Mais um ano foi.
Mais um ano vem.
O ano que passou foi extremamente interessante para mim, alcancei várias metas, fiz coisas que nem imaginava quando estava lá em janeiro. Talvez o ponto mais importante foi a publicação do meu primeiro livro. O ápice. Para que esse sonho se tornasse realidade muitas pessoas foram importantes. E a todas essas pessoas dedico uma parte da minha felicidade.
O ano que vai começar, começará bem. Uma viagem com os amigos. Faz muito tempo que não viajo e espero que seja um passeio proveitoso. Espero, também, que esse ano eu consiga colocar os projetos em prática: os pessoais, os profissionais, os da OAB. Vai ser um ano de muito trabalho. E, sem dúvida, como sempre, de novas amizades e várias surpresas.
Que a minha turma do segundo grau (que ficou firme no período da faculdade e depois dela) continue se reunindo pelo menos uma vez por ano (apesar de já não ter quase ninguém pra gente ir a festa de casamento). Que o Flamengo melhore seu desempenho (pelo menos esse ano vai poder, ao lado do Internacional, ser o único campeão de tudo que existe de campeonato nacional e internacional, já que foi pra Sulamericana). Que chova nos momentos certos e faça bastante sol. Que as pessoas sorriam mais e deixem tanto de jogar a responsabilidade para os outros (sejam esses outros físicos ou metafísicos) e que não fiquem julgando as pessoas. Que a ganância não continue matando pessoas de fome. Que a ambição alimente as esperanças de um mundo melhor.
E que todos vocês que acompanharam esse blog (e todos que nem sonham que esse blog existe) tenham um 2009 de muita saúde, muito sucesso e muita serenidade. Além disso, a gente corre e alcança. Só não dá para ficar parado.
Bacafá
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Teste de atenção.
Esse é um teste de atenção divulgado pelo Governo de Londres.
Em tempos de viagens e estradas movimentadas, é bom fazê-lo e verificar como está sua atenção.
No caso do vídeo abaixo, tente contar quantas vezes a equipe branca troca passes entre si. Vamos ver se você está com a percepção e a atenção boas.
Surpreendente?
Então, atenção e boooa viagem!!
Em tempos de viagens e estradas movimentadas, é bom fazê-lo e verificar como está sua atenção.
No caso do vídeo abaixo, tente contar quantas vezes a equipe branca troca passes entre si. Vamos ver se você está com a percepção e a atenção boas.
Surpreendente?
Então, atenção e boooa viagem!!
domingo, 28 de dezembro de 2008
Diversão sem fim - Umberto Eco e Luiz Carlos Azenha
O texto abaixo reflete um pouco do meu pensamento sobre os últimos e nem tão últimos acontecimentos. A banalização da tragédia e o aproveitamento da dor alheia para autopromoção (já nem sei mais como se escreve isso com as novas regras de gramática) ou para a disputa de quem é mais bonzinho na mídia nacional, além de serem irritantes, afastam-nos do cerne da questão, que deveria ser a busca de soluções não imediatistas, mas efetivas para que se viva mais tranqüilamente (ah, o trema caiu...) e melhor.
O desvirtuamento das questões importantes para aspectos laterais menores, sem qualquer peso social, político, econômico ou filosófico, é, no meu ver, uma grande irresponsabilidade. E essa irresponsabilidade pode ter um grau maior ou menor de maldade. É irresponsável tanto se for um desvirtuamento decorrente da busca de audiência a qualquer preço, com base no que o "povo" quer ver ou venha a se envolver, quanto se for conseqüência de um trabalho de desinformação deliberada, para que o "povo" efetivamente não tenha acesso às questões importantes da vida cotidiana (por mais que o "povo" efetivamente não tenha acesso à grande mídia jornalística, ou PIG, como prefere PHA - ou, ainda, quando tem tal acesso, não entende patavina do que vê ou lê).
Dessa forma, Luiz Carlos Azenha foi muito feliz nas suas considerações e trazendo o texto de Umberto Eco. Vejam:
"Outro dia, mal humorado, escrevi sobre a impressão de que a ajuda aos flagelados pela enchente de Santa Catarina tivesse se tornado uma espécie de "gincana de caridade", onde o mais importante não eram os flagelados, mas a "bondade" dos doadores.
Depois escrevi sobre a ansiedade das crianças de hoje em dia, que precisam ser "divertidas" 24 horas por dia pelos pais.
E um leitor do Viomundo notou que o Jornal da Globo deu mais destaque à Carla Bruni do que ao encontro entre os presidentes da França e do Brasil.
Esses assuntos tão diversos acabaram se encaixando num texto que acabo de ler, do Umberto Eco, sobre a vida contemporânea.
Diz ele, grosseiramente (o texto, em inglês, traduzo livremente):
"Agora, uma das características da cultura em que vivemos é a total carnavalização da vida. Isso não significa que trabalhamos menos, deixando o trabalho para as máquinas, já que dar incentivos e organizar o tempo livre sem dúvida foram objetivos de regimes ditatoriais ou liberais. O fato é que mesmo o trabalho foi carnavalizado.
É fácil e óbvio falar sobre a carnavalização das horas que em média o cidadão gasta em frente do aparelho de TV. Tirando o pequeno espaço reservado para as notícias, a TV oferece em primeiro lugar entretenimento, e nos dias de hoje o entretenimento preferido é o tipo que retrata a vida como uma festa sem fim nos quais palhaços e mulheres lindas atiram não confete, mas milhões em qualquer um capaz de jogar um jogo (e nós reclamamos que os albaneses, seduzidos pelas imagens da Itália, fazem qualquer coisa para entrar neste nosso parque de diversões).
É fácil falar do Carnaval em termos de tempo e dinheiro gasto com turismo de massa e suas ofertas de ilhas do sonho a preços módicos, com seus convites para visitar Veneza -- onde, depois de dar uma de turista, você deixa as latas, o papel e o que sobrou do cachorro-quente com mostarda, como no fim do Carnaval propriamente dito.
Mas consideremos a carnavalização do local de trabalho, onde pequenos robôs amigáveis, fazendo o que antes você fez, transformaram as horas de trabalho em tempo de lazer.
É Carnaval permanente para o trabalhador em escritório que, sem que o chefe saiba, usa o computador para jogar videogame ou visitar a página da Playboy. É também Carnaval para aqueles que dirigem automóveis que conversam com eles, dizem a eles que rua pegar e os expõem ao risco de ter que apertar botões para receber informação sobre a temperatura, o combustível que resta no tanque, a velocidade média e o tempo necessário para fazer a viagem.
O telefone celular [...] é uma ferramenta para aquelas profissões que requerem uma resposta rápida, como médicos e encanadores. Deveria servir aos restantes em circunstâncias excepcionais nas quais, longe de casa, devemos comunicar uma emergência, atraso num compromisso por causa de um acidente de trem, de carro ou enchente. No caso o telefone seria usado talvez uma -- para os sem sorte, duas vezes por dia. Ou seja, 99% do tempo gasto pelas pessoas que vemos com o celular grudado na orelha é diversão. O imbecil que se senta atrás da gente no trem fechando negócios falando alto na verdade é como um faisão com uma coroa de penas e um anel multicolorido em volta do pênis. (...)"".
Vale a pena ler o texto até o final. Um pouco de reflexão numa fase de transição (mesmo que seja só aquela imposta pelo calendário) faz bem para que se veja, de vez em quando ao menos, a vida e os nossos próprios atos de uma outra forma. Ou com outros olhos: aqueles escondidos dentro de nós mesmos.
Para ler tudo acesse o Vi o mundo: http://www.viomundo.com.br/opiniao/a-vida-como-carnaval-24-horas-por-dia/
O desvirtuamento das questões importantes para aspectos laterais menores, sem qualquer peso social, político, econômico ou filosófico, é, no meu ver, uma grande irresponsabilidade. E essa irresponsabilidade pode ter um grau maior ou menor de maldade. É irresponsável tanto se for um desvirtuamento decorrente da busca de audiência a qualquer preço, com base no que o "povo" quer ver ou venha a se envolver, quanto se for conseqüência de um trabalho de desinformação deliberada, para que o "povo" efetivamente não tenha acesso às questões importantes da vida cotidiana (por mais que o "povo" efetivamente não tenha acesso à grande mídia jornalística, ou PIG, como prefere PHA - ou, ainda, quando tem tal acesso, não entende patavina do que vê ou lê).
Dessa forma, Luiz Carlos Azenha foi muito feliz nas suas considerações e trazendo o texto de Umberto Eco. Vejam:
"Outro dia, mal humorado, escrevi sobre a impressão de que a ajuda aos flagelados pela enchente de Santa Catarina tivesse se tornado uma espécie de "gincana de caridade", onde o mais importante não eram os flagelados, mas a "bondade" dos doadores.
Depois escrevi sobre a ansiedade das crianças de hoje em dia, que precisam ser "divertidas" 24 horas por dia pelos pais.
E um leitor do Viomundo notou que o Jornal da Globo deu mais destaque à Carla Bruni do que ao encontro entre os presidentes da França e do Brasil.
Esses assuntos tão diversos acabaram se encaixando num texto que acabo de ler, do Umberto Eco, sobre a vida contemporânea.
Diz ele, grosseiramente (o texto, em inglês, traduzo livremente):
"Agora, uma das características da cultura em que vivemos é a total carnavalização da vida. Isso não significa que trabalhamos menos, deixando o trabalho para as máquinas, já que dar incentivos e organizar o tempo livre sem dúvida foram objetivos de regimes ditatoriais ou liberais. O fato é que mesmo o trabalho foi carnavalizado.
É fácil e óbvio falar sobre a carnavalização das horas que em média o cidadão gasta em frente do aparelho de TV. Tirando o pequeno espaço reservado para as notícias, a TV oferece em primeiro lugar entretenimento, e nos dias de hoje o entretenimento preferido é o tipo que retrata a vida como uma festa sem fim nos quais palhaços e mulheres lindas atiram não confete, mas milhões em qualquer um capaz de jogar um jogo (e nós reclamamos que os albaneses, seduzidos pelas imagens da Itália, fazem qualquer coisa para entrar neste nosso parque de diversões).
É fácil falar do Carnaval em termos de tempo e dinheiro gasto com turismo de massa e suas ofertas de ilhas do sonho a preços módicos, com seus convites para visitar Veneza -- onde, depois de dar uma de turista, você deixa as latas, o papel e o que sobrou do cachorro-quente com mostarda, como no fim do Carnaval propriamente dito.
Mas consideremos a carnavalização do local de trabalho, onde pequenos robôs amigáveis, fazendo o que antes você fez, transformaram as horas de trabalho em tempo de lazer.
É Carnaval permanente para o trabalhador em escritório que, sem que o chefe saiba, usa o computador para jogar videogame ou visitar a página da Playboy. É também Carnaval para aqueles que dirigem automóveis que conversam com eles, dizem a eles que rua pegar e os expõem ao risco de ter que apertar botões para receber informação sobre a temperatura, o combustível que resta no tanque, a velocidade média e o tempo necessário para fazer a viagem.
O telefone celular [...] é uma ferramenta para aquelas profissões que requerem uma resposta rápida, como médicos e encanadores. Deveria servir aos restantes em circunstâncias excepcionais nas quais, longe de casa, devemos comunicar uma emergência, atraso num compromisso por causa de um acidente de trem, de carro ou enchente. No caso o telefone seria usado talvez uma -- para os sem sorte, duas vezes por dia. Ou seja, 99% do tempo gasto pelas pessoas que vemos com o celular grudado na orelha é diversão. O imbecil que se senta atrás da gente no trem fechando negócios falando alto na verdade é como um faisão com uma coroa de penas e um anel multicolorido em volta do pênis. (...)"".
Vale a pena ler o texto até o final. Um pouco de reflexão numa fase de transição (mesmo que seja só aquela imposta pelo calendário) faz bem para que se veja, de vez em quando ao menos, a vida e os nossos próprios atos de uma outra forma. Ou com outros olhos: aqueles escondidos dentro de nós mesmos.
Para ler tudo acesse o Vi o mundo: http://www.viomundo.com.br/opiniao/a-vida-como-carnaval-24-horas-por-dia/
sábado, 27 de dezembro de 2008
O grande título
Dias de festas, dias de plantão, meia equipe de folga, sabe como é. E os títulos mostram direitinho o que está acontecendo nos meios de comunicação:
** "Correa diz não cair em canto das sereiais para pagar dívida"
Correa é Rafael Correa, presidente do Equador. Sereiais deve ser "sereias" digitado às pressas, sem revisão. Ou é algum prato que leva cereais, igualmente com problemas de digitação. Não faz muita diferença: cereais não cantam, sereias não existem, Rafael Correa não diz coisa com coisa.
** "Rede de fast food lança desodorante de carne assada"
Deve haver quem entenda. Mas, se o título exprimir o que diz a matéria, que coisa sensacional! Este colunista acha que desodorante de carne assada vai afastar todos os amigos. Em compensação, atrairá todos os cachorros da rua.
E agora, o melhor título:
** "Veja os bebês de famosos que nasceram em 2008"
Eta, gente precoce!
Texto de Carlos Brickmann, do Observatório da Imprensa.
Leia mais em http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=517CIR001
** "Correa diz não cair em canto das sereiais para pagar dívida"
Correa é Rafael Correa, presidente do Equador. Sereiais deve ser "sereias" digitado às pressas, sem revisão. Ou é algum prato que leva cereais, igualmente com problemas de digitação. Não faz muita diferença: cereais não cantam, sereias não existem, Rafael Correa não diz coisa com coisa.
** "Rede de fast food lança desodorante de carne assada"
Deve haver quem entenda. Mas, se o título exprimir o que diz a matéria, que coisa sensacional! Este colunista acha que desodorante de carne assada vai afastar todos os amigos. Em compensação, atrairá todos os cachorros da rua.
E agora, o melhor título:
** "Veja os bebês de famosos que nasceram em 2008"
Eta, gente precoce!
Texto de Carlos Brickmann, do Observatório da Imprensa.
Leia mais em http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=517CIR001
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Bob Marley - Three little birds
Já que estamos em tempos de mudanças, com um novo ano vindo, muitas idéias e projetos na cabeça, esta é minha mensagem para vocês, na voz do Mensageiro da Paz, Bob Marley, jamaicano filho de pai inglês, discriminado na infância por ser mulato, e o grande divulgador do reggae pelo mundo.
A letra:
Don't worry about a thing,
'Cause every little thing
Gonna be all right
Saying , don't worry about a thing
'Cause every little thing
Gonna be all right
Rise up this morning
Smile with the rising sun
Three little birds
It's by my doorstep
Singing sweet songs
Of melodies pure and true
Sayin',"This is my message to you"
Saying don't worry about a thing
'Cause every little thing
Gonna be all right
Saying don't worry about a thing
'Cause every little thing
Gonna be all right
Rise up this morning
Smile with the rising sun
Three little birds
It's by my doorstep
Singing sweet songs
Of melodies pure and true
Sayin', "This is my message to you"
Singing don't worry about a thing,
Worry about a thing,
Every little thing gonna be all right
Don't worry!
Singing don't worry about a thing"
I won't worry!
'Cause every little thing
Gonna be all right
Singing don't worry about a thing,
'Cause every little thing
Gonna be all right
I won't worry!
Singing don't worry about a thing,
'Cause every little thing
Gonna be all right
Singing don't worry about a thing,
'Cause every little thing
Gonna be all right!
A letra:
Don't worry about a thing,
'Cause every little thing
Gonna be all right
Saying , don't worry about a thing
'Cause every little thing
Gonna be all right
Rise up this morning
Smile with the rising sun
Three little birds
It's by my doorstep
Singing sweet songs
Of melodies pure and true
Sayin',"This is my message to you"
Saying don't worry about a thing
'Cause every little thing
Gonna be all right
Saying don't worry about a thing
'Cause every little thing
Gonna be all right
Rise up this morning
Smile with the rising sun
Three little birds
It's by my doorstep
Singing sweet songs
Of melodies pure and true
Sayin', "This is my message to you"
Singing don't worry about a thing,
Worry about a thing,
Every little thing gonna be all right
Don't worry!
Singing don't worry about a thing"
I won't worry!
'Cause every little thing
Gonna be all right
Singing don't worry about a thing,
'Cause every little thing
Gonna be all right
I won't worry!
Singing don't worry about a thing,
'Cause every little thing
Gonna be all right
Singing don't worry about a thing,
'Cause every little thing
Gonna be all right!
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
O velho Gilmar Mendes de sempre...
"Ao vê-lo, de passagem, num Roda Viva semana passada lembrei da cena. Lá estava a mesma insensibilidade vista na Câmara. Ao responder a uma pergunta da jornalista Eliane Cantânhede revelou-se por inteiro. Ela queria ouvir uma opinião sobre os seguintes fatos: um rapaz rouba a correntinha de um senhor (no caso o próprio ministro) e uma jovem picha uma sala vazia da Bienal de São Paulo. Ambos são presos e ficam na cadeia, enquanto um banqueiro com larga folha corrida se livra das grades, por duas vezes, graças a ação direta do entrevistado. A resposta foi no mesmo tom usado com o funcionário da Câmara dois anos antes, de absoluto desdém.
O presidente do Supremo limitou-se a fugir - com escassas e confusas palavras - da questão ética presente na pergunta. Infelizmente a jornalista afrouxou, engoliu a resposta atravessada, não usou a possibilidade da tréplica e a roda girou."
Artigo completo no Carta Maior: http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4058
O presidente do Supremo limitou-se a fugir - com escassas e confusas palavras - da questão ética presente na pergunta. Infelizmente a jornalista afrouxou, engoliu a resposta atravessada, não usou a possibilidade da tréplica e a roda girou."
Artigo completo no Carta Maior: http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4058
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Você não sente?
Você não sente, de vez em quando, uma sensação de mesmice? Você não acha, de vez em quando, que a sua vida está muito comum, muito cotidiana, literalmente? Você não se sente normal demais, com uma vida normal demais, com um trabalho normal demais, com relacionamentos normais demais, com atitudes normais demais? Com ideais e pretensões normais demais?
Você não tem vontade de mudar? De encontrar uma pessoa legal (eu, por exemplo) e virar, mudar, fazer coisas que não pensou fazer antes? De beijar por beijar, mas beijar com emoção, com paixão, com tesão? De amar muito, mas amar sem hora, sem forma e de todas as formas? De curtir, efetivamente curtir, a vida? De viver, não sobreviver, mas viver para ter o que contar para os seus (nossos?) filhos e netos?
Não aspira fazer coisas diferentes, eminentemente diferentes, absurdamente diferentes, lindamente diferentes? Não simplesmente pegar um cinema no meio da semana, mas pegar um cinema no meio de uma tarde do meio de uma semana com uma pessoa que você queira ficar de mãos dadas esquecendo toda a pilha de serviço em cima de sua mesa de trabalho? Não simplesmente ir a uma praia que não conhece, mas ir a uma praia que não conhece num dia de chuva, sem hora pra voltar?
Largar essa vidinha medíocre civilizada, realmente não sente vontade? Jogar tudo pra cima e sair correndo pra não cair na sua cabeça? Ter uma aventura de cinema, um final de semana fugindo, um apocalipse inesperado, um amor visceral e eterno, uma viagem especial ou espacial inesperada?
Então por que não faz tudo isso? Por que não vive com toda sua intensidade? Não se prenda às formalidades dessa vida pseudonormal!! Esqueça as insignificâncias da vida e as pessoas insignificantes que só atrapalham!! Não se prenda a erros do passado, seus ou dos outros. Dê uma chance se você sentir que essa chance vale muito e quem a pede é quem você ama. Não se esconda atrás de medos ou de “se’s” do passado. Se isso, se aquilo, se aquiloutro. O que foi, foi. Não faça do passado uma desculpa pra não ser verdadeiramente feliz (dois passos para trás muitas vezes significam um grande pulo pra frente). Enxergue na frente, enxergue pra frente. Exija intensidade, força, brilho. E seja intensidade, força e brilho.
Viva, viva e viva intensamente, como se amanhã fosse simplesmente uma hipótese. E durma feliz.
Texto de Irina Ahcor.
Você não tem vontade de mudar? De encontrar uma pessoa legal (eu, por exemplo) e virar, mudar, fazer coisas que não pensou fazer antes? De beijar por beijar, mas beijar com emoção, com paixão, com tesão? De amar muito, mas amar sem hora, sem forma e de todas as formas? De curtir, efetivamente curtir, a vida? De viver, não sobreviver, mas viver para ter o que contar para os seus (nossos?) filhos e netos?
Não aspira fazer coisas diferentes, eminentemente diferentes, absurdamente diferentes, lindamente diferentes? Não simplesmente pegar um cinema no meio da semana, mas pegar um cinema no meio de uma tarde do meio de uma semana com uma pessoa que você queira ficar de mãos dadas esquecendo toda a pilha de serviço em cima de sua mesa de trabalho? Não simplesmente ir a uma praia que não conhece, mas ir a uma praia que não conhece num dia de chuva, sem hora pra voltar?
Largar essa vidinha medíocre civilizada, realmente não sente vontade? Jogar tudo pra cima e sair correndo pra não cair na sua cabeça? Ter uma aventura de cinema, um final de semana fugindo, um apocalipse inesperado, um amor visceral e eterno, uma viagem especial ou espacial inesperada?
Então por que não faz tudo isso? Por que não vive com toda sua intensidade? Não se prenda às formalidades dessa vida pseudonormal!! Esqueça as insignificâncias da vida e as pessoas insignificantes que só atrapalham!! Não se prenda a erros do passado, seus ou dos outros. Dê uma chance se você sentir que essa chance vale muito e quem a pede é quem você ama. Não se esconda atrás de medos ou de “se’s” do passado. Se isso, se aquilo, se aquiloutro. O que foi, foi. Não faça do passado uma desculpa pra não ser verdadeiramente feliz (dois passos para trás muitas vezes significam um grande pulo pra frente). Enxergue na frente, enxergue pra frente. Exija intensidade, força, brilho. E seja intensidade, força e brilho.
Viva, viva e viva intensamente, como se amanhã fosse simplesmente uma hipótese. E durma feliz.
Texto de Irina Ahcor.
domingo, 14 de dezembro de 2008
Mais um da série "clip tosco"
Se me dissessem que o vídeo abaixo é de um cantor da década de oitenta e o seu clip idem, eu acreditaria sem pestanejar.
Das cores à coreografia, passando pelo cenário e pelo tênis do cara, o filme é tosco do meio ao fim. Até a música parece que foi retirada de um baú daqueles cheios de naftalina,
Boa sorte.
Das cores à coreografia, passando pelo cenário e pelo tênis do cara, o filme é tosco do meio ao fim. Até a música parece que foi retirada de um baú daqueles cheios de naftalina,
Boa sorte.
O lata-velha do Caldeirão é farsa?
Tudo bem que na televisão não tem santinho.
Tudo bem que existe uma gama de telespectadores que adora uma desgraça alheia pra fazer papel de bom moço dando aquela força inesperada e milagrosa (com um olho - ou os dois - no ibope).
Tudo bem que acreditar em tudo o que aparece na TV é um tanto quanto imbecil (bem, praticamente toda a programação da TV aberta já o é).
Mas estão dizendo por aí que a fraude no quadro do Caldeirão do Hulk é daquelas inexplicáveis.
No link abaixo a história de um felizardo contemplado para ver seu veículo caca se transformar num ultra-mega-hiper bólido das estradas. Pois bem, diz o tal felizardo que, na realidade, o carro transformado não era o mesmo que ele entregou para a produção do programa do Luciano Hulk.
O mais interessante - e o que acaba respondendo àquela pergunta: como o cara vai manter o seu veículo depois com essas rodas, esses pneus, esse som e todo o resto? - é a afirmação do referido rapaz de que a própria produção do programa intermediou uma oferta no valor de R$ 120 mil para que ele não ficasse mais com o carro (nem o original, nem o tunado).
Leiam essa versão no link abaixo:
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2008/02/farsa-do-lata-velha-do-luciano-huck.html
O processo referido no texto realmente existe, e está tramitando no Rio de Janeiro. Não vi os autos e não dá pra saber o verdadeiro objeto desta demanda, mas as partes conferem. Assim que souber de alguma decisão de primeiro ou segundo grau referente a este feito, atualizo essa postagem.
Link do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro: http://www.tj.rj.gov.br
Tudo bem que existe uma gama de telespectadores que adora uma desgraça alheia pra fazer papel de bom moço dando aquela força inesperada e milagrosa (com um olho - ou os dois - no ibope).
Tudo bem que acreditar em tudo o que aparece na TV é um tanto quanto imbecil (bem, praticamente toda a programação da TV aberta já o é).
Mas estão dizendo por aí que a fraude no quadro do Caldeirão do Hulk é daquelas inexplicáveis.
No link abaixo a história de um felizardo contemplado para ver seu veículo caca se transformar num ultra-mega-hiper bólido das estradas. Pois bem, diz o tal felizardo que, na realidade, o carro transformado não era o mesmo que ele entregou para a produção do programa do Luciano Hulk.
O mais interessante - e o que acaba respondendo àquela pergunta: como o cara vai manter o seu veículo depois com essas rodas, esses pneus, esse som e todo o resto? - é a afirmação do referido rapaz de que a própria produção do programa intermediou uma oferta no valor de R$ 120 mil para que ele não ficasse mais com o carro (nem o original, nem o tunado).
Leiam essa versão no link abaixo:
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2008/02/farsa-do-lata-velha-do-luciano-huck.html
O processo referido no texto realmente existe, e está tramitando no Rio de Janeiro. Não vi os autos e não dá pra saber o verdadeiro objeto desta demanda, mas as partes conferem. Assim que souber de alguma decisão de primeiro ou segundo grau referente a este feito, atualizo essa postagem.
Link do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro: http://www.tj.rj.gov.br
sábado, 13 de dezembro de 2008
Dilemas da vida moderna (parte I)
- Indiferente.
- É?
- Iceberg.
- Gelada?
- Inacessível.
- Intangível?
- Isso! Intangível. Uma excelente palavra. É isso mesmo. Intangível.
Depois de uns segundos de silêncio, o outro pergunta:
- E daí?
- Boa pergunta. E daí? ... Irritante.
- Irritante?
- É. Essa situação.
- Você que escolheu.
- Eu não. Ela me escolheu.
- Ela quem?
- A situação. Eu estava parado. Na minha. Quietinho. Bebendo a minha cervejinha com os amigos, jogando o meu futebolzinho dos finais de semana, pegando a prainha de sempre. E, de repente...
- É a vida meu amigo. Mais dia menos dia isso acontece com todo mundo. Você não seria a exceção.
- Mas eu não estava preparado. Ou melhor, não estou. Ainda tenho muito pra ver, pra conhecer, pra entender.
- Então, o que vai fazer?
- Não sei. Ainda não sei. Só sei que do jeito que está não dá pra continuar.
- Nisso concordo plenamente. Você vai ter que tomar uma decisão, definir essa situação. Por outro lado, raciocina comigo. Não tem como negar. Cadê seus velhos hábitos? A prainha, o futebolzinho, a cervejinha com os amigos?
- Pois é...
- Esse é o primeiro sintoma, por mais que você queira negar.
- Só eu não, todos nós, né cara-pálida?
- Tudo bem, todos nós. Mas agora é a sua vez, o problema é seu, você está passando por isso. Estamos diagnosticando você, não todos nós.
- Já entendi.
- Ta gostoso?
- O pior é que ta.
- Vê o lado bom, rapaz, você poderia estar sofrendo.
- Mas também estou sofrendo.
- Tudo bem, isso também é normal nessa fase.
- Algum problema de relacionamento, digo, com os velhos conhecidos?
- Tenho, sim. Tenho andado cabisbaixo, não sinto coragem de encarar as pessoas.
- Por que?
- Bem...
- Vamos, cara, se abre comigo. Sou seu amigo ou não sou? Me chamou pra quê?
- Bem... é que você é meu amigo, realmente, e, afinal, já passou por isso.
- Sei, então fala, está andando de cabeça baixa por que?
- Medo de quando encarar as pessoas, elas perceberem que estou com um sorriso estampado no rosto.
- Com tempo as pessoas se acostumam, não precisa se preocupar com isso. Tente agir naturalmente. Muitos nem vão notar essa alegria repentina, essa alegria, eu diria, estampada no seu rosto.
- Isso eu disse.
- E dói?
- Como?
- Eu perguntei se dói?
- Agora que você falou, acho que dói sim. Bem lá no fundo.
- Bem lá no fundo?
- É, bem lá no fundo, mas, estou meio confuso, parece que vem misturada, essa dor, com um pouco de prazer também.
- Lá no fundo, com prazer?
- É, sabe, lá no fundo do peito, não sei direito explicar, parece nostalgia. Isso mesmo, nostalgia. As lembranças dos amigos, das bebedeiras, das peladas de meio de semana.
- Faz sentido, afinal, agora isso tudo está a perigo.
- É verdade.
- De todo modo, tudo isso só vem confirmando que você não tem mais jeito.
- Você acha?
- Tenho certeza.
- Absoluta?
- Toda certeza é absoluta, senão não seria certeza.
- E o que faço, então?
- Assume.
- Assim, de uma hora pra outra, no seco?
- Se você quiser a gente pode pedir mais uma rodada de cerveja. Você que está pagando mesmo.
- Já que não tem mais jeito, mesmo.
- É, meu amigo, meus pêsames. Bem-vindo ao barco. Você está irremediavelmente apaixonado. Quantos anos ela tem, mesmo?
- 26.
- E faz o quê?
- Advogada.
- Ihhhh, que roubada, meu amigo. Tanta mulher por aí e vai se apaixonar logo por uma advogada.
- Mas ela é linda.
- E indiferente.
- Sim.
- E inacessível.
- Sim.
- Um iceberg.
- Sim. Ela simplesmente não me dá bola. Faz de conta que não é com ela, que não existo.
- E o que você pretende fazer?
- Ir à luta.
- É assim que se fala, mas cuidado para não ir com muita sede ao pote. Não se esqueça que ela é uma advogada.
- Parado é que não posso ficar. Vou correr atrás, conquistá-la. Você vai ver.
- Então só posso lhe dizer uma coisa.
- O quê?
- Boa sorte!
- É?
- Iceberg.
- Gelada?
- Inacessível.
- Intangível?
- Isso! Intangível. Uma excelente palavra. É isso mesmo. Intangível.
Depois de uns segundos de silêncio, o outro pergunta:
- E daí?
- Boa pergunta. E daí? ... Irritante.
- Irritante?
- É. Essa situação.
- Você que escolheu.
- Eu não. Ela me escolheu.
- Ela quem?
- A situação. Eu estava parado. Na minha. Quietinho. Bebendo a minha cervejinha com os amigos, jogando o meu futebolzinho dos finais de semana, pegando a prainha de sempre. E, de repente...
- É a vida meu amigo. Mais dia menos dia isso acontece com todo mundo. Você não seria a exceção.
- Mas eu não estava preparado. Ou melhor, não estou. Ainda tenho muito pra ver, pra conhecer, pra entender.
- Então, o que vai fazer?
- Não sei. Ainda não sei. Só sei que do jeito que está não dá pra continuar.
- Nisso concordo plenamente. Você vai ter que tomar uma decisão, definir essa situação. Por outro lado, raciocina comigo. Não tem como negar. Cadê seus velhos hábitos? A prainha, o futebolzinho, a cervejinha com os amigos?
- Pois é...
- Esse é o primeiro sintoma, por mais que você queira negar.
- Só eu não, todos nós, né cara-pálida?
- Tudo bem, todos nós. Mas agora é a sua vez, o problema é seu, você está passando por isso. Estamos diagnosticando você, não todos nós.
- Já entendi.
- Ta gostoso?
- O pior é que ta.
- Vê o lado bom, rapaz, você poderia estar sofrendo.
- Mas também estou sofrendo.
- Tudo bem, isso também é normal nessa fase.
- Algum problema de relacionamento, digo, com os velhos conhecidos?
- Tenho, sim. Tenho andado cabisbaixo, não sinto coragem de encarar as pessoas.
- Por que?
- Bem...
- Vamos, cara, se abre comigo. Sou seu amigo ou não sou? Me chamou pra quê?
- Bem... é que você é meu amigo, realmente, e, afinal, já passou por isso.
- Sei, então fala, está andando de cabeça baixa por que?
- Medo de quando encarar as pessoas, elas perceberem que estou com um sorriso estampado no rosto.
- Com tempo as pessoas se acostumam, não precisa se preocupar com isso. Tente agir naturalmente. Muitos nem vão notar essa alegria repentina, essa alegria, eu diria, estampada no seu rosto.
- Isso eu disse.
- E dói?
- Como?
- Eu perguntei se dói?
- Agora que você falou, acho que dói sim. Bem lá no fundo.
- Bem lá no fundo?
- É, bem lá no fundo, mas, estou meio confuso, parece que vem misturada, essa dor, com um pouco de prazer também.
- Lá no fundo, com prazer?
- É, sabe, lá no fundo do peito, não sei direito explicar, parece nostalgia. Isso mesmo, nostalgia. As lembranças dos amigos, das bebedeiras, das peladas de meio de semana.
- Faz sentido, afinal, agora isso tudo está a perigo.
- É verdade.
- De todo modo, tudo isso só vem confirmando que você não tem mais jeito.
- Você acha?
- Tenho certeza.
- Absoluta?
- Toda certeza é absoluta, senão não seria certeza.
- E o que faço, então?
- Assume.
- Assim, de uma hora pra outra, no seco?
- Se você quiser a gente pode pedir mais uma rodada de cerveja. Você que está pagando mesmo.
- Já que não tem mais jeito, mesmo.
- É, meu amigo, meus pêsames. Bem-vindo ao barco. Você está irremediavelmente apaixonado. Quantos anos ela tem, mesmo?
- 26.
- E faz o quê?
- Advogada.
- Ihhhh, que roubada, meu amigo. Tanta mulher por aí e vai se apaixonar logo por uma advogada.
- Mas ela é linda.
- E indiferente.
- Sim.
- E inacessível.
- Sim.
- Um iceberg.
- Sim. Ela simplesmente não me dá bola. Faz de conta que não é com ela, que não existo.
- E o que você pretende fazer?
- Ir à luta.
- É assim que se fala, mas cuidado para não ir com muita sede ao pote. Não se esqueça que ela é uma advogada.
- Parado é que não posso ficar. Vou correr atrás, conquistá-la. Você vai ver.
- Então só posso lhe dizer uma coisa.
- O quê?
- Boa sorte!
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
O lado negro da força.
Hoje faz 40 anos de assinatura do Ato Institucional n. 5, o início da página mais negra da nossa história, onde o povo e a democracia foram subjulgados por um grupo de militares que não tolerava a liberdade e sob o manto das desculpas esfarrapadas encontrou uma forma de tomar conta do poder com uma sangrenta mão de ferro.
A íntegra do malfadado AI:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL , ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e
CONSIDERANDO que a Revolução brasileira de 31 de março de 1964 teve, conforme decorre dos Atos com os quais se institucionalizou, fundamentos e propósitos que visavam a dar ao País um regime que, atendendo às exigências de um sistema jurídico e político, assegurasse autêntica ordem democrática, baseada na liberdade, no respeito à dignidade da pessoa humana, no combate à subversão e às ideologias contrárias às tradições de nosso povo, na luta contra a corrupção, buscando, deste modo, "os. meios indispensáveis à obra de reconstrução econômica, financeira, política e moral do Brasil, de maneira a poder enfrentar, de modo direito e imediato, os graves e urgentes problemas de que depende a restauração da ordem interna e do prestígio internacional da nossa pátria" (Preâmbulo do Ato Institucional nº 1, de 9 de abril de 1964);
CONSIDERANDO que o Governo da República, responsável pela execução daqueles objetivos e pela ordem e segurança internas, não só não pode permitir que pessoas ou grupos anti-revolucionários contra ela trabalhem, tramem ou ajam, sob pena de estar faltando a compromissos que assumiu com o povo brasileiro, bem como porque o Poder Revolucionário, ao editar o Ato Institucional nº 2, afirmou, categoricamente, que "não se disse que a Resolução foi, mas que é e continuará" e, portanto, o processo revolucionário em desenvolvimento não pode ser detido;
CONSIDERANDO que esse mesmo Poder Revolucionário, exercido pelo Presidente da República, ao convocar o Congresso Nacional para discutir, votar e promulgar a nova Constituição, estabeleceu que esta, além de representar "a institucionalização dos ideais e princípios da Revolução", deveria "assegurar a continuidade da obra revolucionária" (Ato Institucional nº 4, de 7 de dezembro de 1966);
CONSIDERANDO, no entanto, que atos nitidamente subversivos, oriundos dos mais distintos setores políticos e culturais, comprovam que os instrumentos jurídicos, que a Revolução vitoriosa outorgou à Nação para sua defesa, desenvolvimento e bem-estar de seu povo, estão servindo de meios para combatê-la e destruí-la;
CONSIDERANDO que, assim, se torna imperiosa a adoção de medidas que impeçam sejam frustrados os ideais superiores da Revolução, preservando a ordem, a segurança, a tranqüilidade, o desenvolvimento econômico e cultural e a harmonia política e social do País comprometidos por processos subversivos e de guerra revolucionária;
CONSIDERANDO que todos esses fatos perturbadores, da ordem são contrários aos ideais e à consolidação do Movimento de março de 1964, obrigando os que por ele se responsabilizaram e juraram defendê-lo, a adotarem as providências necessárias, que evitem sua destruição,
Resolve editar o seguinte
ATO INSTITUCIONAL
Art 1º - São mantidas a Constituição de 24 de janeiro de 1967 e as Constituições estaduais, com as modificações constantes deste Ato Institucional.
Art 2º - O Presidente da República poderá decretar o recesso do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das Câmaras de Vereadores, por Ato Complementar, em estado de sitio ou fora dele, só voltando os mesmos a funcionar quando convocados pelo Presidente da República.
§ 1º - Decretado o recesso parlamentar, o Poder Executivo correspondente fica autorizado a legislar em todas as matérias e exercer as atribuições previstas nas Constituições ou na Lei Orgânica dos Municípios.
§ 2º - Durante o período de recesso, os Senadores, os Deputados federais, estaduais e os Vereadores só perceberão a parte fixa de seus subsídios.
§ 3º - Em caso de recesso da Câmara Municipal, a fiscalização financeira e orçamentária dos Municípios que não possuam Tribunal de Contas, será exercida pelo do respectivo Estado, estendendo sua ação às funções de auditoria, julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por bens e valores públicos.
Art 3º - O Presidente da República, no interesse nacional, poderá decretar a intervenção nos Estados e Municípios, sem as limitações previstas na Constituição.
Parágrafo único - Os interventores nos Estados e Municípios serão nomeados pelo Presidente da República e exercerão todas as funções e atribuições que caibam, respectivamente, aos Governadores ou Prefeitos, e gozarão das prerrogativas, vencimentos e vantagens fixados em lei.
Art 4º - No interesse de preservar a Revolução, o Presidente da República, ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e sem as limitações previstas na Constituição, poderá suspender os direitos políticos de quaisquer cidadãos pelo prazo de 10 anos e cassar mandatos eletivos federais, estaduais e municipais.
Parágrafo único - Aos membros dos Legislativos federal, estaduais e municipais, que tiverem seus mandatos cassados, não serão dados substitutos, determinando-se o quorum parlamentar em função dos lugares efetivamente preenchidos.
Art 5º - A suspensão dos direitos políticos, com base neste Ato, importa, simultaneamente, em:
I - cessação de privilégio de foro por prerrogativa de função;
II - suspensão do direito de votar e de ser votado nas eleições sindicais;
III - proibição de atividades ou manifestação sobre assunto de natureza política;
IV - aplicação, quando necessária, das seguintes medidas de segurança:
a) liberdade vigiada;
b) proibição de freqüentar determinados lugares;
c) domicílio determinado,
§ 1º - o ato que decretar a suspensão dos direitos políticos poderá fixar restrições ou proibições relativamente ao exercício de quaisquer outros direitos públicos ou privados.
§ 2º - As medidas de segurança de que trata o item IV deste artigo serão aplicadas pelo Ministro de Estado da Justiça, defesa a apreciação de seu ato pelo Poder Judiciário.
Art 6º - Ficam suspensas as garantias constitucionais ou legais de: vitaliciedade, mamovibilidade e estabilidade, bem como a de exercício em funções por prazo certo.
§ 1º - O Presidente da República poderá mediante decreto, demitir, remover, aposentar ou pôr em disponibilidade quaisquer titulares das garantias referidas neste artigo, assim como empregado de autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista, e demitir, transferir para a reserva ou reformar militares ou membros das polícias militares, assegurados, quando for o caso, os vencimentos e vantagens proporcionais ao tempo de serviço.
§ 2º - O disposto neste artigo e seu § 1º aplica-se, também, nos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios.
Art 7º - O Presidente da República, em qualquer dos casos previstos na Constituição, poderá decretar o estado de sítio e prorrogá-lo, fixando o respectivo prazo.
Art 8º - O Presidente da República poderá, após investigação, decretar o confisco de bens de todos quantos tenham enriquecido, ilicitamente, no exercício de cargo ou função pública, inclusive de autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
Parágrafo único - Provada a legitimidade da aquisição dos bens, far-se-á sua restituição.
Art 9º - O Presidente da República poderá baixar Atos Complementares para a execução deste Ato Institucional, bem como adotar, se necessário à defesa da Revolução, as medidas previstas nas alíneas d e e do § 2º do art. 152 da Constituição.
Art 10 - Fica suspensa a garantia de habeas corpus , nos casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular.
Art 11 - Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos.
Art 12 - O presente Ato Institucional entra em vigor nesta data, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 13 de dezembro de 1968; 147º da Independência e 80º da República.
A. COSTA E SILVA
Luís Antônio da Gama e Silva Augusto Hamann Rademaker Grünewald Aurélio de Lyra Tavares José de Magalhães Pinto Antônio Delfim Netto Mário David Andreazza Ivo Arzua Pereira Tarso Dutra Jarbas G. Passarinho Márcio de Souza e Mello Leonel Miranda José Costa Cavalcanti Edmundo de Macedo Soares Hélio Beltrão Afonso A. Lima Carlos F. de Simas
Com esse Ato fortaleceu-se a ditadura militar, os direitos democráticos sucumbiram e muitas pessoas foram assassinadas.
Que sirva de lição para eras mais democráticas...
A íntegra do malfadado AI:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL , ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e
CONSIDERANDO que a Revolução brasileira de 31 de março de 1964 teve, conforme decorre dos Atos com os quais se institucionalizou, fundamentos e propósitos que visavam a dar ao País um regime que, atendendo às exigências de um sistema jurídico e político, assegurasse autêntica ordem democrática, baseada na liberdade, no respeito à dignidade da pessoa humana, no combate à subversão e às ideologias contrárias às tradições de nosso povo, na luta contra a corrupção, buscando, deste modo, "os. meios indispensáveis à obra de reconstrução econômica, financeira, política e moral do Brasil, de maneira a poder enfrentar, de modo direito e imediato, os graves e urgentes problemas de que depende a restauração da ordem interna e do prestígio internacional da nossa pátria" (Preâmbulo do Ato Institucional nº 1, de 9 de abril de 1964);
CONSIDERANDO que o Governo da República, responsável pela execução daqueles objetivos e pela ordem e segurança internas, não só não pode permitir que pessoas ou grupos anti-revolucionários contra ela trabalhem, tramem ou ajam, sob pena de estar faltando a compromissos que assumiu com o povo brasileiro, bem como porque o Poder Revolucionário, ao editar o Ato Institucional nº 2, afirmou, categoricamente, que "não se disse que a Resolução foi, mas que é e continuará" e, portanto, o processo revolucionário em desenvolvimento não pode ser detido;
CONSIDERANDO que esse mesmo Poder Revolucionário, exercido pelo Presidente da República, ao convocar o Congresso Nacional para discutir, votar e promulgar a nova Constituição, estabeleceu que esta, além de representar "a institucionalização dos ideais e princípios da Revolução", deveria "assegurar a continuidade da obra revolucionária" (Ato Institucional nº 4, de 7 de dezembro de 1966);
CONSIDERANDO, no entanto, que atos nitidamente subversivos, oriundos dos mais distintos setores políticos e culturais, comprovam que os instrumentos jurídicos, que a Revolução vitoriosa outorgou à Nação para sua defesa, desenvolvimento e bem-estar de seu povo, estão servindo de meios para combatê-la e destruí-la;
CONSIDERANDO que, assim, se torna imperiosa a adoção de medidas que impeçam sejam frustrados os ideais superiores da Revolução, preservando a ordem, a segurança, a tranqüilidade, o desenvolvimento econômico e cultural e a harmonia política e social do País comprometidos por processos subversivos e de guerra revolucionária;
CONSIDERANDO que todos esses fatos perturbadores, da ordem são contrários aos ideais e à consolidação do Movimento de março de 1964, obrigando os que por ele se responsabilizaram e juraram defendê-lo, a adotarem as providências necessárias, que evitem sua destruição,
Resolve editar o seguinte
ATO INSTITUCIONAL
Art 1º - São mantidas a Constituição de 24 de janeiro de 1967 e as Constituições estaduais, com as modificações constantes deste Ato Institucional.
Art 2º - O Presidente da República poderá decretar o recesso do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das Câmaras de Vereadores, por Ato Complementar, em estado de sitio ou fora dele, só voltando os mesmos a funcionar quando convocados pelo Presidente da República.
§ 1º - Decretado o recesso parlamentar, o Poder Executivo correspondente fica autorizado a legislar em todas as matérias e exercer as atribuições previstas nas Constituições ou na Lei Orgânica dos Municípios.
§ 2º - Durante o período de recesso, os Senadores, os Deputados federais, estaduais e os Vereadores só perceberão a parte fixa de seus subsídios.
§ 3º - Em caso de recesso da Câmara Municipal, a fiscalização financeira e orçamentária dos Municípios que não possuam Tribunal de Contas, será exercida pelo do respectivo Estado, estendendo sua ação às funções de auditoria, julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por bens e valores públicos.
Art 3º - O Presidente da República, no interesse nacional, poderá decretar a intervenção nos Estados e Municípios, sem as limitações previstas na Constituição.
Parágrafo único - Os interventores nos Estados e Municípios serão nomeados pelo Presidente da República e exercerão todas as funções e atribuições que caibam, respectivamente, aos Governadores ou Prefeitos, e gozarão das prerrogativas, vencimentos e vantagens fixados em lei.
Art 4º - No interesse de preservar a Revolução, o Presidente da República, ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e sem as limitações previstas na Constituição, poderá suspender os direitos políticos de quaisquer cidadãos pelo prazo de 10 anos e cassar mandatos eletivos federais, estaduais e municipais.
Parágrafo único - Aos membros dos Legislativos federal, estaduais e municipais, que tiverem seus mandatos cassados, não serão dados substitutos, determinando-se o quorum parlamentar em função dos lugares efetivamente preenchidos.
Art 5º - A suspensão dos direitos políticos, com base neste Ato, importa, simultaneamente, em:
I - cessação de privilégio de foro por prerrogativa de função;
II - suspensão do direito de votar e de ser votado nas eleições sindicais;
III - proibição de atividades ou manifestação sobre assunto de natureza política;
IV - aplicação, quando necessária, das seguintes medidas de segurança:
a) liberdade vigiada;
b) proibição de freqüentar determinados lugares;
c) domicílio determinado,
§ 1º - o ato que decretar a suspensão dos direitos políticos poderá fixar restrições ou proibições relativamente ao exercício de quaisquer outros direitos públicos ou privados.
§ 2º - As medidas de segurança de que trata o item IV deste artigo serão aplicadas pelo Ministro de Estado da Justiça, defesa a apreciação de seu ato pelo Poder Judiciário.
Art 6º - Ficam suspensas as garantias constitucionais ou legais de: vitaliciedade, mamovibilidade e estabilidade, bem como a de exercício em funções por prazo certo.
§ 1º - O Presidente da República poderá mediante decreto, demitir, remover, aposentar ou pôr em disponibilidade quaisquer titulares das garantias referidas neste artigo, assim como empregado de autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista, e demitir, transferir para a reserva ou reformar militares ou membros das polícias militares, assegurados, quando for o caso, os vencimentos e vantagens proporcionais ao tempo de serviço.
§ 2º - O disposto neste artigo e seu § 1º aplica-se, também, nos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios.
Art 7º - O Presidente da República, em qualquer dos casos previstos na Constituição, poderá decretar o estado de sítio e prorrogá-lo, fixando o respectivo prazo.
Art 8º - O Presidente da República poderá, após investigação, decretar o confisco de bens de todos quantos tenham enriquecido, ilicitamente, no exercício de cargo ou função pública, inclusive de autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
Parágrafo único - Provada a legitimidade da aquisição dos bens, far-se-á sua restituição.
Art 9º - O Presidente da República poderá baixar Atos Complementares para a execução deste Ato Institucional, bem como adotar, se necessário à defesa da Revolução, as medidas previstas nas alíneas d e e do § 2º do art. 152 da Constituição.
Art 10 - Fica suspensa a garantia de habeas corpus , nos casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular.
Art 11 - Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos.
Art 12 - O presente Ato Institucional entra em vigor nesta data, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 13 de dezembro de 1968; 147º da Independência e 80º da República.
A. COSTA E SILVA
Luís Antônio da Gama e Silva Augusto Hamann Rademaker Grünewald Aurélio de Lyra Tavares José de Magalhães Pinto Antônio Delfim Netto Mário David Andreazza Ivo Arzua Pereira Tarso Dutra Jarbas G. Passarinho Márcio de Souza e Mello Leonel Miranda José Costa Cavalcanti Edmundo de Macedo Soares Hélio Beltrão Afonso A. Lima Carlos F. de Simas
Com esse Ato fortaleceu-se a ditadura militar, os direitos democráticos sucumbiram e muitas pessoas foram assassinadas.
Que sirva de lição para eras mais democráticas...
Já que é quase sábado...
Um jogo para divertir, quase viciante e para quem gosta do quanto "mais simples melhor".
Esse veio do "Green Project", sítio da uísque Passport.
Só clicar no link, aguardar alguns instante, e jogar. Vamos ver quem é bom de coordenação motora. Segundo minha filha, esse não é o meu caso.
http://thegreenproject.com.br/greenprojectdj/game.html
Esse veio do "Green Project", sítio da uísque Passport.
Só clicar no link, aguardar alguns instante, e jogar. Vamos ver quem é bom de coordenação motora. Segundo minha filha, esse não é o meu caso.
http://thegreenproject.com.br/greenprojectdj/game.html
O escritório - lançamento na Livraria da OAB
No link abaixo mais fotos do lançamento do livro "O escritório" na Livraria da OAB, em Florianópolis, no último dia 05.12.2008:
http://www.caasc.org.br/site/fotos_floripa/slides/noite_autografos_raphael/index.html
http://www.caasc.org.br/site/fotos_floripa/slides/noite_autografos_raphael/index.html
Agradecimentos especiais ao Presidente da CAASC, Dr. Renato Kadletz, pelo incentivo e organização, à equipe da Livraria e a todos os advogados que prestigiaram o evento.
Nas fotos Janaína, Silvana e os compadres Fabrício e Kate.
domingo, 7 de dezembro de 2008
OCDE: Brasil será menos afetado entre grandes economias
O Brasil é a única grande economia analisada no Indicador Composto Avançado (CLI, na sigla em inglês), divulgado nesta sexta-feira pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que, segundo uma previsão da organização, não terá uma forte desaceleração de sua atividade econômica nos próximos seis meses.
Notícia veiculada no BBC Brasil.
Continue lendo em: http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200812051247_BBB_77677139
Essa é a notícia que o PIG não divulga.
Notícia veiculada no BBC Brasil.
Continue lendo em: http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200812051247_BBB_77677139
Essa é a notícia que o PIG não divulga.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Bares de NY celebram 75 anos do "Bloody Mary"
Milhares de bares e locais de Nova York comemoram nesta segunda-feira o 75º aniversário da criação do drink "Bloody Mary", o conhecido coquetel de vodca e suco de tomate.
Para a ocasião, as autoridades de Nova York decidiram instaurar o Dia do "Bloody Mary", que é lembrado com diversos atos por todo o Estado, entre eles um brinde em Times Square em homenagem à neta do garçom francês Fernand Petiot, a quem atribui a invenção do coquetel, em 1933.
Além disso, está previsto a distribuição deste tipo de drinks pelas ruas de Nova York durante o dia todo, assim como pelos Estados vizinhos de Nova Jersey e Connecticut.
Para a ocasião, as autoridades de Nova York decidiram instaurar o Dia do "Bloody Mary", que é lembrado com diversos atos por todo o Estado, entre eles um brinde em Times Square em homenagem à neta do garçom francês Fernand Petiot, a quem atribui a invenção do coquetel, em 1933.
Além disso, está previsto a distribuição deste tipo de drinks pelas ruas de Nova York durante o dia todo, assim como pelos Estados vizinhos de Nova Jersey e Connecticut.
Uma famosa rede de restaurantes decidiu oferecer o "Bloody Mary" a um preço similar ao que tinha quando foi criado, de US$ 0,99, para comemorar o surgimento da bebida.
A mistura, que costuma ser recomendada como remédio caseiro para curar a ressaca, foi chamada inicialmente de "Red Snapper" e diz-se que foi criada por Petiot em um bar de Paris em 1920, mas há controvérsias.
A mais popular afirma que quando Petiot trouxe o drink a Nova York e começou a servi-lo no Hotel St. Regis com tabasco é que foi adotado o nome de "Bloody Mary".
A receita costuma incluir um terço de vodca e dois de suco de tomate, com um toque de limão, tabasco, sal e pimenta.
A mistura, que costuma ser recomendada como remédio caseiro para curar a ressaca, foi chamada inicialmente de "Red Snapper" e diz-se que foi criada por Petiot em um bar de Paris em 1920, mas há controvérsias.
A mais popular afirma que quando Petiot trouxe o drink a Nova York e começou a servi-lo no Hotel St. Regis com tabasco é que foi adotado o nome de "Bloody Mary".
A receita costuma incluir um terço de vodca e dois de suco de tomate, com um toque de limão, tabasco, sal e pimenta.
Fonte: Portal Terra - http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI3365185-EI1141,00-Bares+de+NY+celebram+anos+do+Bloody+Mary.html
- 45 ml de Vodka
- 90 ml de Suco Concentrado de Tomate
- 15 ml de Suco de Limão Taiti
- Molho Inglês
- Pimenta do Reino
- Sal
- Tabasco
- Gelo
- Gelo
Modo de Preparo:
- Pode ser feito utilizando coqueteleira ou montado no copo diretamente.
- Em um copo do tipo Highball coloque o gelo, a vodka, o suco de limão e de tomate.
- Mexa bem e tempere a mistura com o molho inglês, sal, pimenta do reino e o tabasco à gosto.
- Coloque um talo de salmão como decoração se desejar.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Quando O Globo não lê O Globo
O leitor de O Globo, que pensa em vender seu carro usado para comprar um novo, está em apuros. A se guiar pelas informações que obtém no caderno de Economia do jornal, ele não sabe se deve abandonar seus planos ou se pode procurar o veículo que deseja e negociar com calma. É uma decisão a ser tomada de acordo com a página lida.
Afinal, deve dar crédito aos vaticínios da analista de economia Miriam Leitão, para quem vivemos na véspera do apocalipse, graças à conjugação da crise internacional com a falta de prudência do governo? Ou confiar que, passado um momento de instabilidade, a tendência da economia brasileira é se normalizar com as medidas que vêm sendo tomadas pelo Banco Central de abrir linhas para o financiamento do comércio exterior e de flexibilização do compulsório. Henrique Meirelles ou Miriam, eis a questão? Mantega ou Gustavo Franco, qual o norte a ser seguido?
Estamos na iminência de um brutal contingenciamento de crédito ou, como assegura Fábio Barbosa, presidente da Febraban "o mercado está pouco a pouco retornando à normalidade"? No Globo essa é uma questão que assume dimensões esquizofrênicas. A leitura da edição de domingo (23/11) é fundamental para entendermos o que anda acontecendo na imprensa nativa.
Sintoma de tempos em que a análise dos fatos se confunde com o desejo das fontes e dos especialistas de plantão.
Na página 28, em sua coluna, Miriam Leitão pontifica:
"As locadoras brasileiras estão recusando terceirização de frota por que não conseguem comprar carros novos, nem repassar os velhos. Locadoras funcionam assim: usam sempre carros novos e revendem os já usados, às vezes para as próprias montadoras, mas esse giro agora está difícil, por dificuldades de captação de financiamento numa ponta, e falta de consumidor final na outra ponta do negócio".
Pronto, é melhor o leitor adiar o sonho de adquirir um novo veículo. O motor do setor automotivo engasgou por falta de ajuste de custos.
Na página seguinte, em matéria assinada pelo jornalista Bruno Rosa, intitulada "Itens usados em alta", o mesmo leitor fica sabendo que...
"A crise já fez o consumidor brasileiro mudar de hábitos.As roupas novas deram lugar a remodelagem de peças antigas esquecidas no armário. O dinheiro aplicado no banco foi resgatado para adquirir um carro usado, que já está vendendo mais que os similares zero quilômetro".
Boas novas, o sonho não morreu. Seu carro novo é uma possibilidade real.
O que explica que, na mesma edição, encontremos informações tão desencontradas? A resposta faria corar qualquer estudante de jornalismo. A colunista confiou na fonte e descuidou da apuração. Relegou a segundo plano a checagem do que noticiava. Produziu uma ficção econômica, permitindo que a fonte produzisse o fato.
O repórter Bruno, ao contrário da experiente jornalista, foi a campo e trouxe a notícia que desmentia a coluna. No meio disso tudo, um editor dormia em berço esplêndido, deixando claro que nem O Globo lê O Globo. Se o jornalismo deve ser o resultado de uma prática honesta, não há como deixar de perguntar se o nosso hipotético leitor compraria um carro usado de Miriam Leitão.
A resposta deve estar na sua preferência por páginas pares ou ímpares. Será esse o novo critérios de noticiabilidade: a velha prática do par ou ímpar, dependendo da aposta da fonte que pauta? A que ponto chegou o "rigor jornalístico"
Por Gilson Caroni Filho em 27/11/2008, no Observatório da Imprensa - http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=513IMQ010
Pergunta: alguém ainda presta atenção no que a Miriam Leitão fala?
Afinal, deve dar crédito aos vaticínios da analista de economia Miriam Leitão, para quem vivemos na véspera do apocalipse, graças à conjugação da crise internacional com a falta de prudência do governo? Ou confiar que, passado um momento de instabilidade, a tendência da economia brasileira é se normalizar com as medidas que vêm sendo tomadas pelo Banco Central de abrir linhas para o financiamento do comércio exterior e de flexibilização do compulsório. Henrique Meirelles ou Miriam, eis a questão? Mantega ou Gustavo Franco, qual o norte a ser seguido?
Estamos na iminência de um brutal contingenciamento de crédito ou, como assegura Fábio Barbosa, presidente da Febraban "o mercado está pouco a pouco retornando à normalidade"? No Globo essa é uma questão que assume dimensões esquizofrênicas. A leitura da edição de domingo (23/11) é fundamental para entendermos o que anda acontecendo na imprensa nativa.
Sintoma de tempos em que a análise dos fatos se confunde com o desejo das fontes e dos especialistas de plantão.
Na página 28, em sua coluna, Miriam Leitão pontifica:
"As locadoras brasileiras estão recusando terceirização de frota por que não conseguem comprar carros novos, nem repassar os velhos. Locadoras funcionam assim: usam sempre carros novos e revendem os já usados, às vezes para as próprias montadoras, mas esse giro agora está difícil, por dificuldades de captação de financiamento numa ponta, e falta de consumidor final na outra ponta do negócio".
Pronto, é melhor o leitor adiar o sonho de adquirir um novo veículo. O motor do setor automotivo engasgou por falta de ajuste de custos.
Na página seguinte, em matéria assinada pelo jornalista Bruno Rosa, intitulada "Itens usados em alta", o mesmo leitor fica sabendo que...
"A crise já fez o consumidor brasileiro mudar de hábitos.As roupas novas deram lugar a remodelagem de peças antigas esquecidas no armário. O dinheiro aplicado no banco foi resgatado para adquirir um carro usado, que já está vendendo mais que os similares zero quilômetro".
Boas novas, o sonho não morreu. Seu carro novo é uma possibilidade real.
O que explica que, na mesma edição, encontremos informações tão desencontradas? A resposta faria corar qualquer estudante de jornalismo. A colunista confiou na fonte e descuidou da apuração. Relegou a segundo plano a checagem do que noticiava. Produziu uma ficção econômica, permitindo que a fonte produzisse o fato.
O repórter Bruno, ao contrário da experiente jornalista, foi a campo e trouxe a notícia que desmentia a coluna. No meio disso tudo, um editor dormia em berço esplêndido, deixando claro que nem O Globo lê O Globo. Se o jornalismo deve ser o resultado de uma prática honesta, não há como deixar de perguntar se o nosso hipotético leitor compraria um carro usado de Miriam Leitão.
A resposta deve estar na sua preferência por páginas pares ou ímpares. Será esse o novo critérios de noticiabilidade: a velha prática do par ou ímpar, dependendo da aposta da fonte que pauta? A que ponto chegou o "rigor jornalístico"
Por Gilson Caroni Filho em 27/11/2008, no Observatório da Imprensa - http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=513IMQ010
Pergunta: alguém ainda presta atenção no que a Miriam Leitão fala?
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