dispensáveis, mas que, ainda assim, consegue ser um thriller tenso, principalmente depois da primeira parte, situada em um quarto de hotel.
Uma garota francesa de 19 anos resolve cometer um atentado no Times Square e o filme trata das 48 horas antecedentes ao atentado programado. Um filme absolutamente minimalista. Poucos atores, poucos diálogos, muita coisa para pensar.
O ponto positivo é a trilha sonora com Gotan Project. Dá um certo ritmo e o filme até parece melhor do que é.
Filme alemão de 2008 (Die Welle, no original), conta a história de um professor que propõe um experimento que explique na prática os mecanismos do nazismo. Os alunos, inicialmente desconfiados, aceitam a proposta e passam a propagar o poder do grupo, inclusive com ameaças a quem está em desacordo com as idéias. A experiência sai de controle e o final surpreende.
Na realidade, eu tinha assistido a versão para a televisão, bem antiga, que passou em alguma sessão coruja ou sessão da tarde da minha adolescência. O novo filme é muito bom e deveria ser assistido por todos os estudantes de segundo e terceiro graus.
Uma garota francesa de 19 anos resolve cometer um atentado no Times Square e o filme trata das 48 horas antecedentes ao atentado programado. Um filme absolutamente minimalista. Poucos atores, poucos diálogos, muita coisa para pensar.
domingo, 1 de agosto de 2010
Olha a panca do moleque: Howard Wong.
Dica do aluno Dinael Chiodini: o precoce Howard Wong.
As caretas e a alegria do garoto são impagáveis...
As caretas e a alegria do garoto são impagáveis...
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