O pulo.
Talvez uns trinta metros. Sim, talvez uns trinta metros entre o peitoril da janela e a rua. Uma distância razoável. Quem sabe? Muito provavelmente não vai sobrar muita coisa, mesmo. Será que é verdade que os suicidas que pulam de grandes alturas morrem antes de se esborracharem no chão? Será que a taquicardia é tanta que o coração realmente para antes do fim? Do fim da queda, claro; porque se o cara morrer antes, pode-se dizer que temos o fim antes do fim. Deve ser um vôo interessante. Rápido, mas interessante. Será que dá para ver as vizinhas pelas janelas andares abaixo? Será que estarão se trocando? Melhor se estivessem nuas. Seria uma recompensadora visão do paraíso – dependendo a vizinha, claro – antes de ir para o inferno. Pelo menos é o que dizem por aí: que quem se mata vai para o inferno. Sem escalas, sem purgatório, sem chances de uma subida para ares mais frescos. Pelo lado positivo, e sempre existe um, por pior que a situação pareça, meus amigos ou estão ou irão para lá, mais cedo ou mais tarde. A festa, no final das contas, ou das vidas, vai ser boa. Se é que existem inferno, céu e meio-termo, claro. Ai, ai. Voltando às vizinhas se trocando com as janelas ou cortinas abertas. Enquanto uns se matam se explodindo e levando junto quem estiver por perto para ter as virgens no paraíso deles, eu poderia ter as mulheres – ou vê-las, ok, ok, só vê-las – antes da minha morte. Ou no processo pré-morte. Rápido processo, nesse caso. Ai, ai. Contudo, tem sempre alguém pra te sacanear. Mesmo que não saiba que está te sacaneando. Como esse meu vizinho de cima, por exemplo, que resolveu escutar Chico logo agora. O Chico Buarque de Holanda, eu digo. Não o Chico Science. Nada contra o Chico. Ao contrário, até gosto dele. O Buarque, eu digo. Mas o vizinho só pode estar me sacaneando ao escutar a essa hora Construção, do Chico. Ai, ai. Ou então é um sinal. Sinal de que estou no caminho certo e que estou me enrolando para terminar isso de uma vez. Ai, ai. Espero não cair em cima de ninguém. Até porque cair embaixo de alguém daqui seria impossível. De todo modo, matar alguém sem querer e não morrer não seria uma sensação das mais agradáveis. Ai, ai. Por outro lado, como diz a música, parece que algo é inevitável: vou atrapalhar o tráfego. A polícia, o socorro, os para-médicos, os bombeiros que se virem, também. Afinal paguei tantos impostos para que? Ai, ai. Que bom que o dia está bonito. Detestaria terminar tudo num dia chuvoso, feio. Já basta o meu estado post mortem que não vai estar lá dos mais bonitos. Porra, será que minha cara vai ficar muito arrebentada? Ou ficará como um pacote flácido no meio da rua, como diz o Chico? E se pular para cair em pé? Não sei, acho que não vai dar certo igual. Meus fêmures vão parar nas clavículas. Ficaria muito tosco. Talvez economizasse no caixão dessa forma. E se cair de costas? Será que sobra alguma coisa? Acho que o caixão vai fechado seja qual for a posição que eu me estatelar no chão. Ai, ai. A sensação de liberdade e de voar deve ser boa. Ai, ai. Qual será a manchete do jornal? “Imbecil se joga do décimo andar e atrapalha a vida dos transeuntes”. Ou “Homem em provável estado de depressão não agüenta a pressão e se mata no centro da cidade”. Ou, ainda, em um tom mais romântico: “O que será que leva um jovem a se jogar da janela de seu belo apartamento? Um amor não correspondido? Dívidas antigas? Uma vida secreta? Ninguém mais saberá...”. Não, não, ninguém vai colocar uma manchete dessas em nenhum jornal. Talvez no da escola onde estudei. Pensando bem, acho que nem lá. Ai, ai. Nenhum idiota parou lá embaixo para pedir pra eu me jogar. Nos filmes isso sempre acontece. É. Não vai ser dessa vez. Está esfriando aqui fora. Vou entrar que o jogo de futebol já vai começar na televisão.
Bacafá
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Essa tal insegurança jurídica.
Muitos problemas afetam o poder judiciário, aquele que deveria dirimir os problemas que diariamente afligem os cidadãos, seja nas suas picuinhas com os vizinhos, seja nos problemas de grande porte ou de grandes consequências. O fato é que qualquer lide que chega ao poder judiciário, popularmente chamado de “justiça”, deve – ou deveria – ser tratada com o máximo respeito, seriedade e celeridade.
Não bastassem todos os problemas estruturais já enfrentados pelo poder judiciário, e que afligem tanto os jurisdicionados quanto os advogados, como, por exemplo, prédios com goteiras (a exemplo do Fórum de Jaraguá do Sul), falta de juízes (obrigando profissionais a cobrir duas, três, quatro e às vezes até seis varas, como também ocorreu aqui na região no começo deste ano, sendo humanamente impossível o cumprimento de todas as obrigações), falta de funcionários (obrigando os diretores dos fóruns a contratar estagiários de alta rotatividade ou pedir servidores emprestados de outros órgãos governamentais, ficando a mercê da boa vontade dos membros do executivo), há, ainda, as indefinições ou contradições nas decisões judiciais que temos visto com certa frequência nos órgãos de imprensa.
De vez em quando se ouve falar de magistrado com estranhas amizades, ou com decisões sobre o mesmo assunto que tendem para um lado ou para outro conforme as partes envolvidas, ou sem o comportamento que se espera de tão sagrada profissão, ou, ainda, com processos dormindo por infindáveis anos em suas mesas. Todos estes fatores, por si só, já criam nos demais operadores do Direito e na população em geral certo desconforto e, mais do que isso, a chamada insegurança jurídica.
Quando estas situações acontecem nas instâncias de primeiro grau, ou seja, com os magistrados que estão nas nossas cidades, a questão já é complicada. Quando ocorrem nos Tribunais, com os desembargadores, o problema é ainda maior. Entretanto, quando atingem a corte máxima do país, como o Supremo Tribunal Federal, passamos do desconforto para a crítica e efetiva insegurança.
Semana passada viu-se a mais flagrante face de como esta insegurança jurídica pode afetar a vida de toda uma sociedade, os destinos de todo um país. O Supremo
Tribunal Federal, em debate jurídico de mais de dez horas, não chegou a uma conclusão definitiva sobre o caso do candidato ao governo do Distrito Federal, Joaquim Roriz, cuja candidatura havia sido cassada na instância inferior.
A decisão sobre este caso – que trata de um dos aspectos da Lei da Ficha Limpa – era aguardada pelo país inteiro, pois interferirá no resultado de todos os casos similares. Por outro lado, a indefinição gerada com a não conclusão efetiva de que rumo tomar definitivamente trouxe à tona a maior de todas as preocupações para candidatos e eleitores: como saber se o candidato eleito não será cassado após as eleições?
Imaginemos a hipotética, embora não impossível, situação onde se elegerá um candidato para chefiar o executivo de algum Estado da Federação, o qual, invariavelmente, alcançará o cargo com milhões de votos, e tempos depois o Supremo Tribunal Federal entende que aquele candidato vencedor era inelegível. Não haverá, por acaso, um desregramento do que o eleitor esperava? Caso a definição tivesse sido concretizada antes e esse candidato não participasse do certame eleitoral, a ordem dos demais candidatos seria a mesma?
Essa insegurança jurídica criada pelos próprios magistrados e pelos tribunais não favorece o crescimento econômico, a estabilidade política e a tranqüilidade dos cidadãos. Ao contrário, podem criar impasses de conseqüências bastante sérias e graves, como visto acima.
Não bastassem todos os problemas estruturais já enfrentados pelo poder judiciário, e que afligem tanto os jurisdicionados quanto os advogados, como, por exemplo, prédios com goteiras (a exemplo do Fórum de Jaraguá do Sul), falta de juízes (obrigando profissionais a cobrir duas, três, quatro e às vezes até seis varas, como também ocorreu aqui na região no começo deste ano, sendo humanamente impossível o cumprimento de todas as obrigações), falta de funcionários (obrigando os diretores dos fóruns a contratar estagiários de alta rotatividade ou pedir servidores emprestados de outros órgãos governamentais, ficando a mercê da boa vontade dos membros do executivo), há, ainda, as indefinições ou contradições nas decisões judiciais que temos visto com certa frequência nos órgãos de imprensa.
De vez em quando se ouve falar de magistrado com estranhas amizades, ou com decisões sobre o mesmo assunto que tendem para um lado ou para outro conforme as partes envolvidas, ou sem o comportamento que se espera de tão sagrada profissão, ou, ainda, com processos dormindo por infindáveis anos em suas mesas. Todos estes fatores, por si só, já criam nos demais operadores do Direito e na população em geral certo desconforto e, mais do que isso, a chamada insegurança jurídica.
Quando estas situações acontecem nas instâncias de primeiro grau, ou seja, com os magistrados que estão nas nossas cidades, a questão já é complicada. Quando ocorrem nos Tribunais, com os desembargadores, o problema é ainda maior. Entretanto, quando atingem a corte máxima do país, como o Supremo Tribunal Federal, passamos do desconforto para a crítica e efetiva insegurança.
Semana passada viu-se a mais flagrante face de como esta insegurança jurídica pode afetar a vida de toda uma sociedade, os destinos de todo um país. O Supremo
Tribunal Federal, em debate jurídico de mais de dez horas, não chegou a uma conclusão definitiva sobre o caso do candidato ao governo do Distrito Federal, Joaquim Roriz, cuja candidatura havia sido cassada na instância inferior.
A decisão sobre este caso – que trata de um dos aspectos da Lei da Ficha Limpa – era aguardada pelo país inteiro, pois interferirá no resultado de todos os casos similares. Por outro lado, a indefinição gerada com a não conclusão efetiva de que rumo tomar definitivamente trouxe à tona a maior de todas as preocupações para candidatos e eleitores: como saber se o candidato eleito não será cassado após as eleições?
Imaginemos a hipotética, embora não impossível, situação onde se elegerá um candidato para chefiar o executivo de algum Estado da Federação, o qual, invariavelmente, alcançará o cargo com milhões de votos, e tempos depois o Supremo Tribunal Federal entende que aquele candidato vencedor era inelegível. Não haverá, por acaso, um desregramento do que o eleitor esperava? Caso a definição tivesse sido concretizada antes e esse candidato não participasse do certame eleitoral, a ordem dos demais candidatos seria a mesma?
Essa insegurança jurídica criada pelos próprios magistrados e pelos tribunais não favorece o crescimento econômico, a estabilidade política e a tranqüilidade dos cidadãos. Ao contrário, podem criar impasses de conseqüências bastante sérias e graves, como visto acima.
Reclama agora...
Vídeo remetido pelo amigo Hernani Teles Vieira, que resolvi compartilhar com os leitores do blog. Provavelmente muitos já o viram, eis que o mundo mágico da internet acelerou a informações em milhões de bytes. Entretanto, serve para nos relembrar do quão boa é nossa vida, e de como, muitas vezes, reclamamos por coisas tão pequenas.
Boa reflexão a todos.
Boa reflexão a todos.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
domingo, 26 de setembro de 2010
sábado, 25 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Contos de quinta: Eternos.
Eternos.
1940.
O casamento havia sido simples, mas os noivos não se importaram com isso. Para eles foi a mais bonita e magnífica cerimônia que já tinham presenciado. O padre disse belas palavras. O dia estava bonito. A pequena capela, florida e perfumada. Os poucos convidados, emocionados. Ali começou uma vida a dois batalhada, longa e amorosa. Alguns reveses e muitas alegrias. Cinco filhos (dois homens e três mulheres), quinze netos entre rapazes e garotas, dezoito bisnetos. A família sempre cresceu unida, um apoiando o outro, seguindo os exemplos de retidão da matriarca e do patriarca. Nunca foram ricos, mas também nunca passaram necessidades. Sua fortuna consistia na alegria constante e na união inquebrantável. Aqueles noivos novos viram seus filhos crescerem, estudarem, constituírem suas famílias, seus netos e bisnetos nascerem e brincarem. Viram seus cabelos brancos surgirem, a pele enrugar e endurecer, os movimentos ficarem limitados, a respiração cansar mais rápido. Viram o auge da era do rádio, a popularização da televisão e o aparecimento da internet, mesmo sem saber muito bem para que serviria, afinal. Viram guerras e armistícios, sistemas crescerem e entrarem em colapso, economias quebrarem, governos entrarem e saírem. Viram o tempo passar. Aproveitaram, respeitaram, viveram. E se amaram. Amaram-se como é difícil imaginar que se possa amar. Amavam-se até quando brigavam. Amavam-se inclusive quando não concordavam. Amavam-se simplesmente. Suas almas estavam ligadas.
2010.
Os filhos revezavam-se no hospital. Os netos ajudavam e confortavam. A família continuava unida. Triste, mas ainda unida. O patriarca estava em coma há duas semanas. A matriarca internada em estado que refletia cuidados, mas ainda bem lúcida. Um corredor os separava, cada um em um quarto. Quando conseguia, a esposa, com dificuldades, ia ver seu marido. A dor era grande, o medo maior ainda. No seu leito, ela falava para seus filhos e netos que ultimamente em suas orações apenas pedia um último privilégio para Deus. Entendia ter sido abençoada com vida por demais boa e feliz, com um marido insubstituível e com filhos, netos e bisnetos maravilhosos, mas, ainda assim, queria mais um privilégio. Dizia para seus filhos, em especial para as filhas, que já que a vida foi tão completa, que Deus concedesse a possibilidade de o casal deixasse o mundo terreno junto. Os olhos dos filhos e netos marejavam. Entretanto sabiam que a vida de um jamais existiria sem a do outro. Eram pessoas que se completavam e não resistiriam mais sem sua metade. Eram, na realidade, uma vida só. Na semana seguinte a mãe entrou também em coma. Dois dias depois o pai faleceu, às 9 horas. Às 21 horas do mesmo dia a mãe também se foi, sem saber que o marido havia partido 12 horas antes. Foram juntos. Foi-lhes concedido mais este privilégio.
1940.
O casamento havia sido simples, mas os noivos não se importaram com isso. Para eles foi a mais bonita e magnífica cerimônia que já tinham presenciado. O padre disse belas palavras. O dia estava bonito. A pequena capela, florida e perfumada. Os poucos convidados, emocionados. Ali começou uma vida a dois batalhada, longa e amorosa. Alguns reveses e muitas alegrias. Cinco filhos (dois homens e três mulheres), quinze netos entre rapazes e garotas, dezoito bisnetos. A família sempre cresceu unida, um apoiando o outro, seguindo os exemplos de retidão da matriarca e do patriarca. Nunca foram ricos, mas também nunca passaram necessidades. Sua fortuna consistia na alegria constante e na união inquebrantável. Aqueles noivos novos viram seus filhos crescerem, estudarem, constituírem suas famílias, seus netos e bisnetos nascerem e brincarem. Viram seus cabelos brancos surgirem, a pele enrugar e endurecer, os movimentos ficarem limitados, a respiração cansar mais rápido. Viram o auge da era do rádio, a popularização da televisão e o aparecimento da internet, mesmo sem saber muito bem para que serviria, afinal. Viram guerras e armistícios, sistemas crescerem e entrarem em colapso, economias quebrarem, governos entrarem e saírem. Viram o tempo passar. Aproveitaram, respeitaram, viveram. E se amaram. Amaram-se como é difícil imaginar que se possa amar. Amavam-se até quando brigavam. Amavam-se inclusive quando não concordavam. Amavam-se simplesmente. Suas almas estavam ligadas.
2010.
Os filhos revezavam-se no hospital. Os netos ajudavam e confortavam. A família continuava unida. Triste, mas ainda unida. O patriarca estava em coma há duas semanas. A matriarca internada em estado que refletia cuidados, mas ainda bem lúcida. Um corredor os separava, cada um em um quarto. Quando conseguia, a esposa, com dificuldades, ia ver seu marido. A dor era grande, o medo maior ainda. No seu leito, ela falava para seus filhos e netos que ultimamente em suas orações apenas pedia um último privilégio para Deus. Entendia ter sido abençoada com vida por demais boa e feliz, com um marido insubstituível e com filhos, netos e bisnetos maravilhosos, mas, ainda assim, queria mais um privilégio. Dizia para seus filhos, em especial para as filhas, que já que a vida foi tão completa, que Deus concedesse a possibilidade de o casal deixasse o mundo terreno junto. Os olhos dos filhos e netos marejavam. Entretanto sabiam que a vida de um jamais existiria sem a do outro. Eram pessoas que se completavam e não resistiriam mais sem sua metade. Eram, na realidade, uma vida só. Na semana seguinte a mãe entrou também em coma. Dois dias depois o pai faleceu, às 9 horas. Às 21 horas do mesmo dia a mãe também se foi, sem saber que o marido havia partido 12 horas antes. Foram juntos. Foi-lhes concedido mais este privilégio.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Explosão de garrafa de cerveja gera indenização.
A 13ª Câmara Cível do TJ de Minas Gerais condenou a indústria de cervejas e refrigerantes Schincariol a indenizar um homem que perdeu a visão do olho esquerdo ao sofrer um acidente com a explosão de uma garrafa de cerveja. Segundo Daniel Cardoso Borges, durante uma festa em Uberaba (MG), ele pegou duas garrafas de cerveja no engradado para por no frízer, quando uma delas estourou em sua mão, tendo os fragmentos atingido seu olho esquerdo e seu rosto.
O consumidor afirmou que passou por várias cirurgias, mas não recuperou a visão do olho perfurado e não tem condição financeira para fazer um transplante de córnea. Então solicitou indenização pelos danos sofridos.
A Schincariol alegou que o processo de produção da empresa utiliza “o mais moderno sistema de industrialização do mundo” e o recipiente do produto não possuía qualquer defeito.
Afirmou ainda que a empresa “realiza controle rigoroso sobre o nível de recirculação das garrafas usadas, descartando os vasilhames que possam expor a vida e a incolumidade física do consumidor”.
A juíza Régia Ferreira de Lima, entretanto, condenou a Schincariol a reparar o consumidor por danos morais no valor de R$ 60 mil. A empresa recorreu da decisão, mas o julgado de segundo grau entendeu que, embora “a explosão da garrafa retrate uma situação incomum e imprevisível, impossível não é”.
O acórdão concluiu que "a relação jurídica entre as partes está amparada pelas normas de proteção ao consumidor previstas na Lei nº 8.078/90”. (Proc. nº 1141425-22.2005.8.13.0701 - com informações do TJ-MG).
Fonte: Portal Espaço Vital.
O consumidor afirmou que passou por várias cirurgias, mas não recuperou a visão do olho perfurado e não tem condição financeira para fazer um transplante de córnea. Então solicitou indenização pelos danos sofridos.
A Schincariol alegou que o processo de produção da empresa utiliza “o mais moderno sistema de industrialização do mundo” e o recipiente do produto não possuía qualquer defeito.
Afirmou ainda que a empresa “realiza controle rigoroso sobre o nível de recirculação das garrafas usadas, descartando os vasilhames que possam expor a vida e a incolumidade física do consumidor”.
A juíza Régia Ferreira de Lima, entretanto, condenou a Schincariol a reparar o consumidor por danos morais no valor de R$ 60 mil. A empresa recorreu da decisão, mas o julgado de segundo grau entendeu que, embora “a explosão da garrafa retrate uma situação incomum e imprevisível, impossível não é”.
O acórdão concluiu que "a relação jurídica entre as partes está amparada pelas normas de proteção ao consumidor previstas na Lei nº 8.078/90”. (Proc. nº 1141425-22.2005.8.13.0701 - com informações do TJ-MG).
Fonte: Portal Espaço Vital.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
A onda verde do PV.
O tracking (pesquisa diária) da campanha presidencial de Marina Silva revela que a candidata do PV está crescendo na classe média, tirando votos de Dilma Rousseff (2/3) e de José Serra (1/3).
Dilma perde voto com as denúncias, e Serra, diante da dúvida de quem seria melhor adversário no segundo turno.
O presidente do PV do Rio, Alfredo Sirkis, diz que a força dessa onda ainda não está quantificada, mas diz que ela precisa extrapolar os setores médios da sociedade e chegar aos mais pobres.
O desempenho de Marina em cidades como o Rio e Brasília anima o PV, que torce para que essa onda se transforme numa tsunami.
Li no Blog no Ricardo Noblat.
Dilma perde voto com as denúncias, e Serra, diante da dúvida de quem seria melhor adversário no segundo turno.
O presidente do PV do Rio, Alfredo Sirkis, diz que a força dessa onda ainda não está quantificada, mas diz que ela precisa extrapolar os setores médios da sociedade e chegar aos mais pobres.
O desempenho de Marina em cidades como o Rio e Brasília anima o PV, que torce para que essa onda se transforme numa tsunami.
Li no Blog no Ricardo Noblat.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Médico atende passageiro a bordo e cobra da TAM pelo serviço.
Foi mantida pelo TJ do Rio de Janeiro a sentença, da 30ª Vara Cível do Rio de Janeiro, que julgou improcedente a ação movida pelo médico Arnaldo Libman contra a Tam Linhas Aéreas. O renomado reumatologista prestou assistência médica a um passageiro que se sentiu mal durante um voo do Rio a Nova Iorque e entendeu que a companhia aérea deveria pagar pelo serviço.
Ante o chamamento feito pelas comissárias, o profissional da Medicina apresentou-se, atuou a contento, o passageiro se recuperou e a viagem retomou a normalidade.
Logo ao desembarcar no aeroporto John F. Kennedy, em Nova Iorque, o médico Libman foi ao balcão da Tam cobrar o que entendia ser o "devido valor". Foi informado, na hora, que não é costume ressarcir médicos pelos atendimentos feitos a bordo - e que, se fosse o caso, os honorários deveriam ser pagos pelo paciente. Em seguida, o médico recebeu cumprimentos e agradecimentos pela sua maneira de agir.
Inconformado, logo após retornar ao Brasil o médico ingressou com ação de cobrança, sustentando que o ocorrido atrapalhou suas férias, "transformando momentos de descanso em um pesadelo".
A Tam contestou dizendo que "tudo não passou de uma emergência" e que ela, como transportadora, "não possui nenhum compromisso financeiro com Libman".
O juiz entendeu que se tratava de uma situação fora do normal, uma vez que o avião não estava em “terra firme” e que as aeromoças que solicitaram o atendimento ao passageiro que se sentia mal, não tinham outras alternativas, a não ser pedir ajuda a algum passageiro que tivesse conhecimentos médicos para impedir que um mal maior ocorresse ao viajante necessitado.
O pedido de pagamento foi improcedente, sendo o médico condenado nas despesas processuais e honorários de R$ 1.000,00. Insatisfeito, ele recorreu.
A relatora, desembargadora Marcia Ferreira Alvarenga, da 17ª Câmara Cível do TJ-RJ, foi direta em seu julgamento. A magistrada lembrou que além do Código de Ética Médica, que estabelece que "é dever do médico atender pacientes em caso de urgência", o Código Penal, em seu artigo 135, trata do crime de omissão de socorro.
O voto ressalta também que "o cotidiano de um profissional da Medicina está intimamente ligado a urgências e emergências, não sendo razoável a alegação do autor". Sendo assim, foi mantida a decisão.
Fonte: Portal Espaço Vital.
Ante o chamamento feito pelas comissárias, o profissional da Medicina apresentou-se, atuou a contento, o passageiro se recuperou e a viagem retomou a normalidade.
Logo ao desembarcar no aeroporto John F. Kennedy, em Nova Iorque, o médico Libman foi ao balcão da Tam cobrar o que entendia ser o "devido valor". Foi informado, na hora, que não é costume ressarcir médicos pelos atendimentos feitos a bordo - e que, se fosse o caso, os honorários deveriam ser pagos pelo paciente. Em seguida, o médico recebeu cumprimentos e agradecimentos pela sua maneira de agir.
Inconformado, logo após retornar ao Brasil o médico ingressou com ação de cobrança, sustentando que o ocorrido atrapalhou suas férias, "transformando momentos de descanso em um pesadelo".
A Tam contestou dizendo que "tudo não passou de uma emergência" e que ela, como transportadora, "não possui nenhum compromisso financeiro com Libman".
O juiz entendeu que se tratava de uma situação fora do normal, uma vez que o avião não estava em “terra firme” e que as aeromoças que solicitaram o atendimento ao passageiro que se sentia mal, não tinham outras alternativas, a não ser pedir ajuda a algum passageiro que tivesse conhecimentos médicos para impedir que um mal maior ocorresse ao viajante necessitado.
O pedido de pagamento foi improcedente, sendo o médico condenado nas despesas processuais e honorários de R$ 1.000,00. Insatisfeito, ele recorreu.
A relatora, desembargadora Marcia Ferreira Alvarenga, da 17ª Câmara Cível do TJ-RJ, foi direta em seu julgamento. A magistrada lembrou que além do Código de Ética Médica, que estabelece que "é dever do médico atender pacientes em caso de urgência", o Código Penal, em seu artigo 135, trata do crime de omissão de socorro.
O voto ressalta também que "o cotidiano de um profissional da Medicina está intimamente ligado a urgências e emergências, não sendo razoável a alegação do autor". Sendo assim, foi mantida a decisão.
Fonte: Portal Espaço Vital.
domingo, 19 de setembro de 2010
Atos a favor do voto consciente.
A OAB de Jaraguá do Sul está promovendo atos a favor do voto consciente e contra a corrupção eleitoral: VOTO NÃO TEM PREÇO, TEM CONSEQUÊNCIAS. Na quinta-feira o advogado Darwinn Harnack ministrou palestra na UNERJ/PUC a respeito do assunto. Na sexta-feira à noite os advogados, capiteneados pelo advogado Dirceu Antonio Campos, estiveram no jogo da Malwee Jaraguá divulgando e panfletando a respeito da campanha. No sábado pela manhã os trabalhos foram no centro da cidade de Guaramirim. Abaixo o restante da programação, sujeita a acréscimos. As fotos são da panfletagem no município de Guaramirim.
- 21/09 – Fameg e Fatej. Horário 18h30min
- 25/09 – Praça Ângelo Piazera e entroncamento das Ruas Reinoldo Rau e Procópio Gomes de Oliveira -Jaraguá do Sul. Horário: 8h30min
- 28/09 – Unerj e Jangada. Horário: 18h30min
Os advogados, estudantes e demais interessados interessados podem entrar em contato com a secretaria da Subseção (33712872) ou com o presidente da Comissão de Combate à Corrupção Eleitoral da Subseção (Dirceu Antonio Campos) para maiores informações.
sábado, 18 de setembro de 2010
Alimentando o espírito.
Sempre achei que arte alimenta o espírito. E me culpo por não aproveitar todas as oportunidades que Jaraguá do Sul oferece, com um belíssimo teatro (SCAR) e com belas iniciativas do SESC em diversas áreas culturais. Mas, de vez em quando, consigo a felicidade de me presentear com espetáculos diferentes.
Nessa sexta-feira, bem acompanhado, assisti Soledad Barrio e Noche Flamenca, na SCAR, em noite de casa absolutamente cheia. Para quem não está acostumado com a dança flamenca - meu caso - é impressionante o ritmo, a sincronia e a resistência dos dançarinos, durante as quase duas horas de show. Este espetáculo é considerado um dos melhores do mundo na dança flamenca. O grupo é espanhol.
Realmente um daqueles momentos de regozijo da alma.
Abaixo um trecho do espetáculo (em algum outro lugar), que recomendo:
Nessa sexta-feira, bem acompanhado, assisti Soledad Barrio e Noche Flamenca, na SCAR, em noite de casa absolutamente cheia. Para quem não está acostumado com a dança flamenca - meu caso - é impressionante o ritmo, a sincronia e a resistência dos dançarinos, durante as quase duas horas de show. Este espetáculo é considerado um dos melhores do mundo na dança flamenca. O grupo é espanhol.
Realmente um daqueles momentos de regozijo da alma.
Abaixo um trecho do espetáculo (em algum outro lugar), que recomendo:
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Nunca olhe para trás.
Vi no Jean Mafra em Minúsculas e gostei. Divertido, dinâmico, descompromissado. Uma história maluca em três partes. Vale a pena ver no final de semana. EP Midnight club, do produtor Russ Chimes.
Russ Chimes - Midnight Club EP (Part 1: Never Look Back) from Russ Chimes on Vimeo.
Russ Chimes - Midnight Club EP (Part 2: Tertre Rouge) from Russ Chimes on Vimeo.
Russ Chimes - Midnight Club EP (Part 3: Targa) from Russ Chimes on Vimeo.
Russ Chimes - Midnight Club EP (Part 1: Never Look Back) from Russ Chimes on Vimeo.
Russ Chimes - Midnight Club EP (Part 2: Tertre Rouge) from Russ Chimes on Vimeo.
Russ Chimes - Midnight Club EP (Part 3: Targa) from Russ Chimes on Vimeo.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Pedalando...
Mais uma etapa das peladadas do aventureiro e escritor Charles Zimmermann.
Acompanhe, clicando aqui para ir direto ao sítio dele.
Acompanhe, clicando aqui para ir direto ao sítio dele.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Cliente será indenizada por comprar carro zero quilômetro com defeito.
A 2ª Câmara de Direito Civil do TJ manteve sentença da Comarca de Lages, que condenou Translages Veículos e Acessórios S/A e General Motors do Brasil Ltda. ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 3 mil, em favor de Andréia Cabral Ramos.
A autora adquiriu na loja o veículo GM Corsa 1.0 MPFI, zero-quilômetro, no dia 2 de maio de 2003. Porém, seis meses após a compra, o carro passou a apresentar problemas no motor, e foi levado sete vezes até a concessionária para reparos, no período de dezembro de 2003 a abril de 2004.
A Translages arguiu sua ilegitimidade passiva, e aduziu que a autora não comprovou os danos morais sofridos. Por sua vez, a General Motors alegou que os defeitos não são de fabricação, e sim decorrentes da má utilização do veículo. Asseverou, também, que não tem o dever de indenizar.
“Se o veículo zero-quilômetro apresenta, em seus primeiros meses de uso, defeitos repetidos e capazes de reduzir substancialmente a sua utilidade, o consumidor tem direito à reparação por danos morais, ainda que o fornecedor tenha solucionado os vícios do produto no prazo legal”, anotou o relator da matéria, desembargador Nelson Schaefer Martins. A votação foi unânime. (Ap. Cív. n. 2007.052942-2)
Fonte: Portal do TJSC.
A autora adquiriu na loja o veículo GM Corsa 1.0 MPFI, zero-quilômetro, no dia 2 de maio de 2003. Porém, seis meses após a compra, o carro passou a apresentar problemas no motor, e foi levado sete vezes até a concessionária para reparos, no período de dezembro de 2003 a abril de 2004.
A Translages arguiu sua ilegitimidade passiva, e aduziu que a autora não comprovou os danos morais sofridos. Por sua vez, a General Motors alegou que os defeitos não são de fabricação, e sim decorrentes da má utilização do veículo. Asseverou, também, que não tem o dever de indenizar.
“Se o veículo zero-quilômetro apresenta, em seus primeiros meses de uso, defeitos repetidos e capazes de reduzir substancialmente a sua utilidade, o consumidor tem direito à reparação por danos morais, ainda que o fornecedor tenha solucionado os vícios do produto no prazo legal”, anotou o relator da matéria, desembargador Nelson Schaefer Martins. A votação foi unânime. (Ap. Cív. n. 2007.052942-2)
Fonte: Portal do TJSC.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Debate sobre o novo CPC.
A Comissão Especial do Senado Federal que trabalha na elaboração do projeto de lei do novo Código de Processo Civil (CPC) realizou, na manhã desta sexta-feira (10/9), em Florianópolis, audiência pública para que magistrados, promotores, advogados e servidores do Poder Judiciário, além de acadêmicos e da comunidade em geral, pudessem conhecer, criticar e sugerir mudanças no projeto.
Cerca de 250 pessoas acompanharam os trabalhos no auditório do TJ. Esta foi a quinta audiência pública realizada em busca dos ajustes necessários ao Projeto de Lei do Senado 166/2010 – a equipe já passou pelas cidades de Brasília/DF, Belo Horizonte/MG, São Paulo/SP e Recife/PE e, até 21 de setembro, tem mais três programadas: Campo Grande/MS, Salvador/BA e Rio de Janeiro/RJ.
Em Florianópolis, os trabalhos foram comandados pelos senadores Acir Gurgacz, relator parcial de recursos, e Valter Pereira, relator-geral da comissão especial. Participaram também o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Trindade dos Santos, os senadores Neuto de Couto, Selma Elias e Níura Demarchi, o subprocurador-geral para assuntos administrativos, José Eduardo Orofino, e o vice-presidente da OAB/SC, Márcio Luiz Vicari.
O senador Acir Gurgacz abriu os trabalhos com um agradecimento a todos que contribuíram para a realização da audiência em Santa Catarina. “Com estas audiência públicas, em várias capitais do país, temos certeza de que atenderemos às necessidades da sociedade”, afirmou. Já o senador Valter Pereira justificou que a mudança é necessária pois o Código é de 1973 e, desde 1992, recebeu apenas minirreformas. “A mudança permite continuar uma Justiça mais rápida e com maior segurança jurídica”, disse Pereira.
Continue lendo clicando aqui (página do TJSC).
Na foto abaixo, os Senadores Acir Gurgacz, Níura Demarchi, Valter Pereira, eu, o Conselheiro da Subseção de Jaraguá do Sul da OAB/SC, Sérgio Kuchenbecker Junior e o Vice-presidente da OAB/SC, Márcio Luiz Vicari.
Cerca de 250 pessoas acompanharam os trabalhos no auditório do TJ. Esta foi a quinta audiência pública realizada em busca dos ajustes necessários ao Projeto de Lei do Senado 166/2010 – a equipe já passou pelas cidades de Brasília/DF, Belo Horizonte/MG, São Paulo/SP e Recife/PE e, até 21 de setembro, tem mais três programadas: Campo Grande/MS, Salvador/BA e Rio de Janeiro/RJ.
Em Florianópolis, os trabalhos foram comandados pelos senadores Acir Gurgacz, relator parcial de recursos, e Valter Pereira, relator-geral da comissão especial. Participaram também o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Trindade dos Santos, os senadores Neuto de Couto, Selma Elias e Níura Demarchi, o subprocurador-geral para assuntos administrativos, José Eduardo Orofino, e o vice-presidente da OAB/SC, Márcio Luiz Vicari.
O senador Acir Gurgacz abriu os trabalhos com um agradecimento a todos que contribuíram para a realização da audiência em Santa Catarina. “Com estas audiência públicas, em várias capitais do país, temos certeza de que atenderemos às necessidades da sociedade”, afirmou. Já o senador Valter Pereira justificou que a mudança é necessária pois o Código é de 1973 e, desde 1992, recebeu apenas minirreformas. “A mudança permite continuar uma Justiça mais rápida e com maior segurança jurídica”, disse Pereira.
Continue lendo clicando aqui (página do TJSC).
Na foto abaixo, os Senadores Acir Gurgacz, Níura Demarchi, Valter Pereira, eu, o Conselheiro da Subseção de Jaraguá do Sul da OAB/SC, Sérgio Kuchenbecker Junior e o Vice-presidente da OAB/SC, Márcio Luiz Vicari.
domingo, 12 de setembro de 2010
sábado, 11 de setembro de 2010
Pa panamericano.
Sugestão da Gabriela, com duas versões para a mesma música. A primeira original, e a segunda, mixada, em versão eletrônica:
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Que venham felizes e flamenguistas.
Mas se não forem flamenguistas, não tem problema, não.
Uma pequena homenagem ao meu irmão Alexandre e minha cunhada Beth, e aos meus amigos Martha Carina e Miguel.
Sempre que estou bem feliz, lembro de uma poesia que escrevi há muitos anos. Muitos mesmo. Pode não ser nenhuma obra-prima literária, mas eu gosto dela mesmo assim.
E estes dois casais que me são muito caros estão grávidos. A homenagem é para os seis, então. A filha do meu irmão e minha cunhada está com o nasciment previsto para o início de novembro (embora eu já tenha deflagrado a campanha: Izabelle - 11 de novembro - Seguuuuuuura Beth!!!) e o filho ou filha dos meus amigos vai demorar um pouco mais.
Aí está:
Uma pequena homenagem ao meu irmão Alexandre e minha cunhada Beth, e aos meus amigos Martha Carina e Miguel.
Sempre que estou bem feliz, lembro de uma poesia que escrevi há muitos anos. Muitos mesmo. Pode não ser nenhuma obra-prima literária, mas eu gosto dela mesmo assim.
E estes dois casais que me são muito caros estão grávidos. A homenagem é para os seis, então. A filha do meu irmão e minha cunhada está com o nasciment previsto para o início de novembro (embora eu já tenha deflagrado a campanha: Izabelle - 11 de novembro - Seguuuuuuura Beth!!!) e o filho ou filha dos meus amigos vai demorar um pouco mais.
Aí está:
CAMPOS AZUIS
Sentir a paz
E vamos correr e brincar e dançar
Por toda a extensão dos campos azuis
Subiremos as infinitas montanhas amarelas
Sem nunca cansar
Tocaremos sem medo o céu bege
Deitaremos nas folhas cor-de-rosa
E sentiremos sua agradável fragrância lilás
Pularemos ao redor dos troncos brancos das árvores
Escalaremos seus galhos também brancos
E nas copas prateadas
Daremos o maior grito vermelho de paixão já ouvido
Saltaremos, então, daquela altura
Brincando com o ar colorido
Sem dúvidas, nem remorso, colheremos todas as flores de cor sublime
O sol verde nos dará total cobertura
A chuva dourada molhará nossos corações felizes
Os pássaros cantarão melodias lindas demais
E o arco-íris explodirá em milhões de cores.
E para complementar, uma música que sempre lembro quando leio essa poesia (com as cores nos lugares certos...):
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Contos de quinta: Strip-pôquer.
Pela primeira vez o Contos de quinta publicará o texto de um leitor. Na realidade de uma leitora que mandou o conto sob um pseudônimo: Lua Negra. Repito que qualquer interessado em participar poderá entrar em contato que será um prazer publicar.
Strip-pôquer.
Tudo começou quando li um conto... num blog por aí. Não lembro muito bem porque, mas a certa altura o conto trazia a palavra “strip-pôquer”. Fiquei interessada. Não. Acho que não há problemas em admitir que a excitação era o real sentimento. Ótimo, eu estava precisando sentir alguma coisa que me surpreendesse, algo que mexesse comigo de uma forma intensa, quente. Entretanto, eu tinha um problema. Não sabia jogar pôquer.
Pensando sobre isso, pesquisei na internet sobre as regras (obviamente sem admitir que minha ânsia não era pelo pôquer, e sim pelo strip). Achei complicado. Pra quê tanta complicação se no final das contas o único objetivo é tirar a roupa? Claro, o problema é que eu nasci mulher, e, portanto, um ser incompreensível, incapaz de admitir seus instintos e vontades simplesmente, sem justificativas.
Bom, mas eu tinha uma justificativa, afinal. Precisava aprender a jogar pôquer. Falei com um amigo. Ele ficou empolgado (mais do que devia, considerando que não coloquei a palavra “strip”, antes da palavra pôquer). Fingi que não senti a alteração no seu tom de voz, assim como tentei não imaginar por onde andava sua imaginação nesse momento. Seria possível que nenhum homem pudesse ser meu amigo, simplesmente, sem intenções ocultas?
Ignorei o fato de conhecer sua real intenção, e marcamos nossa primeira aula. Foi legal, apesar de complexo. Como as pessoas podiam se divertir tanto jogando isso? Não sei. E também não quero saber, considerando que na verdade eu adoraria perder uma partida depois da outra, pra que o strip fosse perfeito. Aliás, esse pensamento deu origem a uma pergunta interna... com quanta roupa eu deveria ir, no fim das contas? Se fossem muitas roupas, eu teria que perder muito antes de mostrar a lingerie, linda, rendada e preta que eu já havia comprado (pode me chamar de ansiosa, eu não ligo).
Perdão pela distração. Vamos voltar ao que interessa. Fui embora depois da primeira aula um pouco surpresa, já que meu amigo não demonstrou nenhuma má intenção. Será que eu estava decepcionada? Não... impossível. Na verdade não era impossível, porque de repente me senti ansiosa pela segunda aula, e por esse motivo lhe telefonei ainda do carro, a caminho de casa. Ele pareceu gostar disso, e eu não me incomodei em tentar disfarçar que também gostei. Era quinta feira e, para não demonstrar minha ansiedade, marquei para sábado.
Sábado acordei animada, ansiosa. Passei o dia sem comer, pois não queria aumentar nem um único centímetro de minhas medidas, afinal - recordei, um pouco constrangida - a lingerie era mínima. Me arrependi de já ter comprado. Agora ia essa mesmo.
Eu ainda não admitia que queria jogar strip-pôquer com meu amigo, mas apenas por precaução passei o dia todo cuidando de mim. Ainda precavida, coloquei a lingerie. Nessa hora voltou a dúvida: muita roupa ou pouca roupa? Acabei optando por uma meia 7/8, na altura das coxas, a renda combinando com a lingerie. Joguei um sobretudo por cima, e mais nada.
Saí meia hora mais cedo do que o necessário, com medo de que pudesse perder a coragem. O que ele pensaria de mim? Valia a pena perder um amigo por uma fantasia sexual? Não! Fantasia sexual?!!? Derrotada, admiti para mim mesma pelo retrovisor que, a essa altura, minha tara pelo strip-pôquer já podia ser considerada isso, até porque já incluía beijos, mordidas e sexo sobre a mesa cheia de cartas e fichas. Decidi que sim. Decidi também que não pensaria nas consequências.
Quando cheguei no prédio dele, me perguntei se entrava ou não, considerando que eu estava adiantada. Entrei. Mulheres são ansiosas demais para esperar dentro do carro, ouvindo música e olhando para o vazio, como os homens fazem.
Ele gostou de me ver. Ou seria imaginação? Eu gostei de vê-lo. Caramba, por que eu era tão insegura? Empinei o nariz, mexi no cabelo e cruzei porta adentro, sentando no sofá e olhando, de canto, a mesa arrumada com as fichas e as cartas. Ferrou. Minhas pernas tremeram e senti, envergonhada, que não conseguia mais conter minha excitação, pedindo para começarmos logo e já arrependida de não ter colocado muita roupa, afinal, não queria que ele pensasse que eu era fácil. Tarde demais.
Sentamos à mesa e ele me perguntou se eu lembrava das regras. Eu lembrava, acho. Mas sugeri que jogássemos valendo dessa vez, porque a maneira mais fácil de aprender a fazer alguma coisa, era fazendo. Começamos o jogo, e, como era óbvio, ele ganhou a primeira, e, sinceramente, nem entendi o que significava. Mas fiquei animada pois ele buscou a segunda garrafa de espumante... (não queria admitir, mas a primeira tomei praticamente sozinha)
Ele abriu a segunda garrafa e encheu as taças... iniciamos a segunda partida, mas mais rimos e bebemos do que jogamos. Fui buscar a terceira garrafa, confesso que para me certificar de quantas garrafas havia, o que me empolgou, porque ainda tinha quatro! Havia três possíveis motivos para isso, pensei: 1. Ele imaginou que a noite seria boa; 2. Ele imaginou que eu era tímida e precisava beber para me soltar ou... 3. Ele estava mais habituado do que eu pensara a trazer mulheres para um strip-pôquer bem animado, e já estava abastecido. Resolvi não pensar mais nisso. Eu não voltaria atrás agora, independente do que acontecesse.
Voltei para a mesa com a terceira garrafa, mas não sentei na cadeira, como ele esperava. Sentei na mesa, na frente dele, abri as pernas. Depois cruzei. Abri os botões do sobretudo, um a um. Ele apenas olhava. Senti um súbito pânico ao imaginar que pudesse ter confundido tudo e apenas imaginado que ele também me desejava. Estaquei no último botão... vi um lapso de dúvida em seus olhos e então uma decisão. Levantou, me deitou na mesa, desabotoou o último botão. Interpretei o sorriso torto como um sinal de que gostou do que viu. Ele riu mais, beijou meu umbigo, brincou com o piercing e passou o dedo por minha tatuagem... me arrepiei.
Queria agir também, puxá-lo, abraçá-lo. Mas não consegui. Estava bom demais para que eu ousasse me mexer. Fiquei paralisada, apenas sentindo... fechei os olhos e descobri que sentir sua boca em meu corpo e tentar adivinhar para onde ela estava indo era melhor do que olhar por onde ela ia.
Quando não aguentei mais, fiz o que esperei toda a noite pra fazer. Tirei de uma vez o casaco, os sapatos, o prendedor do cabelo. E dominei a situação. A única luz que havia era a da cozinha, que eu havia deixado acesa quando fui buscar a última garrafa, o que era bom e ruim ao mesmo tempo, pois eu queria ver suas expressões e reações, mas não seria capaz de olhar nos olhos dele, diretamente.
Foi bom. Ok, admito. Foi melhor do eu esperava. Nunca me imaginei fazendo aquelas coisas com ele. Não jogamos mais pôquer aquela noite, mas ele me fez vestir e tirar a roupa para ele mais três vezes. Rimos, bebemos as outras garrafas de espumante e por fim dormimos. Exaustos. Acordei pela manhã, minha cabeça rodando, meus pensamentos confusos. Me descobri no tapete da sala, junto com algumas cartas e fichas que caíram da mesa durante a loucura toda. Lembrei. Senti vergonha. E agora, como seria? Decidi que o melhor era sair dali o mais depressa possível e resolver isso comigo mesma. Levantei, e na pressa de sair dali não encontrei nada, nem calcinha, nem sutiã, nem meias. Apenas saí, totalmente nua, a não ser pelos sapatos, pelo sobretudo e pelas lembranças.
Strip-pôquer.
Tudo começou quando li um conto... num blog por aí. Não lembro muito bem porque, mas a certa altura o conto trazia a palavra “strip-pôquer”. Fiquei interessada. Não. Acho que não há problemas em admitir que a excitação era o real sentimento. Ótimo, eu estava precisando sentir alguma coisa que me surpreendesse, algo que mexesse comigo de uma forma intensa, quente. Entretanto, eu tinha um problema. Não sabia jogar pôquer.
Pensando sobre isso, pesquisei na internet sobre as regras (obviamente sem admitir que minha ânsia não era pelo pôquer, e sim pelo strip). Achei complicado. Pra quê tanta complicação se no final das contas o único objetivo é tirar a roupa? Claro, o problema é que eu nasci mulher, e, portanto, um ser incompreensível, incapaz de admitir seus instintos e vontades simplesmente, sem justificativas.
Bom, mas eu tinha uma justificativa, afinal. Precisava aprender a jogar pôquer. Falei com um amigo. Ele ficou empolgado (mais do que devia, considerando que não coloquei a palavra “strip”, antes da palavra pôquer). Fingi que não senti a alteração no seu tom de voz, assim como tentei não imaginar por onde andava sua imaginação nesse momento. Seria possível que nenhum homem pudesse ser meu amigo, simplesmente, sem intenções ocultas?
Ignorei o fato de conhecer sua real intenção, e marcamos nossa primeira aula. Foi legal, apesar de complexo. Como as pessoas podiam se divertir tanto jogando isso? Não sei. E também não quero saber, considerando que na verdade eu adoraria perder uma partida depois da outra, pra que o strip fosse perfeito. Aliás, esse pensamento deu origem a uma pergunta interna... com quanta roupa eu deveria ir, no fim das contas? Se fossem muitas roupas, eu teria que perder muito antes de mostrar a lingerie, linda, rendada e preta que eu já havia comprado (pode me chamar de ansiosa, eu não ligo).
Perdão pela distração. Vamos voltar ao que interessa. Fui embora depois da primeira aula um pouco surpresa, já que meu amigo não demonstrou nenhuma má intenção. Será que eu estava decepcionada? Não... impossível. Na verdade não era impossível, porque de repente me senti ansiosa pela segunda aula, e por esse motivo lhe telefonei ainda do carro, a caminho de casa. Ele pareceu gostar disso, e eu não me incomodei em tentar disfarçar que também gostei. Era quinta feira e, para não demonstrar minha ansiedade, marquei para sábado.
Sábado acordei animada, ansiosa. Passei o dia sem comer, pois não queria aumentar nem um único centímetro de minhas medidas, afinal - recordei, um pouco constrangida - a lingerie era mínima. Me arrependi de já ter comprado. Agora ia essa mesmo.
Eu ainda não admitia que queria jogar strip-pôquer com meu amigo, mas apenas por precaução passei o dia todo cuidando de mim. Ainda precavida, coloquei a lingerie. Nessa hora voltou a dúvida: muita roupa ou pouca roupa? Acabei optando por uma meia 7/8, na altura das coxas, a renda combinando com a lingerie. Joguei um sobretudo por cima, e mais nada.
Saí meia hora mais cedo do que o necessário, com medo de que pudesse perder a coragem. O que ele pensaria de mim? Valia a pena perder um amigo por uma fantasia sexual? Não! Fantasia sexual?!!? Derrotada, admiti para mim mesma pelo retrovisor que, a essa altura, minha tara pelo strip-pôquer já podia ser considerada isso, até porque já incluía beijos, mordidas e sexo sobre a mesa cheia de cartas e fichas. Decidi que sim. Decidi também que não pensaria nas consequências.
Quando cheguei no prédio dele, me perguntei se entrava ou não, considerando que eu estava adiantada. Entrei. Mulheres são ansiosas demais para esperar dentro do carro, ouvindo música e olhando para o vazio, como os homens fazem.
Ele gostou de me ver. Ou seria imaginação? Eu gostei de vê-lo. Caramba, por que eu era tão insegura? Empinei o nariz, mexi no cabelo e cruzei porta adentro, sentando no sofá e olhando, de canto, a mesa arrumada com as fichas e as cartas. Ferrou. Minhas pernas tremeram e senti, envergonhada, que não conseguia mais conter minha excitação, pedindo para começarmos logo e já arrependida de não ter colocado muita roupa, afinal, não queria que ele pensasse que eu era fácil. Tarde demais.
Sentamos à mesa e ele me perguntou se eu lembrava das regras. Eu lembrava, acho. Mas sugeri que jogássemos valendo dessa vez, porque a maneira mais fácil de aprender a fazer alguma coisa, era fazendo. Começamos o jogo, e, como era óbvio, ele ganhou a primeira, e, sinceramente, nem entendi o que significava. Mas fiquei animada pois ele buscou a segunda garrafa de espumante... (não queria admitir, mas a primeira tomei praticamente sozinha)
Ele abriu a segunda garrafa e encheu as taças... iniciamos a segunda partida, mas mais rimos e bebemos do que jogamos. Fui buscar a terceira garrafa, confesso que para me certificar de quantas garrafas havia, o que me empolgou, porque ainda tinha quatro! Havia três possíveis motivos para isso, pensei: 1. Ele imaginou que a noite seria boa; 2. Ele imaginou que eu era tímida e precisava beber para me soltar ou... 3. Ele estava mais habituado do que eu pensara a trazer mulheres para um strip-pôquer bem animado, e já estava abastecido. Resolvi não pensar mais nisso. Eu não voltaria atrás agora, independente do que acontecesse.
Voltei para a mesa com a terceira garrafa, mas não sentei na cadeira, como ele esperava. Sentei na mesa, na frente dele, abri as pernas. Depois cruzei. Abri os botões do sobretudo, um a um. Ele apenas olhava. Senti um súbito pânico ao imaginar que pudesse ter confundido tudo e apenas imaginado que ele também me desejava. Estaquei no último botão... vi um lapso de dúvida em seus olhos e então uma decisão. Levantou, me deitou na mesa, desabotoou o último botão. Interpretei o sorriso torto como um sinal de que gostou do que viu. Ele riu mais, beijou meu umbigo, brincou com o piercing e passou o dedo por minha tatuagem... me arrepiei.
Queria agir também, puxá-lo, abraçá-lo. Mas não consegui. Estava bom demais para que eu ousasse me mexer. Fiquei paralisada, apenas sentindo... fechei os olhos e descobri que sentir sua boca em meu corpo e tentar adivinhar para onde ela estava indo era melhor do que olhar por onde ela ia.
Quando não aguentei mais, fiz o que esperei toda a noite pra fazer. Tirei de uma vez o casaco, os sapatos, o prendedor do cabelo. E dominei a situação. A única luz que havia era a da cozinha, que eu havia deixado acesa quando fui buscar a última garrafa, o que era bom e ruim ao mesmo tempo, pois eu queria ver suas expressões e reações, mas não seria capaz de olhar nos olhos dele, diretamente.
Foi bom. Ok, admito. Foi melhor do eu esperava. Nunca me imaginei fazendo aquelas coisas com ele. Não jogamos mais pôquer aquela noite, mas ele me fez vestir e tirar a roupa para ele mais três vezes. Rimos, bebemos as outras garrafas de espumante e por fim dormimos. Exaustos. Acordei pela manhã, minha cabeça rodando, meus pensamentos confusos. Me descobri no tapete da sala, junto com algumas cartas e fichas que caíram da mesa durante a loucura toda. Lembrei. Senti vergonha. E agora, como seria? Decidi que o melhor era sair dali o mais depressa possível e resolver isso comigo mesma. Levantei, e na pressa de sair dali não encontrei nada, nem calcinha, nem sutiã, nem meias. Apenas saí, totalmente nua, a não ser pelos sapatos, pelo sobretudo e pelas lembranças.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Ponto de vista: A utopia acerca da redução da jornada de trabalho.
Encontra-se em trâmite, no Congresso Nacional, a proposta de Emenda à Constituição PEC 231/95, com o objetivo de reduzir a atual jornada de trabalho de 44 horas semanais, para 40 horas, bem como ainda prevê tal emenda, o adicional de hora extra dos atuais 50% para 75%.
O espírito do referido projeto de emenda constitucional repousa em um aumento significativo na geração de empregos, no sentido de que o empregador, ao "perder" seu funcionário por 4 horas semanais, deveria, em tese, suprir tal horário contratando mais um funcionário, e, assim, frear as horas extras e gerar novos empregos.
Data vênia, o Brasil caminha a passos lentos para seu pleno desenvolvimento, atingir uma economia estável, e uma melhor qualidade de vida para toda a população, dentre tantos outros fatores que nos levarão um dia a sermos um país digno. No entanto, não bastasse tanta utopia (pelo menos por enquanto), essa reflete diretamente na discussão em tela, primeiramente porque, devemos desmistificar de uma vez por todas a idéia de que uma lei criada no "calor do momento", e em ano eleitoral, irá salvar a todos.
Assim, afirma-se que antes de criarmos a PEC 231/95, precisamos ter em mente que para gerarmos mais empregos, necessário seria um estudo da nossa elevada carga tributária, tendo em vista essa ser uma das mais altas do planeta, e partindo desse prisma, os maiores afetados negativamente com a PEC 231/95 serão as micro e pequenas empresas, as que mais geram empregos no país, cerca de 60%, conforme dados do IBGE, e são elas as mais castigadas com os tributos abusivos.
Relacionando tal afirmação, como diz o velho ditado, “a corda sempre arrebenta do lado mais fraco”, não resta dúvidas de que será você, trabalhador, o próximo afetado, uma vez que o empregador não suportando a situação atual do país, terá que reduzir seus gastos, assim, milhares de milhões de pessoas serão excluídas de seus postos de trabalho, obrigando (quando for o caso), o empregador a suprir tal falta, buscar mão de obra mais barata, proporcional aquela que tinha antes da PEC 231/95.
Ainda, afim de aprofundar tais afirmações acerca da redução da jornada de trabalho, lembremos do ano de 1988, com o advento da Constituição Federal, o desemprego era algo em torno de 3,5%, segundo dados do IBGE, no entanto, logo após a redução para 44 horas semanais, o índice de desemprego subiu atingindo 7,5% em 1999, desta forma conclui-se apenas que a redução da jornada de trabalho estará prejudicando, e muito, os que já estão empregados.
Os defensores da referida Emenda citam em seus discursos bonitos, porém demagogos, que países como Estados Unidos, França, Suíça, dentre outros, trabalham menos que o Brasil, e dessa forma, induzindo o povo, digo aquele menos esclarecido e de baixa renda, a acreditar que isso resolveria todos, ou boa parte dos problemas do país, no entanto esquecem eles de informar que estão exemplificando países desenvolvidos, potências mundiais, que pagam impostos mais baixos que os nossos, que lá o índice de desigualdade social é baixíssimo, bem como a educação é de primeira qualidade, caso contrário ao que se vê atualmente no Brasil, e digo mais, quais as ações que têm sido feitas no sentido de ajudar o trabalhador por esses defensores? Não seria de todo importante antes de criarmos uma emenda radical como essa, pensarmos em políticas de desenvolvimento profissional de qualidade ao trabalhador dentro e fora de seu posto de trabalho, ações políticas na busca de alternativas de trabalho, a acessibilidade dos trabalhadores a carreiras efetivas, a flexibilização entre empregador e trabalhador afim de acordarem um possível ajuste, ou na jornada de trabalho ou no seu salário, dentre tantas outras práticas de políticas reais de acesso ao conhecimento e educação, mas não, nada foi feito, e com isso a solução e o caminho mais fácil foi criar a PEC 231/95, fazendo com o que o povo fique condicionado a ganhar as coisas mais fáceis, parece até um modismo recorrente no Brasil, uma vez que não é diferente em outros programas puramente populistas de conhecimento notório criados pelo governo atual.
Por fim, resta a estranheza (ou o óbvio) de tal projeto estar sendo colocado em pauta novamente em pleno ano eleitoral, como forma de "enganar" o povo criando aberrações jurídicas, de caráter eleitoreiro, trazendo consigo aquele interesse invisível, político, a faceta que venda os olhos do eleitor na esperança de uma possível melhoria no seu cotidiano, mas no final só trará o retrocesso na economia, um maior índice de desemprego e consequentemente o crescimento da pobreza que assola o meu país.
Ítalo Demarchi dos Santos, estudante de Direito pela Uniasselvi/FAMEG e trabalhador, cuja jornada de trabalho ultrapassa as 44 horas semanais, e-mail: italodemarchi@hotmail.com
O espírito do referido projeto de emenda constitucional repousa em um aumento significativo na geração de empregos, no sentido de que o empregador, ao "perder" seu funcionário por 4 horas semanais, deveria, em tese, suprir tal horário contratando mais um funcionário, e, assim, frear as horas extras e gerar novos empregos.
Data vênia, o Brasil caminha a passos lentos para seu pleno desenvolvimento, atingir uma economia estável, e uma melhor qualidade de vida para toda a população, dentre tantos outros fatores que nos levarão um dia a sermos um país digno. No entanto, não bastasse tanta utopia (pelo menos por enquanto), essa reflete diretamente na discussão em tela, primeiramente porque, devemos desmistificar de uma vez por todas a idéia de que uma lei criada no "calor do momento", e em ano eleitoral, irá salvar a todos.
Assim, afirma-se que antes de criarmos a PEC 231/95, precisamos ter em mente que para gerarmos mais empregos, necessário seria um estudo da nossa elevada carga tributária, tendo em vista essa ser uma das mais altas do planeta, e partindo desse prisma, os maiores afetados negativamente com a PEC 231/95 serão as micro e pequenas empresas, as que mais geram empregos no país, cerca de 60%, conforme dados do IBGE, e são elas as mais castigadas com os tributos abusivos.
Relacionando tal afirmação, como diz o velho ditado, “a corda sempre arrebenta do lado mais fraco”, não resta dúvidas de que será você, trabalhador, o próximo afetado, uma vez que o empregador não suportando a situação atual do país, terá que reduzir seus gastos, assim, milhares de milhões de pessoas serão excluídas de seus postos de trabalho, obrigando (quando for o caso), o empregador a suprir tal falta, buscar mão de obra mais barata, proporcional aquela que tinha antes da PEC 231/95.
Ainda, afim de aprofundar tais afirmações acerca da redução da jornada de trabalho, lembremos do ano de 1988, com o advento da Constituição Federal, o desemprego era algo em torno de 3,5%, segundo dados do IBGE, no entanto, logo após a redução para 44 horas semanais, o índice de desemprego subiu atingindo 7,5% em 1999, desta forma conclui-se apenas que a redução da jornada de trabalho estará prejudicando, e muito, os que já estão empregados.
Os defensores da referida Emenda citam em seus discursos bonitos, porém demagogos, que países como Estados Unidos, França, Suíça, dentre outros, trabalham menos que o Brasil, e dessa forma, induzindo o povo, digo aquele menos esclarecido e de baixa renda, a acreditar que isso resolveria todos, ou boa parte dos problemas do país, no entanto esquecem eles de informar que estão exemplificando países desenvolvidos, potências mundiais, que pagam impostos mais baixos que os nossos, que lá o índice de desigualdade social é baixíssimo, bem como a educação é de primeira qualidade, caso contrário ao que se vê atualmente no Brasil, e digo mais, quais as ações que têm sido feitas no sentido de ajudar o trabalhador por esses defensores? Não seria de todo importante antes de criarmos uma emenda radical como essa, pensarmos em políticas de desenvolvimento profissional de qualidade ao trabalhador dentro e fora de seu posto de trabalho, ações políticas na busca de alternativas de trabalho, a acessibilidade dos trabalhadores a carreiras efetivas, a flexibilização entre empregador e trabalhador afim de acordarem um possível ajuste, ou na jornada de trabalho ou no seu salário, dentre tantas outras práticas de políticas reais de acesso ao conhecimento e educação, mas não, nada foi feito, e com isso a solução e o caminho mais fácil foi criar a PEC 231/95, fazendo com o que o povo fique condicionado a ganhar as coisas mais fáceis, parece até um modismo recorrente no Brasil, uma vez que não é diferente em outros programas puramente populistas de conhecimento notório criados pelo governo atual.
Por fim, resta a estranheza (ou o óbvio) de tal projeto estar sendo colocado em pauta novamente em pleno ano eleitoral, como forma de "enganar" o povo criando aberrações jurídicas, de caráter eleitoreiro, trazendo consigo aquele interesse invisível, político, a faceta que venda os olhos do eleitor na esperança de uma possível melhoria no seu cotidiano, mas no final só trará o retrocesso na economia, um maior índice de desemprego e consequentemente o crescimento da pobreza que assola o meu país.
Ítalo Demarchi dos Santos, estudante de Direito pela Uniasselvi/FAMEG e trabalhador, cuja jornada de trabalho ultrapassa as 44 horas semanais, e-mail: italodemarchi@hotmail.com
Combate à corrupção eleitoral.
CONVITE
A Diretoria da OAB/SC - 23ª Subseção, juntamente com a Comissão de Combate à Corrupção Eleitoral, tem a honra de convidá-lo para a palestra:
“Voto não tem preço, tem consequências”
Ministrante: Dr. Márcio Luiz Fogaça Vicari (Presidente da Comissão de Combate à Corrupção Eleitoral da OAB/SC e ex-juiz do TRE/SC).
Data: 08 de setembro de 2010
Local: Auditório do CPL - Rua Donaldo Gehring, 175 - Centro
Horário: 19 horas
Favor confirmar presença com Suelen ou Aline pelo telefone 47.3371-2872.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
domingo, 5 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
Da arquibancada - o melhor show da terra.
Final de semana retrasado, quando fomos (Gabriela e eu) para São Paulo visitar a Bienal Internacional do Livro, aproveitamos e conhecemos, também, o Museu do Futebol, por sugestão do nosso anfitrião e cicerone Elton, e ainda na companhia do amigo Patrick. Muitas fotos interessantes, muitas informações curiosíssimas, muitas peças raras, muitas coisas bonitas e outras engraçadas, muitos vídeos, muitas narrações históricas.
Mas é fato: não tem nada mais bonito no futebol (e não estou comparando à razão do futebol que é, bem ou mal, de sorte ou de categoria, chorado ou direto, o GOL) do que a torcida na arquibancada.
A parte que mais gostei, que mais me chamou atenção, que mais me emocionou foi a da projeção das torcidas nas arquibancadas, em vídeos sobrepostos, com aquele barulho que mistura música, gritos de guerra, gritos de euforia, lamentações, vibrações, xingamentos, rezas, tudo ao mesmo tempo, alto suficiente para nos imaginarmos lá dentro.
Quem já foi a um jogo de futebol com estádio cheio sabe do que falo. Pode ser aqui no João Marcatto, de Jaraguá do Sul, para torcer pelo Juventus, pode ser na final do Campeonato Carioca, no Maracanã, para ver o Flamengo ser campeão mais uma vez, a sensação é muito boa. A vibração, a alegria, a energia.
De todos – e não foram muitos – os momentos vendo o jogo como torcedor nas arquibancadas, três me trazem boas lembranças justamente por conta dos sentimentos que descrevi acima.
Joinville x Corinthians, em algum momento da minha infância, que fui com meu pai para o Ernestão, nos áureos tempos do JEC, octacampeão estadual e que enfrentava de igual para igual qualquer time no Campeonato Brasileiro. Na época jogava Casagrande, com seu cabelão, e que era xingado pela torcida joinvillense de nomes que eu nem conhecia naquela época ainda. Não lembro do resultado, mas lembro da vibração da torcida, das arquibancadas lotadas, da minha alegria de participar daquilo com meu pai.
Juventus (de Jaraguá do Sul) x Figueirense, no João Marcatto, líderes do Campeonato Catarinense, acredito que uns quatro ou cinco anos atrás, quando o time da casa buscou o resultado negativo de 2x0 e empatou o jogo no segundo tempo. O estádio estava cheio e naquele dia minha filha virou Juventina de coração, pulando, vibrando, cantando, gritando e balançando o boné junto com a torcida inteira no campo.
Flamengo x Botafogo, no Maracanã, em 2009, quando o fomos penta-tri-campeões, com a vitória nos pênaltis, depois do Flamengo deixar empatar um jogo que havia ido para intervalo com 2x0. A Gabriela saiu de lá com uma camisa nova do Flamengo e nós dois roucos. A beleza daquela torcida, as bandeiras e os bandeirões, as músicas, a loucura, é tudo inexplicável.
Para quem nunca foi a um estádio em dia de casa cheia, em dia de final ou jogo valendo classificação, mesmo que não goste de futebol, mesmo que falem tanto da violência, eu recomendo. É uma das experiências da vida que vale a pena ser experimentada.
As fotos são do Maracanã, em 2009.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Para começar bem o final de semana: Monobloco.
Por sugestão da Gabriela e, agora, a mais nova aquisição da família.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Contos de quinta: O jogo (parte final).
O jogo - parte final.
(Primeira parte clique aqui).
O casal se olhou sem saber o que poderia estar acontecendo. Outro barulho, seguido de mais gritos de Fernanda. Os dois se levantaram e correram para o quarto. Tentaram abrir a porta desesperadamente, mas estava trancada. Mais sons fortes e gritos dentro do quarto. Diego batia na porta com toda a força que tinha. Martina chamava pela amiga. Estava em pânico. Foi correndo para a cozinha procurar alguma coisa que pudesse abrir a porta.
De repente muito sangue começou a escorrer por baixo porta. Diego largou a maçaneta e deu um passo para trás. Olhou para o chão e para a porta. Perguntou-se de onde viria tanto sangue. Começou a bater com mais força na porta. Com os punhos, com os ombros, com mais força do que pensou ter.
Martina voltou correndo e, ao ver o sangue no chão, deu um grito, parou e soltou a faca que segurava. Começou a chorar e falar ao mesmo tempo. Dentro do quarto os gritos de Fernanda ainda não tinham parado, embora estivessem mais baixos, já misturados com choro e palavras incompreensíveis.
Diego pegou a faca do chão, suja de sangue, e, tremendo, enfiou no buraco da fechadura tentando abrir a porta. Ao seu lado Martina chorava histericamente. Diego gritou para que ficasse quieta, o que não adiantou. Forçando a faca, ele a deixou escapar, cortando-se. Novamente a faca estava na poça de sangue, que aumentava e escorria pelo corredor. Voltou a esmurrar e chutar a porta, chamando por Marcos e Fernanda, que continuava gritando.
- Martina, faça alguma coisa. Liga pra polícia, vai.
Ela correu pra sala, tirou o telefone do gancho e percebeu que estava sem sinal. Desesperada começou a procurar algum aparelho celular. Nos sofás, na mesa, nas bolsas. Achou o seu e ao digitar o primeiro número o telefone apagou, sem bateria. Jogou o aparelho na parede, que se desfez em vários pedaços.
- O que você tá fazendo, sua louca?
Ela nem respondeu a Diego e continuou procurando. Já não estava mais chorando, mas seu coração saía pela boca. Enquanto isso, exausto, tentava arrombar aquele pedaço de madeira inerte que o separava de seus amigos. Lembrou que havia uma janela no quarto e saiu correndo em direção à porta da frente. Tentaria fazer alguma coisa pelo lado de fora da casa. Ao abrir a porta, percebeu que estava fechada. Trancada. Sem chave.
- Martina, cadê a chave da merda dessa porta?
Ela parou o que estava fazendo. Olhou para ele desolada e respondeu:
- O Marcos nunca tranca essa porta quando a gente está aqui, porque sempre entra e sai alguém...
Diego não acreditava no que ouviu. Olhou para Martina com seus olhos de dúvida e forçou a porta que não se mexia. Os dois correram para as janelas tentando abri-las e também estavam todas, de alguma forma, trancadas. Correram para a porta a cozinha, nos fundos da casa e igualmente absolutamente travada. Estavam encarcerados na casa do amigo, com uma poça de sangue escorrendo de um dos quartos para a cozinha e uma amiga gritando desesperadamente lá dentro.
Martina olhou para Diego e correu para as gavetas do armário, procurando uma faca ou algo pontudo. Pegou a maior faca de carne que achou, no que foi imitada pelo amigo. Os dois, devagar, foram em direção ao quarto onde seus amigos estavam trancafiados. Só havia silêncio agora. Diego encostou vagarosamente sua orelha na porta para tentar escutar alguma coisa. Teve a sensação de escutar respirações ofegantes.
De repente as luzes se apagaram. Tudo ficou no breu absoluto. Diego mal teve tempo de olhar para cima, procurando a luminária. A porta foi arremessada violentamente em sua direção, jogando-o contra a parede e fazendo-o cair desacordado e com a faca cravada na barriga.
Martina, com as duas mãos na cabeça, apenas gritava. Desesperadamente.
Dois dias depois, os corpos dos quatro jovens eram resgatados pela polícia, sob os olhares atônitos dos vizinhos que não estavam entendendo nada.
(Primeira parte clique aqui).
O casal se olhou sem saber o que poderia estar acontecendo. Outro barulho, seguido de mais gritos de Fernanda. Os dois se levantaram e correram para o quarto. Tentaram abrir a porta desesperadamente, mas estava trancada. Mais sons fortes e gritos dentro do quarto. Diego batia na porta com toda a força que tinha. Martina chamava pela amiga. Estava em pânico. Foi correndo para a cozinha procurar alguma coisa que pudesse abrir a porta.
De repente muito sangue começou a escorrer por baixo porta. Diego largou a maçaneta e deu um passo para trás. Olhou para o chão e para a porta. Perguntou-se de onde viria tanto sangue. Começou a bater com mais força na porta. Com os punhos, com os ombros, com mais força do que pensou ter.
Martina voltou correndo e, ao ver o sangue no chão, deu um grito, parou e soltou a faca que segurava. Começou a chorar e falar ao mesmo tempo. Dentro do quarto os gritos de Fernanda ainda não tinham parado, embora estivessem mais baixos, já misturados com choro e palavras incompreensíveis.
Diego pegou a faca do chão, suja de sangue, e, tremendo, enfiou no buraco da fechadura tentando abrir a porta. Ao seu lado Martina chorava histericamente. Diego gritou para que ficasse quieta, o que não adiantou. Forçando a faca, ele a deixou escapar, cortando-se. Novamente a faca estava na poça de sangue, que aumentava e escorria pelo corredor. Voltou a esmurrar e chutar a porta, chamando por Marcos e Fernanda, que continuava gritando.
- Martina, faça alguma coisa. Liga pra polícia, vai.
Ela correu pra sala, tirou o telefone do gancho e percebeu que estava sem sinal. Desesperada começou a procurar algum aparelho celular. Nos sofás, na mesa, nas bolsas. Achou o seu e ao digitar o primeiro número o telefone apagou, sem bateria. Jogou o aparelho na parede, que se desfez em vários pedaços.
- O que você tá fazendo, sua louca?
Ela nem respondeu a Diego e continuou procurando. Já não estava mais chorando, mas seu coração saía pela boca. Enquanto isso, exausto, tentava arrombar aquele pedaço de madeira inerte que o separava de seus amigos. Lembrou que havia uma janela no quarto e saiu correndo em direção à porta da frente. Tentaria fazer alguma coisa pelo lado de fora da casa. Ao abrir a porta, percebeu que estava fechada. Trancada. Sem chave.
- Martina, cadê a chave da merda dessa porta?
Ela parou o que estava fazendo. Olhou para ele desolada e respondeu:
- O Marcos nunca tranca essa porta quando a gente está aqui, porque sempre entra e sai alguém...
Diego não acreditava no que ouviu. Olhou para Martina com seus olhos de dúvida e forçou a porta que não se mexia. Os dois correram para as janelas tentando abri-las e também estavam todas, de alguma forma, trancadas. Correram para a porta a cozinha, nos fundos da casa e igualmente absolutamente travada. Estavam encarcerados na casa do amigo, com uma poça de sangue escorrendo de um dos quartos para a cozinha e uma amiga gritando desesperadamente lá dentro.
Martina olhou para Diego e correu para as gavetas do armário, procurando uma faca ou algo pontudo. Pegou a maior faca de carne que achou, no que foi imitada pelo amigo. Os dois, devagar, foram em direção ao quarto onde seus amigos estavam trancafiados. Só havia silêncio agora. Diego encostou vagarosamente sua orelha na porta para tentar escutar alguma coisa. Teve a sensação de escutar respirações ofegantes.
De repente as luzes se apagaram. Tudo ficou no breu absoluto. Diego mal teve tempo de olhar para cima, procurando a luminária. A porta foi arremessada violentamente em sua direção, jogando-o contra a parede e fazendo-o cair desacordado e com a faca cravada na barriga.
Martina, com as duas mãos na cabeça, apenas gritava. Desesperadamente.
Dois dias depois, os corpos dos quatro jovens eram resgatados pela polícia, sob os olhares atônitos dos vizinhos que não estavam entendendo nada.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Lançamento de livro:
Lançamento do livro
Curso de direito material e processual do trabalho - Uma visão moderna dos direitos sociais
Com a participação da advogada e professora jaraguaense Janaína Elias Chiaradia
Palestras sobre saúde - HOJE.
Palestras:
- O profissional liberal, estresse e atividade física - com Gustavo Bartsch
- Dicas para uma boa corrida - com Débora Cristina Horn
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