“Bebida é água! / Comida é pasto! / Você tem sede de que? / Você tem fome de que? / A gente não quer só comida / A gente quer comida / Diversão e arte / A gente não quer só comida / A gente quer saída / Para qualquer parte...
A gente não quer só comida / A gente quer bebida / Diversão, balé / A gente não quer só comida / A gente quer a vida / Como a vida quer...
A gente não quer só dinheiro / A gente quer dinheiro e felicidade / A gente não quer só dinheiro / A gente quer inteiro e não pela metade...”
Essa música da banda Titãs, do álbum “Jesus não tem dentes no país dos banguelas”, também da década de 80, reflete, de uma maneira divertida, a expectativa de qualquer pessoa.
É claro que comida é essencial para o ser humano. É a preocupação mais primordial de todas, não tendo comparação com qualquer outra necessidade ou esperança. Nestes aspecto, entre erros e acertos do Governo Lula, penso que foi o seu tiro mais certeiro. Como já dizia o saudoso sociólogo Betinho “quem tem fome tem pressa”.
Ao tirar milhões da linha da pobreza e extrema pobreza, o Governo Lula conseguiu fazer com que estas pessoas passassem a ter outras preocupações que não a de comer no final do dia. Estas pessoas puderam pensar em outras coisas. Puderam sentir o gostinho e o prazer de outras necessidades. Puderam passar a viver e não apenas a lutar para sobreviver. Puderam sonhar.
Lembrei desta música e do resultado de mais pessoas pensando menos em comida quando acompanhei o lançamento do FEMUSC 2013. Deu fome de FEMUSC. Os músicos nacionais e internacionais importantes que participarão do Festival. O crescente número de alunos inscritos e interessados. A importância que a mídia nacional está dando ao evento. O quanto este festival se tornou importante para a imagem e economia de Jaraguá do Sul.
E mais, do alto dos meus sonhos utópicos, mais importante do que o dinheiro que fica na região por conta do evento, é a possibilidade do nascimento ou da lapidação de possíveis superdotados da música. Dá sede de FEMUSC.
A gente não quer só comida; a gente quer comida, diversão e arte, diversão, balé.
E a música é tão genial que não fala só de comida, bebida e arte. Fala de liberdade. Fala que nada disso adianta se não houver liberdade para comer o que se quiser, fazer e aproveitar a arte que quiser. Ir e vir quando quiser e pra onde quiser.
Afinal, o que se busca de verdade mesmo, é a felicidade, seja de que forma for. De preferência inteira, e não pela metade.
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